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quarta-feira, 25 de junho de 2008

Sózinha no meio da multidão

Será do sol?
De estarem todos a trabalhar?
Será de ontem me terem dito que eu era uma pessoa boa e todos deviam ser como eu?
Ou ainda, de dizer à amiga(?) do homem que me despedaçou o coração que ele é boa pessoa e nunca lhe fará isso a ela?
De apoiar os familiares que precisam?

Não sei...
Mas cada vez mais me apercebo de quão pouco as pessoas me conhecem!
Ou de como me tornei especialista a disfarçar o que sinto e penso, e que as pessoas só conseguem ver realmente uma minúscula parte de mim, tal como no icebergue, em que a grande massa está escondida por baixo de água.
Cada vez me sinto mais sozinha, no meio de um imenso oceano de pessoas, de conhecidos, de amigos, família, colegas ou ex-colegas, que flutuam à minha volta sem realmente me conhecer.

Não esquecer também o aspecto masoquista da questão, em que apesar de sofrer, de estar em baixo, de tantas coisas que me fazem ou fizeram e que me magoaram, não consigo deixar de tentar ajudar as pessoas que me pedem ajuda. Mesmo as que me magoaram, mesmo as que me usaram de alguma forma.
Não tenho nem nunca tive, como já referi anteriormente, vocação para santa!
Só pode ser doença, patologia, masoquismo do mais puro!
Que outra forma de explicar esta mania de esquecer as minhas mágoas, disfarçar com um sorriso e uma piada a dor que vai na alma, esquecer as facadas e as cicatrizes e continuar a tentar ajudar os outros?
Ou pelo menos tentar consolá-los, não lhes dar preocupações, facilitar a vida, ...
Estar disponível sempre que necessário, prescindir do meu tempo ou vida para apoiar quem precisa, mesmo que não me seja próximo...

Talvez seja esta mania de resolver sozinha as minhas coisas, de esconder o que sinto, as cicatrizes ou as facadas, as desilusões que me fazem sentir tão sozinha no meio da multidão.
Talvez seja esta mania de ignorar o que sinto para ajudar quem precisa que faz com que não me sinta realmente próxima de ninguém ou de nada.
Ou talvez seja o facto de me aperceber que as poucas vezes que deixo cair a "mascara" acabo mais magoada ainda, e que realmente a maioria das pessoas não vale esse esforço nem se preocupa em saber o que há por trás...
Mas o mais provável é que seja algo que está tão enraizado, que vem de há tantos e tantos anos, que já nem sei reconhecer o que sou.
Já não sei mostrar os sentimentos reais, a dor ou a mágoa.
Já são tantos anos de atirar para trás das costas as coisas que magoam ou fazem sofrer, tantos anos a prescindir do que quero para que todos estejam bem... que se calhar o meu icebergue já só tem a ponta fora de água, o resto já só é um imenso vazio oco, sem sensações, sem pensamentos!
Tantos anos a mostrar uma imagem de força, de independência, que ela se tornou parte de mim.
E a verdade é que as poucas vezes, as raras vezes, que deixei esse papel de "forte", acabei por sofrer mais do que se o tivesse mantido - o que prova que mais vale estar só e não me magoar, do que mostrar a realidade!

Vou conhecendo pessoas, tendo novas experiências, aprendendo novas coisas, mas a sensação persiste.
O isolamento, a solidão no meio de tanta gente, a sensação de ser um fantasma que atravessa a vida sem que nunca olhem bem para ele, é algo que ciclicamente aparece.

E tudo isto é a enorme contradição que me caracteriza enquanto pessoa!
Pois enquanto me sinto sozinha no meio da multidão, enquanto represento o meu papel de forte e independente, enquanto escondo as fraquezas e receios submersos num oceano de água, acredito e vivo a minha vida ao máximo, em que cada oportunidade é única e deve ser explorada e vivida ao máximo!
E quando vivo as coisas que me acontecem... não penso na mágoa que podem trazer, nem na dor que podem causar - simplesmente vivo.

Não penso nisto como sendo depressão, não é algo que se trate com comprimidos e se envie a pessoa de volta para o "mundo". É algo que já é intrínseco a mim. Faz parte de mim, do que eu sou.
Não sei se esta "dor", esta sensação de solidão algum dia desaparecerá.
Não sei se algum dia o icebergue terá mais fora de água que aquilo que está submerso.
Mas sei que cada vez mais aprendo a viver com isso, com esta sensação, aproveitando os momentos que posso, ignorando os que magoam e tentando ser feliz, de alguma forma!

Porque apesar de tudo, desta solidão, desta sensação de "invisibilidade", de não me conhecerem pelo que sou e como sou, sou feliz!
Ou quero ser feliz!!!

Inconsolable

I close the door
Like so many times, so many times before
Felt like a scene on the cutting room floor
When I let you walk away tonight
Without a word

I try to sleep, yeah
But the clock is stuck on thoughts of you and me
A thousand more regrets unraveling, ohh
If you were here right now, I swear,
I'd tell you this

CHORUS:
Baby I don't want to waste another day
Keeping it inside it's killing me
Cause all i ever want, it comes right down to you
I'm wishing I could find the words to say
Baby I would tell you every time you leave
I'm inconsolable

I climb the walls
I can see the edge but I can't take the fall, no.
I've memorized the number
So why can't I make the call?
Maybe 'cause I know you'll always be with me
In the possibility

CHORUS:
Baby I don't want to waste another day
Keeping it inside it's killing me
Cause all I ever want, it comes right down to you
I'm wishing I could find the words to say
Baby I would tell you every time you leave
I'm inconsolable

I don't want to be like this,
I just want to let you know,
Everything that I'm holding,
Is everything I can't let go, can't let go.

CHORUS:
Baby I don't want to waste another day
Keeping it inside it's killing me
Cause all I ever want, it comes right down to you
I'm wishing I could find the words to say
Baby I would tell you every time you leave
I'm inconsolable

Don't you know it baby
I don't want to waste another day

I'm wishing I could find the words to say
Baby I would tell you every time you leave
I'm inconsolable

Para ver o vídeo, carregar na imagem

Vem cá (dá-me o teu mundo outra vez)

Pois é... umas conversas aqui, outras ali... ser parva o suficiente para ignorar o que senti e tentar dar apoio... e a avalanche de sentimentos regressa... com toda a dor inerente...
Enfim... uma música que não ajuda a melhorar...
E sim... as coisas estão enterradas... afastadas... mas não esquecidas.
Mas só temos uma vida e não vale a pena perder tempo a pensar na dor do passado!!!


TT e Nuno Guerreiro

Vem cá
da-me o teu mundo outra vez
lembra-te daquilo que eu te dou
e tu não vês
quando, não estas, quando não estas

eu não consigo perceber
por favor, diz me a mim
mudaste tanto, desde o dia em que eu te conheci
parece fácil esquecer
mas só eu sei a dor
sinto falta do teu abraço
desse teu calor

custa-me muito continuar sem pedir,
um beijo de bom dia
e a vontade de sorrir
sair pra rua, e gritar que só te amo a ti
ver-te na minha cama toda nua
e sentir

falar bem baixo ao teu ouvido
sem te acordar
dizer-te que és tudo, e que nunca te vou deixar
fazer as juras de sangue, saliva ou suor
contar-te a minha vida
e entregar-te o meu amor

eu juro não, eu juro não
eu juro não te vou deixar

Refrão (2x)
Vem cá
da-me o teu mundo outra vez
lembra-te daquilo que eu te dou
e tu não vês
quando, não estas, quando não estas

será que vai ser tão difícil
ter o teu olhar
despir a tua voz
e conseguir fazer-te amar
pois o amor não tem sentido
não tem explicação
eu e tu, sempre fomos um
não entendo esta divisão

não pode ser, não posso acreditar
estiveste aqui
não sei se foste por azar
ou estava escrito assim
não sei se é normal
olhar para trás, pensar que estas
não sei se é bem mal
mas juro não te vou deixar

Refrão (4x)
Vem cá
da-me o teu mundo outra vez
lembra-te daquilo que eu te dou
e tu não vês
quando, não estas, quando não estas

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Amar e Recomeçar

Hoje devia estar feliz... mas neste momento não estou.
Achava que era forte, que estava a crescer, que estava a conseguir vencer as mágoas... mas no final não foi, mais uma vez, senão uma representação, uma ilusão.
Que acabou, como se acaba uma peça quando cai a cortina no teatro.
Tento, tentei esquecer que me tinham partido o coração como ninguém o fez nunca.
Fiquei preocupada com a tristeza que senti do outro lado do ecrã pela morte súbita do melhor amigo.
Com a tristeza pela vida que se alterou.
E mesmo sabendo que nunca sentiu essa tristeza pelo que eu sofri, pela minha partida, achei que tinha esquecido, que tinha vencido a dor.
Achei que conseguia ser o ombro amigo, a pessoa que anima, faz sorrir.
Como sempre fiz com toda a gente à minha volta, também hoje achei que conseguia vestir o papel de palhaço, que com o coração despedaçado faz rir os outros.
E então, pela primeira vez em meses, sentei-me, escrevi, troquei mensagens, mails. Ouvi falar, deixei desabafar os sentimentos (na medida do possível para quem sempre escondeu e sempre quis guardar o controlo).
E até me estava a sentir bem!
Sentia-me como "uma pessoa crescida" que consegue dar à volta ao que viveu.
Mas no meio de tudo, no meio da brincadeira para animar o outro lado.... apareceram algumas indirectas... algumas referências (acredito que inocentes e sem maldade - afinal, eu não estava com a minha "pele" de palhaço vestida?!) ao que vivi, a situações românticas criadas no passado.
E aí... veio a triste realidade.
O desiquilibrio da minha nuvem...
Desapareceu o sorriso de quem estava a conseguir ter uma conversa "normal".
Desapareceu a satisfação de estar a animar o outro lado, a fazer esquecer a dor pela perda do amigo.
E ficou novamente a dor. A tristeza. A incomprensão.
Ficou aquela noção de que ainda não "cresci" o suficiente para conseguir ignorar algumas dores.
Ainda não consigo ser aquele ombro que foi maltratado, chicoteado, mas mesmo assim está lá para apoiar nos momentos difíceis.
Depois daquela alusão, ficou aquele sentimento egoísta de... e quando eu precisei de ti, onde estavas?
Quando me partiste o coração, pisaste, atiraste os bocadinhos ao vento, onde estavas?
Mas tal como chegou, essa dor passou.
São momentos, são recordações, é passado!
O que conta é poder ser "maior" que isso e poder ajudar os outros, independentemente de ser uma ajuda unilateral, independentemente do que nos fizeram.
Não sou Jesus ou uma santa. Não dou a outra face! Tenho pés de barro!
Mas vou aprender a superar estas coisas.
Vou conseguir aceitar que todos temos lados bons e maus e que os lados maus magoam as outras pessoas.
E vou aprender a superar essa mágoa.
Porque ela vai ficar para sempre. É uma cicatriz que vai sempre marcar o meu coração e a minha alma.
Mas eu vou aprender a não a deixar reabrir a ferida!!!
Tal como sempre enfrentei os meus medos... também neste caso vou enfrentar a faca que me cortou.
E vou viver feliz!!!
E vou falar com ele e ajudar sempre que precisar. Por mais que doa.
Porque sou assim... e há coisas que não adianta negar, pois nunca vão mudar.
Basta encontrar um novo rumo!

terça-feira, 10 de junho de 2008

Ojala pudiera borrarte

Uma música dedicada à pessoa que me estilhaçou o coração e que, por mais que o enterre, insiste em voltar à superfície só para chatear.
Pequena ressalva... esqueçam a parte dos sonhos, do voltar... é mesmo a parte do "quem me dera poder apagar-te" no sentido literal da expressão e não no romântico!!!
O que está a laranja não é dedicado, está a mais na mensagem a transmitir...
Devo ter de arranjar uma estaca, dentes de alho, uma cruz e água benta para que consiga que me esqueça de uma vez e me deixe em paz!




Ojala y te me borraras de mis sueños
y poder desdibujarte
ojala y pudiera ahogarte en un charco
lleno de rosas y amor
ojala y se me olvidara hasta tu nombre
ahogarlo dentro del mar
ojala y que tu sonrisa de verano
se pudiera ya borrar...

Vuelve corazón,
uh uh uh vuelve a mi lado
Vuelve corazón...

No vuelve, no vuelve, no vuelve, No...

Ojala y te me borraras para siempre de mi vida
para no volverte a ver
y ojala y te me borraras por las noches
en
el día, para no volverte a ver
y ojala y te me esfumaras de mis sueños
vida mía
para no volverte a ver
Nooooo, ni en sueños...

Como puedo yo borrar tus besos vida
están tatuados en mi piel

quiero de una vez por todas ya largarte
y
borrarte de mi ser...

Ojala y la lluvia me ahogue entre sus brazos
para no pensar en ti
O que pase un milagro o pase algo
que me lleve hasta ti...

Vuelve corazón...
uh uh uh uh vuelve a mi lado
Pero no no no no vuelve corazón
No vuelve, no vuelve, no vuelve, No...

Ojala y te me borraras para siempre de mi vida
para no volverte a ver
y ojala y te me borraras por las noches en el día
para no volverte a ver
y ojala y te me esfumaras de mis sueños
vida mía
y que no me lluevas más
y ojala y que la lluvia me ahogue entre sus brazos
para no volverte a ver...

Nooo, ni en sueños...

Pa´ que pares de llover...
Sueños... sueños... oooh mis sueños...

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Everybody Hurts

Mais uma música lindíssima que acabei de receber (obrigada P.) de um grande e querido amigo, que achava que eu ainda estava muito deprimida com o imbecil por quem me tinha apaixonado.
Não estou, já aprendi a viver com isso e a magreza é porque estavas habituado a ver a tua amiga com peso a mais.
No entanto a letra é muito bonita, faz pensar e pode-se aplicar à minha situação actual, passada, futura... e à de qualquer um de nós (desculpa B, reticências e parêntesis - é mesmo mais forte que eu).
Apreciem a música e a força da letra:


When your day is long and the night,
The night is yours alone
When you're sure you've had enough of this life,
well hang on


Don't let yourself go,
'cause everybody cries,
and everybody hurts


Sometimes...sometimes everything is wrong,
Now it's time to sing along

If you think you've had too much of this life,
well hang on
'Cause everybody hurts,
take comfort in your friends
Everybody hurts,
don't throw your hands, oh now,
Don't throw your hands


If you feel like you're alone, no, no, no
you're not alone
If you're on your own in this life,
the days and nights are long


When you think you've had too much, of this life, to hang on
Well everybody hurts, sometimes
Everybody cries, and everybody hurts, sometimes
everybody hurts sometimes so hold on, hold on, hold on...

Everybody hurts, you are not alone...

domingo, 25 de maio de 2008

Te Busqué

Hoje estou com esta música na cabeça.
Os efeitos de uma simples mensagem...

I've been high I've been low
I've been fast I've been slow
I've had nowhere to go
Missed the bus missed the show
I've been down on my luck
I've felt like giving up
My life locked in a trunk
When it hurt way too much
I needed a reason to live
Some love inside me to give
I couldn't rest I had to keep on searching

[chorus]
Te busque debajo de las piedras y no te encontre
En la mañana fria y en la noche te-busque
Hasta enloquecer
Pero tu llegaste a mi vida como una luz
Sanando las heridas de mi corazon
Haciendo-me sentir vivo otra vez

I've been too sad to speak and too tired to eat
Been too lonely to sing the devil cut off my wings
I've been hurt by my past but I feel the future

In my dreams and it lasts I wake up I'm not sure
I wanted to find the light something just didn't feel right
I needed an answer to end all my searching

[chorus]

I look in the mirror the picture's getting clearer
I wanna be myself but does the world really need her
I ache for this earth
I stopped going to church
See God in the trees makes me fall to my knees
My depression keeps building like a cup overfilling
My heart so rigid I keep it in the fridge
It hurts so bad that I can't dry my eyes
cause' they keep on refilling
with the tears that i cry

[chorus x 3]

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Encontrar O homem

Hoje enviaram-me mais uma daquelas intermináveis correntes que se eu não cumprir me vai fazer ter azar o resto da vida, não ter amor, felicidade, etc.
A parte original e que me fez pensar foi... o texto:

Encontra o homem que te chama gira, em vez de boa...
Que te telefona de novo quando lhe desligas o telefone na cara...
Que fica acordado só para te ver dormir...
Espera pelo homem que beija a tua testa...

Que fica de mãos dadas contigo a frente dos amigos...

Espera pelo homem que te esta constantemente a lembrar o quanto significas
para ele...
e da sorte que ele tem em te ter...

Espera por aquele que se vira para os amigos e diz...'É aquela...'


Isto é tudo bonito e lindo... o que se esqueceram de dizer foi o que fazemos quando encontrámos esse homem, vivemos tudo o que está descrito e muito mais e, de repente, acordamos com um e-mail a terminar tudo.
Sem mais explicações!
O que fazer nestes casos?
Será que alguém tem uma "corrente"! que explique o que fazer ou sentir?
Será que foi porque não mandei alguma corrente que me tenham enviado por mail?! :-)
Fica o pensamento, porque não acredito que seja uma corrente por e-mail que me vá trazer um novo homem ou um homem assim (e por homem eu entendo um Amor).
Se vier alguém (neste termos, piores ou melhores) é porque estava destinado ou porque fiz com que o destino acontecesse. Nunca será porque enviei dezenas de correntes por mail.

Mas agradeço a quem mo enviou - infelizmente já o encontrei.
E perdi!
E ainda não percebi porquê (deve ser por ser loira no interior)

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Adeus. A Porta está Fechada

Ao ler os "posts" de hoje, e ao falar com algumas das pessoas que os lêem regularmente, apercebi-me de duas coisas importantes: escrevo "melhor" quando estou profundamente triste ou algo me magoou; quando a inspiração vem de leituras exteriores... não "sinto" tanto o que estou a escrever.

Por isso decidi escrever o que sinto. Aquilo que tive durante muito tempo vontade de fazer e nunca fiz (nem farei, pois acima de tudo tenho o meu orgulho e a minha dignidade) - uma carta de despedida ao homem (sim... já é homem, adulto, com idade para saber agir) que me magoou, que me atirou fora como se atira um pedaço de lixo sem valor.
Não vou enganar ninguém... quando ele me "despachou" eu escrevi-lhe... um mail e uma longa carta... em que tentava perceber o porquê da decisão tomada tão repentinamente e sem aviso (claro que sem resposta... ou melhor.. ainda com alguns insultos pelo meio).

Mas hoje... passadas várias semanas... tenho de tirar do coração as coisas que estão presas, aquilo que não me deram oportunidade de dizer, ou de perceber (eu sou assim... quando não percebo as coisas ou quando não me explicam... ficam atravessadas) - e só assim poderei fechar definitivamente esta porta e deixar de chorar por coisas sem importância (enterrar definitivamente este cadáver).

"Paul

Há muito tempo que queria escrever esta carta... mas só agora penso que tenho o distanciamento para o fazer... e só agora consegui ver tudo o que me disseste e escreveste durante o nosso "namoro" e analisar o que se passou ou terá passado (namoro entra aspas, pois se para mim era um namoro, apercebo-me que para ti era mais uma questão de ego, de mostrares uma "namorada" estrangeira e mais nova que os outros não conquistaram e tu conseguiste.

Quando te conheci... e durante muito tempo... pensei para comigo - é simpático, mas nada o meu estilo. "Velho", a ficar careca, feio como tudo... mas tem a sua piada e é divertido.
Depois começaste a tua caça... telefonemas diários, mensagens, sms. Aquela atenção que eu, na altura fragilizada da saída da outra relação, precisava (ou achava precisar).
Mas conseguiste começar a conquistar o meu coração quando te meteste no carro e saíste da Holanda e foste ter comigo a França para jantar comigo. De surpresa... nem vestido para o frio estavas - apareceste de fatinho e estavam -3º. E quando, apesar de teres terror das alturas, foste comigo andar na roda gigante, passear a tremer de frio.... Mas acima de tudo... quando não tentaste ir mais longe e me foste levar ao hotel e voltaste para a Holanda para trabalhares no dia seguinte.
Admito que nesse dia fiquei conquistada... e as conversas diárias de horas ajudaram a isso. O apoio a superar a perda anterior... os problemas no trabalho...
E depois foi o encontro na Holanda... eu a chegar à estação... tu à minha espera (eu a olhar e pensar "gosto deste homem.. mas é tão feio... nada a ver comigo). Fomos à piscina e quando cheguei a casa tinhas comprado flores, um DVD com imagens de lareira (para substituir a que não tinhas), um tapete felpudo... o ideal do romantismo. Falamos, passeamos... perfeito.
E todas as hesitações que eu tinha iam ficando mais enterradas. E continuaram as conversas diárias de horas, os mails, as mensagens.
A seguir, querias vir conhecer os meus pais - para eles verem com quem a filha namorava. Que era uma pessoa séria, etc... Achei querido... e quando me apareceste de surpresa em Lisboa, para passares 3 dias comigo e me apoiares num momento difícil, conseguiste convencer-me que eras a pessoa que eu queria. A pessoa que me ouvia, que passava a vida a dizer que me queria apoiar, que estava perto quando eu precisava.
Quando não estávamos juntos, as conversas de horas e as inúmeras mensagens e mails mantinham acesa a chama e aumentavam a saudade. Foi quando começamos a falar de eu ir para a Holanda... mas para mim, por muito que gostasse de ti e sentisse a tua falta, parecia um passo demasiado rápido. E ao mesmo tempo parecia certo... se gostavamos um do outro, se eu queria mudar de país e tu não o podias fazer por causa dos teus filhos... porque não ir para a Holanda?
Lembro-me perfeitamente do medo que tinhas de eu acabar contigo no dia de ano novo, como já tinha feito anteriormente (pois dizias que eu podia me aperceber que eras mais velho e que eu devia estar com alguem mais novo e mais proximo). De rires quando eu te disse que me tinham lido na palma da mão que o meu futuro não era com um homem divorciado com filhos, e que dia 13 de Março eu ia conhecer o amor da minha vida e a minha vida ia mudar (a ironia... não conheci o amor da minha vida... mas ela mudou mesmo... destruiram o meu coração de uma forma cobarde e sem sentimentos)...

Chegaram os meus anos e as duas semanas planeadas. Fui ter contigo antes de seguir para os USA (a fatídica viagem que não devia ter feito, mas que era um compromisso feito há muito tempo e detesto falhar a compromissos). Estavas novamente à minha espera com uma rosa lindíssima (ou não fosse a Holanda o país das flores), vermelha paixão e amor, como dizias. Em casa mais flores... o banho com as velas perfumadas...
Dei-te as tuas prendas de anos (os chocolates chegaram depois)... escolhidas com amor com base no que tinha aprendido sobre ti do tempo que passamos juntos e das conversas que tivemos.
No dia seguinte fui para os USA. Não vou falar muito sobre isso, sabes o que se passou. Mas como eu queria que me tivesses dito para não ir e ficar contigo... E o que me ajudaram os teus telefonemas diários e constantes (sem falar do rombo que foi na minha conta bancária).

Estava desejosa de chegar a "casa" (sim... aquela que dizias que querias vender para comprares a nossa casa... a que dizias que querias apagar por ter recordações da tua ex e queria começar um futuro novo comigo)... e fiquei triste (eu sei que estavas a trabalhar) por ter tido tantos atrasos... e não te ter visto - chegar, apanhar comboio, táxi... e ir para casa. E sem dormir há quase 48h... quando chegaste ainda fomos ao jogo e ainda fomos para os copos (é giro... mas se calhar preferia ter ficado a descansar).
Aí começaram os sinais... não sei se era de eu estar muito cansada (quase não dormi na outra semana, jet-lag, etc), se era de uma parte de mim achar que estava tudo certo, e a outra achar que era muito cedo para viver com alguém)... mas eu preferia ignorar, achar que era eu que estava a procurar sinais para me afastar...

Os meus anos foram a gota de água... em vez de me levares dizes para ficar em casa a dormir e ir de comboio (?!)... depois de meses a dizer que detesto que me digam que a prenda é do dia dos anos e dos namorados... de ter estado dias a procurar a tua prenda e um postal (e sabias disso), de te ter dado de manhã as tuas prendas (pensava mais nelas do que nas recordações a trazer à família)... de noite quando me fui deitar já desiludida ao máximo... trazes-me um Swatch?! O homem que dizia conhecer-me traz-me um Swatch?! (ainda por cima repetido... já o tinha). Fiquei tão desiludida!!! Não pelo materialismo da coisa (disseram-me muito mais os pequenos gestos... as flores, o dvd da lareira (que compreendo agora serem técnicas de sedução) do que um relógio... que qualquer pessoa que não me conheça minimamente sabe que estará sempre bem, pois adoro). Nem um postal, um bilhete, uma rosa pelo dias dos namorados... nada! Um Swatch?! Por favor... por falar em pessoas que não sabem ouvir as outras... ou não conhecem as outras!
Nesse dia, se bem te recordas (dizes que eu é que não recordo as coisas ou não dizia... mas eu guardei tudo... e sei o que disse e mais importante... escrevi) recebeste um mail, em que te dizia que era a última vez que iria falar destes assuntos, e que devias perceber de uma vez por todas o que eu queria e como era:
1 - Eu sou adulta e tomo as minhas decisões. Se fosse para a Holanda era porque queria e não para que alguém se sentisse ou fosse responsável por mim!;
2 - estava farta de ouvir toda a gente dizer que eu era louca por mudar de país tão "cedo" na relação (eu é que decidia aceitar ou não a proposta, arranjava emprego (como já tinha pelo menos uma proposta) e eu é que queria mudar de país... a Holanda era apenas um destino possível. E se não era o que querias, que parasses de me dizer que era louca, qanto dizias que me devia mudar amanhã, que já nem devia regressar;
3 - e mais importante de todos... eu não queria mudar para a Holanda para viver contigo. Queria mudar quando tivesse um trabalho que me permitisse ter a minha casa, sustentar-me, ser independente... e que desse para desta forma namorarmos sem pressões de viver juntos. E namorarmos enquanto tu quisesses que durasse.
Encontrei esse mail hoje ao fazer uma limpeza no disco... e por isso te escrevo... porque não percebo!!!
Quando viste esse mail e durante todo o tempo que se seguiu e até decidires que eu "te pressionava" e tinhas deixado de me amar (ou como disseste no teu último mail... se calhar nem nunca amaste) tu é que insistias e tudo fizeste para me convencer que era estupidez estarmos em duas casas... que querias era estar comigo... que eu devia ir viver contigo... que tinha de te ajudar a escolher a "nossa" casa, etc!
Mas as coisas entre nós começaram a mudar nessa semana... pela primeira vez na vida estava ansiosa de me vir embora e poder estar no meu canto e pensar sozinha o que queria e sentia.
Tu estavas com mais trabalho (dirigir uma equipa não é tão fácil como pensavas), com o stress de teres vendido a casa, as pessoas se mudarem mais cedo do que gostarias e teres de encontrar outra (aquilo que sempre foste adiando), a viagem com o teu filho... e de repente os telefonemas diários... acabaram. Passaste a estar muito cansado para me ligar à noite antes de ires dormir, como sempre tinhas dito sentir necessidade de fazer, passaste mesmo a estar alguns dias sem me ligar (é verdade que ia recebendo sms pontuais)... e chegaste mesmo a dizer... quando já estava tudo preparado para ir... que se calhar agora não te dava jeito pois não me podias apoiar e andar comigo para todo o lado, que era melhor eu ir depois do Verão ou mais para o fim do ano.

E se achas que a pressão foi eu ter perguntado porque as coisas tinham mudado, e se realmente querias que eu fosse viver contigo ou não... lamento por ti!
Sempre te disse e me pediste para ser honesta contigo - era a única forma de se conseguirem superar as dificuldades. E se achas que eu perguntar como é que anteriormente não conseguias passar um dia sem falar comigo (nem que fosse 5 minutos) e agora dizias sempre que estavas cansado e ias dormir, é pressão... lamento muito, mas temos noções diferentes de comunicar e expressar o que sentimos que não está bem.
Se o facto de eu te perguntar porque é que passavas os dias a dizer para preparar tudo e ir viver contigo (quando te tinha dito várias vezes que preferia que cada um tivesse a sua casa e o seu espaço) e de repente me dizes para ir depois do Verão, é uma forma de te pressionar numa direcção.... ainda lamento mais!!! Especialmente por eu sempre ter dito que não me importava de mudar para estarmos mais perto, mas queria mudar para o meu espaço (pois acredito que é a melhor forma de manter a chama acesa e a relação)... e tu é que insistias que não era o que querias!!!
Lamento muito ter-me deixado cair na rede, ter acreditado nas tuas palavras, ter agido de acordo com o que me indicavas serem os teus desejos.... para um dia acordar com um mail (que falta de carácter) a dizer que querias ser livre, querias poder tomar as tuas decisões sozinho (sempre as tomaste... nunca quis sequer interferir), escolher a tua casa sozinho (algum dia te dei opiniãosobre isso? Não te disse sempre que a casa era tua e a decisão devia ser tua? Apesar do teu discurso de ser a "nossa" casa... para mim era e seria sempre a tua casa - era demasiado cedo para ser a nossa) e que tinhas deixado de me amar e que estava tudo acabado.
Lamento muito ter acreditado que querias vir conhecer a família antes de me mudar... de ter reunido todos para a Páscoa para te conhecerem... para aparecer sozinha.
Lamento a forma como agiste (nunca na minha vida ninguém agiu assim... tão sem "tomates"), sem uma conversa, uma explicação... só um mail a dizer que estava acabado...

Nos poucos sms a que tive direito depois disso (pois nem o mail teve direito a resposta... até ontem - e também não foi resposta... foi reaformar que não havia resposta e que não servia de nada pensar nisso... que não sentiste nem sentias a minha falta e não me amavas- tudo o que eu já sabia anteriormente e já me tinhas repetido)... além de me insultares, conseguiste dizer que te sentias pressionado numa direcção que não era a que querias... que sentias que era eu que te estava a empurrar nessa direcção. Que eu imaginava coisas que não tinham fundamento (como ainda gostares da tua ex... pelas reacções exageradas a cada coisa que os miúdos diziam que ela tinha feito ou comprado...).

Pois bem... tenho notícias para ti (e mais importante... provas escritas). A pressão que sentiste... foste tu que a criaste e inventaste!!!
Desde o primeiro dia que te disse que era demasiado independente para estar demasiado próxima de alguém... que te disse que acreditava que as melhores e mais duradouras relações eram quando cada um tinha a sua casa e partilhavam tempo ou vida numa ou noutra casa, mas tinham sempre um espaço para onde ir arrefecer a cabeça quando as coisas estivesse piores... fui eu que te escrevi que queria ter tempo para preparar a ida, preparar as coisas para ser independente... fui eu que sempre te disse que estavas a meter minhoquices na cabeça por achares que tu e que tinhas de tratar de todas as minhas coisas e ser responsável por mim!!!
Sempre te disse que não precisava que fosses meu "pai" e que sempre tratei de mim e das minhas coisas. Que estava a aprender holandês e percebia o bastante para me "desenrascar"... e que se tinha estado muitas vezes sozinha em países onde não falava a língua nem falavam inglês (como a Hungria)... não ia ser na Holanda que ia ter problemas em me conseguir orientar).
Por isso se te sentiste "pressionado" e dizes ter sido uma das razões para "teres deixado de me amar" (a única que apresentas... pois achas que não vale a pena falar sobre o passado...)... pára de me culpar por isso. Porque sempre tentei explicar o que EU gostaria de fazer e sempre me disseste como querias as coisas... e sempre segui aquilo que dizias querer (percebo agora que para ti comunicar é dizer aquilo que achas que o outro quer ouvir!).
Assumo a culpa disso! Depois de tantas vezes dizer o que eu queria e gostaria, acabei por cair na teia de fazer aquilo que me dizias ser o que querias. Como sempre tinha achado que se havia alguma coisa a debater falávamos nela... nem me passou pela cabeça eu dizias o que achavas que eu queria ouvir.
Percebo que fui parva... que acreditei em quem não devia... que achava que honestidade era uma coisa recíproca e afinal era só eu... que achava que gostavas realmente de mim e fui só um troféu... algo que um "velho" pode mostrar aos amigos e dizer que é a namorada. Que apresenta à família, ao pai... com orgulho de dizer que "uma pessoa como eu conseguiu cativar uma pessoa assim".

Lembro-me de os teus amigos me dizerem, logo no principio da relação, que estavas muito magoado e para não te fazer sofrer... esqueceram-se foi de me avisar do tipo de pessoa que és e do quanto podes magoar os outros.
Quando me dizias o que a tua ex te disse sobre ti... eu achei que era mentira. Percebo agora o que ela sentiu... e porque foi procurar a felicidade noutro local.
Nunca conseguirás ser honesto com a pessoa com quem estiveres... pois não és honesto contigo. Tu colocas a pressão toda sobre ti... não dizes o que pensas ou sentes... fazes o que achas que as pessoas querem sem as consultares... e gostas de estar com alguém quando tens tempo livre nas actividades ou rotinas do dia a dia.

Durante muito tempo pensei que a culpa era realmente minha... que te teria pressionado para fazer algo que não querias... mas a leitura da "nossa" correspondência e mails... pois não tenho registo das conversas... mostra efectivamente que te quiseste colocar nessa posição.
Quem sabe para ser mais fácil poderes dizer que "deixaste de amar"... quem sabe porque uma coisa é o que sonhas e achas que queres... e outra é a realidade... não sei!

Mas sabes que mais... também não quero saber!

Como te disse... as coisas que me enviaste (acho eu... pois há 3 semanas que dizes que seguiram... e pontualmente lá vem outro contacto teu)... são só coisas. São minhas, certo.. pois não fazem parte do lote das inúmeras coisas que te dei... mas são coisas! Não valem nada, nem nunca vão substituir a dor de me sentir usada, traída, enganada. A dor de ter preparado tudo para abandonar a minha vida, país, amigos, projectos... a pedido de uma pessoa... que depois acorda sem me amar e nem tem tomates (sim... gosto da palavra) para falar comigo cara a cara (se tinhas o bilhete pago e comprado... porque não vieste ver-me? Porque dizes que vens e depois acobardaste e foges? Porque não foste capaz de pegar num telefone e pelo menos falar?

Por isso... Este será o último contacto que terás meu.
Já te pedi anteriormente para me esqueceres e apagares os meus contactos.
Se no início eu esperava que fosse uma fase, que passado o período de crise pela compra da casa, pelo excesso de trabalho, etc., reconsiderasses e falasses comigo, percebesses que afinal até gostavas de mim... hoje quero é distância!
Só provaste seres uma pessoa desonesta, sem princípios e sem coragem... e não é esse o tipo de pessoa com quem eu me quero dar e muito menos partilhar a minha vida ou o meu coração.
Agradeço que a partir deste momento deixes de me contactar. Não tenho nenhum interesse em permanecer tua amiga, em ter notícias tuas (directamente ou por terceiros, como tens feito) ou em que tenhas notícias minhas.

Posso ser uma criança... um bebé... ter atitudes que não percebes... mas sempre fui honesta sobre a minha maneira de ser, os meus sentimentos e sempre comuniquei tudo o que sentia (bom ou mau)... pois acredito ser a única forma de manter uma relação - sinceridade e não pensar pelo outro! E nunca, nunca teria a coragem (ou falta de respeito) de fazer com alguém aquilo que fizeste comigo!

A minha porta fechou hoje! Por favor não a tentes abrir ou forçar a entrada... espero que ao menos nisto sejas homem e consigas respeitar-me.

Queria dizer sinceramente que gostava que ficasses bem e que fosses feliz (e acredita que por muito que ainda me doa a forma como as coisas acabaram, estou muito feliz por não ser eu a estar ao teu lado para o resto da tua vida)... mas não sei se estou a ser muito sincera... pois tenho receio que outra pessoa passe pelo que eu passei (e se pensar bem... já o tinhas feito à namorada anterior... mas eu achei que a "culpa" seria dela).
Mas mais importante que tudo o resto é que, por favor, deixa-me viver a minha vida bem longe da pessoa que és!

P"

É... longa... enorme... e nem assim consegui transmitir metade das coisas que gostaria de transmitir... mas é com esta carta que encerro a porta!

Nunca a vou enviar... ele não merece... e eu tenho ainda uma réstia de orgulho e amor próprio... mas pelo menos serviu para limpar a alma... despejar algumas coisas, sentimentos (certos? errados? nunca ninguém está certo ou errado quando acaba uma relação, seja de que forma for...).

quarta-feira, 16 de abril de 2008

O que me apetecia fazer a um holandês que pensava conhecer!

A foto chama-se "Girls Just Want to have Fun"
Obrigada ao C11eutopias (link nos meus blogs preferidos) pela belíssima imagem que traduz exactamente o que que gostava de poder fazer a alguém!!!

Tristeza

E lá está... estava tão bem... feliz mesmo... e conseguiram que ficasse de novo triste!!!
O que vale é que será por pouco tempo... já começo a recuperar depressa dos "trambolhões".
Tinha tantas ideias... tantas escolhas para escrever hoje... mas uma porcaria de um mail indesejado veio estragar tudo isso.
Não consigo compreender como funciona a cabeça das pessoas... e está provado que nunca compreenderei como funciona o coração!
Porque é que, quando se acaba com alguém da forma como acabaram comigo... quando se dizem as coisas que foram ditas (ou será que devia dizer escritas... pois nem tive direito a uma conversa?) e que me apanharam completamente de surpresa... não se fecha essa porta e se deixa a pessoa recuperar a sua vida?
Porque é que se empurra alguém da sua nuvem, quando ela estava lá bem alto... bem feliz... e se atira essa pessoa para um poço sem fundo (tipo aqueles que temos nos nossos pesadelos... em que nos sentimos a cair e não vemos o fim)... e quando a pessoa volta a subir para a nuvem (sim, mesmo nos pesadelos acabamos por acordar...) se vai lá empurrar de novo?
É algo que realmente não percebo... talvez porque aqui nas nuvens se trabalhe de outra maneira... se tenha outro respeito pelas pessoas e sentimentos... mas porque é que as pessoas agem desta forma...?
Alguém me consegue explicar porque é que uma pessoa decide acabar com outra, de surpresa, por mail, sem uma palavra, uma conversa (mesmo telefónica)... com a simples explicação de... deixei de gostar de ti - e depois não a deixa viver a sua vida em paz?!
Eu, isto não consigo perceber... sente-se que nos arrancaram o coração... que nos atiraram de cabeça da nossa nuvem T0 (a minha é um excelente T2 que até já estava pronto para alugar...)... ficamos destroçados... tentamos perceber e não conseguimos... MAS... como o tempo tudo cura... vamos conseguindo superar as coisas.
Até porque se deixaram de nos amar (ou se calhar nunca amaram)... e da forma como foram feitas as coisas... para quê chorar por essa pessoa e pelo que aconteceu? E há coisas muito mais importantes na vida que merecem a nossa energia do que isso.
Então conseguimos "enterrar" a mágoa... recolhemos os bocadinhos de coração que estão espalhados por todo o lado (como se uma mina os tivesse feito explodir), levantamos a cabeça e seguimos em frente.
E pensamos.. ok, está acabado, desliga-se a ficha... pelo menos não temos que contactar ou ver essa pessoa que tanto nos magoou!
Errado!!! E inocência de viver numa nuvem!!! Inocência de acreditar nas pessoas!!! De confiar sempre, mesmo quando nos pisam...
Porque quem nos magoa assim... não vai desistir à primeira. E é isso que não percebo... e não consigo perceber... e me deixa triste.
Porque não nos deixam em paz?!
Não é uma relação que acabou de forma natural... saudável.
Não é uma relação que acabou de comum acordo.
Ou se calhar eu não consigo ser assim tão civilizada que mantenha uma relação cordial com quem me tentou destruir (e digo tentou... porque embora me tenha sentido destruída... não há ninguém que o vá conseguir NUNCA).
Desde esse fatídico dia (porque foi um dos piores da minha vida... e na pior altura possível)... lutei para desligar, para esquecer.
Mas cada vez que recupero a minha felicidade, o meu sorriso... tenho uma mensagem ou um mail de tal pessoa.
E é só para magoar!
Só para ferir... esfregar terra na ferida que estava a fechar.
E para quê? Com que objectivo?
Se uma pessoa já acabou connosco de surpresa, com a indicação que de um dia para outro deixou de gostar de nós, se já disse que se calhar nunca gostou... para quê repetir isso mais de um mês depois?! Ou semanalmente por sms ridículos que nos vão enviar as nossas coisas (são só coisas... nunca servirão para tapar buracos ou sentimentos)...
Porque não deixar que cada um siga a sua vida?!
Se eu consigo avançar (e fui eu que caí da minha nuvem), porque não o faz quem nunca gostou de mim?
Porque insiste em repetir que está feliz, que não sente a minha falta... que não sou nada para ele... que já comprou a casa que durante meses dizia que iria ser a nossa casa... e o carro que não queria comprar...?
É que quando ele se tornou "nada" para mim, eu não precisei de lhe dizer isso, ou repetir regularmente!
O que faço ou não dos meus dias e da minha vida é assunto meu ... e deixo que siga a sua vida sem o informar disso - para quê?!
Porque esta insistência em se meter na minha? Em me fazer recordar algo que quero esquecer?
Não percebo... e isso deixa-me triste...
Mas amanhã o sol sobe de novo, brilha de novo... e eu vou buscar nova inspiração.
Hoje é que fiquei triste (sei que não devia, que não merece, etc....mas fiquei) - e o pior é... NEM SEI PORQUÊ!

quarta-feira, 19 de março de 2008

Estás bem?

Sempre que acontece algo na vida de alguém, os mais próximos (família, amigos, conhecidos) têm sempre aquela tendência de perguntar "Estás bem?"...
Deixem-me contar um pequeno segredo...
Se foi alguma coisa "má", dolorosa, difícil... não precisam de perguntar "Estás bem?"! É óbvio que a pessoa não está bem... mas estas simples palavras, ditas como uma forma de solidariedade... trazem toda a dor da situação experimentada ao de cima... renovam a dor.
É como nos funerais, em que se dão as condolências, se renova o pesar na morte, etc...
Já se sofre que chegue (morreu alguém que nos era querido)... não é preciso "levar" com a simpatia e compaixão dos outros - por mais bem intencionada que seja.
Nos momentos de dor, nada paga o silêncio das pessoas que nos acompanham no dia a dia. Ou melhor ainda... a sua tagarelice sobre as coisas mundanas... diárias...
A vida continua... e se as pessoas quiserem falar do que lhes pesa no coração... falam.
Quando estiverem prontas. Quando tiverem lidado com a sua dor.
Mas há uma coisa que não necessita de palavras, não necessita de expressões de sentimento e diz tudo o que os outros podem fazer por nós - Um abraço!
Um abraço significa... estou aqui! Sinto a tua dor! Quando quiseres falar... estarei aqui! Podes contar comigo!
E então quando temos alguém na vossa vida que, sem dizer nada, sem querer saber de detalhes, do qu se passou... simplesmente sabe que não estamos bem... e se desloca 200 km para vos vir dar um abraço... sabem que tem alguém em quem confiar, que sempre estará lá.
Por isso... sempre que alguém perto de cada um de vocês estiver a sofrer... não perguntem se está bem, não falem de conforto, apoio, etc. Limitem-se a um abraço!
E sigam com a vida normalmente, não insistam para que as pessoas falem da dor.
Se as virem chorar... basta um abraço! Em silêncio. Sem questões.
Um dia as pessoas vão falar sobre o que as magoa... mas primeiro há que lidar com a própria dor...
E não... nunca se está bem quando se tem algum tipo de desilusão! Por isso não é preciso perguntar!

terça-feira, 18 de março de 2008

Sorriso no coração

Muitas vezes pensamos que tudo nos corre mal na vida, que estamos sempre sob um céu de tempestade, nuvens negras, um longo e duro Inverno para sempre no nosso coração, na alma, e que nos gela os ossos.
E então temos tendência para "deprimir", para entrarmos numa espiral negativa (meus Deus... como odeio este termo), ficarmos tristes e amargurados.


Ansiamos pela Primavera, pelo sol a brilhar, pelo verde dos campos, pelas flores a desabrochar.
Ansiamos por ter o coração cheio de alegria... deixarmos de pensar que vamos viver sempre debaixo daquele céu negro e pesado e vamos passar a ter a possibilidade de viver debaixo do sol, com o coração feliz e um sorriso nos lábios.


E é tão fácil fazer com que as nuvens desapareçam e o sol passe a brilhar no nosso coração.
É tão simples ter um sorriso nos lábios e o coração cheio de alegria, prazer de viver...
Basta...

Ver o sorriso na cara de um criança quando nos vê e corre para os nossos braços.
Abraçar uma criança que procura o nosso colo e os nossos mimos.
Ter uma criança a chamar por nós, a sentir a nossa falta, a querer a nossa companhia...


Pode ser vossa filha, afilhada, prima, sobrinha, amiga, aluna, ....
Mas é uma criança... sem maldade... inocente... e que vos ama incondicionalmente!
É uma criança que ri quando vos olha, que os olhos brilham quando chegam...

Se isso não vos trouxer um sorriso ao coração, não vos fizer esquecer as nuvens negras e o céu de tempestade e voltarem a acreditar no sol e na Primavera... meus amigos... nada mais o fará!
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