Sempre que me considerei apaixonada pelo meu trabalho, mesmo assumindo que sou exageradamente perfeccionista e exigente, comigo, com o meu trabalho e com a forma de fazer o melhor possível.
Mas realmente tenho de assumir que era uma workhaolic compulsiva.
Vivia o meu trabalho com paixão e tudo o resto era secundário e quase irrelevante.
O importante era que o trabalho estivesse feito, bem feito, a tempo e que nada falhasse.
Quantas festas de anos perdidas por causa do trabalho?
Fins de semana a trabalhar para que tudo estivesse feito e nada falhasse?
Namoros acabados por falta de atenção e disponibilidade, ou falta de comunicação?
E acima de tudo, a saúde perdida quando tudo se desmoronou graças a ... chefes?
Sinceramente, a todos os que pensam que não são workaholics (eu sei que sempre pensei que não era uma "dessas"), leiam atentamente o texto que se segue e não sigam o meu exemplo.
Eu perdi a minha saúde graças às questões abordadas neste texto (e isto depois de 20 anos a trabalhar sem adoecer), espero que consigam tomar medidas antes de perderem a vossa!
Faz muito bem em ir ao ginásio, seguir uma dieta regrada, em evitar tabaco, álcool e por aí adiante. O seu coração agradece. Mas se quer mesmo garantir a sua sobrevivência, e apesar da dificuldade em encontrar novos empregos, fuja a sete pés dos chefes incompetentes, irascíveis e injustos, porque o efeito desta gente sobre a sua saúde pode revelar-se mortal. Pelo menos é o que diz o estudo de uma equipa sueca que acompanhou mais de 3 mil trabalhadores homens, com idades entre os 18 e os 70 anos.
A primeira tarefa pedida às cobaias foi a de que avaliassem a competência e o carácter de quem geria o seu trabalho. Depois, durante uma década, a sua saúde foi sendo avaliada, registando-se neste período 74 casos de empregados vítimas de problemas cardíacos graves, nalguns casos até fatais. Do estudo à lupa de todo este trabalho, foi possível perceber que existe, de facto, uma relação directa entre a doença e os maus chefes.
Era esse o factor de risco que todos tinham em comum, e que assumia mais peso do que factores de risco como o tabaco, ou a falta de exercício. Perceberam também que os efeitos secundários dos chefes maus era independente do tipo de trabalho desempenhado, da classe social a que pertenciam, das habilitações que possuíam e inclusivamente do dinheiro que tinham na sua conta bancária.
Descobriram, ainda, que o efeito que um incompetente a mandar provoca é cumulativo, ou seja, se trabalhar para um idiota aumenta em 25% a probabilidade de um enfarte, essa probabilidade crescia para 64% se o trabalhador se mantivesse naquela situação por mais de quatro anos.
A explicação é relativamente simples: quando alguém se sente desvalorizado, sem apoio, injustiçado e traído, entra em stress agudo que leva à hipertensão e a outros distúrbios que deterioram a saúde do trabalhador. Daí a importância do apelo que estes especialistas fazem de que as estruturas estejam atentas e «abatam» rapidamente os chefes que não merecem sê-lo.
ISABEL STILWELL | EDITORIAL@DESTAK.PT
Mas realmente tenho de assumir que era uma workhaolic compulsiva.
Vivia o meu trabalho com paixão e tudo o resto era secundário e quase irrelevante.
O importante era que o trabalho estivesse feito, bem feito, a tempo e que nada falhasse.
Quantas festas de anos perdidas por causa do trabalho?
Fins de semana a trabalhar para que tudo estivesse feito e nada falhasse?
Namoros acabados por falta de atenção e disponibilidade, ou falta de comunicação?
E acima de tudo, a saúde perdida quando tudo se desmoronou graças a ... chefes?
Sinceramente, a todos os que pensam que não são workaholics (eu sei que sempre pensei que não era uma "dessas"), leiam atentamente o texto que se segue e não sigam o meu exemplo.
Eu perdi a minha saúde graças às questões abordadas neste texto (e isto depois de 20 anos a trabalhar sem adoecer), espero que consigam tomar medidas antes de perderem a vossa!
Faz muito bem em ir ao ginásio, seguir uma dieta regrada, em evitar tabaco, álcool e por aí adiante. O seu coração agradece. Mas se quer mesmo garantir a sua sobrevivência, e apesar da dificuldade em encontrar novos empregos, fuja a sete pés dos chefes incompetentes, irascíveis e injustos, porque o efeito desta gente sobre a sua saúde pode revelar-se mortal. Pelo menos é o que diz o estudo de uma equipa sueca que acompanhou mais de 3 mil trabalhadores homens, com idades entre os 18 e os 70 anos.
A primeira tarefa pedida às cobaias foi a de que avaliassem a competência e o carácter de quem geria o seu trabalho. Depois, durante uma década, a sua saúde foi sendo avaliada, registando-se neste período 74 casos de empregados vítimas de problemas cardíacos graves, nalguns casos até fatais. Do estudo à lupa de todo este trabalho, foi possível perceber que existe, de facto, uma relação directa entre a doença e os maus chefes.
Era esse o factor de risco que todos tinham em comum, e que assumia mais peso do que factores de risco como o tabaco, ou a falta de exercício. Perceberam também que os efeitos secundários dos chefes maus era independente do tipo de trabalho desempenhado, da classe social a que pertenciam, das habilitações que possuíam e inclusivamente do dinheiro que tinham na sua conta bancária.
Descobriram, ainda, que o efeito que um incompetente a mandar provoca é cumulativo, ou seja, se trabalhar para um idiota aumenta em 25% a probabilidade de um enfarte, essa probabilidade crescia para 64% se o trabalhador se mantivesse naquela situação por mais de quatro anos.
A explicação é relativamente simples: quando alguém se sente desvalorizado, sem apoio, injustiçado e traído, entra em stress agudo que leva à hipertensão e a outros distúrbios que deterioram a saúde do trabalhador. Daí a importância do apelo que estes especialistas fazem de que as estruturas estejam atentas e «abatam» rapidamente os chefes que não merecem sê-lo.
ISABEL STILWELL | EDITORIAL@DESTAK.PT
Imagem: www.destak.pt
Sem comentários:
Enviar um comentário