E para bem ilustrar a sua história enviou-me fotos que foi buscar aos álbuns, com a minha avó e com o meu avô, desde os seus tempos de infância até quase ao dia da morte do meu avô (obrigada madrinha por todas as fotos).
Foi uma oportunidade para relembrar o quão importante ele foi para mim.
O que representou.
Com os seus defeitos e qualidades (como qualquer ser humano), foi um homem que conseguiu construir fortuna a partir do nada e sem a "educação" escolar a que hoje se dá tanta importância!
Mas mesmo sem a escolaridade a que hoje em dia se dá tanta importância, era uma das pessoas mais cultas que conheci, que adorava ler e adquirir conhecimentos.
Conseguiu criar 3 filhos e dar-lhes as oportunidades que nunca teve.
Foi expulso do país que considerava seu e para onde tinha ido com a família para construir uma nova vida, despojado de todos os seus bens na 2ª metade da sua existência, e forçado a reconstruir toda uma vida.
Mas conseguiu!!!
Sobreviveu a vários AVC e passou pela "humilhação" de ter de estar dependente de alguém (ele, que era e sempre foi até ao final, um homem extremamente orgulhoso) e, apesar de tudo, tentava sempre mostrar boa cara, dizer a sua piada e sempre, mas sempre, tentou que eu estivesse bem e feliz (afinal era o meu padrinho)!
Lembrei-me de tudo o que fez por mim, de andar de gatas comigo quando eu era bebé, de já quase não conseguir falar depois dos seus ataques e mesmo assim segurar a minha mão e fazer um esforço para falar (e ele detestava falar, pois detestava não conseguir exprimir-se correctamente) e saber como estava, como tinham corrido os meus jogos (era a única pessoa na minha família que me falava da minha vida desportiva) etc....
Sei o que passava por não conseguir falar correctamente e pela paralisia facial (detestava que o vissem assim "desfigurado") e de como os olhos brilhavam quando via os filhos ou os netos.
Do orgulho de ter conseguido reconstruir uma vida, de ver os seus filhos "bem".
Da dor que sentia por saber que nem todos estavam felizes ou bem e de não os poder ajudar mais (financeiramente ou pela presença física).
Do prazer e orgulho que ele sentiu de ter toda a família nas suas bodas de ouro (filhos e netos).
Foi bom rever as fotos, relembrar o meu avô (sei que a imagem que transparece é idealizada, mas é como escolho pensar nele), o carinho que tinha por ele, a amizade... e as saudades que tenho dele!
E finalmente perceber de quem herdei este famoso e legendário mau feitio (é mesmo do meu avô)!!!
Aqui fica uma imagem dele, já depois do regresso a Portugal, numa visita ao meu tio quando ele estava nos Açores.
Para se ver como sempre foi um homem bonito e elegante, com a sua paixão pelas balalaicas (será que é assim que se escreve?).
Foi uma oportunidade para relembrar o quão importante ele foi para mim.
O que representou.
Com os seus defeitos e qualidades (como qualquer ser humano), foi um homem que conseguiu construir fortuna a partir do nada e sem a "educação" escolar a que hoje se dá tanta importância!
Mas mesmo sem a escolaridade a que hoje em dia se dá tanta importância, era uma das pessoas mais cultas que conheci, que adorava ler e adquirir conhecimentos.
Conseguiu criar 3 filhos e dar-lhes as oportunidades que nunca teve.
Foi expulso do país que considerava seu e para onde tinha ido com a família para construir uma nova vida, despojado de todos os seus bens na 2ª metade da sua existência, e forçado a reconstruir toda uma vida.
Mas conseguiu!!!
Sobreviveu a vários AVC e passou pela "humilhação" de ter de estar dependente de alguém (ele, que era e sempre foi até ao final, um homem extremamente orgulhoso) e, apesar de tudo, tentava sempre mostrar boa cara, dizer a sua piada e sempre, mas sempre, tentou que eu estivesse bem e feliz (afinal era o meu padrinho)!
Lembrei-me de tudo o que fez por mim, de andar de gatas comigo quando eu era bebé, de já quase não conseguir falar depois dos seus ataques e mesmo assim segurar a minha mão e fazer um esforço para falar (e ele detestava falar, pois detestava não conseguir exprimir-se correctamente) e saber como estava, como tinham corrido os meus jogos (era a única pessoa na minha família que me falava da minha vida desportiva) etc....
Sei o que passava por não conseguir falar correctamente e pela paralisia facial (detestava que o vissem assim "desfigurado") e de como os olhos brilhavam quando via os filhos ou os netos.
Do orgulho de ter conseguido reconstruir uma vida, de ver os seus filhos "bem".
Da dor que sentia por saber que nem todos estavam felizes ou bem e de não os poder ajudar mais (financeiramente ou pela presença física).
Do prazer e orgulho que ele sentiu de ter toda a família nas suas bodas de ouro (filhos e netos).
Foi bom rever as fotos, relembrar o meu avô (sei que a imagem que transparece é idealizada, mas é como escolho pensar nele), o carinho que tinha por ele, a amizade... e as saudades que tenho dele!
E finalmente perceber de quem herdei este famoso e legendário mau feitio (é mesmo do meu avô)!!!
Aqui fica uma imagem dele, já depois do regresso a Portugal, numa visita ao meu tio quando ele estava nos Açores.
Para se ver como sempre foi um homem bonito e elegante, com a sua paixão pelas balalaicas (será que é assim que se escreve?).
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