Desta vez este texto (que transcrevo mais abaixo) fez-me pensar na situação que vivi ontem.
Estava eu muito tranquila a regressar a casa quando tenho de parar numa fila, para entrar na estrada que conduz a minha casa (devo salientar que mesmo na entrada para essa estrada e antes de parar na fila estava um acidente, felizmente só com danos materiais nos automóveis envolvidos, como tive oportunidade de verificar mais tarde).
Tendo passado pelo acidente decidi dar distância para o carro da frente, pois estava a pensar que ainda vinha por ali lançado algum daqueles "orçamentistas" que inundam as nossas estradas, e não hesitam em parar ou desacelerar para ver um acidente, e que ainda me batia no carro e se estivesse muito perto ia embater no outro.
Estava eu a pensar nisto quando... me batem com alguma violência na traseira!!!
Os pensamentos imediatos foram - já foi!!! Fiquei com a traseira toda metida dentro!
Felizmente, ao sair do carro verifiquei que ele se tinha comportado como um "senhor" e não parecia amachucado, enquanto o carro do "sr" que me bateu tinha a frente toda partida.
Ele saiu logo do carro e começa a dizer que tinha sido só um encosto, que não havia nada nos carros, que estava resolvido...
Veio um agente da GNR que indicou que se devia fazer o auto do acidente e eu sempre referi ao "sr" que queria ver um mecânico, pois essas pancadas podiam não aparentar ser nada no exterior mas queria que uma pessoa que conhecesse o ofício visse se estava algo por dentro.
Ele sempre a reclamar, a tirar fotos, a dizer que o carro não tinha nada, que eu queria era explorar, etc., recusou assinar declaração amigável (nem carta tinha com ele ou identificação).
No dia seguinte o mecânico mostrou a mala metida dentro (no interior) e que ainda era um arranjo para algumas centenas de euros e o "sr", a quem liguei como combinado, insultou-me, ao mecânico e foi lá ter para ver os danos e "afirmar" que aquilo já devia estar e que eu estava a querer que ele pagasse por um "encosto" (que me tinha feito saltar tudo do tablier para o chão e abrir o guarda-lamas e saltar a luz da matricula do sitio). Mas tudo isto sempre num tom de voz elevado e agressivo, como se eu e todos o quiséssemos explorar e ele fosse a vitima!!!
Com a recusa de assinar a declaração e com a afirmação dele que o GNR nem o devia ter mandado ir buscar a carta, pois o cartão de segurança privada devia chegar (sim.... não foi multado, deixaram ir buscar a carta e não tinha BI e ainda reclama!!!) fui à GNR para pedir o auto e dar andamento ao processo.
Pois acreditem ou não, o cavalheiro tb foi e quando estava a falar com o rapaz que tinha registado a ocorrência (que por acaso estava à porta) ele chega e começa a insultar e a dizer que estavamos a mentir (por acaso tinha acabado de falar no comentário dele que o cartão da empresa devia chegar como ID e não precisava de ter dado a carta....) e que não devia ter deixado o GNR preencher o auto (??!!! sim, ele manda na GNR)... etc.
Enfim... um filme, e dos maus e com um som terrível.
Mas... onde ficou provado aquilo que já sabia... que quem tem razão não precisa de falar alto, de "atacar" verbalmente as pessoas com quem fala.
Quem tem razão, poder e personalidade de líder sabe estar calado e só falar quando se justifica!
Sinceramente, espero um dia, antes de morrer, conseguir ter o "silêncio dos lobos" em vez de ter o "coração ao pé da boca"!!!
Aqui fica o texto que originou esta divagação de hoje sobre um acidente "da treta", super fácil de resolver (o homem bateu por trás num carro parado numa fila de trânsito!!!) e que se consegue complicar por altivez, mania de perseguição... sei lá o que lhe passa pela cabeça, até porque é o seguro que paga e não ele!!!
SILÊNCIO
Pense em alguém que seja poderoso...
Essa pessoa barafusta e grita como uma galinha, ou olha em silêncio como um lobo?
Os lobos não gritam.
Eles tem uma aura de força, de poder.
Observam em silêncio.
Somente os poderosos, sejam homens ou mulheres, respondem a um ataque verbal com o silêncio.
Além disso, quem evita dizer tudo aquilo que tem vontade, raramente se vai arrepender por magoar alguém com palavras ásperas e impensadas.
Exactamente por isso é que o primeiro, e mais óbvio, sinal de poder sobre si mesmo é o silêncio em momentos críticos.
Se está em silêncio, olhando para o problema, mostra que está pensando, sem tempo para debates fúteis.
Se for uma discussão que já deixou o terreno da razão, quem silencia mostra que já venceu, mesmo quando o outro lado insiste em gritar a sua derrota.
Olhe.
Sorria.
Silencie.
Vá em frente.
Lembre-se sempre que há momentos para falar e momentos para silenciar.
Escolha qual desses momentos é o correcto, mesmo que tenha de se esforçar para isso.
Por alguma razão, talvez cultural, somos treinados para a (falsa) ideia de que somos obrigados a responder a todas as perguntas e a reagir a todos os ataques.
Não é verdade!
Responde só ao que quiser responder e reage só ao que quiser reagir.
Nem sequer é obrigado a atender o seu telefone pessoal.
Falar é uma escolha, não uma exigência, por mais que assim o pareça.
Pode sempre escolher o silêncio.
Além disso não terá de se arrepender das coisas ditas em momentos impensados, como defendeu Xenocrates, mais de trezentos anos antes de Cristo, ao afirmar:
"Arrependo-me das coisas que disse, mas jamais me arrependi do meu silêncio."
Responda com o silêncio, quando for necessário.
Use sorrisos, não sarcásticos, mas sorrisos reais.
Use o olhar, use um abraço, ou use qualquer outra coisa, para não responder em alguns momentos.
Verá que o silêncio pode ser a mais poderosa das respostas.
E, no momento certo, a mais compreensiva e real delas.
Este texto, além de me ter feito pensar no caso do "sr" que me bateu no carro, faz-me pensar na postura que devo adoptar com os constantes "ataques", criticas, "boicotes" e falta de cooperação do trabalho gratuito (ainda pago para o realizar mínimamente em condições) e 100% voluntário que, impensadamente e ingenuamente, aceitei há algum tempo, acreditando que havia boa-vontade e se poderia fazer evoluir a modalidade desportiva que é a paixão da minha vida.
E ao reler (enquanto escrevia) decidi que, a partir de agora acabaram-se as respostas aos mails com exigências ou de contexto agressivo, insultuoso ou fora da minha responsabilidade ou de quem os envia!
Acabaram as respostas imediatas aos ataques, às confrontações... a tudo o que me vá desestabilizar nesse lado voluntário da minha vida!
SILÊNCIO para todos e para tudo e viver com tranquilidade - é o que desejo para mim neste ano!
Vamos ver se consigo... deixar a emoção e a reactividade de lado...
Estava eu muito tranquila a regressar a casa quando tenho de parar numa fila, para entrar na estrada que conduz a minha casa (devo salientar que mesmo na entrada para essa estrada e antes de parar na fila estava um acidente, felizmente só com danos materiais nos automóveis envolvidos, como tive oportunidade de verificar mais tarde).
Tendo passado pelo acidente decidi dar distância para o carro da frente, pois estava a pensar que ainda vinha por ali lançado algum daqueles "orçamentistas" que inundam as nossas estradas, e não hesitam em parar ou desacelerar para ver um acidente, e que ainda me batia no carro e se estivesse muito perto ia embater no outro.
Estava eu a pensar nisto quando... me batem com alguma violência na traseira!!!
Os pensamentos imediatos foram - já foi!!! Fiquei com a traseira toda metida dentro!
Felizmente, ao sair do carro verifiquei que ele se tinha comportado como um "senhor" e não parecia amachucado, enquanto o carro do "sr" que me bateu tinha a frente toda partida.
Ele saiu logo do carro e começa a dizer que tinha sido só um encosto, que não havia nada nos carros, que estava resolvido...
Veio um agente da GNR que indicou que se devia fazer o auto do acidente e eu sempre referi ao "sr" que queria ver um mecânico, pois essas pancadas podiam não aparentar ser nada no exterior mas queria que uma pessoa que conhecesse o ofício visse se estava algo por dentro.
Ele sempre a reclamar, a tirar fotos, a dizer que o carro não tinha nada, que eu queria era explorar, etc., recusou assinar declaração amigável (nem carta tinha com ele ou identificação).
No dia seguinte o mecânico mostrou a mala metida dentro (no interior) e que ainda era um arranjo para algumas centenas de euros e o "sr", a quem liguei como combinado, insultou-me, ao mecânico e foi lá ter para ver os danos e "afirmar" que aquilo já devia estar e que eu estava a querer que ele pagasse por um "encosto" (que me tinha feito saltar tudo do tablier para o chão e abrir o guarda-lamas e saltar a luz da matricula do sitio). Mas tudo isto sempre num tom de voz elevado e agressivo, como se eu e todos o quiséssemos explorar e ele fosse a vitima!!!
Com a recusa de assinar a declaração e com a afirmação dele que o GNR nem o devia ter mandado ir buscar a carta, pois o cartão de segurança privada devia chegar (sim.... não foi multado, deixaram ir buscar a carta e não tinha BI e ainda reclama!!!) fui à GNR para pedir o auto e dar andamento ao processo.
Pois acreditem ou não, o cavalheiro tb foi e quando estava a falar com o rapaz que tinha registado a ocorrência (que por acaso estava à porta) ele chega e começa a insultar e a dizer que estavamos a mentir (por acaso tinha acabado de falar no comentário dele que o cartão da empresa devia chegar como ID e não precisava de ter dado a carta....) e que não devia ter deixado o GNR preencher o auto (??!!! sim, ele manda na GNR)... etc.
Enfim... um filme, e dos maus e com um som terrível.
Mas... onde ficou provado aquilo que já sabia... que quem tem razão não precisa de falar alto, de "atacar" verbalmente as pessoas com quem fala.
Quem tem razão, poder e personalidade de líder sabe estar calado e só falar quando se justifica!
Sinceramente, espero um dia, antes de morrer, conseguir ter o "silêncio dos lobos" em vez de ter o "coração ao pé da boca"!!!
Aqui fica o texto que originou esta divagação de hoje sobre um acidente "da treta", super fácil de resolver (o homem bateu por trás num carro parado numa fila de trânsito!!!) e que se consegue complicar por altivez, mania de perseguição... sei lá o que lhe passa pela cabeça, até porque é o seguro que paga e não ele!!!
SILÊNCIO
Pense em alguém que seja poderoso...
Essa pessoa barafusta e grita como uma galinha, ou olha em silêncio como um lobo?
Os lobos não gritam.
Eles tem uma aura de força, de poder.
Observam em silêncio.
Somente os poderosos, sejam homens ou mulheres, respondem a um ataque verbal com o silêncio.
Além disso, quem evita dizer tudo aquilo que tem vontade, raramente se vai arrepender por magoar alguém com palavras ásperas e impensadas.
Exactamente por isso é que o primeiro, e mais óbvio, sinal de poder sobre si mesmo é o silêncio em momentos críticos.
Se está em silêncio, olhando para o problema, mostra que está pensando, sem tempo para debates fúteis.
Se for uma discussão que já deixou o terreno da razão, quem silencia mostra que já venceu, mesmo quando o outro lado insiste em gritar a sua derrota.
Olhe.
Sorria.
Silencie.
Vá em frente.
Lembre-se sempre que há momentos para falar e momentos para silenciar.
Escolha qual desses momentos é o correcto, mesmo que tenha de se esforçar para isso.
Por alguma razão, talvez cultural, somos treinados para a (falsa) ideia de que somos obrigados a responder a todas as perguntas e a reagir a todos os ataques.
Não é verdade!
Responde só ao que quiser responder e reage só ao que quiser reagir.
Nem sequer é obrigado a atender o seu telefone pessoal.
Falar é uma escolha, não uma exigência, por mais que assim o pareça.
Pode sempre escolher o silêncio.
Além disso não terá de se arrepender das coisas ditas em momentos impensados, como defendeu Xenocrates, mais de trezentos anos antes de Cristo, ao afirmar:
"Arrependo-me das coisas que disse, mas jamais me arrependi do meu silêncio."
Responda com o silêncio, quando for necessário.
Use sorrisos, não sarcásticos, mas sorrisos reais.
Use o olhar, use um abraço, ou use qualquer outra coisa, para não responder em alguns momentos.
Verá que o silêncio pode ser a mais poderosa das respostas.
E, no momento certo, a mais compreensiva e real delas.
Este texto, além de me ter feito pensar no caso do "sr" que me bateu no carro, faz-me pensar na postura que devo adoptar com os constantes "ataques", criticas, "boicotes" e falta de cooperação do trabalho gratuito (ainda pago para o realizar mínimamente em condições) e 100% voluntário que, impensadamente e ingenuamente, aceitei há algum tempo, acreditando que havia boa-vontade e se poderia fazer evoluir a modalidade desportiva que é a paixão da minha vida.
E ao reler (enquanto escrevia) decidi que, a partir de agora acabaram-se as respostas aos mails com exigências ou de contexto agressivo, insultuoso ou fora da minha responsabilidade ou de quem os envia!
Acabaram as respostas imediatas aos ataques, às confrontações... a tudo o que me vá desestabilizar nesse lado voluntário da minha vida!
SILÊNCIO para todos e para tudo e viver com tranquilidade - é o que desejo para mim neste ano!
Vamos ver se consigo... deixar a emoção e a reactividade de lado...
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