quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Pandora

Quando eu era mais nova, falava-se muito nas jóias Pandora, e sempre as tinha visto como algo elitista, das senhoras "bem", vips, que andavam sempre com as suas pulseiras cheias de "penduricalhos".
Durante muito anos deixei de ouvir falar nesta marca de joelharia, assim como deixei de reparar se nas fotos das revistas de "glamour" as nossas "estrelas" usavam estas pulseiras ou não (sinal de que não se viam "penduricalhos").
De há um ano para cá, o marketing da marca tornou-se bastante activo e a marca "democratizou-se".
De repente começaram-se a ver anúncios em tudo o que era paragens de autocarro, muppies por toda a parte, anúncios em revistas e jornais, comecei a ver colegas e amigas a usar pulseira Pandora... e a curiosidade venceu.
Andei a "estudar" um pouco a marca e as suas jóias e devo admitir que, para quem gosta do estilo, é uma forma bonita de ir criando as jóias à sua maneira e de acordo com o seu gosto ou com os momentos especiais.
Isto porque no caso das pulseiras, o artigo mais popular e democratizado da marca, cada pessoa pode ir criando a sua com as contas que for comprando, que lhe forem oferecendo, cada uma representando algo ou um momento especial.
E existem contas para tudo o que possam pensar desde aniversários, iniciais, nascimentos, bolos de aniversário, casas, namoros, casamentos, diários, morangos, trevos, ursinhos, corações, malas, sapatos, dados, carrinhos de bebé, pinheiro de natal, floco de neve ... sei lá...uma infinidade de coisas.
Nunca fui muito fã de pulseiras e sou mais apaixonada por Swatch e por linhas simples, mas devo confessar que se fosse o meu estilo, era uma ideia muito interessante para criar uma jóia que contasse uma história.
Sem ser as pulseiras, tem jóias lindíssimas, mas devo admitir que as achei demasiado caras para o que são (com excepção de um anel lindíssimo... que nunca encontrei no meu tamanho).
São linhas simples, modernas, mas que se enquadram bem nos dias de hoje e que se adequam à democratização que a marca está a fazer, lançando linhas para todos os gostos e bolsas - sim, porque uma jóia pandora é algo para se construir durante uma vida e não algo para se dar feito (pelo menos no meu entendimento simplista).
Estava a pesquisar o site e tem um simulador para se construir a nossa própria pulseira - mais uma ferramenta para criar o bichinho em quem gosta deste estilo.
Comecei a construir uma, procurando contas que pudessem ter significado e escolhendo entre as mais em conta... e a minha simples pulseira, no final, valia mais de 950€.
Li em alguns sites que esta era uma forma de atrair esposos, namorados e amantes a dar jóias e a abrir uma verdadeira "caixa de Pandora", pois quando se dá uma pulseira destas, nunca mais se pára de comprar contas, em todas as datas especiais para as mulheres.
Embora não discordando do principio, que é um poço sem fundo para as amantes deste tipo de simbologia, prefiro o aspecto romântico da coisa, o mesmo que lhes foi atribuído pelos seus criadores - uma forma simples e económica de construir a sua própria jóia, ao longo do tempo, com a história da pessoa/casal/família lá representada.
Um bonito investimento, mas que implica paciência, amor e... algum dinheiro.
Para as curiosas e curiosos, carreguem na imagem com o nome da marca e visitem o site onde podem encontrar simuladores e muitas informações interessantes.
Ia colocar algumas das minhas contas preferidas, mas depois apercebi-me que podia ser entendido como um desejo de aniversário... e como não tem nada a ver com isso, pois até nem sou de usar pulseiras... guardo-as para mim.
Mas atenção, cuidado com o vício, correm o risco de se tornar "Pandóricas".
Uma "Pandórica", segundo me contou uma amiga que recebeu a sua pulseira no seu aniversário oferecida pelo seu incauto namorado, é alguém que sabe perfeitamente quais são as contas que existem, as referências, cores, preços, novidades, etc... e nunca desiste até ter completado a sua pulseira.
Contava-me ela com orgulho que desde o Natal ele lhe tinha oferecido todos os meses uma conta e ela contava receber mais algumas no dia dos Namorados.
Agora que penso nisso, devo admitir que fiquei com pena do brilho e orgulho que vi no olhar dela, pois tinha pensado (mais uma vez ingenuamente) que era uma excelente ideia para ir construindo uma história, uma jóia de família, algo que se faz ao longo do tempo (se necessário anos, se bem que não sou muito paciente), mas se calhar esta democratização é apenas uma forma de as mulheres conseguirem ter um artigo seleccionável, uma forma de superarem as "rivais", uma forma de completar uma jóia antes de qualquer outra... Uma forma de testarem os companheiros e família a ver quem dá mais e mais rapidamente as famosas contas para fazer a pulseira.
Fica o pensamento final... uma forma de construir uma jóia com uma história de família/pessoal ou uma forma de coleccionismo que pode levar a autênticas loucuras e falências?

2 comentários:

Anónimo disse...

eu adoro pulseiras pandora e devo dizer que não resisto a receber uma pela em cada ocasião especial.
O que vale é que toda a familia ajuda e assim completo a minha pulseira muito depressa.
Mas deixo-te mais algumas marcas que vale a pena ver e que tem contas muito giras e mais em conta que Pandora, para o caso de algum dia mudares de ideias e usares pulseiras:
Chaimilia
Trollbeads
Noorai
Bacio
Tedora
A Noorai acho que não é prata, mas se tiveres cuidado duram uma vida.

Anónimo disse...

Estava á procura de sitios onde comprar Trollbeads em Portugal e encontrei este comentário ao propósito, pelo que decidi "meter-me na conversa" :)... Vim agora de Espanha onde a Trollbeads vende imenso e vi a coleção deles que é linda e creio que em termos de qualidade ultrapassa a Pandora (pelo menos em Espanha dão garantia vitalicia para TODAS as peças!!!). Não percebo porque é que em Portugal ainda não se vê muito...
Se souberem de algum sitio que venda na zona de Lisboa....

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