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quinta-feira, 14 de maio de 2009

Tradições Antigas

Este anúncio foi censurado aqui no nosso "cantinho".
Vá-se lá saber porquê????
Para mim está FABULOSO!

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Porque não se devem procurar as memórias de tempos felizes

Um anúncio espectacular que exemplifica porque não se deve voltar atrás, porque não devemos procurar os momentos, pessoas, locais onde fomos felizes e devemos seguir em frente.
Sei que a base é comercial (afinal é um anúncio da lotaria), mas é um principio que devemos aplicar à nossa vida - deixar as memórias felizes onde estão... como memórias de tempos felizes!
Procurar repetir/reviver/recriar momentos felizes só nos vai causar desilusão, porque nada mais será tão genuíno ou verdadeiro como "aquele" momento ou aquela pessoa!

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Que Fizeste

Porque posso perdoar mas não esqueço (ou será o contrário), aqui fica a música dedicada a quem me tinha destruído o coração em Março 2008.
A letra é um espectáculo para a pessoa em causa:


Ayer nos dos soñabamos con un mundo perfecto
Ayer a nuestros labios les sobraban las palabras
Porque en los ojos nos espiabamos el alma
y la verdad no vacilaba en tu mirada

Ayer nos no metimos conquistar el mundo entero
Ayer tu me juraste que ese amor seria eterno
Por que una vez equivocarse es suficiente
Para aprender lo que es amar sinceramente

¿Que Hiciste? Hoy destruiste con tu orgullo la esperanza
Hoy empañaste con tu furia mi mirada
Borraste toda nuestra historia con tu rabia
Y confundiste tanto amor que te entregaba
Con un permiso para si romperme el alma

¿Que Hiciste? Nos obligaste a destruir las madrugadas
Y nuestras noches las ahogaron tus palabras
Mis ilusiones acabaron con tus farzas
Se te olvido que era el amor lo que importaba
Y con tus manos derrumbaste nuestra casa

Mañana que amanezca un dia nuevo en mi universo
Mañana no vere tu nombre escrito entre mis versos
No escuchare palabras de arrepentimiento
Ignorare sin pena tu remordimiento

Mañana olvidare que ayer yo fui tu fiel amante
Mañana ni siquiera habra razones para odiarte
Yo borrare todos tus sueños en mis sueños
Que el viento arrastre para siempre tus recuerdos

¿Que Hiciste? Hoy destruiste con tu orgullo la esperanza
Hoy empañaste con tu furia mi mirada
Borraste toda nuestra historia con tu rabia
Y confundiste tanto amor que te entregaba
Hoy no permito para ti romperme el alma

¿Que Hiciste? Nos obligaste a destruir las madrugadas
Y nuestras noches las ahogaron tus palabras
Mis ilusiones acabaron con tus farzas
Se te olvido que era el amor lo que ïmportaba
Y con tus manos derrumbaste nuestra casa

Y confundiste tanto amor que te entregaba
Con un permiso para si romperme el alma

¿Que Hiciste? Nos obligaste a destruir las madrugadas
Y nuestras noches las ahogaron tus palabras
Mis ilusiones acabaron con tus farzas
Se te olvido que era el amor lo que ïmportaba
Y con tus manos derrumbaste nuestra casa

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Balanço? Vida? Caos? Eu?

Será do Verão e de se ter a cabeça mais leve?
Será bloqueio de "escritora", mesmo sabendo que não o sou nem nunca serei?
Olho para os últimos posts e as palavras não fazem sentido, não ligam com as ideias que queria e quero transmitir.
As palavras sucedem-se na minha cabeça, milhares e milhares de ideias e palavras, que não conseguem sair e passar para a tela do computador.
Escrevo, reescrevo, quero escrever!
Leio, apago, escrevo de novo e novamente apago, releio tudo o que escrevi e... continua a não fazer sentido, a estar tudo misturado!
É a confusão total!!!
Fechado para balanço, diz a minha imagem no messenger.
Balanço de quê?
De uma vida que teima em não acontecer?
De uma existência em que não há nada para mostrar ao fim de tantos anos de vida?
De anos e anos a ser o que os outros esperam de mim, sempre com a mesma máscara, sempre colocando os outros em primeiro lugar, ignorando o que quero, gosto, me apaixona?
Olho para o passado em busca de um caminho que me ajude a percorrer o futuro de cabeça erguida... mas não consigo vislumbrar nada, o nevoeiro é muito denso!
Olho em frente e vejo montanhas, vales, e nenhuma seta, nenhuma placa que me indique qual a melhor estrada para poder atravessar aqueles precipícios pela melhor estrada, aquela com menos curvas.
Será a isto que se resume a minha existência?!
Uma confusão de palavras e ideias, de percursos, de caminhos que se cruzam e descruzam sem nunca dar sentido à minha vida e ao porquê da minha existência?
Quero fazer um balanço, parar para analisar o que está feito em quase metade da minha vida (sim, ainda faltam uns anos para lá chegar, mas está mais perto do que nunca), mas... tal como as reticências e parêntesis que marcam os meus posts, também o meu balanço me mostra que não há nada para analisar e ao mesmo tempo há tanto que nem sei por onde começar.
Os caminhos partem em todos os sentidos e vão sempre ter a becos sem saída.
Uma vida feita de começos e recomeços, é esse o balanço?
É assim que vou viver toda a minha existência?!
Como as palavras e ideias que teimam em não sair, em se confundir, em criar o caos nos posts e nas ideias que quero transmitir?!
E no entanto sinto-me bem, ousaria até dizer feliz (numa felicidade roubada, transitória, indevida, quem sabe perene e simultâneamente com data de validade, aparente e simultâneamente profunda...).
Porque não consigo pensar claro?
Porque as ideias e palavras teimam em não fazer sentido?
Penso, analiso... leio o que escrevi, uma, duas vezes... o caos de sempre.
Um dos teus piores posts dirão alguns, ao nível dos últimos.
Penso em apagar tudo, recomeçar, mas ao fim de três tentativas a impaciência que me caracteriza (e que há anos digo que vou trabalhar) volta a ganhar - "que se lixe... é assim que penso, é assim que vou escrever e quem não gostar, não leia!".
Mas quem sou eu? Quem é a pessoa que se esconde por trás destes posts e destas palavras?
Mas "isto" sou eu, procurando o sentido em palavras, letras que se atropelam para tentar dar sentido a um qualquer texto!
Uma pessoa que olha para os rebanhos e gostava de fazer parte de um deles, mas que quando está integrada num rebanho se sente como o patinho feio, como a ovelha negra, sempre diferente, sempre insatisfeita, sempre recusando seguir com a manada cegamente, sem nexo, sem sentido... porque sim e porque todos vão para onde mandam!
Eu sou a tempestade que se ergue por trás da calma aparência de um mar sereno, um turbilhão de emoções que se escondem por trás da tranquilidade de um sorriso, a paixão ardente que se esconde por trás da tranquila aparência da indiferença!
E só consigo pensar que quando as letras se unirem e conseguirem formar palavras com sentido, frases com nexo, textos com coerência... quando o rebanho estiver novamente ao alcance do meu olhar... quando o mar voltar a serenar, então é porque o meu "balanço" acabou e consegui novamente encontrar o rumo, o sentido, a direcção, a paixão que me move.
Até lá, vou continuar a procurar nas palavras que se atropelam na minha cabeça e coração as que mais se adequam às ideias que querem sair e não sabem como!
E vou continuar a olhar e caminhar em direcção às montanhas do meu futuro ignorando o intenso nevoeiro que se forma nas minhas costas, escondendo o pouco que o passado tem para mostrar de mim!
Se cair, se for ter novamente a um beco sem saída.... só tenho de procurar nova direcção no labirinto que é e será sempre a minha vida!

sábado, 19 de julho de 2008

Uma porta que se abre???

Hoje apetece-me escrever a partir da imagem - uma porta que se abre para um futuro azul, a minha cor preferida.
Porquê este estado de alma, de espírito?
Nem sei bem explicar porquê, e talvez o segredo seja isso - deixei de pensar no porquê de as coisas acontecerem e passei a viver o que acontece , sem analisar.
Sinto-me feliz.
Como já disse anteriormente, sei que é uma felicidade com data de validade, quem sabe ilusória, mas não me interessa.
Sinto-me bem e vou aproveitar enquanto puder.
Há o reverso da medalha, que é estar a sobrecarregar a minha mãe, mas as coisas estão a compor-se e com sorte daqui a um mês tudo estará de volta aos eixos e conseguirei compensá-la.
E, no seguimento das frases que decidi aplicar na minha vida (os famosos "clichés" - desculpa os parêntesis B), hoje o meu ex falou comigo pelo messenger, e eu consegui estar a falar com ele e, pela primeira vez, sentir-me bem!
Não sei se é por ter resolvido no meu coração as coisas do passado e finalmente ter enterrado (ou escondido) a mágoa...
Não sei se é por ele ter sido para mim uma pessoa tão especial e importante que continuo a preocupar-me com a sua felicidade e que esteja bem...
Ou se é simplesmente porque gosto que as pessoas que significam ou significaram algo para mim continuem presentes na minha vida (de alguma forma) e estejam bem.
Quando penso nisso, não sei se é porque consigo finalmente, quem sabe pontualmente, lidar com elas e superar, ou se simplesmente sou uma parva ingénua (o mais provável)!
Mas sinto-me bem por ter conseguido falar com ele.
Por ele ter, de alguma forma aberto o seu coração e aceitado algumas das suas "fraquezas" e que ajudaram na ruptura, por ter falado dos problemas que tem (e como é difícil fazer com que aquele homem fale de si e dos seus problemas) e por, de alguma forma, as coisas terem sido naturais, sem mágoas, sem queixas, sem ressentimentos.
E como eu conheço aquele homem e me identifico com muitas das coisas que ele vive, pois tal como eu (e outra pessoa na minha vida) ele sempre viveu em função dos outros, de garantir que todos estavam bem (colegas de trabalho, família, filhos, amigos, namorada) esquecendo-se muitas vezes do mais importante - DELE!!! E de ser feliz ou estar feliz - pois se estiver feliz, os outros estarão seguramente (ou parecerão) muito mais felizes!
E finalmente ele admitiu que é verdade. Que sempre viveu assim. E ele ainda é pior que eu (pois eu vivo as coisas no momento, sem pensar nas consequências ou no fim), pois ele vive a procurar o pior cenário e, fatalmente, ele acontece (com tanta procura e antecipação... é normal).
E soube bem ouvir o que dizia, falar com ele de tantas coisas e tão poucas. E sobretudo de sentir, no meio da tristeza das suas palavras, do cansaço, da preocupação... umas gargalhadas pelas minhas historias!
Pois é, se calhar aquela teoria de que tanto se fala, "O Segredo", tem algum fundamento, pois quando esquecemos os problemas, as mágoas, os ressentimentos, etc., e nos concentramos nas coisas boas, em aproveitar as oportunidades e o que o mundo tem para nos oferecer... parece que atraímos coisas boas!
Mas atenção, este estado de alma em que estou também não me fez cega.
O meu lado negro e céptico (a outra metade) continua presente e sabe que as coisas tem um fim.
Mas em vez de viver em função desse fim, e de antecipar o que pode acontecer, escolhi viver em função do que o futuro me reserva.
Escolho viver em função de descobrir o que está por trás da porta nº 1 - a porta azul!!!
E, se não gostar do que encontrar, a solução é simples - fecha-se a porta e abre-se a porta número 2 ou 3.
Não quero é continuar a olhar para a porta fechada e a chorar o que lá tinha ou poderia ter!
Não serve de nada, só para perder tempo de vida!
A vida é tão curta, que mais vale ir logo abrir outra porta, viver outro momento!
E por isso estou feliz.
E sinto-me em paz comigo mesma, tranquila, calma.
Sem hipocrisias!
Dizendo e vivendo o que sinto quando o sinto!
Amanhã..... é um outro dia.
Logo veremos como se vive!
Verei o que a porta azul me reservou para viver, pois o sol brilha lá fora e a vida é bela!

terça-feira, 10 de junho de 2008

Ojala pudiera borrarte

Uma música dedicada à pessoa que me estilhaçou o coração e que, por mais que o enterre, insiste em voltar à superfície só para chatear.
Pequena ressalva... esqueçam a parte dos sonhos, do voltar... é mesmo a parte do "quem me dera poder apagar-te" no sentido literal da expressão e não no romântico!!!
O que está a laranja não é dedicado, está a mais na mensagem a transmitir...
Devo ter de arranjar uma estaca, dentes de alho, uma cruz e água benta para que consiga que me esqueça de uma vez e me deixe em paz!




Ojala y te me borraras de mis sueños
y poder desdibujarte
ojala y pudiera ahogarte en un charco
lleno de rosas y amor
ojala y se me olvidara hasta tu nombre
ahogarlo dentro del mar
ojala y que tu sonrisa de verano
se pudiera ya borrar...

Vuelve corazón,
uh uh uh vuelve a mi lado
Vuelve corazón...

No vuelve, no vuelve, no vuelve, No...

Ojala y te me borraras para siempre de mi vida
para no volverte a ver
y ojala y te me borraras por las noches
en
el día, para no volverte a ver
y ojala y te me esfumaras de mis sueños
vida mía
para no volverte a ver
Nooooo, ni en sueños...

Como puedo yo borrar tus besos vida
están tatuados en mi piel

quiero de una vez por todas ya largarte
y
borrarte de mi ser...

Ojala y la lluvia me ahogue entre sus brazos
para no pensar en ti
O que pase un milagro o pase algo
que me lleve hasta ti...

Vuelve corazón...
uh uh uh uh vuelve a mi lado
Pero no no no no vuelve corazón
No vuelve, no vuelve, no vuelve, No...

Ojala y te me borraras para siempre de mi vida
para no volverte a ver
y ojala y te me borraras por las noches en el día
para no volverte a ver
y ojala y te me esfumaras de mis sueños
vida mía
y que no me lluevas más
y ojala y que la lluvia me ahogue entre sus brazos
para no volverte a ver...

Nooo, ni en sueños...

Pa´ que pares de llover...
Sueños... sueños... oooh mis sueños...

domingo, 13 de abril de 2008

Princípio do Vazio

Este é um ficheiro que recebi hoje da minha mãe e que me fez pensar (tenho andado a pensar muito ultimamente... ou tenho muito tempo livre... ou é para contrariar o louro do cabelo que está de volta).
Desde que me lembro, sempre fui muito agarrada às minhas coisas. Não no sentido de serem só minhas, pois não tenho o mínimo problema em emprestar ou dar as minhas coisas a quem precisa ou mas pede.
Penso que em criança também seria assim, apesar de ter a noção de que seria mais "agarrada" ao que era meu. A minha mãe poderá corrigir-me se estiver errada, mas acho que nunca me importei de partilhar o que era meu (e se não for o caso - já evoluí nesse aspecto!!!).
Também acredito que pode vir de uma infância que, embora feliz (à sua maneira), nunca foi de grandes luxos. E de uma auto-estima muito baixa (isso aí poderíamos passar horas a falar disso, do que a causou... podíamos aplicar técnicas freudianas... mas não vale a pena - fica para outras alturas).
Mas sempre coleccionei tudo o que me davam, pois sempre representaram momentos na minha vida que me marcaram. Ou porque tinha ganho em alguma prova desportiva, ou porque tinha sido uma aluna ou atleta a oferecer, ou alguém que significava algo, ou tinha ganho... não sei... tudo para mim tem um significado.
Na roupa também era muito assim (era?! ainda sou... mas em recuperação). Era porque estava mais gorda e depois emagrecia, então ficava com a roupa grande para se aumentasse de peso. Era porque estava a engordar e então ficava com a outra roupa para quando emagrecesse. era porque era a roupa que eu tinha feito, ou que me tinha sido oferecida. Eram os meus sapatos (mais ténis) que eu adorava e estavam todos rotos e defeituosos, mas eram os primeiros que comprei.
Quando andava a arrumar as coisas para a ex-mudança para a Holanda é que me apercebi da quantidade de coisas a que me agarrava (sejamos honestos... ainda tenho muitas mais do que o necessário). Eram os livros e cadernos da faculdade (para quê? não vou voltar àquele curso), eram dezenas de desenhos de miúdos com quem trabalhei, toda a bonecada que me tinham oferecido ao longo dos anos, velas, cristais, jarras, etc., etc. Já para não falar dos inúmeros serviços de louças, copos, faqueiros, etc... (desvantagens de ter sido a primeira e única rapariga da família a ir viver sozinha?!).
Eu não sou capaz de "reciclar" nada... nem mesmo as coisas de que não gostava nem um pouco, pois tinham sido oferecidas.
Pode vir de um síndrome de nunca ter tido muita coisa e nunca ter querido sobrecarregar os meus pais com isso (que para dificuldades já bastavam as que se passavam e as que a morte do meu irmão originaram)... mas ao mesmo tempo penso que não tem sentido... pois nunca fui de poupanças ou precaver o futuro (sempre fui mais de "chapa ganha, chapa gasta".. e se possível a oferecer coisas que as outras pessoas que me eram próximas precisavam). E se queria alguma coisa em especial... trabalhava para isso (como fiz aos 14 anos quando quis comprar os meus primeiros ténis de marca... os meus lindos ADIDAS; ou aos 16 para a minha primeira aparelhagem...).
Pode vir de um sentimento de ... auto-estima... ofereceram-me aquilo, por isso gostavam de mim! É possível. Por baixo da aparência forte e independente esteve durante muito tempo (será que não está ainda) uma necessidade grande de ser amada e apreciada... mas não penso que isso seja o mais relevante, pois com o passar dos anos aprendi que os verdadeiros amigos e pessoas que nos amam... pelo que somos... acabam por estar sempre presentes. E, sejamos honestos, eu é que me afasto sempre... sou distante, deixo o espaço para as pessoas que sinto precisarem mais de atenção do que eu.
Será que me agarro a tudo para não passar mais dificuldades? Para que não tenha de depender de terceiros ou sobrecarregar alguém com as minhas necessidades? Também não penso que seja isso. Tirando este pequeno momento de fraqueza em que me encontro (há que aproveitar enquanto dura)...sempre procurei ter as minhas coisas e lutar por elas... e sejamos honestos... nunca passei assim tantas dificuldades como isso (é certo que detesto açorda e papas de pão... e que isso terá uma razão no meu subconsciente... mas nunca passei fome, nunca fui privada de nada importante, sempre tive as minhas bolas de futebol e ténis para jogar... e não é isso que conta?).
Ou será que me agarro às coisas porque significavam pequenas vitórias na vida? Consegui comprar isto, consegui ganhar aquilo, ofereceram-me isto - faço parte de... sou importante para... ou representavam ofertas de namorados ou pessoas por quem era/fui apaixonada (e isso... ainda hoje sou incapaz de me desfazer... demorei 10 anos a autorizar que fosse dado um casaco enorme e rasgado do meu grande amor, algumas das peças de roupa que lhe(nos) tinha feito... mas foi a única coisa que consegui fazer... tudo o resto... ainda está numa das gavetas a esvaziar...).
Não acredito que as pessoas guardem as coisas por terem medo que lhes falte no futuro (apesar de que, se pensarmos bem... guardar roupas de todos os tamanhos pode, de forma implícita, significar que se escusa de estar novamente a gastar dinheiro naquilo), pelo menos eu não penso assim.
E quanto a guardar rancores, ressentimentos, etc... quem pensar isso de mim... conhece mesmo só a parte superficial...
Eu irrito-me com as pessoas, chateio-me (tenho o famoso "mau feitio" - para quem não conhece a minha irmã)... posso até (como costumo dizer) "matar" alguém na minha vida... mas acaba sempre por ser sol de pouca dura. Deve ser de estar perto do sol aqui na nuvem... mas com o tempo acabo sempre por esquecer o que se passou. Acho que a vida é muito curta para estarmos "para sempre" chateados com algo ou com alguém. Não é um processo imediato (sou sincera)... e muitas vezes quando não gosto de algo ou de alguém... é complicado ceder. Mas se observar bem... toda a gente tem um lado bom, um lado positivo. É só uma questão de valorizar esse lado e esquecer o outro. O que, também acarreta um lado mau - arriscamos-nos a ser pisados!
Como tudo na vida... o esquecer os ressentimentos, etc... deve ser usado com moderação e bom-senso. Mas deve ser sempre usado! Porque... ninguém é perfeito, nada é sem falhas... e nós somos muito mais imperfeitos do que poderemos algum dia imaginar!
Por isso... aos poucos vou limpando as minhas "gavetas", os meus "armários" e o meu coração... pois é sempre preciso espaço para novas coisas e novas emoções.
Quanto a isso não tenho problemas - acredito no futuro e em novas oportunidades (por favor... numa família "disfuncional" como a minha... se eu não me libertasse destes sentimentos... não sei se iria muito longe).
Tenho é de trabalhar na parte de... não me agarrar a tudo o que recebo, a tudo o que tenho (acho que é mesmo mais na parte de roupa e calçado... porque o resto... já fui duramente criticada e "castigada" por não ser minimamente agarrada aos valores materiais da vida) e ter mais espaço na minha casa... nos meus armários.
No coração? Há e haverá sempre espaço livre para o que vier - as coisas más partem o coração para sair... por isso quando ele se recompõe... está novamente cheio de espaço para as coisas boas que vierem.

Agradeço do coração o texto enviado - pois é mesmo uma fonte de reflexão - além de ter percebido a "indirecta" (acho que foi muito directa) sobre a roupa, sapatos, gavetas e armários (sim, porque os bonecos já foram, poupanças não há.... estou pronta para o futuro!).

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