quarta-feira, 25 de maio de 2016

Um dia agridoce

Hoje é um daqueles dias agridoces... não recebi a resposta que queria de uma fantástica proposta de emprego.
Mas a verdade é que não sei se a queria mesmo e se não a terei, de alguma forma boicotado na fase final não me preparando convenientemente.
Passei todas as fases de forma mais ou menos brilhante e sempre chamada logo a seguir para a fase seguinte, mas as dúvidas iam aumentando!
O salário era muito bom, o que me ia permitir apoiar o meu pai e sustentar a minha casa e filha, e para além disso tinha um carro novo para uso total com gasóleo e portagens pagas!
Um cargo de chefia de equipa de comunicação numa multinacional, um desafio super aliciante de levar uma empresa para o top! Fabuloso certo?
Qual a hesitação? O que me terá feito, de forma inconsciente, "boicotar-me" na fase final?
 Ficava a 150km de distância.... eram mais de 2h30 de viagem diárias só para ir e vir....
Era ter de colocar a minha filha a acordar às 6h30 para a deixar na carrinha para a escola... era só a ir ver à noite para dormir....
O dinheiro era bom, o cargo era bom, as regalias eram boas, o ego ficou muito valorizado por ter sido escolhida por ir até à fase final e por ter sido quase confirmada como a escolha certa.... mas será que isso valia o estoiro da viagem e de voltar a deixar a família de lado?
Acho que o meu inconsciente respondeu por mim ao não me preparar convenientemente para responder (como sabia) no final!

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Um dia tinha de ser - foi hoje!

Teria de chegar o dia em que a minha nnuvenzinha iria fazer "aquela" birra que a levaria a ir para a cama (quase) sem jantar - foi hoje o dia!
O jantar era arroz de cenoura e uma deliciosa omolete de atum feita ao vapor (deliciosa, por sinal).
A miss comeu a sopa escolhida, de grão, e quando lhe apresentei o prato com o arroz, tomate cereja e a omolete diz logo:
- Que nojo! Não vou comer isso!
Como não sou de desistir, disse que não podia dizer que não comia sem ter provado, até porque ela gosta de ovo e de atum.
Comeu um pedacinho e não disse nada.
Preparei outro pedacinho (sim, estava a dar o jantar que estavamos atrasadas) com um pouco de arroz e ela começa de novo:
- Não gosto disso, gosto do arroz (que ainda não tinha comido), mas disso não gosto, não quero comer!
Voltei a perguntar se não gostava de ovo e disse que sim. Perguntei se não gostava de atum e disse que sim. Disse que aquilo era só os dois juntos e ela diz que não gosta dos dois juntos, que é como a maça que não gosta dela assada!
Começa a gritar que não vai comer aquilo, que quer outra coisa... Digo que pode comer só 4 colheres mas ela nada... então resolvi da forma mais simples - vai directa para a cama sem jantar!
Mais um pouco de birra, arrumar as coisas, lavar os dentes, deitar e ... 30 segundos depois estava a dormir!
Nota importante - antes de se deitar ainda disse:
- Mamã, também não faz mal se eu ficar um dia sem jantar!
Como tinha vindo a comer pão, bolachas, uma boa sopa de grão.... acho que não vai morrer de fome!

quinta-feira, 12 de maio de 2016

O que fazer quando o nosso carro se apaixona pelo mecânico!


Não sei se acontece com mais gente, mas o meu carro apaixonou-se (novamente) pelo mecânico e, com base na minha (já vasta) experiência em lidar com a situação, resolvi fazer um pequeno manual para quer todos saibam como agir nestas situações.
  1. Nunca, mas NUNCA, proíbam este amor entre eles!!! Todos sabemos como o fruto proibido é o mais apetecido, e proibir este amor só vai fazer com que se encontrem mais vezes ainda!
  2. Tentem ir passando pela oficina a diferentes horas, para que ele veja que está a ser traído com outros carros! Pode ser que ajude a perceber que é um amor impossível.
  3. Fomentem a sua auto-estima, dizendo como é maravilhoso, e independente e não precisa de nenhum mecânico para ser forte!
  4. Mostrem que há mais mecânicos no mundo, para que ele possa ter uma visão mais abrangente em vez de ficar obcecado por este amor.
  5. Escolham um mecânico excelente e de confiança, que perceba que vai ter de lhe partir o coração, pois vai tratá-lo tão bem que ele não vai querer passar lá tão cedo! 
  6. Expliquem que estas visitas "conjugais" e este amor impossível, inviabilizam fazer outras coisas que ele também adora, com a família e amigos!
Se, mesmo assim nada resultar, mostrem-lhe outros carros e digam que podem sempre ficar com o amor da vida deles enquanto vocês procuram algum mais jovem, que ainda não sofra por amor e aprecie a vossa companhia!
No caso de não poderem pensar em mudar para algum mais jovem e inexperiente nestas andanças no amor (como me acontece a mim) ... trabalhem bastante o ponto 5 - fomentem o amor dele com aquele mecânico especial, aquele que não gosta de se sentir preso a um só carro!

Resta-me desejar boa sorte, pois estes amores complicados levam a grandes quebras de liquidez!

quarta-feira, 11 de maio de 2016

VIVER ACIMA DAS POSSIBILIDADES

Quem me conhece hoje em dia não sabe que passei muitas dificuldades na vida.
Nunca passei fome, é certo, mas também nunca tive grandes luxos. Comi muitas vezes papas de pão de manhã, a minha roupa era feita pela minha mãe, os sapatos comprados na feira ...e tudo o que quis de mais valor sempre trabalhei para ter.
Até no desporto me esforcei para subir rapidamente, para que os meus pais (mãe) deixassem de pagar as mensalidades de um desporto que adorava.
Desde muito nova que sempre aprendi que só se gasta o que se tem e que, se possível, se deve deixar de lado dinheiro para emergências - e elas existem!!! Especialmente quando menos as esperamos!
Trabalhei nas férias desde que tinha 14 anos e trabalhei durante a faculdade, para não sobrecarregar demais os meus pais! Há mais de 30 anos que trabalho para pagar as minhas contas!
Mesmo assim a minha mãe sempre me apoiou financeiramente e ainda hoje trabalha mais do que devia nesta altura da sua vida, tudo para me continuar a apoiar (enquanto mãe solteira e agora desempregada que há 2 meses que não recebe um tostão). Pagou a minha multa quando tive o acidente de carro (e todas as ENORMES despesas legais), ajudou a sustentar a casa quando estive em França, continua a pagar todos os seguros dos carros e alimentava a minha filha todos os dias à noite (ela jantava com a avó durante a semana) e só não faz mais porque não deixo!
Por isso é que não consigo perceber como continuam a existir pessoas que não conseguem gerir o dinheiro que tem e vivem acima das possibilidades!
Se eu já pago mais uma renda de casa, seguros, telefones, despesas do cão.... como é que o dinheiro dessas pessoas não dá para viver??!!
Como é que eu com o mesmo rendimento mensal (e agora sem nenhum) de algumas pessoas, consegui junta poupanças (que já desapareceram entretanto) conseguia pagar as minhas despesas, a casa, as da minha filha e ainda pagar outra casa e outras despesas... e há pessoas que não conseguem gerir o que tem e continuam sem dinheiro?
Como é que eu consigo comer, vestir e alimentar duas pessoas (ok, a minha mãe ajudava antes a alimentar a neta dando de jantar), sustentar casa e carro e uma pessoa com o mesmo rendimento mensal que eu, que não estava a pagar casa, seguros e carro (que era eu que pagava) não consegue???
Há realmente coisas que eu não percebo... como se conseguem acumular dividas sobre dividas, dever dinheiro a toda a gente e não conseguir sequer gerir o dinheiro para chegar ao fim do mês?
Não consigo perceber como não se prefere abrir falência e recomeçar do zero a pedir dinheiro a toda a gente, incluindo a quem não se devia pedir.
Não consigo perceber como não se luta para arranjar rendimentos (dar consultas, criar formação, consultoria, IEFP... algo) e se passa o dia em casa sem fazer nada e esperar que nos paguem as contas...
Não consigo perceber porque se prefere a chantagem emocional poderosa a lutar para erguer a cabeça e não ter dividas.
Não consigo perceber porque é que eu é deixo de ir ao médico, tomar medicação importante (mas cara), levar a minha filha aos locais que ela sonha, mesmo trocar de carro... para pagar dividas de quem não luta para corrigir a situação!
E quando acabar o resto das poupanças? E quando eu já não tiver trabalho nem poupanças, como vai ser?
Eu continuo a lutar por um futuro para a minha filha, por realizar os sonhos dela, mas cada vez está mais difícil, pois tenho de lutar por mim e por outros... Tenho de lutar para sustentar duas casas.... e estou exausta!
Porque é que se insiste em viver acima das possibilidades e não se faz nada para corrigir isso e se prefere enfiar num buraco, tapar a cabeça e esperar que passe, sem pensar nas consequências?
Enfim.... desabafos e idealismos de quem não foi ensinada a agir assim e luta para não ser um peso para os outros! E para não ter dívidas e sempre pagar tudo com o que tem ao fim do mês, se possível colocando um pouco de lado, mesmo que implicasse ter dois trabalhos para pagar tudo!
E não, não me importo de ajudar e sou a primeira a saltar em frente para ajudar - mesmo quando me prejudica!
Só que há ajudar e há sustentar e quando se ajuda a pessoa do outro lado luta por sair da situação e por reverter as coisas. Quando se sustenta a pessoa passa a contar com aquilo e não luta para reverter a situação e não depender da ajuda (especialmente se quem ajuda não tem condições para o fazer).

domingo, 8 de maio de 2016

Sabes que tens uma filha crescida e inteligente quando #6

- Mamã, não consigo dormir!!!
- Porquê filhota?
- Por causa duma coisa que tenho dentro da minha cabeça e não me deixa dormir...
- O que é que está dentro da cabeça que faz com que não durmas?
- Ohhhhhh mamã, é o cérebro e assim!!!
...
...
Adoro :)
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