sexta-feira, 31 de julho de 2009

MINI-FÉRIAS

Pois é... estava a tentar escrever algo, arranjar inspiração...
Mas a verdade é que, entre as consultas médicas, o namorar, as caminhadas com a mamã e com o amor, as culinárias, etc... o tempo parece fugir.
Ainda pensei colocar umas anedotas para o fim de semana, mas vai ficar mesmo só a seguinte mensagem...

Estou em gozo de Mini (para não dizer Micro) Férias!!!

Ou melhor... de fim de semana prolongado com o tio e a família.

Para a semana há mais loucuras e "reflexões" da nuvem!!!

Bom fim de semana (ou férias) para todas(os)!!!

PS - mais umas das imagens que o meu amor retirou da Internet e me dedicou
(não é lindo o amor quando tudo parece correr sobre rodas?)

quarta-feira, 29 de julho de 2009

A minha paixão retratada em teatro

Quando a minha avó faleceu, estava na Guarda um enorme cartaz com as peças e eventos culturais que iriam ocorrer no cince-teatro local durante o mês de Junho.
E quando digo enorme cartaz, é porque era mesmo grande (uma fachada lateral de um prédio).
Nesse cartaz (e nos programas culturais espalhados pela cidade), uma das coisas que sempre me chamara a atenção era ver lá 2 jogadores de pólo aquático com os seus gorros, a bola,, em situação de remate... e pensava como seria a representação num teatro, se teriam piscina, como rematavam, se estavam de pé, etc.
Sim, porque para quem não sabe, o pólo aquático foi e é a minha paixão de sempre, uma modalidade à qual estive (e estou) ligada há mais de 23 anos.
Encontrei este vídeo (gracias J.), que demonstra os actores lá anunciados em plena representação (e me fez ficar com imensa pena de não os ter visto ao vivo)!
O que eu lá me fartei de rir, porque os gritos e "poses" defensivas... são mesmo assim!!!

Novas Oportunidades?

Quando o texto que abaixo transcrevo me chegou pela primeira vez às mãos pensei que fosse um exagero.
Não podia acreditar que fosse realmente assim, deviam estar a exagerar.
Infelizmente, depois da sua publicação pela autora, também eu me cruzei com algumas destas pessoas que tiraram o curso pelas Novas Oportunidades... e fiquei chocada.
Eu também estudei os anos "regulamentares", tive de fazer testes e exames, trabalhos e orais para passar de ano até ter o meu curso.
Já me parecia um pouco demais que hoje em dia qualquer pessoa que estude na Universidade fique com o grau de "licenciado" ao fim de 3 anos e possa seguir para Mestrado e doutoramento em 5 ou 6 anos de estudo universitário (eu estudei 5, a minha irmã para mestrado teve de fazer mais 2 e um trabalho e para doutoramento são mais 2, num total de 9... para não citar os restantes casos da família).
Mas ter o equivalente ao 9º ou 12º ano com 6 meses de estudo e sem ter sequer as disciplinas mínimas ou um mínimo de qualidade de ensino?
Acredito que se devem dar oportunidades ás pessoas que, por motivos seus e pessoais, não puderam completar a escolaridade mínima ou fazer o 12º ano.
Mas deveria ser feito com qualidade e não neste esquema de, fraudulentamente, criar estatísticas positivas para a Europa.
E, como disse, conheço vários casos assim...
Pessoas que só se inscreveram nas Novas Oportunidades para terem computadores e que depois, mesmo com a simplicidade do curso, não comparecem às aulas...
Pessoas que chumbaram repetidamente no ensino nocturno (que já de si é simplificado) e que depois se inscrevem nas Novas Oportunidades e, tchan tchan... passam!
Pessoas que não tem um mínimo de cultura, educação e vivência, para não falar de inteligência, organização mental, estímulos educativos, etc.... e que de repente tem o 12º ano....
Enfim... tanta e tanta gente que de repente, sem precisar de comprar a farinha Amparo, se encontra com um diploma que a muitos milhões custou anos de estudo e sacrifício...
Há que admitir que é melhor que um kinder surpresa.... inscrevemo-nos num curso e, além de podermos ter um computadorzito a preços de "feira", ainda podemos ganhar um diploma... e sem a surpresa de ter de abrir o Kinder!
Com tanta gente que precisava e queria acabar a sua escolaridade, de uma forma séria e honesta, alguém me sabe explicar como se acede às Novas Oportunidades?
Qual o critério de selecção?
Quem entra e quem não entra?
Ou, como me parece ser o caso (em função dos meus conhecidos), todos os que se inscrevem, desde que saibam assinar e escrever o nome, tem lugar nas Novas Oportunidade e a ostentar orgulhosamente um diploma de 9º ou 12º ano?

Fica o texto que me fez reflectir novamente neste assunto:

Novas Oportunidades - a ignorância certificada!

O país encontra‐se com uma taxa muito baixa de escolaridade em relação aos países da EU (União Europeia). Logo há necessidade de colmatar esta situação e, para isso foram criadas “As Novas Oportunidades”, uns cursinhos intensivos de três meses, no fim dos quais os “estudantes”(agora com o nome pomposo de formandos) obtêm o certificado de equivalência ao 9º ou 12º anos. Fantástico, se os cursinhos fossem a sério! ...

Perante a publicidade aos referidos cursos, aqueles que abandonaram a escola ou, por qualquer razão não concluíram um dos ciclos de escolaridade, esfregaram as mãos de contentes, uma vez que agora se lhes oferece a oportunidade de obterem um certificado de habilitações que lhes poderá vir a ser útil. E como diz o ditado ”mais vale tarde do que nunca”, eles lá se inscreveram. Por outro lado, três meses das 7.00 as 10.00 horas, horário pós‐laboral, uma vez por semana, era coisa fácil de realizar. Coitados daqueles que andam 3 anos (7º, 8º e 9º anos) para concluírem o 3º ciclo!!! Isso é que é difícil!

Na rua, no café, nos locais públicos em geral ouve‐se: “Ah! Agora, ando a estudar! Ando afazer o 9º ou 12º ano! Aquilo e porreiro, pá!”

Entretanto, há pessoas com quem contactamos no dia‐a‐dia, mais próximos de nós, o cabeleireiro, o sapateiro, a empregada doméstica, etc. que também nos confidenciam com ar feliz: “Agora, com esta idade, ando a estudar! Ando a fazer o 9º!” E nós, simpaticamente, sorrimos, abanamos a cabeça e dizemos que fazem bem, sempre é uma mais valia… contudo, numa dessas conversas, tentei descobrir que disciplinas constavam do curso, ficando a saber que eram Português, Matemática, Informática e Cidadania para o 9º ano; e indaguei ainda como eram as aulas e a avaliação final.

E fiquei atónita. Em Português o formando teria que escrever a história da sua vida e a razão por que se inscreveu no curso, sendo o texto corrigido aula a aula pela respectiva formadora; Matemática consistia em efectuar cálculos básicos e apresentar, por exemplo, a receita de um bolo e duplicá‐la; para Informática apercebi‐me que seria a apresentação do trabalho escrito e, posteriormente, quem quisesse apresentá‐lo‐ia em “powerpoint”; em Cidadania, os formandos apresentavam os diferentes resíduos e diziam em que contentor os deveriam colocar. A nível de Português ainda foi pedida a leitura de um livro e seu comentário, sendo a selecção ao critério do formando o que deu origem a autores “light”, nada de autores portugueses de renome; a acrescer a este comentário teriam também de fazer a apresentação crítica a um filme e a uma reportagem. Todos estes elementos seriam entregues num dossier, cuja capa ficaria ao critério de cada formando.

Três meses passaram num abrir e fechar de olhos, por isso um destes dias, enquanto aguardava a minha vez para ser atendida no consultório médico, fui brindada com o dossier do curso da recepcionista e respectivo certificado de 9º ano. Engoli em seco aquelas páginas recheadas de erros ortográficos e de construção frásica, desencadeamento de ideias e falta de coesão, (…), entremeados por bonitas fotografias; na II parte, umas contitas simples e duas tábuas de multiplicação; e em Cidadania, os contentores do lixo coloridos com a indicação dos resíduos que se põem lá dentro.

Em seguida, com um sorriso muito branco (nem o amarelo consegui!) e, como bem educada que sou, felicitei a dona do dossier cuja capa estava realmente bonita, original, revelando bastante criatividade e ouvi‐a alegre dizer: “A formadora disse‐me que tinha hipóteses de fazer o 12º ano. Logo que possa, vou fazer a minha inscrição!”

Fiquei estarrecida, sem palavras para lhe dizer o que quer que fosse. “As Novas Oportunidades” são isto? Está a gastar‐se tanto dinheiro para passar certificados de ignorância? Será que todos os formadores serão iguais a estes? E o 9º ano e escrever umas tretas e ler um Nicholas Sparks e um artigo da revista “Simplesmente Maria”? E o 12º ano será a mesma coisa (queria dizer chachada) acrescida de uma língua?

Continuando assim o país a tapar o sol com a peneira, teremos em poucos anos a ignorância certificada!

Marta Oliveira Santos – Licenciatura em Filologia Românica; colaboradora de várias publicações

terça-feira, 28 de julho de 2009

Simplex

Pois é... eu até acreditava que seria possível simplificar todo o processo administrativo e burocrático que envolve qualquer tarefa que o contribuinte tenha de fazer junto de qualquer entidade governamental...
Acreditava na boa vontade do governo em querer acelerar e simplificar a vida dos simples mortais que pagam impostos...
Bolas... eu até sou uma pessoa que acredito no Pai Natal!!!

Mas depois de vários exemplos que a única coisa "Simplex" foi a mente que criou uma forma de ganhar dinheiro "à pála" de um sistema informático que não funciona e funcionários sem conhecimentos, capacidade e vontade de dar andamento aos processos... deixo-vos o último exemplo de simplex "sentido na carne"...

Como me encontro a recuperar de uma intervenção cirúrgica mal sucedida, quando a minha avó adoeceu e foi internada, eu estava em casa de baixa, o que limita um pouco os movimentos, horários e, especialmente, viagens.
Liguei para a Segurança Social onde, amavelmente, me indicaram que poderia fazer a alteração de morada no site Internet da Segurança Social Directa (ao qual, por acaso, já tinha acesso), em vez de ter de me deslocar a uma delegação da SS.
Claro que não referiram que essa alteração, por via informática, só funciona de 2ª a 6ª, pois os computadores e servidores também são funcionários do Estado e não trabalham ao fim de semana (ou depois das 20h)... enfim...
Simplesmente... eu não conseguia fazer a alteração no site e decidi (já sei,... ingenuamente) preencher um formulário que se encontra no site para apresentar este tipo de situações e obter uma resposta - um mail directo para os serviços correctos (visto termos de escolher o tipo de situação que queremos reportar, etc...).
A mensagem foi enviada no dia 28/05/2009 (e veio no seguimento de uma anterior, que tinha enviado a 24/05 a solicitar esclarecimentos sobre o procedimento a adoptar - sim, porque eu sabia aceder ao site e até, vejam a loucura, compreender os passos a adoptar...), e era muito simples:

Boa noite

Já tinha enviado um pedido para alteração de morada, enquanto acompanho a minha avó que está doente.
Tinham-me indicado que o poderia fazer através da segurança social directa, mas não o consigo fazer.
Como proceder para alterar a minha morada?

Cordialmente,
Paula Cruz

A verdade é que bem podia esperar sentada pela resposta...
No dia seguinte a minha avó piorou e fomos para cima (por coincidência, depois do envio do mail, tinha conseguido aceder ao site e efectuar a alteração de morada).

Mas não temais... o SIMPLEX existe e é real...

Recebi a resposta que abaixo transcrevo (devidamente editada, claro, pois vivo numa linda nuvem... mas chega como informação pessoal, não?)....

De: via-seguranca-social@seg-social.pt [mailto:via-seguranca-social@seg-social.pt]
Enviada: terça-feira, 21 de Julho de 2009 18:53
Para: nuvem@vivernumanuvem.pt
Assunto: RE: DADOS PS-Consultar Dados de Identificação

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Exma. Sra. Nuvem,

Relativamente ao seu contacto, que desde já agradecemos, informamos que, caso não consiga efectuar o pedido de alteração de morada via Segurança Social Directa, pode solicitar a mesma por carta enviada aos serviços da Segurança Social, juntando:
- Formulário Mod. MG 02- DGSS - Alteração de morada ou de outros elementos
- Fotocópia de documento de identificação civil válido do beneficiário (cartão do cidadão, bilhete de identidade, certidão de registo civil, passaporte, etc.)
- Cartão de Identificação da Segurança Social ou documento onde conste o número de beneficiário.

Pode ainda enviar o pedido através do link: http://www.seg-social.pt/contact_center/mensagem.asp

Para qualquer esclarecimento adicional, não hesite em contactar-nos.

Com os melhores cumprimentos,

VIA SEGURANÇA SOCIAL

808 266 266, dias úteis das 8h00 às 20h00
Estrangeiro: +351 272 345 313x
E-mail em www.seg-social.pt
Fax: (+351) 272 240 900

A distância mais curta para a Segurança Social.

O serviço Segurança Social Directa, disponível em www.seg-social.pt, permite aos Cidadãos e Empresas um relacionamento com a Segurança Social rápido, simples, seguro, sem filas de espera e sem sair de casa ou do escritório.

===========================================================================
De: nuvem@vivernumanuvem.pt
Recebida: 2009-07-15 07:55:40
Assunto: RE: DADOS PS-Consultar Dados de Identificação


SSDirecta: Pedido Autenticado
NISS:12345678910

Distrito:Céu

Boa noite

Já tinha enviado um pedido para alteração de morada, enquanto acompanho a minha avó que está doente.
Tinham-me indicado que o poderia fazer através da segurança social directa, mas não o consigo fazer.
Como proceder para alterar a minha morada?

Cordialmente,
Nuvem

Como podem ver... a resposta veio!!!

Ainda bem que foi atempadamente... mas, reparem na quantidade de dias que o meu mail andou "perdido" nos servidores Simplex.... só deu entrada nos serviços no dia 15/07, a julgar pelo que aparece no cabeçalho da mensagem "enviada" a que eles, de forma célere, responderam!
E há que admitir que, se na realidade tivesse enviado o mail no dia 15, aresposta nem tinha demorado muito, especialmente atendendo a que era uma 4ª-feira e a resposta veio na 3ª-feira seguinte!

Vocês não querem ver que o Simplex não passou de mais um logro?!

Ou melhor, como estamos no verão, será que os funcionários e servidores e sistema informático também estão de férias (ou será que são em número insuficiente para responder a tudo?) e as coisas demoram mais um pouco e há que ter paciência?

Sim, porque não podemos esperar que um sistema informático, criado para facilitar a vida aos contribuintes e diminuir o fluxo nas delegações, demore menos tempo a dar resposta ou resolver problemas do que faltar ao trabalho e passar um dia sentado na sala de espera de uma delegação da SS para ser atendido como todos os outros, certo?

Isso não seria Simplex!!!

Daqui a nada vão dizer que o Pai Natal também não existe?!
imagem tirada da Internet

Uma nova etapa... uma boa surpresa.

Hoje quem escreve a mensagem é o S.

O dia em que chegou a casa... e iniciámos uma nova etapa na nossa vida.

Aqui fica a sua "entrada" na nova vida e a mensagem que a acompanhou.Que responsabilidade...!!!
Escrever no blog da Nuvem não é para qualquer um...lolol

Como iniciámos hoje a nossa vida em comum, nada melhor do que contar a história do ramo de flores que decidi oferecer ao meu amor na chegada à nossa casa, e que podem ver na foto acima.

Há muito tempo que lhe queria oferecer um ramo de flores e agora, com este passo na nossa relação, achei que era chegado o momento ideal.
Como tal, ontem decidi procurar floristas pela net (perto da casa) e encontrei o telefone de duas floristas que até conhecia, ou pelo menos sabia como lá chegar.
Sim, não conheço muito de Lisboa...ainda!

Tinha decidido que queria oferecer ao meu amor um ramo de rosas brancas (sei que ela as adora).
Não sabia o que significavam as rosas brancas, só que ela gostava delas... mas fui ver na net e descobri que significavam pureza, humildade, unidade e sou digno de ti.
Que melhor símbolo para iniciar a nossa vida?!

Liguei para primeiro número e, logo cheio de sorte, não atendiam!
Liguei para o segundo e atenderam! Mas eles não não tinham rosas brancas em stock.
Disseram que podiam conseguir para a tarde e pensei para comigo... boa!
Só tinha que ligar ao meio-dia para confirmar que as arranjavam mesmo, o que me pareceu bom sinal.

Entretanto eu já estava no carro, a caminho da minha nova casa, e o tempo para conseguir as ansiadas rosas era cada vez menor.
E eu a pensar... não levar rosas brancas (que são as suas preferidas)... que mau aspecto... na volta nem me deixa entrar em casa ...estava a ficar mesmo desanimado!

12h...
Ligo para confirmar que tinham tudo a postos e dizem que sim, tinham arranjado, as rosas... mas que não eram bem bem brancas. Que eram de cor champagne, mas eram como brancas...lololol
Pensei... como é Verão, devem ser umas rosas brancas, mas bronzeaditas!
Mas eu queria rosas "bifas", bem branquinhas, e como consequência, tive que dizer que não eram as que eu procurava...e fiquei sem nada!

Já estava a ver que tinha que percorrer toda a localidade à procura de uma florista e das rosas brancas que a Nuvem tanto gosta!!!

Em desespero de causa, decidi ligar de novo para o primeiro número, para o qual já tinha ligado várias vezes e de onde nunca atendia ninguém e... atenderam!!!

Era uma florista mesmo pertinho da minha nova casa ( por isso tinha sido a minha primeira opção) mas, mais uma vez, a senhora me disse que não tinha stock de rosas brancas... e pela voz não me dava muitas esperanças que me conseguisse arranjar as flores para a tarde.
Mesmo assim pediu para ligar meia hora mais tarde, para que ela me confirmasse se tinha conseguido ou não.

E eu no carro, cada vez mais perto de Lisboa e sem as rosas...lolol

Já estava a pensar:

Vou ter de ligar à minha "sogrinha", que de certeza conhece "montes" de floristas pela zona...lolol

Tinha passado a meia hora e eu já suava (e não era só por causa do calor que se fazia sentir)...lololol.

Liguei à senhora, com poucas esperanças, mas ela disse:
- Arranjei 6 rosas brancas para ti!

Fiquei bem descansado, e ainda por cima mesmo ao lado de casa... Boa!!!

E porque 6??
Sinceramente ainda não sei...
Pensei que menos de 6 eram poucas, e mais que isso...muitas!
Ainda por cima, embirrei que tinham de ser em número par... nem sei porquê!

Mal cheguei, fui directo buscar as rosas, antes mesmo de subir à casa, ou de pousar as malas... e quando entrei na loja... a senhora já tinha feito o bouquet... e era horrível!
Claro que tive de lhe dizer que não era bem o que queria, ou que o meu amor gostava e ela não teve outro remédio senão desfaze-lo e fazer um novo, com a cor azul claro (mais umas das preferidas da minha nuvem), como eu tinha pedido.
No final, até a senhora reconheceu que tinha ficado muito melhor!!
Posso ser homem, mas sei do que a minha nuvem gosta e o que fica melhor e mais bonito!

E assim fica a minha história, que decidi partilhar aqui, para marcar o dia de hoje, um dia especial e o início de uma nova vida para mim e para a Nuvem!

"Prontos", o resultado está na foto acima.

Quando ela abriu a porta (sim, não quis usar a minha chave), o que ela encontrou foi... um lindo ramos de rosas com pernas... euzinho!

Depois da surpresa, a alegria (quero acreditar que mais por me ver que pelas flores...) veio o beijo apaixonado... e mais não conto porque o blog não tem bolinha!
Só sei que acaba com...
E viveram juntos e felizes para sempre!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Amor é Prosa, Sexo é Poesia

No seguimento da minha reflexão anterior, e das minhas questões existenciais (ou será existencialistas) sobre amor, sexo, paixão, vida a dois.....aqui fica um texto de um dos autores que mais admiro (quando se trata de falar de amor, paixão, vida a dois) e que fala da diferença entre amor e sexo...
Qual o peso de cada um deles numa relação saudável?
Honestamente, não sei...
Se alguém tiver uma resposta... avise!!!

AMOR É PROSA, SEXO É POESIA

Sábado, fui andar na praia em busca de inspiração para meu artigo de jornal. Encontro duas amigas no calçadão do Leblon:

- Teu artigo sobre amor deu o maior auê... – me diz uma delas.

- Aquele das mulheres raspadinhas também... Aliás, que você tem contra as mulheres que barbeiam as partes? – questiona a outra.

- Nada... – respondo. – Acho lindo, mas não consigo deixar de ver ali nas partes dessas moças um bigodinho sexy... não consigo evitar... Penso no bigodinho do Hitler, do Sarney... Lembram um sarneyzinho vertical nas modelos nuas... Por isso, acho que vou escrever ainda sobre sexo...

Uma delas (solteira e lírica) me diz:

- Sexo e amor são a mesma coisa...

A outra (casada e prática) retruca:

- Não são a mesma coisa não...

Sim, não, sim, não, nasceu a doce polêmica ali à beira-mar. Continuei meu cooper e deixei as duas lindas discutindo e bebendo água-de-coco. E resolvi escrever sobre essa antiga dualidade: sexo e amor. Comecei perguntando a amigos e amigas. Ninguém sabe direito. As duas categorias trepam, tendendo ou para a hipocrisia ou para o cinismo; ninguém sabe onde a galinha e onde o ovo. Percebo que os mais “sutis” defendem o amor, como algo “superior”. Para os mais práticos, sexo é a única coisa concreta. Assim sendo, meto aqui minhas próprias colheres nesta sopa.

O amor tem jardim, cerca, projeto. O sexo invade tudo isso. Sexo é contra a lei. O amor depende de nosso desejo, é uma construção que criamos. Sexo não depende de nosso desejo; nosso desejo é que é tomado por ele. Ninguém se masturba por amor. Ninguém sofre de tesão. O sexo é um desejo de apaziguar o amor. O amor é uma espécie de gratidão posteriori pelos prazeres do sexo.

O amor vem depois, o sexo vem antes. No amor, perdemos a cabeça, deliberadamente. No sexo, a cabeça nos perde. O amor precisa do pensamento.

No sexo, o pensamento atrapalha; só as fantasias ajudam. O amor sonha com uma grande redenção. O sexo só pensa em proibições: não há fantasias permitidas. O amor é um desejo de atingir a plenitude. Sexo é o desejo de se satisfazer com a finitude. O amor vive da impossibilidade sempre deslizante para a frente. O sexo é um desejo de acabar com a impossibilidade. O amor pode atrapalhar o sexo. Já o contrrário não acontece. Existe amor sem sexo, claro, mas nunca gozam juntos. Amor é propriedade. sexo é posse. Amor é a casa; sexo é invasão de domicílio. Amor é o sonho por um romântico latifúndio; já o sexo é o MST. O amor é mais narcisista, mesmo quando fala em “doação”. Sexo é mais democrático, mesmo vivendo no egoísmo. Amor e sexo são como a palavra farmakon em grego: remédio e veneno. Amor pode ser veneno ou remédio. Sexo também – tudo dependendo das posições adotadas.

Amor é um texto. Sexo é um esporte. Amor não exige a presença do “outro”; o sexo, no mínimo, precisa de uma “mãozinha”. Certos amores nem precisam de parceiro; florescem até mas sozinhos, na solidão e na loucura. Sexo, não – é mais realista. Nesse sentido, amor é uma busca de ilusão. Sexo é uma bruta vontade de verdade. Amor muitas vezes e uma masturbação. Seco, não. O amor vem de dentro, o sexo vem de fora, o amor vem de nós e demora. O sexo vem dos outros e vai embora. Amor é bossa nova; sexo é carnaval.

Não somos vítimas do amor, só do sexo. “O sexo é uma selva de epiléticos” ou “O amor, se não for eterno, não era amor” (Nelson Rodrigues). O amor inventou a alma, a eternidade, a linguagem, a moral. O sexo inventou a moral também do lado de fora de sua jaula, onde ele ruge. O amor tem algo de ridículo, de patético, principalmente nas grandes paixões. O sexo é mais quieto, como um caubói – quando acaba a valentia, ele vem e come. Eles dizem: “Faça amor, não faça a guerra”. Sexo quer guerra. O ódio mata o amor, mas o ódio pode acender o sexo. Amor é egoísta; sexo é altruísta. O amor quer superar a morte. No sexo, a morte está ali, nas bocas... O amor fala muito. O sexo grita, geme, ruge, mas não se explica. O sexo sempre existiu – das cavernas do paraíso até as saunas relax for men. Por outro lado, o amor foi inventado pelos poetas provinciais do século XII e, depois, revitalizado pelo cinema americano da direita cristã. Amor é literatura. Sexo é cinema. Amor é prosa; sexo é poesia. Amor é mulher; sexo é homem – o casamento perfeito é do travesti consigo mesmo. O amor domado protege a produção. Sexo selvagem é uma ameaça ao bom funcionamento do mercado. Por isso, a única maneira de controla-lo é programa-lo, como faz a indústria das sacanagens. O mercado programa nossas fantasias.

Não há saunas relax para o amor. No entanto, em todo bordel, FINGE-SE UM “AMORZINHO” PARA INICIAR. O amor está virando um “hors-d’oeuvre” para o sexo. O amor busca uma certa “grandeza”. O sexo sonha com as partes baixas. O PERIGO DO SEXO É QUE VOCÊ PODE SE APAIXONAR. O PERIGO DO AMOR É VIRAR AMIZADE. Com camisinha, há sexo seguro, MAS NÃO HÁ CAMISINHA PARA O AMOR. O amor sonha com a pureza. Sexo precisa do pecado. Amor é o sonho dos solteiros. Sexo, o sonho dos casados. Sexo precisa da novidade, da surpresa. “O grande amor só se sente no ciúme” (Proust). O grande sexo sente-se como uma tomada de poder. Amor é de direita. Sexo, de esquerda (ou não, dependendo do momento político. Atualmente, sexo é de direita. Nos anos 60, era o contrário. Sexo era revolucionário e o amor era careta). E por aí vamos. Sexo e amor tentam mesmo é nos afastar da morte. Ou não; sei lá... e-mails de quem souber para o autor.

Arnaldo Jabor

Amor, Sexo, Vida a Dois 1

A proximidade da minha nova vida a dois, o facto de ser Verão, o ter ficado a saber que uma amiga tinha começado a andar com um rapaz que conheço melhor do que gostaria, a relação que vivo e que me completa e preenche, … tudo isto me leva de novo a pensar no amor e na relação entre amor, paixão, sexo, vida a dois.

Como tal, decidi contrariar a minha tendência natural de escrever e começar a divagar sobre um tema… e tentar escrever uma série de posts sobre este assunto (sempre dá assunto para ir mantendo vivo o blog).
Não quer dizer que o consiga... mas não perco nada em tentar, certo?

Mas antes de escrever algo, e porque sei que vários elementos da família seguem atentamente (ou menos atentamente) o blog, tenho uma confissão a fazer…
Não é fácil, mas está na altura de “sair do armário”…
Como tal…
Mãe, pai, mana, tios e tias, primos e afins…sei que vai ser um choque para todos… mas a verdade é que…
Eu tenho relações sexuais! E já há muitos anos!!!
Bem… na verdade… tenho que admitir que sexo (por sexo... sem compromissos ou promessas) raramente tive… foi mais aquela versão romântica de “fazer amor”… mas a verdade é que… mesmo não tendo casado com nenhum deles… já não sou virgem (nem de signo)!!!
Lamento a desilusão, mas achei que se ia escrever sobre relações e sexo, estava na altura de ser honesta com todos.
Os anos que vivi no estrangeiro, o facto de ter a minha casa há anos, o já ter vivido com alguém… seriam sinais que já não seria tão “pura” como gostariam… mas… penso que está na altura de ser completamente honesta!!!

E "prontos"… depois de resolvido este pequeno “assunto” (foi só um toque de humor para desanuviar), falemos de coisas sérias.

Para começar, devo confessar que desde sempre tive um pé atrás em relação a sexo e ao facto de para a maioria dos homens tudo se iniciar (e muitas vezes resumir) pelo sexo.

Não sendo uma pessoa feia (apesar das minhas inseguranças que sempre me fizeram ver muito pior do que sou), digamos que possuía (e ainda possuo, com grande pena minha) os atributos físicos que fazem parte do fetiche da maioria dos homens e que me permitiam sempre estar rodeada de rapazes/homens.

E apesar de ser uma maria-rapaz assumida e ter começado a namorar muito tarde (nos dias de hoje seria considerada uma verdadeira puritana), sempre tive um pé atrás com todos os namorados, pois nunca sabia se andavam comigo por mim ou pelos meus atributos (sim, pode ser insegurança pessoal… mas… os atributos seduziam muito boa gente… ainda seduzem,…).
Então em relação a sexo… tinha os dois pés atrás.

Esta forma de pensar/estar nem era por uma questão de uma educação demasiado rígida, pois nem o foi… penso que era mesmo uma questão minha, pessoal.
Mas a realidade é que, sempre que começava a namorar com alguém, na maioria das vezes, ele(s) tentava(m) imediatamente passar à acção, e isso foi algo que sempre me intimidou (rapazes/homens demasiado ansiosos, demasiado virados para o sexo, demasiado “experientes”).
Não penso que fosse por mal ou premeditado, na maioria dos casos... eram simplesmente... homens!

Não nos iludamos, claro que não era nenhuma santa (nem sou)… e gosto tanto de sexo como qualquer pessoa normal… mas a verdade é que toda a pressão em volta do sexo sempre me fez um pouco de … como dizer… “espécie”…

Já acabei muitas relações na minha vida por causa da pressão do sexo, da ansiedade que eles demonstram com ter sexo… muito sexo… muitas vezes…. Tudo muito!
E então se tenta(va)m ter sexo antes mesmo de haver algum tipo de sentimento… é quase “todo o caminho” para levarem um par de patins e irem à vida deles, ou procurarem alguém que fosse (seja) mais ninfomaníaca que eu (tive e tenho os meus momentos, mas não é a prioridade na minha vida).

Assumo que só muito tarde tive as minhas primeiras relações sexuais... e foi depois de namorar há um ano com aquele rapaz e de ele ter demonstrado (pelo menos no meu entender) que gostava de mim por mim e não por qualquer atributo ou beleza física.

Ainda hoje sinto que quando se está numa relação e a necessidade por sexo, a todo o momento e a toda a hora supera a necessidade de carinho, de intimidade… é o sinal de que a relação está condenada ao fracasso, pois por muito que goste de sexo, gosto muito mais da relação a dois, da partilha, da intimidade.
Para mim, mais importante que adormecer depois de um treino físico na cama e, e sempre foi, o poder adormecer embalada pelos braços do homem que amo, acordar ao seu lado, saber que nos completamos… e que o sexo é um complemento indispensável dessa relação, mas não o factor determinante da mesma.

Não sei se este meu sentimento é normal… se é de ser uma incurável romântica, se é de ter “medo” e desprezar aquelas pessoas que vivem para (e criam relações baseadas no) sexo… mas a verdade é que sou assim.

O sexo não me assusta, como me chegaram a dizer, pois não assusta… nem tenho preconceitos, tabus ou regras (dentro dos limites de normalidade saudável)… mas construir uma vida e uma relação baseadas no sexo é que não me parece saudável.
O que me assusta são as pessoas demasiado "experientes" ou com demasiada experiência que vivem para e em função do sexo - e isso assumo-o!

É verdade que no período de namoro, de sedução… no início de qualquer relação… o sexo tem uma parte importante para a maioria das pessoas.
Também é verdade que quando se namora parece que o tempo nunca é suficiente para se estar a dois, que o desejo físico é muito forte e está muito presente… e que quando se vive em comunhão com a pessoa amada parece que o sexo é relegado para segundo planos, deixa de ter a mesma importância ou periodicidade, o desejo (físico) parece que esmorece.

Será isto normal?
Como reagir?

Como encontrar o equilíbrio entre o que havia no período de namoro, em que cada um vivia na sua casa e se encontravam para namorar, ter relações, sexo.. e havia tempo para tudo e um espaço para tudo…. e a vida a dois, em que de repente o sexo deixa de ser tão frequente, se passa a ir dormir abraçados sem sentir a vontade e necessidade de fazer amor?
É normal essa “paixão”, esse “fogo” que nos consome quando namoramos se ir “extinguindo” ao longo da vida em comum?
Será que a vida diária (que já existia durante o período de namoro) tem um peso tão grande que se “apodera” da vida sexual e a transforma, fazendo com que passe de um rio tempestuoso a um lago?
Qual o peso que o sexo deve ter no início da relação?
Qual a importância dele na vida a dois?

Tudo isto são questões que bailam na minha mente e que se confundem com o que pratico(pratiquei), com o que gostava de ter, com o que acredito dever ter… e com os tabus que consciente ou inconscientemente povoam a minha mente…

Como reagir? Pensar? Sentir?

domingo, 26 de julho de 2009

Doutoras

Recebi este pequeno texto e não podia deixar de o partilhar com todas(os), porque eu até sei (na "pele") que realmente cada vez é mais importante ter um título (parece que só isso aufere algum valor à pessoa) mas, mais importante, porque eu realmente descendo de uma longa linha de DOUTORAS!!!

Para as doutoras da minha vida, as que ainda estão presentes, as que estiveram e as que vão estando... aqui fica uma pequena homenagem, com todo o meu carinho!

Certo dia, uma mulher chamada Anne foi renovar a sua carteira de motorista. Quando lhe perguntaram qual era a sua profissão, ela hesitou. Não sabia bem como se classificar.

O funcionário insistiu:

- O que eu pergunto é se tem um trabalho.

- Claro que tenho um trabalho, exclamou Anne. "Sou mãe."

- Nós não consideramos isso um trabalho. Vou colocar "dona de casa", disse o funcionário friamente.

Uma amiga sua, chamada Marta soube do ocorrido e ficou pensando a respeito por algum tempo.

Num determinado dia, ela se encontrou numa situação idêntica. A pessoa que a atendeu era uma funcionária de carreira, segura, eficiente. O formulário parecia enorme, interminável.

A primeira pergunta foi:

- Qual é a sua ocupação?

Marta pensou um pouco e sem saber bem como, respondeu:

- Sou doutora em desenvolvimento infantil e em relações humanas.

A funcionária fez uma pausa e Marta precisou repetir pausadamente, enfatizando as palavras mais significativas. Depois de ter anotado tudo, a jovem ousou indagar:

- Posso perguntar, o que é que a senhora faz exactamente?

Sem qualquer traço de agitação na voz, com muita calma, Marta explicou:

- Desenvolvo um programa à longo prazo, dentro e fora de casa.

Pensando na sua família, ela continuou:

- Sou responsável por uma equipe e já recebi quatro projectos. Trabalho em regime de dedicação exclusiva. O grau de exigência é de 14 horas por dia, às vezes até 24 horas.

À medida que ia descrevendo suas responsabilidades, Marta notou o crescente tom de respeito na voz da funcionária, que preencheu todo o formulário com os dados fornecidos.

Quando voltou para casa, Marta foi recebida por sua equipe: uma menina com 13 anos, outra com 7 e outra com 3.

Subindo ao andar de cima da casa, ela pôde ouvir o seu mais novo projecto, um bebê de seis meses, testando uma nova tonalidade de voz.

Feliz, Marta tomou o bebê nos braços e pensou na glória da maternidade, com suas multiplicadas responsabilidades. E horas intermináveis de dedicação...

- Mãe, onde está meu sapato?

- Mãe, me ajuda a fazer a lição?

- Mãe, o bebê não pára de chorar.

- Mãe, você me busca na escola?

- Mãe, você vai assistir a minha dança?

- Mãe, você compra? Mãe..."

Sentada na cama, Marta pensou:

"Se ela era doutora em desenvolvimento infantil e em relações humanas, o que seriam as avós?"

E logo descobriu um título para elas:

Doutoras-sénior em desenvolvimento infantil e em relações humanas.

As bisavós, doutoras executivas sénior.

As tias, doutoras-assistentes.

E todas as mulheres, mães, esposas, amigas e companheiras: doutoras na arte de fazer a vida melhor.

Num mundo em que se dá tanta importância aos títulos, em que se exige sempre maior especialização, na área profissional, torne-se um(a) especialista na arte de amar.

Atritos

Porque neste momento vivo uma relação que me completa, que me fez acreditar de novo no amor e no significado da palavra AMAR...
Porque temos os nossos atritos, mas que só servem para irmos limando as arestas e polindo esta nossa relação...
Porque faço parte de uma família de personalidades fortes e vincadas, onde os atritos fazem parte do quotidiano de todos nós...
Porque o segredo em se atritarem e saírem melhor da situação está em conseguirem falar desses atritos, dessas colisões, choques de personalidade e opinião, saindo dessa situação mais "bonitos", "fortes", "brilhantes", como as lindas pedras da beira-rio de que fala o texto.
Por tudo isso (e tantas mais razões, que não consigo hoje descrever)...não podia deixar de partilhar convosco este texto!

Desejo-vos a todos(as) que se possam atritar... nas relações amorosas e pessoais... aqui vos deixo o texto que me inspirou hoje!

ATRITOS

Ninguém muda ninguém;
ninguém muda sozinho;
nós mudamos nos encontros.

Simples, mas profundo, preciso.
É nos relacionamentos que nos transformamos.
Somos transformados a partir dos encontros,
desde que estejamos abertos e livres
para sermos impactados
pela idéia e sentimento do outro.

Você já viu a diferença que há entre as pedras
que estão na nascente de um rio,
e as pedras que estão em sua foz?

As pedras na nascente são toscas,
pontiagudas, cheias de arestas.

À medida que elas vão sendo carregadas
pelo rio sofrendo a ação da água
e se atritando com as outras pedras,
ao longo de muitos anos,
elas vão sendo polidas, desbastadas.

Assim também agem nossos contatos humanos.
Sem eles, a vida seria monótona, árida.
A observação mais importante é constatar
que não existem sentimentos, bons ou ruins,
sem a existência do outro, sem o seu contato.
Passar pela vida sem se permitir
um relacionamento próximo com o outro,
é não crescer, não evoluir, não se transformar.

É começar e terminar a existência
com uma forma tosca, pontiaguda, amorfa.
Quando olho para trás,
vejo que hoje carrego em meu ser
várias marcas de pessoas
extremamente importantes.

Pessoas que, no contato com elas,
me permitiram ir dando forma ao que sou,
eliminando arestas,
transformando-me em alguém melhor,
mais suave, mais harmônico, mais integrado.
Outras, sem dúvidas,
com suas ações e palavras
me criaram novas arestas,
que precisaram ser desbastadas

Faz parte...
Reveses momentâneos
servem para o crescimento.
A isso chamamos experiência.
Penso que existe algo mais profundo,
ainda nessa análise.
Começamos a jornada da vida
como grandes pedras,
cheia de excessos.

Os seres de grande valor,
percebem que ao final da vida,
foram perdendo todos os excessos
que formavam suas arestas,
se aproximando cada vez mais de sua essência,
e ficando cada vez menores, menores, menores...

Quando finalmente aceitamos
que somos pequenos, ínfimos,
dada a compreensão da existência
e importância do outro,
e principalmente da grandeza de Deus,
é que finalmente nos tornamos grandes em valor.

Já viu o tamanho do diamante polido, lapidado?
Sabemos quanto se tira
de excesso para chegar ao seu âmago.

É lá que está o verdadeiro valor...
Pois, Deus fez a cada um de nós
com um âmago bem forte
e muito parecido com o diamante bruto,
constituído de muitos elementos,
mas essencialmente de amor.
Deus deu a cada um de nós essa capacidade,
a de amar...
Mas temos que aprender como.

Para chegarmos a esse âmago,
temos que nos permitir,
através dos relacionamentos,
ir desbastando todos os excessos
que nos impedem de usá-lo,
de fazê-lo brilhar

Por muito tempo em minha vida acreditei
que amar significava evitar sentimentos ruins.
Não entendia que ferir e ser ferido,
ter e provocar raiva,
ignorar e ser ignorado
faz parte da construção do aprendizado do amor.

Não compreendia que se aprende a amar
sentindo todos esses sentimentos contraditórios e...
os superando.
Ora, esse sentimentos simplesmente
não ocorrem se não houver envolvimento...

E envolvimento gera atrito.
Minha palavra final: ATRITE-SE!

Não existe outra forma de descobrir o amor.
E sem ele a vida não tem significado.
Roberto Crema
Educador, vice-reitor da Unipaz, Psicólogo e Antropólogo do Colégio Internacional dos Terapeutas

sábado, 25 de julho de 2009

Nuvem

Não é linda a imagem que o meu amor encontrou na net e me dedicou?

Uma nuvem para a sua nuvem...
E para ele... e só para ele, aqui deixo o estado em que fica a minha nuvem quando penso nele :)

Novo quadro para a sala

Com as remodelações na MINHA casa (anteriores às da casa de Cinfães), ficou um espaço vazio numa parede da sala, que deve (logo que possível... entenda-se €€€) ser preenchido...

Se ajudar, os quadros que existem actualmente na sala são os seguintes:
Numa parede ficou um espaço por preencher.... e as propostas são:Qual escolheriam?
É que aqui a "je" realmente gosta deles todos (mais de un(s) que outros)...

Ahhh... paredes brancas, sofás azuis... sala em tons de branco e azul, com o destaque a ser dado pelos objectos de decoração e quadros.

E, infelizmente, só dá mesmo para um quadro.

PS - será que conseguem ver quando é que a fotografa decidiu tirar as fotos aos quadros?
Mais um pouco e aparecia na net naquelas fotos muito "sugestivas"...

Fotografia Viagens - Portugal

Claro que não podia acabar esta série sem deixar algumas fotografias das minhas viagens "cá dentro".
Adoro viajar, conhecer novos países, novas gentes, novas culturas..., mas nada como viajar pelo nosso belo país, conhecer os cantinhos, os recantos, as zonas perdidas e escondidas, até àquelas mais turísticas a que nunca dedicámos a devida atenção...

Nesta série existem fotos de Lisboa e do seu lindíssimo castelo, de Cinfães e das montanhas onde se insere, de Sintra e do Palácio da Pena, de Resende, da Serra de Castro d'Aire e dos seus postes de iluminação "pela metade"...
Mas tenho tantas, milhares...
Porque se adoro e amo com paixão os países que já visitei, ainda amo mais o nosso!
As nossas aldeias com as suas pessoas tão pitorescas, os nossos cantinhos à beira-mar, as nossas cidades...

Reconheço que ficam a faltar as fotos da cidade que mais me toca ... O Porto!
(Neste momento tenho toda a família a dizer... mas como é possível?! como podes gostar de lá estar?! daquela cidade feia.... por favor, como consegues?)
Mas a verdade é que só para o Porto tenho de fazer um álbum especial (e digitalizar as muitas fotos), pois é uma cidade única, em que a beleza da cidade, com as suas ruas de pedra e a sua paisagem património mundial, com a sua ribeira... só se compara à beleza do espírito das pessoas que a habitam, ao espírito tripeiro, há honestidade e sinceridade das gentes do Porto.
E já nem falo na comida... aiaiai, que é deliciosa e tão mais barata que aqui na "mouraria"!
Mas... como agora é para partilhar as mais recentes fotos e viagens... aqui fica um pouco do nosso Portugal.

Como sempre, basta carregarem na bandeira para acederem ao álbum completo

Vergonha...

Ai que acabei de passar a vergonha "da minha vida"...

Eu "ispilico"....
Nunca fui muito cuidadosa com o carro no que respeita a lavagens (sim, porque na parte de mecânica sou muito atenta), mas parece que agora cheguei a um ponto de desmazelo total que até estranhos reparam...

A minha mãe há muito tempo que mandava "bocas" sobre a necessidade de lavar o carro, já tendo inclusive oferecido moedinhas para o fazer-
E a verdade é que não tenho desculpa, pois tenho um elefante azul em frente a minha casa...
Mas depois do sucedido... tenho mesmo de o ir lavar...

É que quando fui buscar o carro à garagem... quando estava a sair... o guarda fez sinal para esperar e, aproximando-se do carro... pergunta-me se quero 2 fichas para lavar o carro!!!
OK, percebi a mensagem... eu vou lavar o carro... ainda por cima à borla!

A vergonha!!!!

P.S. - a verdade é que ele me ofereceu as fichas a mando do patrão,
pois estão em obras na garagem e todos os carros estão cobertos de pó
(o que até acaba por não ser mau, pois o meu assim não destoa e ainda ganhei uma lavagem "à pála"...)

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Pizaaa

A minha madrinha, que é um doce e sabe bem do que eu gosto, enviou-me este anúncio:

Só faltou um "pormenorzinho"....
Dizer quando é que o Lidl vai ter esta máquina e qual o preço?
E que se custa mais de 15€... não sei se há "rendimento" para a ter!!!
Assim não dá, ?
Abrem o apetite... enchem a boca de água... e depois retiram o prato?!

Fotografia Viagens - França

Hoje é o dia das fotos de um dos países que aprendi a conhecer e amar - a França!

Por incrível que pareça, de Marselha, aquela que durante anos foi considerada a cidade da minha vida, até há poucas fotos neste álbum (consequência de ter saído de lá ainda sem uma máquina digital e ainda não ter digitalizado as fotos que tenho desta cidade incrível - e que me apaixona e aquece o coração).
Quase todas as fotos são de Paris, uma cidade onde fui algumas vezes, e que devo reconhecer que é muito bonita, um paraíso de cultura... mas que não me diz nada... seria incapaz de lá viver.
A última das vezes estive lá com a minha mãe e a impressão manteve-se - uma cidade incrível para visitar, passar férias, mas que nunca me tentaria para lá viver.

Devo assumir que quando fui trabalhar para Marselha, além de não falar quase francês e nem ter uma boa imagem dos franceses, só me atraía a cidade e a localização (Sul de França).
Depois de quase 2 anos lá, percebi que o Sul é completamente diferente do Norte, as pessoas são calorosas, agradáveis, amistosas e há vive-se para e com os amigos, para as reuniões familiares e de amigos, as "soirées", "l'apero"... vive-se!
É um local onde se procura a qualidade de vida, onde as empresas investem na qualidade de vida dos trabalhadores, com uma % de lucro a ser investida em actividades com/para eles, onde o estado dá meio-dia livre (4ª de tarde) para os pais estarem com os filhos que também não tem actividades escolares, onde se alia desporto e vida ao ar livre... enfim... como já disse, uma cidade onde se vive!
Passei lá os melhores anos da minha vida e ainda hoje sinto um certo remorso/arrependimento de não ter lá ficado como devia (mas a vida continua, o caminho é para a frente, não adianta chorar sobre o leite derramado, etc...).
Ainda hoje, os melhores e mais sinceros amigos que tive na vida estão lá... o melhor chefe que já tive na vida é de lá, o melhor trabalho na melhor empresa é de lá... que saudades!
E já nem falo das saudades da Corniche, dos passeios de patins em linha que começavam no Velodrome e atravessavam Marselha, saudades das Calanques, da proximidade com Cannes, Nice, Mónaco....

Mas, voltando ao objecto da maioria das fotos, o que posso dizer sobre Paris, é que é uma cidade "esmagadora", a torre Eiffel é um verdadeiro marco turístico, os passeios de barco pelo Sena (e à beira do Sena) dão uma perspectiva diferente da cidade, os museus, galerias, monumentos, palácios, igrejas... são imponentes, incríveis, magníficos e fazem sonhar (o Louvre é algo que precisa de pelo menos 2 dias para ser visto em condições mínimas de qualidade)...
Só que... tudo isso perde um pouco do seu charme quando se ouve falar português em todas as esquinas... quando nos apercebemos que paris é "uma cidade"... que as pessoas são mais frias, mais "cagonas", onde se nota o verdadeiro espírito francês de "somos os melhores do mundo" ou de "somos a capital da moda, do amor, do romance".
Realço igualmente que, para capital da moda, é a cidade onde se nota mais mau gosto no vestuário, onde se vê tanta gente mal vestida e com tão mau-gosto que até faz doer a vista!!!
Mas... é Paris!!!
A cidade do amor, do romance...
Com o Sacré Coeur e as suas ruelas, Montmartre e os seus bistros e bares, o Sena, a torre Eiffel, Notre Dame, o Louvre... e tanta, tanta história e cultura...
Há que assumir que ... como diziam no filme... "resta-nos sempre Paris"...

Neste álbum estão também duas fotos de uma breve passagem por Lourdes (infelizmente a maioria das fotos não tem muita qualidade), onde fui realizar... por interposta pessoa... um dos sonhos da minha avó, que era de conhecer esta cidade, pela sua carga religiosa.
O santuário é lindíssimo e muito mais bem cuidado que a nossa Fátima, a vila é muito bonita, muito bem tratada e o santuário fica muito afastado e integrado num parque natural.
Consegui arranjar as recordações religiosas para a minha avó e foi a primeira vez que fui procurar e "interceptei" um padre no santuário para lhe pedir para benzer o terço que levava à minha avó.
A alegria dela pela paragem, pelas recordações e pelos gestos compensou largamente o desvio e a paragem neste local de culto - pois devo assumir que (para mim) estes locais de culto e exploração religiosa são sempre algo que não me atrai...
Demasiado turismo religioso, demasiada adoração, demasiado... tudo...
Mas valeu pelas imagens das fachadas, pela calma e paz do santuário (apesar das enormes filas para ir a qualquer local) e pela alegria que pude trazer à minha avó.

E agora aqui vos deixo, finalmente, as fotos.
Carreguem na bandeira para acederem ao álbum

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Pretugês e acordo hortugráficu

Muito se fala nos acordos ortográficos, na qualidade do Anónimoensino de hoje, que os jovens não sabem escrever, etc...
Não consegui resistir a publicar este comentário, retirado de um blog desportivo por onde passo pontualmente... pois ilustra bem a realidade actual do nosso português.

É que... os erros são tantos, mas tantos, que às tantas já nem conseguia ler bem....
Não sei se ria ou se chore... (diz ela enquanto esfrega a cara com incredulidade perante o texto...)
É que é mesmo caso para falar num "Pretugês" derivado do "acordo hortugráficu"...
Será que jogam tão bem como escrevem?
Anónimo disse...

enfim ,o XPTO e o ABCD sao os arroaceiros lalalal ,mas ainda nao vi nenhum de voces a faser melhor que eles .
se a alguem que deu tudo o que tinha pela PTYD forao eles ,se a alguem que nunca deichou este clube cair forao eles ,porque sera que estao na seleçao ?porque sera que vos metem tanto nojo ?
se nao fossem grandes voces nao falavao deles ,porque nao falao dos outros ??
porque os outros nao fogem de voces ,estes 2 lutam contra 7 jogadores ,contra os arbitros e nunca os virao desistir ...
ganhem vergonha ,e em ves de ficarem aqui a TENTAR deitalos a baixo porque nao os infrentao dentro de agua ?ou sera que la dentro nao sao todos do mesmo tamanha ??
enfim ,XPTO e ABCD ja joguei com voces e contra voces ,e tenho a diser que me orgulho disso ,nao é por estes invejosos que vao cair ...
o clube mais novo de todos os participantes neste campeonato é o que da mais qe falar ,pra verem como voces sao uma merda ,enfim .
ja agora ,senhor NPTD ,senhor FRHT e senhor PRNJ ,nao percao o vosso tempo a tentarem afundar estes miudos ,voces e que ficao mal vistos ,nao sao eles ahahah

cuidem-se amigos ,para o ano a PTYD vai voltar a limpar o regional e o nacional de juvenis como fes em infantis no ano passado ,nao se esqueçao :D

PS - editei os nomes, pois acho que quando se colocam estas coisas em blogs se devem respeitar as pessoas... e sendo um comentário anónimo... "tinha" de editar...

NOTÍCIA DE ÚLTIMA HORA

Recebi hoje esta notícia, deste site... que tenho mesmo de partilhar convosco!

Fotografia Viagens - Hungria

Hoje as fotografias que tenho para partilhar são de um dos meus países preferidos no mundo inteiro... a Hungria.
Durante muito tempo considerei Marselha a cidade da minha vida, mas depois de ter estado em Budapeste (e a seguir no lago Balaton)... mudei completamente de ideias.
Apesar de o húngaro ser uma língua impraticável (e acreditem que tentei aprender), Budapeste é uma cidade lindíssima e se tivesse oportunidade seria um dos locais onde gostaria de viver!
Amo os seus parques, os seus edifícios, a história que está impregnada em cada pedra, em cada edifício.
Adoro os contrastes entre os dois lados, um mais cultural e outro mais urbano, adoro o rio e as suas inúmeras pontes, a Ilha Margherita, as termas... as pessoas.
Os homens húngaros são ainda um pouco machistas e nota-se muito a influência de uma cultura soviética e de repressão (sabiam que foi há pouquíssimo anos que se libertaram do jugo soviético?), mas um passeio pelas ruas, parques, igrejas... mostra o quanto o país, as pessoas são agradáveis (se bem que muito poucos falem inglês... ou francês... ou outra língua que o húngaro).
Confesso que tinha prometido a mim mesma ir lá (pelo menos) uma vez por ano, mas infelizmente o ano passado foi complicado (e parece que este ano segue o mesmo caminho,) por isso as fotos que aqui vos deixo são relativas a 2007 (fui lá nos meus anos e depois em Outubro)... mas servem para verem a beleza daquela cidade, daquele país.

Apesar de o emblema "turístico"de Budapeste ser o Parlamento, há tantos mais monumentos e palácios igualmente (ou mais) belos - o castelo do rei, a St Mathias Church, as outras igrejas... só mesmo visitando e vendo "ao vivo".
E o custo de vida é muito bom... o alojamento é baratíssimo, come-se bem e barato... vale muito a pensa pensarem em conhecer esta cidade, ainda muito fora dos roteiros tradicionais... e se puderem pensem em ir na época baixa e antes de aderirem ao Euro.

Claro que o facto de um dos meus melhores amigos ser húngaro só ajuda a que tenha vontade de lá ir regularmente... mas há que admitir que (como típico húngaro que é) ele é um pouco machista demais para o meu gosto.
Ele é adorável... demais...
Cada vez que lá vou o rapaz mete férias para estar comigo, anda comigo para todo o lado, não me deixa pagar nada...
Chamem-me antiquada (ou moderna, ou feminista)... mas por vezes uma pessoa precisa de tempo para ela, sozinha... ou de poder comprar o que quer e pagar por isso. ou andar por onde quiser... mas não posso apontar o dedo ao rapaz, porque o adoro e é mesmo 5 estrelas!

Para verem as fotos, basta carregarem na bandeira, que vos levará até ao respectivo álbum...

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