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segunda-feira, 7 de março de 2011

E isto é o que tenho para dizer

A todos os que perguntam como estou, aos que esperam que esteja muito em baixo, triste, ...sei lá... e ficam admirados de me ouvir dizer que estou bem e me sinto bem.
Porque a vida é assim que tem de ser vivida!!!
Imagem retirada daqui

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Coisas que me fazem pensar...

Como a pipoquinha anda doentinha e estamos por casa, lá consigo uns minutos para "desabafar" um pouco o que me vai na alma - e sem imagens e textos já feitos... que sucesso!
Quem me conhece sabe que não sou nada ligada a política e politiquices, (sou mesmo desligada dessas coisas) pois são todos farinha do mesmo saco e pensam é neles, família, amigos iguais a eles, etc.
Mas como mãe solteira em que mais de 5/8 do salário são para pagar a casa e a creche da bebé (sim, fiz as contas), não posso deixar de me indignar com o sr (só pode ter sido um sr, porque duvido que alguma senhora que tenha filhos pensasse numa coisa assim) que decidiu que não tenho direito ao abono de família!!!
Parece que os srs olham para o salário bruto (como se fosse muito...), esquecem-se que ficam com 1/3 dele em impostos, que do que sobra tenho de pagar casa, creche, despesas correntes e ainda tentar comer, e toca de retirar o abono de família, para que é que preciso disso?!
É que é muito mais simples cortar nos abonos (então, quiseram filhos e esperavam algum tipo de ajuda? Ainda por cima já era "enorme") do que nos jantares luxuosos, carros de topo de gama, e todos os tipos de mordomias que aqueles parasitas tem diariamente!
Ou, impensável, reduzir o número de parasitas que existem no nosso governo e cargos governamentais... Deus nos livre de perderem os tachos que depois cobram a quem não tem com que viver!

E por mais que uma pessoa seja positiva e veja o lado bom da vida... bolas... ainda era uma boa ajuda para fraldas, leite, medicamentos!!!
Se a mim me faz diferença (e muita, pois no primeiro ano tinha direito a ajuda por ser mãe-solteira e por ela ter menos de 1 ano), imagino as pessoas que não ganham "tanto" como eu e mesmo assim ficaram sem ele ou com ele muito reduzido!!!
Parece que o facto de se ser mãe solteira, ou de se ter uma série de despesas fixas mensalmente, não interessam para nada!

É o país que temos... e possivelmente merecemos (culpa minha/nossa de não ligar a política e deixar que aqueles parasitas andem por lá a saquear tudo o que podem)!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Mais uma...

Muitas vezes me perguntam porque faço isto... eis a explicação (porque são tantas e tantas as vezes em que dou o braço a torcer, mesmo sabendo que tenho/teria razão):

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Mais uma mensagem perfeita

E enquanto não encontro o tempo e a inspiração para escrever o que vai na alma, aqui fica mais uma imagem que diz tudo.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Às vezes

Às vezes depara-mo-nos com pequenos textos que dizem tudo aquilo que pensamos...
Às vezes o cansaço impede-nos de escrever como gostaríamos e de criar textos originais...
Às vezes há que partilhar algo que achamos bonito e nos faz pensar, sorrir, chorar...
Às vezes há que pensar que mesmo as escritoras ditas "light" podem ter belos pensamentos...

Às vezes é preciso aprender a perder, a ouvir e não responder, a falar sem nada dizer, a esconder o que mais queremos mostrar, a dar sem receber, sem cobrar, sem reclamar. 
Às vezes é preciso respirar fundo e esperar que o tempo nos indique o momento certo para falar e então alinhar as ideias, usar a cabeça e esquecer o coração, dizer tudo o que se tem para dizer, não ter medo de dizer não, não esquecer nenhuma ideia, nenhum pormenor, deixar tudo bem claro em cima da mesa para que não restem dúvidas e não duvidar nunca daquilo que estamos a dizer.
E mesmo que a voz trema por dentro, há que fazê-la sair firme e serena, e mesmo que se oiça o coração bater desordenadamente fora do peito é preciso domá-lo, acalmá-lo, ordenar-lhe que bata mais devagar e faça menos alarido, e esperar, esperar que ele obedeça, que se esqueça, apagar-lhe a memória, o desejo, a saudade, a vontade.
Às vezes é preciso partir antes do tempo, dizer aquilo que se teme dizer, arrumar a casa e a cabeça, limpar a alma e prepará-la para um futuro incerto, acreditar que esse futuro é bom e afinal já está perto, apertar as mãos uma contra a outra e rezar a um deus qualquer que nos dê força e serenidade. Pensar que o tempo está a nosso favor, que o destino e as circunstâncias de encarregarão de atenuar a nossa dor e de a transformar numa recordação ténue e fechada num passado sem retorno que teve o seu tempo e a sua época e que um dia também teve o seu fim.
Às vezes mais vale desistir do que insistir, esquecer do que querer, arrumar do que cultivar, anular do que desejar. No ar ficará para sempre a dúvida se fizémos bem, mas pelo menos temos a paz de ter feito aquilo que devia ser feito, somos outra vez donos da nossa vida e tudo é outra vez mais fácil, mais simples, mais leve, melhor.
Às vezes é preciso mudar o que parece não ter solução, deitar tudo abaixo para voltar a construir do zero, bater com a porta e apanhar o último combóio no derradeiro momento e sem olhar para trás, abrir a janela e jogar tudo borda fora, queimar cartas e fotografias, esquecer a voz e o cheiro, as mãos e a cor da pele, apagar a memória sem medo de a perder para sempre, esquecer tudo, cada momento, cada minuto, cada passo e cada palavra, cada promessa e cada desilusão, atirar com tudo para dentro de uma gaveta e deitar a chave fora, ou então pedir a alguém que guarde tudo num cofre e que a seguir esqueça o segredo.
Às vezes é preciso saber renunciar, não aceitar, não cooperar, não ouvir nem contemporizar, não pedir nem dar, não aceitar sem participar, sair pela porta da frente sem a fechar, pedir silêncio e paz e sossego, sem dor, sem tristeza e sem medo de partir. E partir para outro mundo, para outro lugar, mesmo quando o que mais queremos é ficar, permanecer, construir, investir, amar. Porque quem parte é quem sabe para onde vai, quem escolhe o seu caminho e mesmo que não haja caminho porque o caminho se faz a andar, o sol, o vento, o céu e o cheiro do mar são os nossos guias, a única companhia, a certeza que fizemos bem e que não podia ser de outra maneira. Quem fica, fica a ver, a pensar, a meditar, a lembrar. Até se conformar e um dia então esquecer."
Margarida Rebelo Pinto
Imagem retirada da Internet

domingo, 27 de junho de 2010

Vencedores e Vencidos

Algo para pensar... será que sou um vencedor ou um vencido?
Na minha vida pessoal e profissional cruzei-me já com espécimes de ambos os tipos, mas devo assumir que o meu caminho foi muitas vezes atravessado por vencidos - e que estes vencidos existem para chatear e dificultar a vida dos vencedores e tentarem que eles se juntem à "manada" deles.
Mas vou tentar pertencer sempre ao grupo certo, o dos vencedores (para quem pudesse ter dúvidas sobre qual seria)!!!
E com o apoio da família e o incentivo da minha pipoca, será seguramente ainda mais fácil trilhar esse caminho árduo e cheio de obstáculos, que é o dos vencedores!



N/O
VENCEDORES
DERROTADOS
1
Quando um vencedor erra, diz: “Enganei-me”, e aprende a lição.
Quando um derrotado erra, diz: “A culpa não foi minha”, e responsabiliza a terceiros.
2
Um vencedor sabe que a adversidade é o melhor dos mestres.
Um derrotado sente-se vítima perante uma adversidade.
3
Um vencedor sabe que o resultado das coisas depende de si mesmo.
Um derrotado acha-se perseguido pelo azar.
4
Um vencedor trabalha muito e arranja sempre tempo para si próprio.
Um derrotado está sempre “muito ocupado” e não tem tempo sequer para a família.
5
Um vencedor enfrenta os desafios um a um.
Um derrotado contorna os desafios e nem se atreve a enfrentá-los.
6
Um vencedor compromete-se, dá a sua palavra e cumpre.
Um derrotado faz promessas, não se esforça e quando falha só sabe justificar-se.
7
Um vencedor diz: “Sou bom, mas posso ser melhor ainda”.
Um derrotado diz: “Não sou tão mau assim; há muitos piores que eu”.
8
Um vencedor ouve, compreende e responde.
Um derrotado não espera que chegue a sua vez de falar.
9
Um vencedor respeita os que sabem mais e procura aprender algo com eles.
Um derrotado resiste a todos os que sabem mais e apenas se fixa nos defeitos deles.
10
Um vencedor sente-se responsável por algo mais que o seu trabalho.
Um derrotado não se compromete nunca e diz sempre: “Faço o meu trabalho e é quanto basta”.
11
Um vencedor diz: “Deve haver uma melhor forma de fazer isso…”
Um derrotado diz: “Sempre fizemos assim. Não há outra maneira.”
12
Um vencedor é PARTE DA SOLUÇÃO..
Um derrotado é PARTE DO PROBLEMA.
13
Um vencedor consegue “ver a parede na sua totalidade”.
Um derrotado fixa-se “no azulejo que lhe cabe colocar”.
14
Um vencedor como você, passa esta mensagem aos amigos…
Um derrotado como os outros a LÊ, não entende nada e DEITA-A FORA.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Quantas vezes

Mais um texto recebido por mail e que faz pensar... mesmo a pessoas menos crentes que eu!

Quantas vezes nós pensamos em desistir
deixar de lado o ideal e os sonhos
Quantas vezes batemos em retirada
com o coração amargurado pela injustiça
Quantas vezes sentimos o peso da responsabilidade
...sem ter com quem dividir
Quantas vezes sentimos solidão
mesmo cercado de pessoas
Quantas vezes falamos sem ser notados
Quantas vezes lutamos por uma causa perdida
Quantas vezes voltamos para casa com
a sensação de derrota
Quanta vezes aquela lágrima teima em cair
justamente na hora em que precisamos parecer fortes
Quantas vezes pedimos a Deus
um pouco de força, um pouco de luz
 
E a resposta vem seja lá como for
um sorriso, um olhar cúmplice
um cartãozinho, um bilhete um gesto de amor
 
E a gente insiste
Insiste em prosseguir em acreditar
em transformar em dividir
em estar em ser
E Deus insiste em nos abençoar
em nos mostrar o caminho
Aquele mais difícil
mais complicado mais bonito
E a gente insiste em seguir
por que tem uma missão

SER FELIZ!

Imagem retirada da Internet

sábado, 19 de junho de 2010

Sorri

Uma mensagem recebida hoje e que me apetece partilhar.

Porque não há nada melhor que um sorriso sentido...
Porque um sorriso anima o meu dia e o de quem o vê...
Porque adoro sorrir e que a vida me permita sorrir sempre...
Porque a minha filha linda é a maior razão que há para não parar de sorrir especialmente a cada vez que penso nela, ou olho para ela!
Porque todos devemos sorrir muito e sempre!

SORRI!! Hoje é mais um dia lindo para ser aproveitado!
SORRI!! Existem pessoas que te amam e sempre querem o teu melhor...
SORRI!! Tu és super importante, e sem ti o mundo não seria o mesmo!!
SORRI!! Esquece os problemas... tu ficas lindo(a) com um sorriso!!!
SORRI!! Tu és um(a) privilegiado(a), tens comida, cama, tens um tecto... e vives num país que apesar da violência, não tem guerra!
SORRI!! Pois o sorriso é contagiante, vamos fazer uma epidemia!!!!!!

Não te preocupes com os obstáculos da vida, eles fazem-nos crescer!!

SORRI!! A vida é bela, se tu não achas isso, torna a tua vida bela.... começa sorrindo, que tudo à tua volta mudará!!!
SORRI!! Tu tens verdadeiros amigos que te adoram....e que sempre estão presentes nas horas felizes e também nas menos boas!!
SORRI!! Pois tu está vivo(a).... e este é o maior motivo para sorrir.... pois a tua existência faz o mundo mais feliz!!!!!!
 
Já sorriste hoje?? Não?? Então o que estás à espera???
Um sorriso por mais simples que seja modifica tudo à nossa volta.
Um sorriso pode alegrar um coração, restaurar amizades e até conquistar as pessoas.

Mas o mais importante é que sorrindo tu te sentirás melhor e o teu sorriso contribui para um mundo mais feliz!!!!

terça-feira, 18 de maio de 2010

Mais frases profundas...

Mais uma frase com a qual me identifico completamente:

O maior prazer de um homem inteligente é passar por idiota diante de um idiota que pensa que é inteligente.

Esta também é algo que me faz sorrir sempre, pois é a mais pura realidade:

Dizem-me que existem duas coisas infinitas: O Universo e a estupidez humana!
Tenho dúvidas sinceras no que diz respeito ao primeiro

Na minha vida profissional, ao longo dos anos, tive a oportunidade de colocar repetidamente em prática a 1ª (e como me rio com os que pensam que sou assim), e de assistir incessantemente à realidade demonstrada pela 2ª.

A realidade é que ambas demonstram um facto da vida... e não há nada a fazer, só aproveitar para ... rir!
Imagem retirada da Internet

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Filosofia de Vida

Uma boa filosofia de vida, a adoptar pelas pessoas sábias em face de pessoas "inteligentes":

Muitas pessoas me perguntam:
- O que os velhos fazem quando se aposentam?

Bem, eu tenho sorte de ter uma formação em engenharia química, e uma das coisas que eu mais gosto é transformar cerveja, vinho e outras bebidas alcoólicas em urina...

imagem retirada da Internet

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Ser Mulher

Um fabuloso texto recebido por e-mail (da mamã, só podia)...
Porque somos tudo isto... e muito mais!!!Ser mulher é viver mil vezes em apenas uma vida,
é lutar por causas perdidas e sempre sair vencedora,
é estar antes do ontem e depois do amanhã,
é desconhecer a palavra recompensa apesar dos seus actos.

Ser mulher é caminhar na dúvida cheia de certezas,
é correr atrás das nuvens num dia de sol e alcançar o sol num dia de chuva.

Ser mulher é chorar de alegria e muitas vezes sorrir com tristeza,
é cancelar sonhos em prol de terceiros,
é acreditar quando ninguém mais acredita,
é esperar quando ninguém mais espera.

Ser mulher é identificar um sorriso triste e uma lágrima falsa,
é ser enganada e sempre dar mais uma chance,
é cair no fundo do poço e emergir sem ajuda.

Ser mulher é estar em mil lugares de uma só vez,
é fazer mil papéis ao mesmo tempo,
é ser forte e fingir que é frágil p'ra ter um carinho.

Ser mulher é se perder em palavras e depois perceber que se encontrou nelas,
é distribuir emoções que nem sempre são captadas.

Ser mulher é comprar, emprestar, alugar,
vender sentimentos, mas jamais dever,
é construir castelos na areia,
vê-los desmoronados pelas águas e ainda assim amá-las.

Ser mulher é saber dar o perdão, é tentar recuperar o irrecuperável,
é entender o que ninguém mais conseguiu desvendar.

Ser mulher é estender a mão a quem ainda não pediu,
é doar o que ainda não foi solicitado.

Ser mulher é não ter vergonha de chorar por amor,
é saber a hora certa do fim, é esperar sempre por um recomeço.

Ser mulher é ter a arrogância de viver apesar dos dissabores,
das desilusões, das traições e das decepções.

Ser mulher é ser mãe dos seus filhos e dos filhos de outros e ama-los igualmente.

Ser mulher é ter confiança no amanhã e aceitação pelo ontem,
é desbravar caminhos difíceis em instantes inoportunos
e fincar a bandeira da conquista.

Ser mulher é entender as fases da lua por ter suas próprias fases.
É ser "nova" quando o coração está a espera do amor,
ser "crescente" quando o coração está se enchendo de amor,
ser cheia quando ele já está transbordando de tanto amor
e minguante quando esse amor vai embora.

Ser mulher é hospedar dentro de si o sentimento do perdão,
é voltar no tempo todos os dias e viver por poucos instantes
coisas que nunca ficaram esquecidas.

Ser mulher é cicatrizar feridas de outros e inúmeras vezes deixar
as suas próprias feridas sangrando.

Ser mulher é ser princesa aos 20,
rainha aos 30,
imperatriz aos 40 e especial a vida toda.

Ser mulher é conseguir encontrar uma flor no deserto,
água na seca e labaredas no mar.

Ser mulher é chorar calada as dores do mundo e em
apenas um segundo já estar sorrindo.

Ser mulher é subir degraus e se os tiver que
descer não precisar de ajuda, é tropeçar, cair e voltar a andar.

Ser mulher é saber ser super-homem quando o sol nasce
e virar cinderela quando a noite chega.

Ser mulher é ter sido escolhida por Deus para colocar no mundo os homens.

Ser mulher é acima de tudo um estado de espírito,
é uma dádiva, é ter dentro de si um tesouro escondido
e ainda assim dividi-lo com o mundo!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Se nunca falhou

Quem nunca falhou?
Vejam este vídeo e vejam como é bom sinal já termos vivido e falhado!
Espero que todos continuem a falhar e assumir, pois é bom sinal!

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Procura-se.... lingerie sexy para grávidas

Atendendo ao meu estado de graça (ou será engraçado?), tenho de falar aqui de uma peça fundamental da lingerie de qualquer mulher, mas muito em particular da futura mamã - a cueca, o slip... o que lhe quiserem chamar.

Até aos 5/6 meses de gravidez está tudo bem... ainda conseguimos usar a nossa lingerie de sempre, sentir-mo-nos sexy, seduzir o nosso companheiro...
Mas quando a barrigona começa a sair para fora e a ficar grande... é o descalabro.
Quem não se lembra da imagem da Bridget Jones e das suas famosas "cueconas"?

Pois é... quando se está grávida e se procura essa parte inferior da nossa lingerie... só conseguimos encontrar coisas tão sexys como essa.
Ou melhor... se repararem bem, comparadas com as cuequinhas de grávida, as cueconas da Bridget parecem quase um fio-dental!

Já corri algumas lojas de roupa para futura mamã, lojas para bebés... e aquilo que encontro faz aumentar a auto-estima e o sex-appeal de qualquer mulher.
Imaginem a cara do vosso companheiro quando se despem e aparece aquela "coisa sexy" que são os cuecões das nossas avós?
Sei que não é fácil andar com uma barrigona enorme (meu Deus... ainda faltam 3 meses e já estou descomunal), mas uma lingerie um pouco mais sexy ajudava... será que as futuras mamãs só podem andar de cuecão?
Ou então, as que podem, terão de optar por um simples fio dental minúsculo... que não enrole na barriga, porque tudo o que tiver mais do que 1 fio e um minúsculo triângulo, fica enrolado no T0 da futura criança... E não me parece que seja a solução para muitas das futuras mães que andam por aí.

Como invejo a Bridget Jones e a sua lingerie sexy (ver foto) em comparação com aquilo que encontro para futura mamã!!!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Os pássaros

Digam lá se a curta-animação da Pixar que se segue não vos faz lembrar a vida em algumas empresas, ou algumas das pessoas que nos rodeiam?
Adorei!!!
E conheço alguns "passarinhos" como aqueles, que só estão bem a deitar abaixo os que são diferentes deles... e depois, por vezes, acabam depenados!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Para pensar

Quantos de nós não vivemos assim?
Ou já vivemos algum dia?
Quem atira a primeira pedra?

Gilberto de Nucci tem uma excelente imagem a respeito de nosso comportamento. Segundo ele, os homens caminham pela face da Terra em fila indiana, cada um carregando uma sacola na frente e outra atrás.

Na sacola da frente, colocamos nossas qualidades; na sacola de trás, guardamos todos os nossos defeitos.

Por isso, durante a jornada pela vida, mantemos os olhos fixos nas virtudes que possuímos, presas em nosso peito. Ao mesmo tempo, reparamos impiedosamente nas costas do companheiro que está adiante todos os defeitos que ele possui.

E nos julgamos melhores que ele, sem perceber que a pessoa andando atrás de nós está pensando a mesma coisa a nosso respeito.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Porque já não me consigo calar?

Por vezes gostava de ser muda, ou de ter uma moderação de comentários a agir antes de abrir a boca, para não magoar as pessoas que amo.

Tantas vezes que ouvi (e senti) que antigamente eu não era assim...
E a verdade é que sempre preferia ser eu a sofrer e não dizer o que realmente pensava e sentia, desde que os outros não fossem magoados ou sofressem com as minhas palavras.

Mas com o passar dos anos, parece que passei para o extremo oposto...
Não consigo calar o que penso ou o que sinto.

De uma pessoa dócil e cordata (que modéstia) passei para uma pessoa com mau-feitio e refilona, que está sempre a dizer o que pensa, sem se preocupar com o que os outros possam sentir...
Ok... eu preocupo-me com os sentimentos deles (especialmente família e amor), mas parece que tenho uma outra pessoa a viver dentro de mim que sai para fora nos piores momentos (palavras do S.)...
E, honestamente, custa-me ser assim, pois nunca o fui (pelo menos na maior parte da minha vida)...

A minha mãe diz que sou assim desde os meus 2 últimos empregos, que foram altamente stressantes, com muito trabalho e pouco reconhecimento e contrapartidas e que me desgastaram emocional e fisicamente a níveis nunca vistos.
Eu acho que é da idade, associada ao cansaço de me preocupar sempre com os sentimentos dos outros e não com os meus... aliado a uma dose de cansaço que me impede de me auto-moderar.

Mas... é mais forte que eu... o humor negro, o estar sempre a picar (na brincadeira) e dizer logo o que sinto quando me magoam (ou quando me sinto magoada) e sendo má com essa(s) pessoa(s) parecem estar a fazer parte da minha personalidade - e não sei se gosto de ser assim, pelo menos não com os que me são próximos.
Como disse há uns tempos a alguém ... eu só sou assim com as pessoas de quem gosto...
Mas eles também podem pensar o que eu pensei quando me disseram isso de um familiar meu que é ainda pior que eu... - podias gostar um pouco menos de mim, não?

Será que a solução é a mudez total?
O S. acha que não é a solução, pois quando não falo escrevo e ele diz que os meus dedos são muito mais "duros" nas palavras que quando as digo...
Será que se consegue criar um sistema interno de moderação de comentários? (mas antes de pensar já as palavras me saíram pela boca...)

Aiaiai...
Será mesmo a PDI a atacar e eliminar as barreiras de uma pessoa que toda a vida se preocupou em não magoar os outros e agora... não pensa antes de falar o que sente?

Eu prometo sempre mudar... mas não está a resultar muito e depois ainda fico pior, pois na realidade não digo as coisas para magoar ninguém, ou para ofender!!!
Apenas tenho (com o avançar da idade) desenvolvido um sentido de humor inoportuno e muito negro, bem como um apurado sentido de crítica (dos outros claro, que eu tenho sempre razão e sou perfeita...) que se destaca, muitas vezes, pela negativa.

Será que aos 40 passa?

Espero que sim, mas de qualquer forma aqui deixo à minha família (directa e ao meu amor) as minhas sinceras desculpas por este feitio/sentido de humor/sensibilidade que é mais forte que eu... mas é só porque os amo (a sério)!

E vou treinar para ser novamente muda...

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Amor é Prosa, Sexo é Poesia

No seguimento da minha reflexão anterior, e das minhas questões existenciais (ou será existencialistas) sobre amor, sexo, paixão, vida a dois.....aqui fica um texto de um dos autores que mais admiro (quando se trata de falar de amor, paixão, vida a dois) e que fala da diferença entre amor e sexo...
Qual o peso de cada um deles numa relação saudável?
Honestamente, não sei...
Se alguém tiver uma resposta... avise!!!

AMOR É PROSA, SEXO É POESIA

Sábado, fui andar na praia em busca de inspiração para meu artigo de jornal. Encontro duas amigas no calçadão do Leblon:

- Teu artigo sobre amor deu o maior auê... – me diz uma delas.

- Aquele das mulheres raspadinhas também... Aliás, que você tem contra as mulheres que barbeiam as partes? – questiona a outra.

- Nada... – respondo. – Acho lindo, mas não consigo deixar de ver ali nas partes dessas moças um bigodinho sexy... não consigo evitar... Penso no bigodinho do Hitler, do Sarney... Lembram um sarneyzinho vertical nas modelos nuas... Por isso, acho que vou escrever ainda sobre sexo...

Uma delas (solteira e lírica) me diz:

- Sexo e amor são a mesma coisa...

A outra (casada e prática) retruca:

- Não são a mesma coisa não...

Sim, não, sim, não, nasceu a doce polêmica ali à beira-mar. Continuei meu cooper e deixei as duas lindas discutindo e bebendo água-de-coco. E resolvi escrever sobre essa antiga dualidade: sexo e amor. Comecei perguntando a amigos e amigas. Ninguém sabe direito. As duas categorias trepam, tendendo ou para a hipocrisia ou para o cinismo; ninguém sabe onde a galinha e onde o ovo. Percebo que os mais “sutis” defendem o amor, como algo “superior”. Para os mais práticos, sexo é a única coisa concreta. Assim sendo, meto aqui minhas próprias colheres nesta sopa.

O amor tem jardim, cerca, projeto. O sexo invade tudo isso. Sexo é contra a lei. O amor depende de nosso desejo, é uma construção que criamos. Sexo não depende de nosso desejo; nosso desejo é que é tomado por ele. Ninguém se masturba por amor. Ninguém sofre de tesão. O sexo é um desejo de apaziguar o amor. O amor é uma espécie de gratidão posteriori pelos prazeres do sexo.

O amor vem depois, o sexo vem antes. No amor, perdemos a cabeça, deliberadamente. No sexo, a cabeça nos perde. O amor precisa do pensamento.

No sexo, o pensamento atrapalha; só as fantasias ajudam. O amor sonha com uma grande redenção. O sexo só pensa em proibições: não há fantasias permitidas. O amor é um desejo de atingir a plenitude. Sexo é o desejo de se satisfazer com a finitude. O amor vive da impossibilidade sempre deslizante para a frente. O sexo é um desejo de acabar com a impossibilidade. O amor pode atrapalhar o sexo. Já o contrrário não acontece. Existe amor sem sexo, claro, mas nunca gozam juntos. Amor é propriedade. sexo é posse. Amor é a casa; sexo é invasão de domicílio. Amor é o sonho por um romântico latifúndio; já o sexo é o MST. O amor é mais narcisista, mesmo quando fala em “doação”. Sexo é mais democrático, mesmo vivendo no egoísmo. Amor e sexo são como a palavra farmakon em grego: remédio e veneno. Amor pode ser veneno ou remédio. Sexo também – tudo dependendo das posições adotadas.

Amor é um texto. Sexo é um esporte. Amor não exige a presença do “outro”; o sexo, no mínimo, precisa de uma “mãozinha”. Certos amores nem precisam de parceiro; florescem até mas sozinhos, na solidão e na loucura. Sexo, não – é mais realista. Nesse sentido, amor é uma busca de ilusão. Sexo é uma bruta vontade de verdade. Amor muitas vezes e uma masturbação. Seco, não. O amor vem de dentro, o sexo vem de fora, o amor vem de nós e demora. O sexo vem dos outros e vai embora. Amor é bossa nova; sexo é carnaval.

Não somos vítimas do amor, só do sexo. “O sexo é uma selva de epiléticos” ou “O amor, se não for eterno, não era amor” (Nelson Rodrigues). O amor inventou a alma, a eternidade, a linguagem, a moral. O sexo inventou a moral também do lado de fora de sua jaula, onde ele ruge. O amor tem algo de ridículo, de patético, principalmente nas grandes paixões. O sexo é mais quieto, como um caubói – quando acaba a valentia, ele vem e come. Eles dizem: “Faça amor, não faça a guerra”. Sexo quer guerra. O ódio mata o amor, mas o ódio pode acender o sexo. Amor é egoísta; sexo é altruísta. O amor quer superar a morte. No sexo, a morte está ali, nas bocas... O amor fala muito. O sexo grita, geme, ruge, mas não se explica. O sexo sempre existiu – das cavernas do paraíso até as saunas relax for men. Por outro lado, o amor foi inventado pelos poetas provinciais do século XII e, depois, revitalizado pelo cinema americano da direita cristã. Amor é literatura. Sexo é cinema. Amor é prosa; sexo é poesia. Amor é mulher; sexo é homem – o casamento perfeito é do travesti consigo mesmo. O amor domado protege a produção. Sexo selvagem é uma ameaça ao bom funcionamento do mercado. Por isso, a única maneira de controla-lo é programa-lo, como faz a indústria das sacanagens. O mercado programa nossas fantasias.

Não há saunas relax para o amor. No entanto, em todo bordel, FINGE-SE UM “AMORZINHO” PARA INICIAR. O amor está virando um “hors-d’oeuvre” para o sexo. O amor busca uma certa “grandeza”. O sexo sonha com as partes baixas. O PERIGO DO SEXO É QUE VOCÊ PODE SE APAIXONAR. O PERIGO DO AMOR É VIRAR AMIZADE. Com camisinha, há sexo seguro, MAS NÃO HÁ CAMISINHA PARA O AMOR. O amor sonha com a pureza. Sexo precisa do pecado. Amor é o sonho dos solteiros. Sexo, o sonho dos casados. Sexo precisa da novidade, da surpresa. “O grande amor só se sente no ciúme” (Proust). O grande sexo sente-se como uma tomada de poder. Amor é de direita. Sexo, de esquerda (ou não, dependendo do momento político. Atualmente, sexo é de direita. Nos anos 60, era o contrário. Sexo era revolucionário e o amor era careta). E por aí vamos. Sexo e amor tentam mesmo é nos afastar da morte. Ou não; sei lá... e-mails de quem souber para o autor.

Arnaldo Jabor

Amor, Sexo, Vida a Dois 1

A proximidade da minha nova vida a dois, o facto de ser Verão, o ter ficado a saber que uma amiga tinha começado a andar com um rapaz que conheço melhor do que gostaria, a relação que vivo e que me completa e preenche, … tudo isto me leva de novo a pensar no amor e na relação entre amor, paixão, sexo, vida a dois.

Como tal, decidi contrariar a minha tendência natural de escrever e começar a divagar sobre um tema… e tentar escrever uma série de posts sobre este assunto (sempre dá assunto para ir mantendo vivo o blog).
Não quer dizer que o consiga... mas não perco nada em tentar, certo?

Mas antes de escrever algo, e porque sei que vários elementos da família seguem atentamente (ou menos atentamente) o blog, tenho uma confissão a fazer…
Não é fácil, mas está na altura de “sair do armário”…
Como tal…
Mãe, pai, mana, tios e tias, primos e afins…sei que vai ser um choque para todos… mas a verdade é que…
Eu tenho relações sexuais! E já há muitos anos!!!
Bem… na verdade… tenho que admitir que sexo (por sexo... sem compromissos ou promessas) raramente tive… foi mais aquela versão romântica de “fazer amor”… mas a verdade é que… mesmo não tendo casado com nenhum deles… já não sou virgem (nem de signo)!!!
Lamento a desilusão, mas achei que se ia escrever sobre relações e sexo, estava na altura de ser honesta com todos.
Os anos que vivi no estrangeiro, o facto de ter a minha casa há anos, o já ter vivido com alguém… seriam sinais que já não seria tão “pura” como gostariam… mas… penso que está na altura de ser completamente honesta!!!

E "prontos"… depois de resolvido este pequeno “assunto” (foi só um toque de humor para desanuviar), falemos de coisas sérias.

Para começar, devo confessar que desde sempre tive um pé atrás em relação a sexo e ao facto de para a maioria dos homens tudo se iniciar (e muitas vezes resumir) pelo sexo.

Não sendo uma pessoa feia (apesar das minhas inseguranças que sempre me fizeram ver muito pior do que sou), digamos que possuía (e ainda possuo, com grande pena minha) os atributos físicos que fazem parte do fetiche da maioria dos homens e que me permitiam sempre estar rodeada de rapazes/homens.

E apesar de ser uma maria-rapaz assumida e ter começado a namorar muito tarde (nos dias de hoje seria considerada uma verdadeira puritana), sempre tive um pé atrás com todos os namorados, pois nunca sabia se andavam comigo por mim ou pelos meus atributos (sim, pode ser insegurança pessoal… mas… os atributos seduziam muito boa gente… ainda seduzem,…).
Então em relação a sexo… tinha os dois pés atrás.

Esta forma de pensar/estar nem era por uma questão de uma educação demasiado rígida, pois nem o foi… penso que era mesmo uma questão minha, pessoal.
Mas a realidade é que, sempre que começava a namorar com alguém, na maioria das vezes, ele(s) tentava(m) imediatamente passar à acção, e isso foi algo que sempre me intimidou (rapazes/homens demasiado ansiosos, demasiado virados para o sexo, demasiado “experientes”).
Não penso que fosse por mal ou premeditado, na maioria dos casos... eram simplesmente... homens!

Não nos iludamos, claro que não era nenhuma santa (nem sou)… e gosto tanto de sexo como qualquer pessoa normal… mas a verdade é que toda a pressão em volta do sexo sempre me fez um pouco de … como dizer… “espécie”…

Já acabei muitas relações na minha vida por causa da pressão do sexo, da ansiedade que eles demonstram com ter sexo… muito sexo… muitas vezes…. Tudo muito!
E então se tenta(va)m ter sexo antes mesmo de haver algum tipo de sentimento… é quase “todo o caminho” para levarem um par de patins e irem à vida deles, ou procurarem alguém que fosse (seja) mais ninfomaníaca que eu (tive e tenho os meus momentos, mas não é a prioridade na minha vida).

Assumo que só muito tarde tive as minhas primeiras relações sexuais... e foi depois de namorar há um ano com aquele rapaz e de ele ter demonstrado (pelo menos no meu entender) que gostava de mim por mim e não por qualquer atributo ou beleza física.

Ainda hoje sinto que quando se está numa relação e a necessidade por sexo, a todo o momento e a toda a hora supera a necessidade de carinho, de intimidade… é o sinal de que a relação está condenada ao fracasso, pois por muito que goste de sexo, gosto muito mais da relação a dois, da partilha, da intimidade.
Para mim, mais importante que adormecer depois de um treino físico na cama e, e sempre foi, o poder adormecer embalada pelos braços do homem que amo, acordar ao seu lado, saber que nos completamos… e que o sexo é um complemento indispensável dessa relação, mas não o factor determinante da mesma.

Não sei se este meu sentimento é normal… se é de ser uma incurável romântica, se é de ter “medo” e desprezar aquelas pessoas que vivem para (e criam relações baseadas no) sexo… mas a verdade é que sou assim.

O sexo não me assusta, como me chegaram a dizer, pois não assusta… nem tenho preconceitos, tabus ou regras (dentro dos limites de normalidade saudável)… mas construir uma vida e uma relação baseadas no sexo é que não me parece saudável.
O que me assusta são as pessoas demasiado "experientes" ou com demasiada experiência que vivem para e em função do sexo - e isso assumo-o!

É verdade que no período de namoro, de sedução… no início de qualquer relação… o sexo tem uma parte importante para a maioria das pessoas.
Também é verdade que quando se namora parece que o tempo nunca é suficiente para se estar a dois, que o desejo físico é muito forte e está muito presente… e que quando se vive em comunhão com a pessoa amada parece que o sexo é relegado para segundo planos, deixa de ter a mesma importância ou periodicidade, o desejo (físico) parece que esmorece.

Será isto normal?
Como reagir?

Como encontrar o equilíbrio entre o que havia no período de namoro, em que cada um vivia na sua casa e se encontravam para namorar, ter relações, sexo.. e havia tempo para tudo e um espaço para tudo…. e a vida a dois, em que de repente o sexo deixa de ser tão frequente, se passa a ir dormir abraçados sem sentir a vontade e necessidade de fazer amor?
É normal essa “paixão”, esse “fogo” que nos consome quando namoramos se ir “extinguindo” ao longo da vida em comum?
Será que a vida diária (que já existia durante o período de namoro) tem um peso tão grande que se “apodera” da vida sexual e a transforma, fazendo com que passe de um rio tempestuoso a um lago?
Qual o peso que o sexo deve ter no início da relação?
Qual a importância dele na vida a dois?

Tudo isto são questões que bailam na minha mente e que se confundem com o que pratico(pratiquei), com o que gostava de ter, com o que acredito dever ter… e com os tabus que consciente ou inconscientemente povoam a minha mente…

Como reagir? Pensar? Sentir?

domingo, 26 de julho de 2009

Atritos

Porque neste momento vivo uma relação que me completa, que me fez acreditar de novo no amor e no significado da palavra AMAR...
Porque temos os nossos atritos, mas que só servem para irmos limando as arestas e polindo esta nossa relação...
Porque faço parte de uma família de personalidades fortes e vincadas, onde os atritos fazem parte do quotidiano de todos nós...
Porque o segredo em se atritarem e saírem melhor da situação está em conseguirem falar desses atritos, dessas colisões, choques de personalidade e opinião, saindo dessa situação mais "bonitos", "fortes", "brilhantes", como as lindas pedras da beira-rio de que fala o texto.
Por tudo isso (e tantas mais razões, que não consigo hoje descrever)...não podia deixar de partilhar convosco este texto!

Desejo-vos a todos(as) que se possam atritar... nas relações amorosas e pessoais... aqui vos deixo o texto que me inspirou hoje!

ATRITOS

Ninguém muda ninguém;
ninguém muda sozinho;
nós mudamos nos encontros.

Simples, mas profundo, preciso.
É nos relacionamentos que nos transformamos.
Somos transformados a partir dos encontros,
desde que estejamos abertos e livres
para sermos impactados
pela idéia e sentimento do outro.

Você já viu a diferença que há entre as pedras
que estão na nascente de um rio,
e as pedras que estão em sua foz?

As pedras na nascente são toscas,
pontiagudas, cheias de arestas.

À medida que elas vão sendo carregadas
pelo rio sofrendo a ação da água
e se atritando com as outras pedras,
ao longo de muitos anos,
elas vão sendo polidas, desbastadas.

Assim também agem nossos contatos humanos.
Sem eles, a vida seria monótona, árida.
A observação mais importante é constatar
que não existem sentimentos, bons ou ruins,
sem a existência do outro, sem o seu contato.
Passar pela vida sem se permitir
um relacionamento próximo com o outro,
é não crescer, não evoluir, não se transformar.

É começar e terminar a existência
com uma forma tosca, pontiaguda, amorfa.
Quando olho para trás,
vejo que hoje carrego em meu ser
várias marcas de pessoas
extremamente importantes.

Pessoas que, no contato com elas,
me permitiram ir dando forma ao que sou,
eliminando arestas,
transformando-me em alguém melhor,
mais suave, mais harmônico, mais integrado.
Outras, sem dúvidas,
com suas ações e palavras
me criaram novas arestas,
que precisaram ser desbastadas

Faz parte...
Reveses momentâneos
servem para o crescimento.
A isso chamamos experiência.
Penso que existe algo mais profundo,
ainda nessa análise.
Começamos a jornada da vida
como grandes pedras,
cheia de excessos.

Os seres de grande valor,
percebem que ao final da vida,
foram perdendo todos os excessos
que formavam suas arestas,
se aproximando cada vez mais de sua essência,
e ficando cada vez menores, menores, menores...

Quando finalmente aceitamos
que somos pequenos, ínfimos,
dada a compreensão da existência
e importância do outro,
e principalmente da grandeza de Deus,
é que finalmente nos tornamos grandes em valor.

Já viu o tamanho do diamante polido, lapidado?
Sabemos quanto se tira
de excesso para chegar ao seu âmago.

É lá que está o verdadeiro valor...
Pois, Deus fez a cada um de nós
com um âmago bem forte
e muito parecido com o diamante bruto,
constituído de muitos elementos,
mas essencialmente de amor.
Deus deu a cada um de nós essa capacidade,
a de amar...
Mas temos que aprender como.

Para chegarmos a esse âmago,
temos que nos permitir,
através dos relacionamentos,
ir desbastando todos os excessos
que nos impedem de usá-lo,
de fazê-lo brilhar

Por muito tempo em minha vida acreditei
que amar significava evitar sentimentos ruins.
Não entendia que ferir e ser ferido,
ter e provocar raiva,
ignorar e ser ignorado
faz parte da construção do aprendizado do amor.

Não compreendia que se aprende a amar
sentindo todos esses sentimentos contraditórios e...
os superando.
Ora, esse sentimentos simplesmente
não ocorrem se não houver envolvimento...

E envolvimento gera atrito.
Minha palavra final: ATRITE-SE!

Não existe outra forma de descobrir o amor.
E sem ele a vida não tem significado.
Roberto Crema
Educador, vice-reitor da Unipaz, Psicólogo e Antropólogo do Colégio Internacional dos Terapeutas
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