segunda-feira, 28 de abril de 2008

Procura-se Amigo

PROCURA-SE UM AMIGO:

  • Não precisa ser honesto, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração.
  • Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir.
  • Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, do sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa.
  • Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.
  • Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo.
  • Deve guardar segredo sem se sacrificar.
  • Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão.
  • Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados.
  • Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar.
  • Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa.
  • Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objectivo deve ser o de amigo.
  • Deve sentir pena das pessoas tristes e compreender o imenso vazio dos solitários.
  • Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.
  • Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo.
  • Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância.
  • Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para se contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade.
  • Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira da estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.
  • Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo.
  • Precisa-se de um amigo para se parar de chorar.
  • Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas.
  • Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para se ter a consciência que ainda se vive.
Este lindíssimo texto é de Vinícius de Moraes.
Está tudo dito... não é preciso comentar mais... não é preciso falar de amizade...
Quem sabe escrever - escreve assim e diz tudo!!!

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Para todos os professores

Mas em especial para os da minha família (e que para mim representam, sobretudo a minha mãe, o que é ser PROFESSOR):

OS PROFESSORES NUNCA TEM RAZÃO (acho que foi escrito pela nossa ministra...):
  • Se é jovem, não tem experiência;
  • Se é velho, está ultrapassado.
  • Se não tem carro, é um coitado;
  • Se tem carro, chora de barriga cheia.
  • Se fala em voz alta, grita;
  • Se fala em tom normal, ninguém o ouve.
  • Se nunca falta às aulas, é parvo;
  • Se falta, é um "turista".
  • Se conversa com outros professores, está a dizer mal do Sistema;
  • Se não conversa, é um desligado.
  • Se dá a matéria toda, não tem dó dos alunos;
  • Se não dá , não prepara os alunos.
  • Se brinca com a turma, é palhaço;
  • Se não brinca, é um chato.
  • Se chama a atenção, é um autoritário;
  • Se não chama, não se sabe impor.
  • Se o teste é longo, não dá tempo nenhum;
  • Se o teste é curto, tira a oportunidade aos alunos bons.
  • Se escreve muito, não explica;
  • Se explica muito, o caderno não tem nada.
  • Se fala correctamente, ninguém entende patavina;
  • Se usa a linguagem do aluno, não tem vocabulário.
  • Se o aluno reprova, é perseguição;
  • Se o aluno passa, o professor facilitou.
É verdade, os "profs." nunca têm razão...
Mas se conseguimos ler tudo até aqui... é a eles que temos de agradecer!!!

Saudades


terça-feira, 22 de abril de 2008

Tautologia - sabem o que é?

Eis uma coisa em que nunca pensei até ter recebido um e-mail com este assunto.
E para ser sincera... quando vi a palavra o que me passou pela cabeça... gaguez, dedicado ao Tarot, problemas de fala.... enfim, todas aquelas coisas parvas que nos passam pela cabeça, no estilo dos concorrentes dos concursos na TV que, naquele momento, não conseguem pensar na coisa inteligente a dizer e só pensam em "burrices".

Mas afinal o que é tautologia?

É o termo usado para definir um dos vícios de linguagem.
Consiste na repetição de uma ideia, de maneira viciada, com palavras diferentes mas com o mesmo sentido.

O exemplo clássico é o famoso 'subir para cima' ou o 'descer para baixo'. Mas há outros, como podem ver na lista a seguir:

  • elo de ligação

  • acabamento final

  • certeza absoluta

  • quantia exacta

  • nos dias 8, 9 e 10, inclusive

  • juntamente com

  • expressamente proibido

  • em duas metades iguais

  • sintomas indicativos

  • há anos atrás

  • vereador da cidade

  • outra alternativa

  • detalhes minuciosos

  • a razão é porque

  • anexo junto à carta

  • de sua livre escolha

  • superavit positivo

  • todos foram unânimes

  • conviver junto

  • facto real

  • encarar de frente

  • multidão de pessoas

  • amanhecer do dia

  • criação nova

  • retornar de novo

  • empréstimo temporário

  • surpresa inesperada

  • escolha opcional

  • planear antecipadamente

  • abertura inaugural

  • continua a permanecer

  • a última versão definitiva

  • possivelmente poderá ocorrer

  • comparecer em pessoa

  • gritar bem alto

  • propriedade característica

  • demasiadamente excessivo

  • a seu critério pessoal

  • exceder em muito
De notar que apesar de muitos termos serem brasileiros ou "abrasileirados", todas estas repetições são dispensáveis.
Por exemplo, 'surpresa inesperada'. Existe alguma surpresa esperada? É óbvio que não! Devemos evitar o uso das repetições desnecessárias.

Fiquem atentos às expressões que utilizam no dia-a-dia e verifiquem se não estão a cair nesta armadilha (eu sei que caí em algumas).

segunda-feira, 21 de abril de 2008

O que resta de Deus!

Com um pequeno atraso (fim de semana de torneios), queria aqui dar um enorme beijo ao meu tio pelo lançamento do seu primeiro livro, juntamente com a tristeza de não ter podido participar pessoalmente neste evento!

Uma obra que me contam estar escrita há mais de 15 anos, tendo finalmente visto a luz do dia.
Infelizmente não a posso comentar, pois ainda não a li (o que espero fazer em breve), mas pelos comentários de quem fez a apresentação do livro (Artur Villares, que iniciou, e Sérgio Matos, docente da Universidade do Porto, que conclui a apresentação), trata-se de uma obra a não perder.
Eu sei que não a vou perder!
Aqui ficam algumas fotos do evento, com o meu orgulho por pertencer a uma família assim (um escritor finalmente publicado - o meu tio; uma escritora com coração - a minha tia; uma escritora ainda escondida - a minha mãe).

Penso que mais do que palavras, estas fotos reflectem a emoção do meu tio, o apoio recebido, e a importância do acto - ele estava de gravata!!!
<= o auditorio estava cheio!







o autor com António Villares e Sérgio Mota na apresentação do livro. =>


<= o meu tio de gravata!!!



os meus primos, filhos do meu tio, na 1ª fila. =>


<= o sorriso do autor (é o meu tio!).

finalmente... a autografar a sua obra! =>

domingo, 20 de abril de 2008

Arbitragem em PT - sonho ou pesadelo

Como agora tenho esta mania que sou escritora... decidi escrever os meus pensamentos sobre o que se passa (ou o que sinto) hoje em dia em relação à arbitragem de pólo aquático em Portugal.

Para quem não sabe, sou árbitro de pólo aquático.
Ou melhor... hoje em dia nem sei como me classificar, pois tirei o curso há 11 anos, tinha a categoria de árbitro nacional... mas apitei mais jogos na minha estadia em Marselha do que em Portugal em todos estes anos.
Depois de me ter cansado de nem ser chamada para árbitro (em 2001, depois de regressar de França) ou ser a 11ª escolha, chamada na véspera em desespero de causa... há mais de 1 ano que acedi a voltar a arbitrar, com a condição de fazer uma reciclagem antes disso (sempre são muitos anos sem apitar... e apesar de ter visto e presenciado CENTENAS de jogos nacionais e internacionais, para não dizer milhares, tenho a perfeita noção que "uma coisa é estar de fora... outra de apito na boca")... e nunca fui chamada para reciclagens, arbitragens de escalões jovens para praticar ou readquirir reflexos.. nada!
Ou me chamam para oficial, ou para tapar-buracos deixados por outros árbitros... na véspera dos jogos... ahhh e de 2ª divisão ou mesmo um de 1ª...

Por isso... decidi passar para o papel o que sentia... (é o texto que se segue):

ESTOU FELIZ

Hoje acordei e, finalmente, percebi que a arbitragem de pólo aquático tinha mudado!!!
Quase ao fim dos 4 anos da nova direcção e de 3 direcções… finalmente viu-se um projecto realizado e uma estrutura para a arbitragem. Nem sei dizer a alegria que sinto!
Estou feliz porque depois de ter tirado o curso há quase 11 anos… finalmente apito jogos de forma regular (consegui fazer a reciclagem porque tanto me bati, apitei um torneio de juvenis e passei para as divisões superiores – 2ª e 1ª)
Estou feliz porque valeu a pena não ter voltado a jogar nem me ter ligado a nenhum clube, para não prejudicar a minha carreira de árbitro (embora ache que devia ter dito que queria ser internacional em vez de dizer que queria ser árbitro para ajudar a modalidade… mas o que interessa é que estou a APITAR)!
Estou feliz porque a arbitragem passou a ser uma arbitragem Nacional. Existe um quadro de árbitros definido, categorias que tem de se cumprir, os árbitros são colocados nos jogos de acordo com a sua categoria e o nível do jogo…
Estou feliz porque ligo para o responsável pela arbitragem e tenho uma resposta rápida. Ou no pior dos casos ele responde à minha mensagem ou mail no mesmo dia (acabaram os inúmeros contactos sem resposta). Fico tão mais tranquila, pois sei que tenho um interlocutor para falar.
Estou feliz porque existe um plano de formação e acompanhamento dos árbitros e deixou de se pensar que formar árbitros era dar um curso e explicar as regras e depois eles sabiam tudo e o suficiente para andarem sozinhos sem supervisão. Hoje em dia há um quadro de formadores certificados (CAP) que depois da formação fazem o acompanhamento dos novos árbitros durante um mínimo de 5 a 10 jogos. Não é uma excelente razão para se estar feliz?
Estou feliz porque deixou de se pensar que jogos de infantis, juvenis, juniores, 2ª divisão ou “jogos que não decidem nada” são menos importantes que os outros e todos os jogos de Campeonatos Nacionais (e mesmo regionais) têm sempre 2 árbitros e 2 pessoas nomeadas para a mesa (ok… às vezes só se consegue uma, mas graças às acções de formação nos clubes, todos eles têm pessoas formadas para fazer mesa e que até recebem por isso!)
Estou ainda mais feliz por perceber que a arbitragem deixou de ser uma coisa para amigos e conhecidos e passou a ser uma coisa feita por mérito do árbitro (independentemente de ser do Norte, Sul, Centro… ou Cascos de Rolha)!
Estou feliz porque os clubes foram envolvidos neste processo de mudança. Hoje em dia os treinadores compreendem a dificuldade dos novos árbitros e convidam-nos para praticarem nos seus jogos de treino! E que os treinadores são os primeiros a dar o exemplo.
Estou feliz por a mentalidade de todas as pessoas envolvidas no processo ter mudado, por se pensar na modalidade em primeiro lugar e em protagonismo depois, por se pensar nos árbitros, treinadores, atletas, clubes… como merecedores de respeito…
Nunca pensei estar tão feliz por ser árbitro e fazer parte da equipa de arbitragem em Portugal.
E então se vos disser que estou feliz por….. por…… por …..
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxtrrrrrrrrrrrrrrrrrriiiiiiiiiiiiiiimmxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
O despertador tocou e quase caía da cama….
Já nem me lembro porque estava tão feliz… mas de repente tive um choque de realidade… e vi que não só nada tinha mudado, como as coisas tinham piorado.
A minha vontade começa a ser desistir e deixar de vez a arbitragem!!!
Há anos que se fala, mas nada é feito.
Nunca me quis ligar a nenhuma entidade (e tenho amigos em todas elas) porque me apercebo que na maior parte dos casos o objectivo é poder, ou guerrilhas, ou usar como base de lançamento ou projecção internacional (que me desculpem as pessoas que considero amigas... mas é um sentimento meu).
Já vi algumas mudanças de direcção na FPN… já lidei com muita gente (esta “coisa” de fazer locução, de ter estado na selecção, conhecer muitos jogadores e árbitros internacionais, … permite isso) e aquilo que observo é que cada um critica o predecessor… mas faz igual ou pior!!!
E fico triste… porque vejo uma modalidade a tentar crescer… mas sem bases, sem incentivo, sem moralidade… quer da arbitragem, quer de diálogo, quer de colaboração com clubes e associações.
Hoje em dia assisto a algo que nunca vi antes (se calhar não ligava tanto… sei que é o que vão dizer) … que é o facto de existirem cada vez mais pessoas a desistir de arbitrar, ou por estarem desmoralizadas ou/e por terem perdido a vontade de se investir.
E se há algum tempo eu as criticava por isso… hoje estou a um PEQUENINO passo de fazer parte desse grupo.
Se antes havia guerras entre Norte e Sul… agora sinto uma separação total.
Sinto que quem faz parte do Sul é “palha” para encher… aliás… nem se conta com a maior parte deles.
Diz-se que se deram cursos, que se formaram quadros. Desculpem?!
Provavelmente estou errada (assumo) … mas não se faz um árbitro por dar um curso… para isso, ele vai a qualquer site, descarrega as regras, estuda e passa num exame!!!
Da mesma forma que um jogador demora alguns anos a fazer (há sempre excepções… raras), um árbitro não passa a ser um bom árbitro porque aprendeu (ou decorou) as regras para um exame. Qualquer árbitro precisa praticar muito e acima de tudo ser acompanhado!!! Se possível por quem o formou.
Como se pode falar em criar quadros se as pessoas não são acompanhadas?
É a mesma coisa que reciclagens! Estão previstas nos regulamentos, mas que eu tenha conhecimento, nunca foram feitas (e andei à procura no site da FPN para ver se havia alguma coisa – assumindo na minha inocência que se falamos de um quadro nacional, será a FPN a organizar a reciclagem). Eu ando a pedir uma há algum tempo e… nada.
Muitas pessoas pensam que tenho “medo” de apitar 2ª ou 1ª divisão (como me pediram já várias vezes… na minha função de “tapa-buracos”)… mas trata-se de uma questão de credibilidade, coerência e honestidade (se não para com os outros, para comigo). Se o regulamento diz que um árbitro que não apite há algum tempo, deve descer de categoria ou fazer uma acção de reciclagem, coisa que defendo acerrimamente, porque havia eu de ser diferente?
Quer dizer… até sou diferente… pois recuso-me a apitar jogos de 2ª ou 1ª divisão sem ter passado por isso. Mas infelizmente… os torneios e Campeonatos Nacionais de escalões jovens passam… e eu não sou convocada (não sou caso único… são muitos). Ou melhor ainda… já dei conhecimento desta posição em relação a arbitrar de todas as formas possíveis (pessoalmente, por mail, por msn, para a FPN, etc.)… mas sou ignorada, pois se for preciso até me chama para fazer mesa… mas apitar é só para alguns…
Se calhar devia estar no Norte (e eu DETESTO assumir guerrilhas parvas e “lados”)… mas mesmo os árbitros ou oficiais do Norte se queixam que não são chamados…
Se calhar devia fazer parte do grupo restrito… ou ser mais “intima” de quem de direito…
Não estou com isto a querer criticar quem está a apitar ou a razão porque foi convocado(a)… mas ninguém me explica a razão de tantos árbitros nem serem contactados (inclusive já me ofereci para ir a jogos onde sabia que faltavam elementos da equipa da arbitragem, pagando a deslocação do meu bolso… claro que sem resposta) e de existirem tantos jogos de infantis, juvenis e juniores a serem apitados por árbitros internacionais, só por um árbitro, sempre pelas mesmas pessoas… já para não falar em 2ª divisão que na maior parte das vezes só tem um árbitro (estou a exagerar… um bocadinho) e raramente tem mesa (só mais um bocadinho… pouco… de exagero).
Porque se passa isso?
E não me digam que é por as pessoas nunca estarem disponíveis… porque muitas vezes falo com árbitros (defeito de conhecer muitos) que me dizem que nem foram contactados.
Não percebo porque depois há esta admiração por as pessoas ao fim de algum tempo se cansarem e preferirem privilegiar a sua vida pessoal em detrimento da arbitragem (para onde foram por paixão).
Bolas… se até eu que sacrifiquei sempre a minha vida pessoal pelo pólo (e até aceitava só fazer mesas… e nem receber… ou faltar a jantares de família ou de amigos como já sucedeu esta época), só pelo respeito que as equipas e jogadores me merecem… me sinto “usada”, explorada… e começo a estar cansada… e a pensar que se calhar os outros é que tem razão!!!
E mais cansada fico quando vejo as atitudes tomadas em relação a novos árbitros.
Revolta-me pensar que há pessoas que apitam há imenso tempo e nem uma porcaria de equipamento lhes deram!!! E apitam jogos do Nacional e de seniores (e aqui tanto há pessoas do Norte como do Sul).
Será que equipamento é só para alguns (e eu até tenho… se bem que nem perceba porquê… porque não me deixam fazer reciclagens ou apitar escalões jovens…)???
De que grupo/seita/região deve uma pessoa ser para que possa evoluir e aprender enquanto árbitro?
O que é preciso fazer para que se contactem todos os árbitros existentes para que não seja necessário haver provas inteiras a serem apitadas pelo DTN (para que se possa dedicar à sua função deixando a arbitragem para quem quer ser e seguir a carreira de árbitro)? E nem me falem em filiações… porque nem eu estou filiada (lapso meu que nem me lembrei ou fui lembrada disso) nem muitos dos árbitros que andam a apitar no nacional… e há muitos outros que nunca apitaram e estão como nacionais…
Como fazer com que os clubes não se sintam revoltados com as pessoas que lhes apitam os jogos (e penso que a maioria hoje em dia começa a compreender que não é pela falta de experiência ou conhecimento do árbitro que está a apitar mas sim pela falta de planeamento, organização e acima de tudo… ACOMPANHAMENTO e comunicação). Até porque estes árbitros nem tem a culpa de não ter tido acompanhamento, e até tem a coragem de assumir um desafio, muitas vezes superior às suas capacidades… naquele momento da sua formação/evolução.
Afinal estava tão feliz… e na verdade este pesadelo é real.
Será que algum dia vou deixar de viver este pesadelo (sim… eu vivo as coisas que me apaixonam… e o pólo aquático e a arbitragem sempre me apaixonaram) e conseguir viver aquele sonho que me estava a deixar tão feliz?
Será que algum dia os clubes vão conseguir participar no processo de formação e as pessoas vão ter uma pessoa que dê a cara pela arbitragem e que seja contactável (por muito difíceis que sejam as situações)?
Será que vale a pena continuar a sonhar que para ser árbitro não é preciso fazer parte do grupo A, B ou C que se dá bem com o CA… e basta ser árbitro e estar disponível?
Eu sou idealista… mas cada vez mais penso que não consigo ser assim tão idealista.
E se bem que saiba que a arbitragem tem as suas “ovelhas negras”… hoje em dia não consigo criticar muitos árbitros por terem passado a estar indisponíveis por sistema… Se eu que me disponibilizava sempre ou arranjava maneira de “tapar os buracos” dos outros… me sinto revoltada de ser chamada para apitar jogos de 2ª divisão em 10ª escolha e sem que tenham contactado árbitros mais experientes!!!
Se eu começo a pensar que é melhor ir para a praia e quem faz as convocatórias ou colocou as coisas neste estado que se “lixe”… e sempre fui “comendo e calando” por respeito às equipas… e ia sempre… para que ao menos estivesse lá alguém… mesmo quando estava na rua e nem equipamento tinha... como posso criticar os outros?!
Realmente… nunca estive tão triste com a arbitragem como agora…
Nada mudou (tanta conversa… tanta critica a quem lá estava antes…) só que a “Máfia” passou a ser no Norte em vez de ser do Sul!!!
A decisão que aparentemente terei de tomar….ou vou para o Norte e pode ser que, se for boa menina e me der com as pessoas certas e calar a boca (não comento mais que isto)… vá apitar alguns jogos (que me desculpem os meninos que não apitam mesmo sendo bons árbitros e do Norte)… ou desisto disto… pois o que aparentemente se quer quando se está à frente… é poder… e eu já não tenho idade para andar nestes jogos.
Dei e darei sempre o possível à modalidade… mas pela modalidade e não para que me conheçam!!! Para me conhecerem… não preciso desses protagonismos ou “amizades”…

Fica a tristeza… depois da felicidade… que afinal não passava de um sonho sempre adiado, aparentemente uma utopia sem solução L

sábado, 19 de abril de 2008

Remédio para não envelhecer

Quando digo às pessoas com quem convivo mais diariamente a idade que tenho... a maioria não acredita.
Talvez seja do estado de espírito, talvez seja porque não ligo a idades nem ao facto de envelhecer.
Acho que as rugas correspondem ao que aprendemos ao longo da vida e são para manter.

E muitas vezes brinco a dizer que já sou "cota"... porque por mais que eu não pense nisso e ignore, a verdade é que o corpo de vez em quando vai avisando que já não tenho 20 anos...

Como tal, recebi este ficheiro de uma pessoa amiga, dizendo que eu sou a pessoa que melhor sabe envelhecer das que ela conhece (não penso isso... mas agradeço o elogio).

No fundo não passa de uma compilação de "chavões" sobre a vida e a forma de a encarar, bem como o passar dos anos... mas acaba por ser bastante interessante:

REMÉDIO PARA NÃO ENVELHECER:

  • Alguns de nós envelhecemos de facto... porque não amadurecemos.
  • Envelhecemos quando nos fechamos a novas ideias... e nos tornamos radicais.
  • Envelhecemos quando o novo nos assusta.
  • Envelhecemos quando pensamos demasiadamente em nós próprios e esquecemos os outros.
  • Envelhecemos quando deixamos de lutar.
  • Ora... todos estamos matriculados na escola da vida, onde o mestre é o Tempo.
  • E se a vida só pode ser compreendida se olharmos para trás, só pode ser vivida se olharmos para a frente.
  • Na juventude aprendemos; com a idade compreendemos.
  • Os Homens são como os vinhos: a idade estraga os maus, mas melhora os bons.
  • Envelhecer não é preocupante, mas ser olhado como um velho é que é!
  • Envelhecer é passar da paixão à compaixão.
  • Nos olhos do jovem arde a chama; nos do velho brilha a luz.
  • Como tal, não existe idade, visto que somos nós que a criamos.
  • Se não acreditares na idade, não envelhecerás até ao dia da tua morte.
  • Pessoalmente, não tenho idade - tenho vida!
  • Não deixes que a tristeza do passado e o medo do futuro te estraguem a alegria do presente.
  • A vida não é curta, as pessoas é que ficam mortas tempo demais.
  • A passagem do tempo deve ser uma conquista e não uma perda.

Espero que gostem e que... de alguma forma... consigam aplicar na vida quotidiana.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Traição e mentira

Hoje o que tem estado na minha cabeça é a traição, a mentira... a cobardia de não assumir uma posição e se esconder atrás da mentira e da ilusão.
Pode ser a traição a uma pessoa, a traição aos nossos valores pessoais, mentir aos outros ou a nós próprios, enganar alguém....
Mas a verdade é que no fim... quem acaba sempre mais decepcionado, mais sozinho com tudo isso... é a pessoa que traiu, a pessoa que mentiu.

Estava a pensar nisto em relação ao trabalho e em relação ao "amor".
É impressionante o quanto sou idealista ou sonhadora... se calhar nasci no século errado... ou no sítio errado...
Não consigo compreender a mentira, a hipocrisia (para mim é uma variação da mentira) no local de trabalho (seja ele um trabalho remunerado ou um trabalho voluntário).
Não consigo compreender porque é que as pessoas não podem ou conseguem expressar a sua opinião e acedem a mentir ou mentir-se... seja porque razão for!
Aliás... até compreendo, tenho é muita dificuldade em aceitar... mas sei que isso sou eu!

Hoje em dia é tão normal trair e mentir que as pessoas já o fazem inocentemente e inconscientemente.
Mente-se aos colegas porque se quer ser melhor, saber mais...
Mente-se aos superiores para lhes agradar, para podermos subir...
Trai-se quem for preciso para se subir nas escada do poder... e se for preciso colocar entraves em quem se mete no caminho... nem se hesita.
Hoje em dia é raro encontrar pessoas que façam o que gostam, por amor à camisola, à empresa... ao que for e se mantenham fieis aos seus ideais ou pelo menos coerentes com os seus valores.
A maioria das pessoas tem uma "agenda" escondida... um objectivo, seja ele político, de poder, de superioridade, se reconhecimento.

Falando concretamente da realidade com que tentei conviver mais nos últimos tempos... a desportiva... encontrei um mundo ainda pior e mais minado que o mundo empresarial.
O principal interesse não é a modalidade ou os atletas... é ser reconhecido... é usar o Associativismo ou similar como rampa de lançamento para novos voos.
E se for possível fazer isso sem trabalhar ou fazer evoluir a modalidade... perfeito.
Ou melhor ainda... usando os amigos e conhecidos, criando um circulo de poder... e criando uma linha de sucessão - através de traições, mentiras, duas caras.
E aqui mente-se a toda a gente... amigos, companheiros... usa-se tudo e todos para ... nem sei bem o quê!
E mentir aos amigos?
Se as pessoa é nossa amiga, para quê mentir?
Para quê enganar?
Para ficarmos sem um amigo?
Sim... porque os amigos aceitam a pessoa como ela é... com os seus defeitos e virtudes... também se cansam de serem usados, enganados (hehehehe quase que ia colocar usada e enganada... e ia ficar uma mensagem demasiado personalizada)!!!
E será que a mentira e a decepção valem um amigo que se perde?

Mas se verdadeiramente coisa que não suporto é a traição ao companheiro!
Chamem valores, chamem integridade, chamem utopia... o que quiserem... mas para mim uma pessoa que trai a pessoa com quem está (namorada(o) ou marido(esposa)) é uma pessoa sem valores, sem moral... e não consigo separar estes aspectos da pessoa enquanto profissional.
Não quero ser mais papista que o papa... todos somos humanos e todos caímos em tentação!
Quem nunca errou ou nunca caiu em tentação que atire a primeira pedra (eu posso nunca ter traído nenhum namorado... mas já errei)!

Quando falo em traição é a pessoa que reiteradamente engana, mente, trai o seu parceiro(a).
E não só... trai o parceiro(a) e em 99% dos casos trai a pessoa com quem está a trair o parceiro(a)!!!
E todas estas traições para mim se podem reflectir no carácter da pessoa enquanto profissional...
Como é que eu profissionalmente posso confiar numa pessoa que tem estes valores morais?
Sei que as coisas se devem separar... e que uma coisa é a pessoa no trabalho... outra é a pessoa na vida privada.
A verdade é que, na minha limitada experiência de vida, ainda não consegui encontrar uma pessoa que vivesse na mentira e na traição... e no trabalho fosse de confiança.

Como não quero generalizar... vou falar de um dos caso que conheço melhor...
Uma pessoa que foi casada... e enquanto estava casada enganou várias vezes a esposa... e que lhe mentia e mentia a si próprio só falando dos casos "platónicos" e omitindo os outros...
Uma pessoa que se mente a si própria dizendo que, apesar de estar casado, os casos que tinha não eram sexo... mas sim "fazer amor" (o utopismo dos homens para darem um sentido romântico ao acto em si), ... que assumia que gostava da mulher mas que a traía constantemente... porque gostava das outras pessoas... porque precisava de algo mais...
Que depois de divorciado tem casos com pessoas comprometidas.... que não os assume e mente acerca deles... que tem diversos casos mas que os desmente sempre (mesmo quando "apanhado")....
Que trai amigos e conhecidos....
Que se esconde e isola para não ter de se mostrar como uma pessoa fraca, sem carácter.... que se deixa levar pelos outros...
Como confiar numa pessoa que age assim na sua vida pessoal... a nível profissional?
Que valores é que uma pessoa assim pode transmitir profissionalmente?!
Uma coisa é a "escorregadela" ocasional... uma mentirita inofensiva... (não é desculpar, mas até se pode compreender)... outra coisa é o mentiroso patológico, que mente, que tem duas caras, que trai ... que credibilidade pode ser dada ao trabalho de tal pessoa?
Devo pensar que ele é assim na vida privada mas no trabalho é a pessoa mais honesta e correcta do mundo?
Que me mente e depois se esconde e deixa de me falar... e que faz o mesmo com muitas outras pessoas... mas é a pessoa ideal para liderar uma equipa ou um projecto?!

A traição e a mentira são mais profundas do que as pessoas gostam de assumir. Por vezes chega-se a um ponto em que nos deixamos dominar por isso... e torna-se uma droga, como o álcool , tabaco ou as drogas. E quando confrontados reagem como uma pessoa dependente de alguma substância... "a culpa não é minha"... "sei que sou um monstro e uma pessoa má e não mereço nada"... ou seja... ainda se colocam na posição de vitimas em vez de assumirem os erros e tentarem ganhar controlo da vida!
E quando chegam a um ponto em que as pessoas além de mentirem aos amigos, colegas, família... já não conseguem deixar de se mentir a si próprias e de se enganarem... talvez seja a altura de procurar tratamento.
Porque a traição e a mentira não deixam só marcas profundas em quem é traído, naqueles a quem se mente - deixa marcas na pessoa que o fez!

E as pessoas acham que não vão ser nunca apanhadas!!!
Traem-se maridos, esposas, namorados, namoradas, amigos e amigas, familiares... e quanto mais se trai sem ser apanhado... mais se pensa que não se vai ser apanhado e se torna viciante.
Mas não se esqueçam de uma coisa... o mundo é muito mais pequeno do que se julga!
E a mentira tem as pernas muito curtas!
Então quando os factos se passam num universo pequeno como, por exemplo, o universo de uma modalidade desportiva... tudo se sabe rapidamente demais.
As pessoas tem tendência a "proteger" quando sabem de alguém que está a trair ou a mentir... quer porque são amigos da(s) pessoa(s)... quer porque até gostam delas...quer porque não se querem envolver (uma outra forma de mentira... pois está-se a compactuar com um comportamento)... ou até "porque são adultos que se entendam"... Mas quem vai sair magoado... será sempre o traído... será sempre a pessoa a quem se mente... e em muitos casos a pessoas que ele envolveu na sua traição.

E quando se mente por falhas profissionais então?
Quando se diz que se fez uma coisa que sabemos perfeitamente que não foi feita?
Quando se beneficiam amigos ou conhecidos por uma questão de simplicidade ou de dar menos trabalho a pensar?
As pessoas a quem se mente deixam passar uma, duas... mas depois... acaba a confiança!
Acaba a motivação... e quando se dá por isso... está-se sozinho!

É por isso que acho que se devia pensar duas vezes antes de mentir ou trair.
Apesar de ainda não ter traído ninguém (e espero nunca o fazer), sei que já traí alguns dos meus valores pessoais... e sei a dor que me causou só de pensar que ME tinha traído.
Mas nunca caí na tentação de fazer disto um hábito, uma forma de vida... de mentir constantemente a amigos, a família....
E acima de tudo... prefiro assumir o que penso, dizer o que tenho na ideia, quer agrade a uns ou lhes desagrade (e muitas vezes como sou directa demais ou como vou contra o "sistema" de lamber as botas... acabo "queimada")... mas ser honesta comigo e poder encarar as pessoas de cara levantada e olhar para mim no espelho, do que andar a mentir e a trair as pessoas que me rodeiam, sejam conhecidos, sejam amigos, seja principalmente o meu companheiro (até porque... a minha ambição não é nem nunca foi ou será ser "a maior", a que tem mais poder, a mais importante, a sra directora ou presidente... passando por cima de tudo e todos ou fazendo o que for preciso para isso - se isso um dia acontecer (chegar à "cadeira do poder") espero que tenha sido pelo meu trabalho e acções, mais do que pelas traições e mentiras que usei para lá chegar)!!!

Tudo isto porque... não suporto que me mintam!!! Que me traiam!!! Sentir-me usada!!!
E acima de tudo que se escondam e não respondam...
E ultimamente uma pessoa que até considerava amigo (apesar das inúmeras vezes em que "abusou" dessa amizade)... decidiu mentir-me constantemente... especialmente se é confrontado directamente... e sem razão para isso!!!
E se isola e afasta quando percebe que só quero dele a amizade... sem mais nada!!! Não consegue viver ou aceitar isso... o que me parece incompreensível... mas sou eu... nuvens... idealista...

Por isso, o que é uma reflexão... pode ser percebido como uma mensagem directa... mas que se pode aplicar a tanta gente e a tantos casos na vida... e a tantos dos meus amigos (e mesmo amigas) ou conhecidos!!!

Tenho a esperança de, ao menos, tentar manter os meus valores, de ser fiel a mim mesma... e de não precisar de mentir, enganar, usar os outros... para me sentir mais mulher ou mais importante... e acima de tudo espero nunca trair a pessoa que amo... para me sentir mais... mulher?!

Não vou dizer "desta água não beberei"... pois a vida dá muitas e muitas voltas! Mas se tiver a possibilidade de escolha... fico na minha nuvem a observar e não vou magoar ninguém com mentiras e traições... ISSO não faz parte de mim, do que acredito e dos valores que me foram dados ou que adquiri durante a vida.

Pois se há coisa que não suporto (ainda mais que mentir ou trair)... é saber que fiz sofrer alguém intencionalmente (ou inconscientemente)... e sendo filha de pais separados... sei perfeitamente ver a dor que a traição causa... e a solidão que origina!!!

Adeus. A Porta está Fechada

Ao ler os "posts" de hoje, e ao falar com algumas das pessoas que os lêem regularmente, apercebi-me de duas coisas importantes: escrevo "melhor" quando estou profundamente triste ou algo me magoou; quando a inspiração vem de leituras exteriores... não "sinto" tanto o que estou a escrever.

Por isso decidi escrever o que sinto. Aquilo que tive durante muito tempo vontade de fazer e nunca fiz (nem farei, pois acima de tudo tenho o meu orgulho e a minha dignidade) - uma carta de despedida ao homem (sim... já é homem, adulto, com idade para saber agir) que me magoou, que me atirou fora como se atira um pedaço de lixo sem valor.
Não vou enganar ninguém... quando ele me "despachou" eu escrevi-lhe... um mail e uma longa carta... em que tentava perceber o porquê da decisão tomada tão repentinamente e sem aviso (claro que sem resposta... ou melhor.. ainda com alguns insultos pelo meio).

Mas hoje... passadas várias semanas... tenho de tirar do coração as coisas que estão presas, aquilo que não me deram oportunidade de dizer, ou de perceber (eu sou assim... quando não percebo as coisas ou quando não me explicam... ficam atravessadas) - e só assim poderei fechar definitivamente esta porta e deixar de chorar por coisas sem importância (enterrar definitivamente este cadáver).

"Paul

Há muito tempo que queria escrever esta carta... mas só agora penso que tenho o distanciamento para o fazer... e só agora consegui ver tudo o que me disseste e escreveste durante o nosso "namoro" e analisar o que se passou ou terá passado (namoro entra aspas, pois se para mim era um namoro, apercebo-me que para ti era mais uma questão de ego, de mostrares uma "namorada" estrangeira e mais nova que os outros não conquistaram e tu conseguiste.

Quando te conheci... e durante muito tempo... pensei para comigo - é simpático, mas nada o meu estilo. "Velho", a ficar careca, feio como tudo... mas tem a sua piada e é divertido.
Depois começaste a tua caça... telefonemas diários, mensagens, sms. Aquela atenção que eu, na altura fragilizada da saída da outra relação, precisava (ou achava precisar).
Mas conseguiste começar a conquistar o meu coração quando te meteste no carro e saíste da Holanda e foste ter comigo a França para jantar comigo. De surpresa... nem vestido para o frio estavas - apareceste de fatinho e estavam -3º. E quando, apesar de teres terror das alturas, foste comigo andar na roda gigante, passear a tremer de frio.... Mas acima de tudo... quando não tentaste ir mais longe e me foste levar ao hotel e voltaste para a Holanda para trabalhares no dia seguinte.
Admito que nesse dia fiquei conquistada... e as conversas diárias de horas ajudaram a isso. O apoio a superar a perda anterior... os problemas no trabalho...
E depois foi o encontro na Holanda... eu a chegar à estação... tu à minha espera (eu a olhar e pensar "gosto deste homem.. mas é tão feio... nada a ver comigo). Fomos à piscina e quando cheguei a casa tinhas comprado flores, um DVD com imagens de lareira (para substituir a que não tinhas), um tapete felpudo... o ideal do romantismo. Falamos, passeamos... perfeito.
E todas as hesitações que eu tinha iam ficando mais enterradas. E continuaram as conversas diárias de horas, os mails, as mensagens.
A seguir, querias vir conhecer os meus pais - para eles verem com quem a filha namorava. Que era uma pessoa séria, etc... Achei querido... e quando me apareceste de surpresa em Lisboa, para passares 3 dias comigo e me apoiares num momento difícil, conseguiste convencer-me que eras a pessoa que eu queria. A pessoa que me ouvia, que passava a vida a dizer que me queria apoiar, que estava perto quando eu precisava.
Quando não estávamos juntos, as conversas de horas e as inúmeras mensagens e mails mantinham acesa a chama e aumentavam a saudade. Foi quando começamos a falar de eu ir para a Holanda... mas para mim, por muito que gostasse de ti e sentisse a tua falta, parecia um passo demasiado rápido. E ao mesmo tempo parecia certo... se gostavamos um do outro, se eu queria mudar de país e tu não o podias fazer por causa dos teus filhos... porque não ir para a Holanda?
Lembro-me perfeitamente do medo que tinhas de eu acabar contigo no dia de ano novo, como já tinha feito anteriormente (pois dizias que eu podia me aperceber que eras mais velho e que eu devia estar com alguem mais novo e mais proximo). De rires quando eu te disse que me tinham lido na palma da mão que o meu futuro não era com um homem divorciado com filhos, e que dia 13 de Março eu ia conhecer o amor da minha vida e a minha vida ia mudar (a ironia... não conheci o amor da minha vida... mas ela mudou mesmo... destruiram o meu coração de uma forma cobarde e sem sentimentos)...

Chegaram os meus anos e as duas semanas planeadas. Fui ter contigo antes de seguir para os USA (a fatídica viagem que não devia ter feito, mas que era um compromisso feito há muito tempo e detesto falhar a compromissos). Estavas novamente à minha espera com uma rosa lindíssima (ou não fosse a Holanda o país das flores), vermelha paixão e amor, como dizias. Em casa mais flores... o banho com as velas perfumadas...
Dei-te as tuas prendas de anos (os chocolates chegaram depois)... escolhidas com amor com base no que tinha aprendido sobre ti do tempo que passamos juntos e das conversas que tivemos.
No dia seguinte fui para os USA. Não vou falar muito sobre isso, sabes o que se passou. Mas como eu queria que me tivesses dito para não ir e ficar contigo... E o que me ajudaram os teus telefonemas diários e constantes (sem falar do rombo que foi na minha conta bancária).

Estava desejosa de chegar a "casa" (sim... aquela que dizias que querias vender para comprares a nossa casa... a que dizias que querias apagar por ter recordações da tua ex e queria começar um futuro novo comigo)... e fiquei triste (eu sei que estavas a trabalhar) por ter tido tantos atrasos... e não te ter visto - chegar, apanhar comboio, táxi... e ir para casa. E sem dormir há quase 48h... quando chegaste ainda fomos ao jogo e ainda fomos para os copos (é giro... mas se calhar preferia ter ficado a descansar).
Aí começaram os sinais... não sei se era de eu estar muito cansada (quase não dormi na outra semana, jet-lag, etc), se era de uma parte de mim achar que estava tudo certo, e a outra achar que era muito cedo para viver com alguém)... mas eu preferia ignorar, achar que era eu que estava a procurar sinais para me afastar...

Os meus anos foram a gota de água... em vez de me levares dizes para ficar em casa a dormir e ir de comboio (?!)... depois de meses a dizer que detesto que me digam que a prenda é do dia dos anos e dos namorados... de ter estado dias a procurar a tua prenda e um postal (e sabias disso), de te ter dado de manhã as tuas prendas (pensava mais nelas do que nas recordações a trazer à família)... de noite quando me fui deitar já desiludida ao máximo... trazes-me um Swatch?! O homem que dizia conhecer-me traz-me um Swatch?! (ainda por cima repetido... já o tinha). Fiquei tão desiludida!!! Não pelo materialismo da coisa (disseram-me muito mais os pequenos gestos... as flores, o dvd da lareira (que compreendo agora serem técnicas de sedução) do que um relógio... que qualquer pessoa que não me conheça minimamente sabe que estará sempre bem, pois adoro). Nem um postal, um bilhete, uma rosa pelo dias dos namorados... nada! Um Swatch?! Por favor... por falar em pessoas que não sabem ouvir as outras... ou não conhecem as outras!
Nesse dia, se bem te recordas (dizes que eu é que não recordo as coisas ou não dizia... mas eu guardei tudo... e sei o que disse e mais importante... escrevi) recebeste um mail, em que te dizia que era a última vez que iria falar destes assuntos, e que devias perceber de uma vez por todas o que eu queria e como era:
1 - Eu sou adulta e tomo as minhas decisões. Se fosse para a Holanda era porque queria e não para que alguém se sentisse ou fosse responsável por mim!;
2 - estava farta de ouvir toda a gente dizer que eu era louca por mudar de país tão "cedo" na relação (eu é que decidia aceitar ou não a proposta, arranjava emprego (como já tinha pelo menos uma proposta) e eu é que queria mudar de país... a Holanda era apenas um destino possível. E se não era o que querias, que parasses de me dizer que era louca, qanto dizias que me devia mudar amanhã, que já nem devia regressar;
3 - e mais importante de todos... eu não queria mudar para a Holanda para viver contigo. Queria mudar quando tivesse um trabalho que me permitisse ter a minha casa, sustentar-me, ser independente... e que desse para desta forma namorarmos sem pressões de viver juntos. E namorarmos enquanto tu quisesses que durasse.
Encontrei esse mail hoje ao fazer uma limpeza no disco... e por isso te escrevo... porque não percebo!!!
Quando viste esse mail e durante todo o tempo que se seguiu e até decidires que eu "te pressionava" e tinhas deixado de me amar (ou como disseste no teu último mail... se calhar nem nunca amaste) tu é que insistias e tudo fizeste para me convencer que era estupidez estarmos em duas casas... que querias era estar comigo... que eu devia ir viver contigo... que tinha de te ajudar a escolher a "nossa" casa, etc!
Mas as coisas entre nós começaram a mudar nessa semana... pela primeira vez na vida estava ansiosa de me vir embora e poder estar no meu canto e pensar sozinha o que queria e sentia.
Tu estavas com mais trabalho (dirigir uma equipa não é tão fácil como pensavas), com o stress de teres vendido a casa, as pessoas se mudarem mais cedo do que gostarias e teres de encontrar outra (aquilo que sempre foste adiando), a viagem com o teu filho... e de repente os telefonemas diários... acabaram. Passaste a estar muito cansado para me ligar à noite antes de ires dormir, como sempre tinhas dito sentir necessidade de fazer, passaste mesmo a estar alguns dias sem me ligar (é verdade que ia recebendo sms pontuais)... e chegaste mesmo a dizer... quando já estava tudo preparado para ir... que se calhar agora não te dava jeito pois não me podias apoiar e andar comigo para todo o lado, que era melhor eu ir depois do Verão ou mais para o fim do ano.

E se achas que a pressão foi eu ter perguntado porque as coisas tinham mudado, e se realmente querias que eu fosse viver contigo ou não... lamento por ti!
Sempre te disse e me pediste para ser honesta contigo - era a única forma de se conseguirem superar as dificuldades. E se achas que eu perguntar como é que anteriormente não conseguias passar um dia sem falar comigo (nem que fosse 5 minutos) e agora dizias sempre que estavas cansado e ias dormir, é pressão... lamento muito, mas temos noções diferentes de comunicar e expressar o que sentimos que não está bem.
Se o facto de eu te perguntar porque é que passavas os dias a dizer para preparar tudo e ir viver contigo (quando te tinha dito várias vezes que preferia que cada um tivesse a sua casa e o seu espaço) e de repente me dizes para ir depois do Verão, é uma forma de te pressionar numa direcção.... ainda lamento mais!!! Especialmente por eu sempre ter dito que não me importava de mudar para estarmos mais perto, mas queria mudar para o meu espaço (pois acredito que é a melhor forma de manter a chama acesa e a relação)... e tu é que insistias que não era o que querias!!!
Lamento muito ter-me deixado cair na rede, ter acreditado nas tuas palavras, ter agido de acordo com o que me indicavas serem os teus desejos.... para um dia acordar com um mail (que falta de carácter) a dizer que querias ser livre, querias poder tomar as tuas decisões sozinho (sempre as tomaste... nunca quis sequer interferir), escolher a tua casa sozinho (algum dia te dei opiniãosobre isso? Não te disse sempre que a casa era tua e a decisão devia ser tua? Apesar do teu discurso de ser a "nossa" casa... para mim era e seria sempre a tua casa - era demasiado cedo para ser a nossa) e que tinhas deixado de me amar e que estava tudo acabado.
Lamento muito ter acreditado que querias vir conhecer a família antes de me mudar... de ter reunido todos para a Páscoa para te conhecerem... para aparecer sozinha.
Lamento a forma como agiste (nunca na minha vida ninguém agiu assim... tão sem "tomates"), sem uma conversa, uma explicação... só um mail a dizer que estava acabado...

Nos poucos sms a que tive direito depois disso (pois nem o mail teve direito a resposta... até ontem - e também não foi resposta... foi reaformar que não havia resposta e que não servia de nada pensar nisso... que não sentiste nem sentias a minha falta e não me amavas- tudo o que eu já sabia anteriormente e já me tinhas repetido)... além de me insultares, conseguiste dizer que te sentias pressionado numa direcção que não era a que querias... que sentias que era eu que te estava a empurrar nessa direcção. Que eu imaginava coisas que não tinham fundamento (como ainda gostares da tua ex... pelas reacções exageradas a cada coisa que os miúdos diziam que ela tinha feito ou comprado...).

Pois bem... tenho notícias para ti (e mais importante... provas escritas). A pressão que sentiste... foste tu que a criaste e inventaste!!!
Desde o primeiro dia que te disse que era demasiado independente para estar demasiado próxima de alguém... que te disse que acreditava que as melhores e mais duradouras relações eram quando cada um tinha a sua casa e partilhavam tempo ou vida numa ou noutra casa, mas tinham sempre um espaço para onde ir arrefecer a cabeça quando as coisas estivesse piores... fui eu que te escrevi que queria ter tempo para preparar a ida, preparar as coisas para ser independente... fui eu que sempre te disse que estavas a meter minhoquices na cabeça por achares que tu e que tinhas de tratar de todas as minhas coisas e ser responsável por mim!!!
Sempre te disse que não precisava que fosses meu "pai" e que sempre tratei de mim e das minhas coisas. Que estava a aprender holandês e percebia o bastante para me "desenrascar"... e que se tinha estado muitas vezes sozinha em países onde não falava a língua nem falavam inglês (como a Hungria)... não ia ser na Holanda que ia ter problemas em me conseguir orientar).
Por isso se te sentiste "pressionado" e dizes ter sido uma das razões para "teres deixado de me amar" (a única que apresentas... pois achas que não vale a pena falar sobre o passado...)... pára de me culpar por isso. Porque sempre tentei explicar o que EU gostaria de fazer e sempre me disseste como querias as coisas... e sempre segui aquilo que dizias querer (percebo agora que para ti comunicar é dizer aquilo que achas que o outro quer ouvir!).
Assumo a culpa disso! Depois de tantas vezes dizer o que eu queria e gostaria, acabei por cair na teia de fazer aquilo que me dizias ser o que querias. Como sempre tinha achado que se havia alguma coisa a debater falávamos nela... nem me passou pela cabeça eu dizias o que achavas que eu queria ouvir.
Percebo que fui parva... que acreditei em quem não devia... que achava que honestidade era uma coisa recíproca e afinal era só eu... que achava que gostavas realmente de mim e fui só um troféu... algo que um "velho" pode mostrar aos amigos e dizer que é a namorada. Que apresenta à família, ao pai... com orgulho de dizer que "uma pessoa como eu conseguiu cativar uma pessoa assim".

Lembro-me de os teus amigos me dizerem, logo no principio da relação, que estavas muito magoado e para não te fazer sofrer... esqueceram-se foi de me avisar do tipo de pessoa que és e do quanto podes magoar os outros.
Quando me dizias o que a tua ex te disse sobre ti... eu achei que era mentira. Percebo agora o que ela sentiu... e porque foi procurar a felicidade noutro local.
Nunca conseguirás ser honesto com a pessoa com quem estiveres... pois não és honesto contigo. Tu colocas a pressão toda sobre ti... não dizes o que pensas ou sentes... fazes o que achas que as pessoas querem sem as consultares... e gostas de estar com alguém quando tens tempo livre nas actividades ou rotinas do dia a dia.

Durante muito tempo pensei que a culpa era realmente minha... que te teria pressionado para fazer algo que não querias... mas a leitura da "nossa" correspondência e mails... pois não tenho registo das conversas... mostra efectivamente que te quiseste colocar nessa posição.
Quem sabe para ser mais fácil poderes dizer que "deixaste de amar"... quem sabe porque uma coisa é o que sonhas e achas que queres... e outra é a realidade... não sei!

Mas sabes que mais... também não quero saber!

Como te disse... as coisas que me enviaste (acho eu... pois há 3 semanas que dizes que seguiram... e pontualmente lá vem outro contacto teu)... são só coisas. São minhas, certo.. pois não fazem parte do lote das inúmeras coisas que te dei... mas são coisas! Não valem nada, nem nunca vão substituir a dor de me sentir usada, traída, enganada. A dor de ter preparado tudo para abandonar a minha vida, país, amigos, projectos... a pedido de uma pessoa... que depois acorda sem me amar e nem tem tomates (sim... gosto da palavra) para falar comigo cara a cara (se tinhas o bilhete pago e comprado... porque não vieste ver-me? Porque dizes que vens e depois acobardaste e foges? Porque não foste capaz de pegar num telefone e pelo menos falar?

Por isso... Este será o último contacto que terás meu.
Já te pedi anteriormente para me esqueceres e apagares os meus contactos.
Se no início eu esperava que fosse uma fase, que passado o período de crise pela compra da casa, pelo excesso de trabalho, etc., reconsiderasses e falasses comigo, percebesses que afinal até gostavas de mim... hoje quero é distância!
Só provaste seres uma pessoa desonesta, sem princípios e sem coragem... e não é esse o tipo de pessoa com quem eu me quero dar e muito menos partilhar a minha vida ou o meu coração.
Agradeço que a partir deste momento deixes de me contactar. Não tenho nenhum interesse em permanecer tua amiga, em ter notícias tuas (directamente ou por terceiros, como tens feito) ou em que tenhas notícias minhas.

Posso ser uma criança... um bebé... ter atitudes que não percebes... mas sempre fui honesta sobre a minha maneira de ser, os meus sentimentos e sempre comuniquei tudo o que sentia (bom ou mau)... pois acredito ser a única forma de manter uma relação - sinceridade e não pensar pelo outro! E nunca, nunca teria a coragem (ou falta de respeito) de fazer com alguém aquilo que fizeste comigo!

A minha porta fechou hoje! Por favor não a tentes abrir ou forçar a entrada... espero que ao menos nisto sejas homem e consigas respeitar-me.

Queria dizer sinceramente que gostava que ficasses bem e que fosses feliz (e acredita que por muito que ainda me doa a forma como as coisas acabaram, estou muito feliz por não ser eu a estar ao teu lado para o resto da tua vida)... mas não sei se estou a ser muito sincera... pois tenho receio que outra pessoa passe pelo que eu passei (e se pensar bem... já o tinhas feito à namorada anterior... mas eu achei que a "culpa" seria dela).
Mas mais importante que tudo o resto é que, por favor, deixa-me viver a minha vida bem longe da pessoa que és!

P"

É... longa... enorme... e nem assim consegui transmitir metade das coisas que gostaria de transmitir... mas é com esta carta que encerro a porta!

Nunca a vou enviar... ele não merece... e eu tenho ainda uma réstia de orgulho e amor próprio... mas pelo menos serviu para limpar a alma... despejar algumas coisas, sentimentos (certos? errados? nunca ninguém está certo ou errado quando acaba uma relação, seja de que forma for...).

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Frases fabulosas de estudantes - e ainda sem o novo "sistema de avaliação"

Algumas "pérolas" que recebi das professoras da família (mamã e madrinha).
Nem tentem entender... muito menos corrigir (nem mesmo os erros, desculpem, "a criatividade na escrita" do português)...

As melhores frases dos piores estudantes:

* O metro é a décima milionésima parte de um quarto do meridiano terrestre e pro cálculo dar certo arredondaram a Terra!

* O cérebro humano tem dois lados, um pra vigiar o outro.

* O cérebro tem uma capacidade tão espantosa que hoje em dia, praticamente, todo mundo tem um.

* Quando o olho vê ele num sabe o que tá vendo, ele manda uma foto eléctrica pro célebro que explica pra ele.

* Nosso sangue divide-se em glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e até verdes!

* Nas olimpíadas a competição é tanta que só cinco atletas chegam entre os dez primeiros.

* O piloto que atravessa a barreira do som nem percebe, porque não escuta mais nada.

* O teste do carbono 14 nos permite saber se antigamente alguém morreu.

* Antes mesmo da guerra a mercedes já fabricava volkswagen.

* Pedofilia é o nome que se dá ao estudo dos pêlos.

* O pai de D.Pedro II era D.Pedro I e de D.Pedro I era D Pedro 0

* Nos aviões, os passageiros da primeira classe sofrem menos acidentes que os da classe económica.

* O índice de fecundidade deve ser igual a 2 pra garantir a reprodução das espécies pois precisa-se de um macho e uma fêmea pra fazer o bebe. Pode até ser 3 ou 4, mas bastam 2.

* O homossexualismo ao contrário do que todos imaginam não é uma doença, mas ninguém quer pegar!

* Em 2020 a previdência não terá mais dinheiro pra pagar os aposentados graças à quantidade de velhos que se recusam a morrer.

* O verme conhecido como solitária é um molusco que mora no interior mas é muito sozinho.

* Na segunda guerra mundial toda a europa foi vítima da barbie (barbárie) nasista.

* Cada vez mais as pessoas querem conhecer sua família através da árvore ginecológica.

* O hipopótamo comanda o sistema digestivo e o hipotálamo é um bicho bem perigoso.

* A Terra se vira nela mesma, e esse difícil movimento denomina-se arrotação.

* Lenini e Stalone eram grandes figuras do comunismo na Rússia.

* Uma tonelada pesa pelo menos 100Kg de chumbo.

* Quando os egípcios viam a morte chegando se disfarçavam de múmia.

* Uma linha recta deixa de ser recta quando pega uma curva.

* O aço é um metal muito mais resistente que a madeira.

* O porco é assim chamado porque é nojento.

* A fundação do Titanic serve pra mostrar a agressividade dos ice-bergs.

* Pra fazer uma divisão basta multiplicar subtraindo.

* A água tem uma cor inodora.

* O telescópio é um tubo que nos permite ver televisão de bem longe.

* O Marechal Deodoro da Fonzeca é conhecido principalmente pois está no dicionário.

* A idade da pedra começa com a invenção do Bronze.

* O sul foi colocado embaixo do norte pois é mais cômodo.

* Os rios podem escolher em desembocar no mar ou na montanha.

* A luta greco-romana causou a guerra entre esses dois países.

* Os escravos dos romanos eram fabricados na África, mas não eram de boa qualidade.

* O tabaco é uma planta carnívora que se alimenta de pulmões.

* Na idade média os tractores eram puxados por bois, pois não tinham gasolina.

* A baleia é um peixe mamífero encontrado em abundância nos nossos rios.

* A maconha deve ser proibida quando há flagrante.

* Quando dois átomos se encontram, dá a maior merda.

* Princípio de Arquimedes: todo corpo mergulhado na água, sai completamente molhado.

* Newton foi um grande ginecologista e obstetra europeu que regulamentou a lei da gravidez e estudou os ciclos de Ogino-Knaus.

* Pergunta: Em quantas partes se divide a cabeça? Resposta: Depende da força da cacetada.

* Trompa de Eustáquio é o instrumento musical de sopro, inventado pelo grande músico belga Eustáquio, de Bruxelas.

* Parasitismo é o fato de um não trabalhar e vivendo a dar 'mordidas' nos outros, de dinheiro, cigarros e outros bens materiais.

* Ecologia é o estudo dos ecos, isto é, da ida e vinda dos sons.

* Biologia é o estudo da saúde. E para beneficiar a saúde é que o Dr.Fontoura inventou o biotônico.

* As constelações servem para esclarecer a noite.

* No começo os índios eram muito atrazados mas com o tempo foram se sifilizando.

* O Convento da Penha foi construído no céculo 16 mas só no céculo 17 foi levado definitivamente para o alto do morro.

* A História se divide em 4: Antiga, Média, Momentânea e Futura, a mais estudada hoje

* Bigamia era uma espécie de carroça dos gladiadores, puchada por dois cavalos.

* As aves tem na boca um dente chamado bico.

* A terra é um dos planetas mais conhecidos e habitados no mundo.

e para terminar, só mais uma frase:

* vou ali matar-me e já volto..

Depois não digam que uma boa gargalhada não serve para animar o dia - especialmente se às custas das idiotices dos outros!

Amar e Gostar

Para não variar... a inspiração veio de mais uma leitura dos pensamentos de uma "menina"... simples... nova... mas com um coração enorme. E que me fez parar para pensar na diferença entre amar e gostar... e no quanto valorizamos e amar e esquecemos que o gostar é tão importante... talvez mesmo mais importante!
Gostar é tão fácil...
E ao mesmo tempo nunca ninguém pensou no quanto o gostar pode ser importante para amar...

Até porque... alguém me sabe explicar porque gostamos dos nossos amigos como eles são, aceitamos a sua diferença e os seus humores... mas no nosso amor é muito mais difícil de aceitar isso? De gostar assim?

Talvez seja tão simples, tolo e natural que nunca se parou para pensar: porque não aprender a tornar o meu amor ainda mais belo?
Por que não aprender, de uma forma simples, a arte de bem amar, de uma forma bonita, natural?
Porque não aprender a Gostar de Amar?
Será que é complicado perceber que Gostar = Bonito?
Cada vez vejo mais "amores": amores verdadeiros, apaixonados, lutadores, gigantescos, descomunais, profundos, sinceros, cheios de entrega, oferta, dádiva... mas que esbarram na dificuldade de serem bonitos. Só e apenas... bonitos!
Amores que são verdadeiros, eternos e descomunais... de repente sentem-se ameaçados... unicamente porque não sabem ser bonitos: exigem, caem na rotina, caem no desleixo, reclamam, não procuram entender ou compreender, exigem e necessitam mais do que oferecem (aquela linda frase que já citei - posso não ser metade do que querias mas sou o dobro do que mereces), enchem-se de razões! Sim... Razões (ou deveria dizer Razão?)!!!
Ter razão é o maior perigo quando se ama.
Quem tem razão pensa sempre ter o direito (e até o pode ter) de reivindicar, de exigir justiça, equiparação, sem procurar entender ou compreender que aquele que está sem razão pode estar a passar por um momento na vida em que pode ou precisa de não ter razão.
Ou talvez nem queira ter...
Ter razão é um perigo: de uma forma geral desfigura o amor, pois a razão até pode ser invocada com justiça, mas é quase sempre na hora errada!

E se pusermos a mão na consciência... será que temos a certeza de fazer do nosso amor um amor bonito (quando amamos)?
Será que estamos a retirar de cada gesto, de cada acção, de cada reacção, do olhar... da saudade, da alegria de cada encontro e da dor de cada desencontro... a maior beleza possível?
É muito provável que não...
Mesmo cheios de razões, esperamos do nosso amor aquilo que necessitamos naquele momento, aquilo que exigimos porque sentimos que devemos exigir ou merecer. E.. talvez... devêssemos esperar, dar tempo e espaço, para valorizar ainda mais tudo aquilo que de bom ele pode trazer.
Quem espera receber do seu amor mais do que isto... vai sofrer! E quando se sofre o amor deixa de ser bonito... deixa de se amar de uma forma bonita!

Quando se sofre por amor, perdemos a alegria, o brilho nos olhos, o sorriso... e deixamos de sentir a criança que há em nós quando amamos alguém.
E se não somos capazes de libertar essa criança... seremos incapazes de amar de uma forma bonita.

Não devíamos temer ser rianças, assim como não deviamos temer o romantismo!
Hoje em dia gestos românticos são considerados "pirosos" (ou "azeiteiros se estiverem no Porto"), fora de moda e ... algumas vezes... podem mesmo causar ansiedade!

Devíamos derrubar estas paredes, que são construídas com base nas opiniões alheias, e que nos impedem de amar de uma forma bonita!
Se queremos ir para o campo e fazer coroas de flores (parece um filme romântico passado na Suíça ou Áustria), ou ramos de flores para oferecer e enfeitar a pessoa que amamos e que está a partilhar esses momentos connosco - sem pensar "o que ele vai achar? o que vão dizer disto?" - Porque não o fazemos?
Porque não podemos adiar com beijos aquela conversa "importante" que precisamos ter?
Porque não podemos arquivar (sempre que possível) as reclamações pela pouca atenção que recebemos?
Porque não aceitamos que, para quem ama, toda a atenção que se recebe é sempre pouca?

Quem não sabe amar, ou que tem uma forma "feia" de amar não se apercebe que a atenção recebida, mesmo que pouca, pode ser toda a atenção disponível!
Quem sabe amar, quem ama de fuma forma bonita, não vai gastar esse tempo de atenção com cobranças sobre a atenção que deixou de ter!

Porque perdemos tempo em teorias sobre o amor, quando podemos usar esse tempo para... AMAR!
Não devemos parar para pensar, fazer "filmes"... devemos seguir o destino que os nossos sentimentos nos indicam - aqui e agora!
Não devemos (ou devíamos) ter medo... exactamente de tudo o que mais tememos: ser sinceros; que se venha a sofrer por, eventualmente, poder não dar certo (sofre-se sempre... e melhor aproveitar o que se sente e, se for o caso, sofrer depois... do que sofrer por antecipação e durante toda a relação); abrir o coração e a alma; dizer a verdade sobre a dimensão do amor que se sente...

Há que parar e esquecer todas as tácticas, técnicas, conselhos de terceiros, estratégias seguras (toda a gente sabe que não é inteligente usar estratégia "comprovadamente eficazes")!

Não há nada como sermos nós próprios!
Com todas as nossas emoções, com todas as nossas carências, ... - exactamente aquela pessoa que a vida insiste em tentar impedir que sejamos!
Temos de ser nós mesmos!
No meu caso, aquela pessoa que canta desafinadamente, mas que adora música, que está sempre a dizer asneiras (o loiro não ajuda...), que comete gaffes atrás de gaffes, que adora rir e brincar com as pessoas, que adora crianças e estar com elas, que tem um sentido de humor negro...mas que se renova a cada dia, que acredita nas pessoas, e que a cada nova descoberta, a cada novo amor sente o coração a bater como se fosse Natal e tivesse 5 anos!
Temos de ser capazes de reviver a cada dia todos aqueles carinhos, aqueles sentimentos que tínhamos em criança, quando não tínhamos medo de dizer "Eu quero!", "Eu gosto!", "Eu estou com vontade!". Em que tudo era natural e normal.
Talvez assim (e digo talvez... porque as influências externas tem muito peso para muitas pessoas) se consiga fazer do nosso amor e forma de amar... uma forma de amar bonita; talvez aí se consiga ver quão belo é o nosso amor - a mais verdadeira expressão de tudo o que somos (o que sou) e nunca deixaram (deixei), conseguiram (consegui), souberam (soube), puderam (pude), foi possível deixarem (deixar) de ser!

E tudo isto para chegar à conclusão universal, conhecida por todos e raramente colocada em prática ou assumida:
Se não formos capazes de nos amar a nós próprios o suficiente para sermos capazes de gostar do amor, nunca seremos capazes de fazer o outro feliz!

A felicidade é um estado de alma, de pureza, de nos aceitarmos como somos e com as nossas forças e fraquezas, defeitos e virtudes - mas é o que nos faz amar de uma forma bonita!
É o que nos faz GOSTAR de nós e do nosso amor. É o que nos faz amar de uma forma bonita, linda, sem entraves e restrições!

Por isso antes de chorarem por amor... pensem em gostar!!!

Eu sei que vou começar a preocupar-me em gostar... e sei que só se perceber que gosto é que vou amar...

E se acharem as ideias dispersas... se acharem que estou a divagar... é o que me acontece quando penso no amor e em amar... é a criança que está no meu interior (e às vezes fica na nuvem enquanto eu venho à realidade) que pensa e fala do que sente!

Depressão - a doença mais comum nas mulheres?

Como tanta gente me diz ultimamente que sofro de depressão (pelos meus ocasionais momentos de tristeza... ok... um pouco mais frequentes nestes últimos tempos, mas perfeitamente superáveis), fui novamente ver o que se chama de depressão (neste caso seria por "amor") no meu blog de psicanálise preferido (e eu que até nem acredito muito nisso e penso que cada um deve ter a força de sair de seus "buracos" ou tristezas por si e para si...).
Mais uma vez vou tentar adaptar o texto brasileiro (e para ti B, que achas que os brasileiros tem uma visão simplista das coisas... eles também são os que mais pensam nisto...)

Depressão... onde está o desejo?
Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, a depressão é o mal mais comum entre as mulheres, superando o câncer de mama e doenças cardíacas (Revista Veja de Março de 1999 - Brasil).
O peso da depressão na ocorrência de enfarte é tão grande que ela passou a ser factor de risco isolado pela Federação Mundial de Cardiologia (Revista Veja de Maio de 2002 - Brasil)
Comparando essas informações constatamos que a depressão é um mal que cresce diariamente, isso quer dizer que a cada hora mais pessoas deixarão de fazer as suas actividades, de concluir tarefas, seus actos diários, não encontrando mais prazer em seu quotidiano.
E será que isso aparece de um momento para outro?
Não!
O deprimido é aquele que vai ao longo de sua vida cedendo em seu desejo, abrindo mão de seu prazer até o ponto onde, para muitos, não é possível levantarem-se da cama;
aliado a isso tem também emagrecimento, dores e muita tristeza, mais do que tristeza, nos dizem sentir "uma dor profunda na alma, que não sei de onde vem"; "tudo é cinza, e não importa se o dia está ensolarado"; "eu não vivo, me arrasto a cada dia"; esses são os ditos que escutamos dos pacientes que nos procuram.

Existe algo que caracteriza a depressão que é uma tristeza imensa e o fato de que o sujeito abandonar o que fazia diariamente, não encontrando forças para seus afazeres do dia-a-dia.
Até chegar ao consultório de um psicanalista, o sofredor se entupiu de medicamentos - alguns com eficácia e outros não – sendo tratados organicamente para equilibrar a química cerebral que estava desregulada, mas a maioria das vezes não falaram sobre a dor e angústia do que sentem, e alguns médicos são unânimes em reconhecer que os pacientes não podem ser tratados somente com medicamentos, precisam falar e descobrir o sentido do que lhe aconteceu.
Essa doença da alma, como é chamada, é a quinta maior questão de saúde pública e em 2020 segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) deverá ser a segunda causa de morte.
Podemos dizer que a depressão é uma das patologias do dizer.
O psicanalista francês Jacques Lacan diz que se trata de uma cobardia do desejo frente a seu desejo.
Mas será que existem no mundo 330 milhões de cobardes, sendo destes 10 milhões somente no Brasil?
Não é dessa cobardia que falamos, mas da dificuldade que o sujeito tem diante de seu desejo, esse que é inconsciente e difere da vontade consciente.
Se o desejo não fosse enigmático como poderíamos explicar o fato das pessoas dizerem que querem que tal coisa aconteça e que trabalham totalmente no caminho contrário disso?
E aqueles sujeitos que adoecem justamente no momento que conseguem realizar algo em sua vida?
Escutamos dos pacientes que chegam com a queixa de depressão, que caíram nessa doença num momento significativo de suas vidas: morte de um parente, perda ou ganho de um amor, emprego, nascimento de um filho, saída dos filhos de casa, etc.
Nunca é sem um entrelaçamento com algo acontecido.
Também verificamos, que ao longo do tempo esses sujeitos se foram calando, fazendo o que os outros queriam, pediam ou determinavam, e que em relação ao desejo deles se foram amortecendo, usando uma mordaça invisível em sua boca, mas visível quanto às consequências mostradas em seu corpo.
Alguns até se apresentam como "depressivos crónicos" onde dizem que nada , nem ninguém poderá tirar isso dele, sendo às vezes a única coisa que sobrou, pois já perderam todo o resto: trabalho, namorado, estudos etc.
E existem saídas?
É possível que o sujeito retome sua vida, seu desejo?
O que vimos na clínica é que, à medida que esses pacientes vão falando do "mal-dito" se vão encontrando em seus dizeres, vão mudando o seu discurso e "desenlouquecendo" a química cerebral.
Onde podem articular o seu corpo à sua fala, não mais se colocando como massa corporal orgânica, mas como um corpo que é afectado pelo dizer, pelo discurso, ou de outra forma, pelo simbólico, esse registro que nos tira da animalidade.
É falando que esses pacientes descobrem o curto - circuito de suas falas e colocam seu corpo em outro lugar, no verbo.
Dra_Andreneide DantasPsicanalista
in: http://psycneuro.blogspot.com/

Bem... se analisar muitas das coisas ditas... eventualmente até terei passado por uma fase de depressão. A perda de peso, a tristeza, a vontade de não fazer nada...
Mas fazendo uma análise racional (e não emocional... que é o que faço na maior parte das vezes... de forma impulsiva)... até foi/é bom que isso tenha acontecido!

  • A perda de peso foi ideal (estava a precisar e pela primeira vez fiquei sem apetite em vez de me enterrar em comida rápida);
  • A vontade de não fazer nada fez com que percebesse que não era feliz com o que fazia e me levasse a procurar novas alternativas (se não de trabalho ou de profissão, pelo menos de algo que me fizesse feliz, ocupasse o meu tempo e a minha cabeça - a escrita)
  • A tristeza - faz parte da vida. Todos tem altos e baixo. O que interessa é terem a força de sair deles. E mesmo que sejam como eu (uma pessoa que não fala dos seus problemas ou tristezas), a escrita permite "desabafar", permite que os outros saibam o que sentem, sem aquela pressão do "Estás bem?", "Vamos falar disso", "Tens de falar para resolver". É perfeito poder escrever... ajuda a tristeza a voltar para o fundo do coração, permite analisar o porquê de existir e procurar a cura... e se forem como eu e escreverem no vosso blog... permite que os outros a partilhem de forma indirecta convosco, sem terem de a reviver a cada vez que falam nela.

Por isso, se pensarmos bem... uma depressão de vez em quando até faz bem! Faz-nos crescer, ficar mais fortes - sermos melhores pessoas no futuro!
Viver sempre felizes e satisfeitos, não será uma forma de utopia maior do que viver numa nuvem?
Não são "as coisas que não matam, engordam" que nos fazem ficar mais fortes, crescer como pessoas? E reconhecer as nossas fraquezas não nos ajuda a aprender a superá-las (ou aceitá-las)?
Por isso digo e confirmo...depois de uma tempestade, devemos olhar para as nuvens e o céu azul, pois há sempre nuvens livres para onde subir! Há sempre o sol e o mar! De que adianta ficar triste ou deprimido quando há tanta coisa bonita para se ver e viver?
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