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segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

23/365 - Amo-te mais

Desde 2013 que temos diariamente, ou quase, este "empate"

- Nuvenzinha, a mamã adora-te!
- Não, eu é que adoro mais a minha mamã!
- Não não, eu adoro-te mais!
- Não, eu mamã!
- Mas nuvenzinha, eu adoro-te daqui até à lua!
- Mamã, eu adoro-te daqui ao céu, do mundo inteiro que conheço e não conheço, da lua até ao chão e tudo! Por isso já viste, eu adoro-te mais!<3 span=""> 

E continua...
- Hummmm, tanto assim princesa?
- Ainda mais mamã! Ganho eu!!!
- Mas assim a mamã fica triste, porque a mamã adora-te muito. O que achas de empatar?
- O que é isso?
- Ganhamos as duas, adoramo-nos de igual modo
- Mamã, eu adoro-te mais e tu sabes, mas não fiques triste. Empatamos :)

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

17/365 - O amor dos filhos é o que nos move

Recordações de 2014 que se mantêm até hoje (adora vir dormir para a minha cama e enroscar-se toda na mamã)

Confesso que muitas vezes tenho dúvidas se estou a ser uma boa mãe, se estou a fazer o melhor que podia.... mas depois há momentos como este em que tudo faz sentido! Laia a dormir profundamente desde as 20h45 de repente começa a chamar - Mamã.... mamã anda cá depressa! Vou a correr, sem saber o que esperar e encontro deitada com os pés para a cabeça. - O que foi filha? - Nada mamã, era só para te dizer que te adoro muito! E continua a dormir profundamente ... :) ♥

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

10/365 - TERMINOU! Esquecer? Perceber? Aprender?

O post de hoje é um "repost" de uma das primeiras coisas que escrevi quando iniciei este blog há muitos anos atrás. 
Não só porque esta semana de regresso às aulas tem sido mais dura que o esperado e com o cansaço acumulado a inspiração começa a falhar (e ainda só passaram 10 dias do desafio), mas também porque ao reler achei que se mantinha super actual... 
Nunca ninguém sonha passar por uma ruptura, mas a verdade é que a maioria passa por isso num momento ou noutro na vida. E o apoio dos amigos é importante, da família.
Então vamos tentar não dizer as coisas erradas, pode ser? A intenção é a melhor, já se sabe, mas as palavras, sobretudo em momentos de fragilidade emocional, podem ser esmagadoras e ferir ainda mais...

Está tudo acabado ! Terminou ! Morreu tudo entre nós ! Quero o divórcio! Não te quero ver mais! Esquece que existo! Já não gosto mais de ti! Preciso de espaço! Etc…..
Tudo isto são expressões para dizer que a nossa relação com alguém acabou (amigos, família, namorados ou esposos, …).

E qual é a reacção dos que nos são próximos (ou afastados) e que se preocupam connosco?
Ainda bem… Estás melhor assim… Não te merecia… Esquece…. A vida continua e só tens é de olhar para a frente…etc. etc.
Tudo é feito ou dito para nos confortar… Mas… será que se analisam bem as coisas?

Primeiro que tudo…porque terminou uma relação?
Com excepção da morte de alguém, que não se pode evitar (e sobre a qual falarei um dia), tudo o resto não pode nem deve ser atribuído a uma só pessoa.
Por muito solidários que queiramos ser com a pessoa que nos é querida… este tipo de expressões só pode ajudar quem se quiser colocar no papel de vítima!

Esquece?!
Como se pode esquecer num dia, ou numa semana, ou no tempo que for preciso… uma relação que se tinha com alguém?
Como se apagam todas as recordações que partilhámos com esse alguém?
Os projectos feitos em conjunto? As alegrias, as dificuldades?

Hoje em dia parece que se vive num mundo sem sentimentos, em que tudo é imediato e não se deve nem se pode sofrer uma perda… tem de se seguir em frente… o futuro é que interessa.
Concordo que deixar passar a vida a olhar para o passado e para o que acabou é um erro, mas acima de tudo é necessário saber porque se chegou a esse estado de perda.
E… pela minha experiência pessoal… só perdemos alguém na vida por… falta de comunicação!
Numa relação (seja de amizade, seja de amor, seja de que tipo for…) existem sempre 2 pessoas. É alimentada por 2 pessoas.
Há alturas em que uma delas contribui mais, outras em que recebe mais do que dá, outras em que se calhar só recebe… mas está sempre presente.
E se as coisas começam a ser difíceis (alguém conhece uma relação, de qualquer tipo, que não tenha tido altos e baixos?), é com base na comunicação que se resolvem.
A verdade é que hoje em dia as pessoas só comunicam no início da relação… e por norma, a partir daí, idealizam o resto ou sonham com o que gostavam que a outra fosse, sem verdadeiramente olhar para ela, ouvir, compreender ou aceitar…. E acima de tudo sem falar!
É cada vez mais complicado encontrar amigos que comuniquem regularmente e da mesma forma que comunicavam ao início, casais que partilhem o que sentem como partilhavam no início, etc….
O tempo, a vida rotineira, a correria do dia a dia fazem com que as pessoas deixem de dar valor à comunicação. Espera-se que o outro perceba, conheça os sinais… adivinhe… mas… falar, comunicar, dizer o que se passa e sente… isso é mais complicado. Não há tempo! Não é preciso!
Por isso é que se chega a um ponto de ruptura? Não por culpa de um ou de outro… mas porque se deixam acumular as coisas sem se falar delas, sem se tentar perceber, resolver.
E não é a forma como se apresenta a ruptura que deve contar e ser valorizada… mas sim o facto de se ter chegado a esse ponto.
Muitas vezes há sinais… que são visíveis. Outras vezes não há sinais (ou não se querem ver). Mas a ruptura chega porque uma das partes desiste (ou nunca o fez) de falar. De comunicar, de partilhar.
Num casamento, numa amizade, numa relação de qualquer tipo… não pode ser só um lado a dar e outro a receber. Não deve haver um lado que aguenta tudo e outro que recebe. Um lado que é forte e outro fraco. Um lado que quer fazer o outro feliz e o outro que só quer receber felicidade.
Tem de ser uma partilha… de bom, de mau, de felicidade, de infelicidade, mas acima de tudo… de muita comunicação.
Nos casamentos diz-se que é para o bem e para o mal… e a verdade é que, muitas vezes, as pessoas se afastam no mal…
Há muitas pessoas que tem bastante dificuldade em exprimir sentimentos (e os homens em particular, muitas vezes pela forma negativa como foram educados ou a sociedade encara esse tipo de comunicação vinda de um homem). Ou que acham que aguentam tudo… mas a verdade é que… se não se conseguirem abrir, se não conseguirem partilhar o que querem, o que gostam, o que estão a sentir… nunca vão ser completas… nem felizes…e não vão aguentar!
Não se pode pedir abertura a outra pessoa, sem se estar preparado para dar e receber essa mesma abertura.
Qualquer relação é feita de reciprocidade… e sem ela… nada existe ou pode ser construído.

Por isso, da próxima vez que alguém perto de vocês termine uma relação… não digam para esquecer, para andar para a frente, etc…. De certeza que eles já sabem tudo isso.Perguntem antes se comunicavam? Se quando estavam felizes ou tristes falavam sobre isso? Procuravam soluções? Se quando estavam juntos partilhavam os sentimentos e opiniões ou só as coisas boas e guardavam as más?
Ou se apenas se limitavam a andar juntos, de “olhos fechados”, fingindo que estava tudo bem… e só quando uma das partes decidiu que não estava bem e queria sair… é que se aperceberam que as coisas nunca foram ditas ou faladas…

A felicidade numa relação vem de dentro, da partilha – e de aceitar que se podem partilhar as coisas más e os maus sentimentos.E se terminou… mais do que pensar em esquecer…se valeu a pena….no sofrimento que se sente… na forma como terminou….
Pensem se fizeram tudo ou disseram e ouviram tudo o que deviam?
Se conseguiram aceitar as diferenças de opinião, gostos, personalidade do outro lado?
Se conseguiram aceitar as semelhanças de feitios e caracteres de cada um?
Se falaram sobre os diferentes horários de cada um, de prioridades, de espaços, …?
Se tentaram perceber se estava tudo a ser dito ou se, como eu, estavam a viver numa nuvem… negra?
Se lutaram para ter uma relação ou esperaram que fosse tudo um mar de rosas e ignoraram os espinhos?

Se fizeram sempre tudo isto…. Tenho muitas dúvidas que verdadeiramente consigam terminar a relação…
E se, apesar de tudo isto, terminou… então é porque efectivamente não eram feitos para estar numa relação… e com tudo isto sempre feito… não fica mágoa, não há dor, não há sofrimento… pois é uma decisão consensual – são demasiado diferentes para estar numa relação de qualquer tipo.

TERMINOU com dor, mágoa, sofrimento (de um ou ambos os lados)... Não é a forma como acabou que é importante ou doi mais(apesar de contar para a dor)…. Mas o facto de se ter falhado…de ter acabado…e de na maior parte dos casos ser por se ter esquecido uma coisa tão simples e básica como… COMUNICAR!

Pensem nisto da próxima vez que disserem a alguém para esquecer e seguir em frente, pois se as pessoas não tiverem presente o que falhou e o que podem e devem mudar… não serve de nada atribuir a culpa à outra parte…porque nunca se vai esquecer!
Mais do que esquecer… percebam!
E percebam que esquecer… leva o seu tempo. E cada pessoa é diferente da outra e precisa de espaço e tempo para si antes de esquecer (uns esquecem na hora, outros em 24h, outros num ano, outros … nunca esquecem).

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Sabes que tens uma filha crescida e inteligente quando #7

A minha pequena nuvenzinha a fazer as orações em casa da avó (onde passou esta semana)
- Ó Jesus, ajuda todas as pessoas do mundo, a vovó, o vovô, e ajuda muito a mamã. Se tu não ajudares a mamã, eu subo nas gotas da chuva, (não, a chuva cai, não sobe), subo nas asas dos passarinhos, dos anjos, da minha pombinha Choupi, e subo, subo, subo, até às estrelinhas e à Lua e ao Sol, e dou uma palmada em cada estrela, porque tu deves estar numa delas, e cais cá para baixo e nunca mais consegues ir lá para cima. Por isso, ajuda muito a minha mamã!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Miguel Esteves Cardoso, de novo no seu melhor

Gosto (muito) de algumas das coisas que escreve, especialmente quando escreve sobre amor.
Este foi mais um dos textos que descobri recentemente.

Como é que se Esquece Alguém que se Ama?  

Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está?
As pessoas têm de morrer; os amores de acabar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar Sim, mas como se faz? Como se esquece? Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente. Elas não saem de lá. Estúpidas! É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É preciso paciência. O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada. Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou do coração. Ninguém aguenta estar triste. Ninguém aguenta estar sozinho. Tomam-se conselhos e comprimidos. Procuram-se escapes e alternativas. Mas a tristeza só há-de passar entristecendo-se. Não se pode esquecer alguem antes de terminar de lembrá-lo. Quem procura evitar o luto, prolonga-o no tempo e desonra-o na alma. A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada. É uma dor que é preciso aceitar, primeiro, aceitar.
É preciso aceitar esta mágoa esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução. Quantos problemas do mundo seriam menos pesados se tivessem apenas o peso que têm em si , isto é, se os livrássemos da carga que lhes damos, aceitando que não têm solução.
Não adianta fugir com o rabo à seringa. Muitas vezes nem há seringa. Nem injecção. Nem remédio. Nem conhecimento certo da doença de que se padece. Muitas vezes só existe a agulha.
Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado.
O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar.

Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume'

Atrevo-me apenas a acrescentar, pela minha experiência de vida pessoal, que isto só é real e verdadeiro quando efectivamente se tratava de amor. Porque quando se pensa que é amor e se descobre que afinal era só interesse, atracção, sexo... algo, isto não se aplica, não se consegue sentir ou realizar ou sequer compreender.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Coisas de amar e do amor

Depois de algum tempo a viver com o meu amor, é normal que as coisas sejam diferentes.
Não penso nem digo que são piores, porque não o são de forma nenhuma, são apenas diferentes.
Se a convivência diária permanente (estamos há muito tempo quase as 24h do dia juntos) satura, a chegada da nuvenzinha veio mudar ainda mais as coisas entre nós e trouxe mais uma aprendizagem.
Temos os nossos momentos de paixão, mas aquela paixão incendiada da fase de namoro... tenho de assumir que já não existe (pelo menos tão frequentemente).
Mas acho que é normal, faz parte da vida e do nosso crescimento enquanto casal e enquanto pais.
Se há momentos em que sinto alguma saudade "do antigamente"? Claro que sim!
Só que sou apologista de aproveitar o momento presente e criar momentos especiais. Assumo que ainda tenho MUITO que aprender nessa área, a começar por melhorar o meu mau feitio, mas trocaria a minha vida actual pela vida anterior, de namoro e paixão? NUNCA!
Porque o amor que sinto por ele permanece, cresceu, multiplicou-se com a chegada da nuvenzinha. E se a paixão está adormecida.... compete-nos a nós acordá-la!
Até porque o mais importante já eu tenho - saúde, dinheiro para pagar as contas, um tecto para me abrigar, uma filha linda, o amor da minha vida ao meu lado... que mais posso querer?!

Tudo isto porque descobri mais um texto de Mário Quintana que me fez reflectir sobre o amor e que aqui partilho:

"A princípio bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos. Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo.
Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar a luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito. É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista."
Mário Quintana

domingo, 2 de maio de 2010

Quem tem namoridos assim... #2

Realmente já não se fazem homens assim!!!

Para quem não se lembra, há muito tempo tinha falado nisto...

Apesar de não ser fã de pulseiras, acho piada a estas, no sentido de se poder fazer uma jóia de família, em que cada peça teria a sua história.
Sim, porque não encaro este tipo de peças como algo que tenha de se completar a todo o custo (conheço tanta gente que quando recebe uma não descansa enquanto não a completar), mas sim como algo em que cada peça deve reflectir algo, um momento único, uma pessoa, uma situação/ocasião, um sentimento...
E o meu amor hoje deu-me a minha pulseira, no meu primeiro Dia da Mãe, com 2 peças LINDAS de morrer, que representam a nossa princesinha - o carrinho de bebé e a botinha de menina.

ADOREI!!!
O gesto dele, o carinho, o ter-se lembrado que queria uma coisa assim (mesmo que nunca o tenha confessado abertamente a ninguém), o ter procurado as peças ideais para a data e para começar a nossa história, o ter esperado pela meia-noite para me dar a prenda (para iniciar em grande este dia)...

Realmente já não se fazem namoridos assim!!!
E é por isso (e por tantas outras coisas mais) que é o homem da minha vida e o meu grande amor!!!

Eis uma imagem da prenda do dia da mãe que ele me deu:

PS - não me esqueço que a princesinha pediu à avó que lhe comprasse a minha prenda "da parte dela". Um lindíssimo relógio do Dia da Mãe, para a colecção da mamã dela, que está cada vez mais descurada (outros "valores" se elevam...).
E que, para variar, este ano até era muito bonito e "usável".
Obrigada também à avó da nuvenzinha!

domingo, 18 de abril de 2010

A chegada a casa

E quem diz que eu não tenho o namorido mais romântico e perfeito do mundo?

Depois de ter passado quase 24h sem dormir para passar a noite comigo durante o parto e os primeiros momentos com a nossa filhota, depois de ter preparado tudo sozinho para a chegada dela a casa, cheio de dores de costas e sem dizer nada a ninguém, eis o que nos esperava quando viemos para casa:

Claro que eu fiquei sem palavras!!!
Mas o pior veio depois... e em vez de demonstrar o quanto me emocionei com o gesto dele, saio-me com... "já vi que não havia rosas brancas"!!!

Aiaiaiaiai que a maternidade me está a levar os poucos neurónios que restavam.

Claro que resta dizer que ele me tinha deixado uma mensagem linda, com rosas brancas, no dia em que a princesa nasceu!

Realmente, a cada dia que passa mais me convenço que é o homem perfeito para mim, carinhoso, romântico e extremamente dedicado.

E o ramo é LINDO!!!

Mais tarde... os primeiros dias da nuvenzinha!

domingo, 11 de abril de 2010

domingo, 14 de fevereiro de 2010

E é hoje

Um post muito rápido, que até só vai ter imagem amanhã, para dizer que é dos melhores aniversários/S. Valentim da minha vida!
O meu S. é mesmo a excepção da regra em tantas coisas.
Não só tive as minhas prendas (anos e S. Valentim), como as atenções desde a meia-noite até agora tem sido uma constante e tornam este dia junto dele ainda mais especial.
Temos os nossos altos e os nossos baixos, mas a verdade é que tive muita sorte em o ter conhecido e mais sorte ainda em estarmos juntos.
O resto... é uma aprendizagem a fazer com o tempo.
Feliz S. Valentim a todos, que eu vou continuar com a nossa celebração do meu aniversário e de mais um dos dias, entre tantos outros, que dedicaram ao nosso amor.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Amor é...

Quem ainda se lembra da colecção "Amor é..."?
Hoje vi este, que amei... e que reflecte com muito humor como eu gostava de ver o meu amor por alguém quando fosse bem velhinha!
Bem... se não fosse preciso o cordelinho era ainda melhor, mas o amor é "cego" ...

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Parabéns Ursinho

Para o meu amor, o meu ursinho, que hoje faz anos, aqui fica um lindo bolo de aniversário, junto com mil beijos de parabéns e a certeza que será um excelente dia de aniversário e que vamos passar muitos e muitos mais aniversários juntinhos.MUITOS PARABÉNS AMOR!!!

domingo, 26 de julho de 2009

Doutoras

Recebi este pequeno texto e não podia deixar de o partilhar com todas(os), porque eu até sei (na "pele") que realmente cada vez é mais importante ter um título (parece que só isso aufere algum valor à pessoa) mas, mais importante, porque eu realmente descendo de uma longa linha de DOUTORAS!!!

Para as doutoras da minha vida, as que ainda estão presentes, as que estiveram e as que vão estando... aqui fica uma pequena homenagem, com todo o meu carinho!

Certo dia, uma mulher chamada Anne foi renovar a sua carteira de motorista. Quando lhe perguntaram qual era a sua profissão, ela hesitou. Não sabia bem como se classificar.

O funcionário insistiu:

- O que eu pergunto é se tem um trabalho.

- Claro que tenho um trabalho, exclamou Anne. "Sou mãe."

- Nós não consideramos isso um trabalho. Vou colocar "dona de casa", disse o funcionário friamente.

Uma amiga sua, chamada Marta soube do ocorrido e ficou pensando a respeito por algum tempo.

Num determinado dia, ela se encontrou numa situação idêntica. A pessoa que a atendeu era uma funcionária de carreira, segura, eficiente. O formulário parecia enorme, interminável.

A primeira pergunta foi:

- Qual é a sua ocupação?

Marta pensou um pouco e sem saber bem como, respondeu:

- Sou doutora em desenvolvimento infantil e em relações humanas.

A funcionária fez uma pausa e Marta precisou repetir pausadamente, enfatizando as palavras mais significativas. Depois de ter anotado tudo, a jovem ousou indagar:

- Posso perguntar, o que é que a senhora faz exactamente?

Sem qualquer traço de agitação na voz, com muita calma, Marta explicou:

- Desenvolvo um programa à longo prazo, dentro e fora de casa.

Pensando na sua família, ela continuou:

- Sou responsável por uma equipe e já recebi quatro projectos. Trabalho em regime de dedicação exclusiva. O grau de exigência é de 14 horas por dia, às vezes até 24 horas.

À medida que ia descrevendo suas responsabilidades, Marta notou o crescente tom de respeito na voz da funcionária, que preencheu todo o formulário com os dados fornecidos.

Quando voltou para casa, Marta foi recebida por sua equipe: uma menina com 13 anos, outra com 7 e outra com 3.

Subindo ao andar de cima da casa, ela pôde ouvir o seu mais novo projecto, um bebê de seis meses, testando uma nova tonalidade de voz.

Feliz, Marta tomou o bebê nos braços e pensou na glória da maternidade, com suas multiplicadas responsabilidades. E horas intermináveis de dedicação...

- Mãe, onde está meu sapato?

- Mãe, me ajuda a fazer a lição?

- Mãe, o bebê não pára de chorar.

- Mãe, você me busca na escola?

- Mãe, você vai assistir a minha dança?

- Mãe, você compra? Mãe..."

Sentada na cama, Marta pensou:

"Se ela era doutora em desenvolvimento infantil e em relações humanas, o que seriam as avós?"

E logo descobriu um título para elas:

Doutoras-sénior em desenvolvimento infantil e em relações humanas.

As bisavós, doutoras executivas sénior.

As tias, doutoras-assistentes.

E todas as mulheres, mães, esposas, amigas e companheiras: doutoras na arte de fazer a vida melhor.

Num mundo em que se dá tanta importância aos títulos, em que se exige sempre maior especialização, na área profissional, torne-se um(a) especialista na arte de amar.

sábado, 25 de julho de 2009

Nuvem

Não é linda a imagem que o meu amor encontrou na net e me dedicou?

Uma nuvem para a sua nuvem...
E para ele... e só para ele, aqui deixo o estado em que fica a minha nuvem quando penso nele :)

sexta-feira, 13 de março de 2009

Lucky

Hoje estou com esta música na cabeça...

( Jason )
Do you hear me,
I'm talking to you
Across the water across the deep blue ocean
Under the open sky, oh my, baby I'm trying

( Colbie )
Boy I hear you in my dreams
I feel your whisper across the sea
I keep you with me in my heart
You make it easier when life gets hard

( same, chorus )
I'm lucky I'm in love with my best friend
Lucky to have been where I have been
Lucky to be coming home again
Ooohh ooooh oooh oooh ooh ooh ooh ooh

They don't know how long it takes
Waiting for a love like this
Every time we say goodbye
I wish we had one more kiss
I'll wait for you I promise you, I will

I'm lucky I'm in love with my best friend
Lucky to have been where I have been
Lucky to be coming home again
Lucky we're in love every way
Lucky to have stayed where we have stayed
Lucky to be coming home someday

( Jason )
And so I'm sailing through the sea
To an island where we'll meet
You'll hear the music fill the air
I'll put a flower in your hair

( Colbie )
though the breezes through trees
Move so pretty you're all I see
As the world keeps spinning round
You hold me right here right now

( Chorus )
I'm lucky I'm in love with my best friend
Lucky to have been where I have been
Lucky to be coming home again
I'm lucky we're in love every way
Lucky to have stayed where we have stayed
Lucky to be coming home someday

Ooohh ooooh oooh oooh ooh ooh ooh ooh
Ooooh ooooh oooh oooh ooh ooh ooh ooh

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Amor e Perseguição

Várias vezes na minha vida me cruzei com pessoas que não sabiam a diferença entre amor e perseguição, entre o fim do amor e o fim de um romance.
Tinham a obsessão pelo amor, por ser amados, por estarem com alguém, por viverem para alguém.
Ficam obcecados pela "amada", vivem em função dela e depois acabam por sufocar a relação e vivem em depressão por não compreenderem o que se passou... procurando incessantemente uma nova "vítima" da sua paixão e do seu amor desmedido e incontrolável.
E quase sempre idealizaram a pessoa amada, formaram uma ideia e esperam que a pessoa se adapte a essa ideia, corresponda a esse ideal que criaram.
E quando a pessoa se aperecebe que tem de corresponder a uma imagem, que toda a sua vida poderá vir a ser um faz-de-conta para satisfazer o ideal da outra, chega a percepção que não é amor o que se sente, mas sim algum tipo de carência, que foi suprida por uns tempos, enquanto se vivia na ilusão de amar, mas que não é verdadeiro, não é real ou perpétuo.
Não se pode exigir do outro o que entendemos que é certo, correcto. Não se pode pedir uma forma de amar, de ser amado, de ser feliz, infeliz!
O que era amor acaba por se tornar perseguição, obsessão, acaba por se tornar irreal, neurótico.
E muitas vezes, seja no caso da pessoa abandonada ou seja no da pessoa que abandona a relação, é necessário reconstruir-se, reconstruir o coração, analisar o que existiu na relação na pessoa que outrora foi amada e aprender a recomeçar.
É preciso aprender a despedir-se de quem antes amámos ou por quem formos amados, pois só assim conseguiremos seguir em frente, libertar a cabeça, a alma e o coração para outro amor, talvez "o" amor, talvez apenas outra tentativa, mas sem pressões, sem expectativas elevadas, sem ilusões, obsessões e perseguições... apenas um amor tranquilo!
Aqui vos deixo alguns pequenos textos de uma autora que descobri recentemente, mas de que muito gosto e admiro, Martha Medeiros, relacionados com o amor, despedida, ilusão...

DESPEDIDA

Existem duas dores de amor:
A primeira é quando a relação termina e a gente,
seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro,
com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva,
já que ainda estamos tão embrulhados na dor
que não conseguimos ver luz no fim do túnel.

A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.

A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços,
a dor de virar desimportante para o ser amado.
Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida:
a dor de abandonar o amor que sentíamos.
A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre,
sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também…

Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou.
Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém.
É que, sem se darem conta, não querem se desprender.
Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir,
lembrança de uma época bonita que foi vivida…
Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual
a gente se apega. Faz parte de nós.
Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis,
mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo,
que de certa maneira entranhou-se na gente,
e que só com muito esforço é possível alforriar.

É uma dor mais amena, quase imperceptível.
Talvez, por isso, costuma durar mais do que a ‘dor-de-cotovelo’
propriamente dita. É uma dor que nos confunde.
Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos
deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por
ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos,
que nos colocava dentro das estatísticas: “Eu amo, logo existo”.

Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.
É o arremate de uma história que terminou,
externamente, sem nossa concordância,
mas que precisa também sair de dentro da gente…
E só então a gente poderá amar, de novo.

Desconstruções

Quando a gente conhece uma pessoa, construímos uma imagem dela. Esta imagem tem a ver com o que ela é de verdade, tem a ver com as nossas expectativas e tem muito a ver com o que ela "vende" de si mesma. É pelo resultado disso tudo que nos apaixonamos. Se esta pessoa for bem parecida com a imagem que projetou em nós, desfazer-se deste amor, mais tarde, não será tão penoso. Restará a saudade, talvez uma pequena mágoa, mas nada que resista por muito tempo. No final, sobreviverão as boas lembranças. Mas se esta pessoa "inventou" um personagem e você caiu na arapuca, aí, somado à dor da separação, virá um processo mais lento e sofrido: a de desconstrução daquela pessoa que você achou que era real.

Desconstruindo Flávia, desconstruindo Gilson, desconstruindo Marcelo. Milhares de pessoas estão vivendo seus dias aparentemente numa boa, mas por dentro estão desconstruindo ilusões, tudo porque se apaixonaram por uma fraude, não por alguém autêntico. Ok, é natural que, numa aproximação, a gente "venda" mais nossas qualidades que defeitos. Ninguém vai iniciar uma história dizendo: muito prazer, eu sou arrogante, preguiçoso e cleptomaníaco. Nada disso, é a hora de fazer charme. Mas isso é no começo. Uma vez o romance engatado, aí as defesas são postas de lado e a gente mostra quem realmente é, nossas gracinhas e nossas imperfeições. Isso se formos honestos. Os desonestos do amor são aqueles que fabricam idéias e atitudes, até que um dia cansam da brincadeira, deixam cair a máscara e o outro fica ali, atônito.

Quem se apaixonou por um falsário, tem que desconstruí-lo para se desapaixonar. É um sufoco. Exige que você reconheça que foi seduzido por uma fantasia, que você é capaz de se deixar confundir, que o seu desejo de amar é mais forte do que sua astúcia. Significa encarar que alguém por quem você dedicou um sentimento nobre e verdadeiro não chegou a existir, tudo não passou de uma representação – e olha, talvez até não tenha sido por mal, pode ser que esta pessoa nem conheça a si mesma, por isso ela se inventa.

O amor não acaba, nós é que mudamos

Um homem e uma mulher vivem uma intensa relação de amor, e depois de alguns anos se separam, cada um vai em busca do próprio caminho, saem do raio de visão um do outro. Que fim levou aquele sentimento? O amor realmente acaba?

O que acaba são algumas de nossas expectativas e desejos, que são subtituídos por outros no decorrer da vida. As pessoas não mudam na sua essência, mas mudam muito de sonhos, mudam de pontos de vista e de necessidades, principalmente de necessidades. O amor costuma ser amoldado à nossa carência de envolvimento afetivo, porém essa carência não é estática, ela se modifica à medida que vamos tendo novas experiências, à medida que vamos aprendendo com as dores, com os remorsos e com nossos erros todos. O amor se mantém o mesmo apenas para aqueles que se mantém os mesmos.

Se nada muda dentro de você, o amor que você sente, ou que você sofre, também não muda. Amores eternos só existem para dois grupos de pessoas. O primeiro é formado por aqueles que se recusam a experimentar a vida, para aqueles que não querem investigar mais nada sobre si mesmo, estão contentes com o que estabeleceram como verdade numa determinada época e seguem com esta verdade até os 120 anos. O outro grupo é o dos sortudos: aqueles que amam alguém, e mesmo tendo evoluído com o tempo, descobrem que o parceiro também evoluiu, e essa evolução se deu com a mesma intensidade e seguiu na mesma direção. Sendo assim, conseguem renovar o amor, pois a renovação particular de cada um foi tão parecida que não gerou conflito.

O amor não acaba. O amor apenas sai do centro das nossas atenções. O tempo desenvolve nossas defesas, nos oferece outras possibilidades e a gente avança porque é da natureza humana avançar. Não é o sentimento que se esgota, somos nós que ficamos esgotados de sofrer, ou esgotados de esperar, ou esgotados da mesmice. Paixão termina, amor não. Amor é aquilo que a gente deixa ocupar todos os nossos espaços, enquanto for bem-vindo, e que transferimos para o quartinho dos fundos quando não funciona mais, mas que nunca expulsamos definitivamente de casa.

Faz de Conta

Não respondo teus e-mails, e quando respondo sou ríspido, distante, mantenho-me alheio: FAZ DE CONTA QUE EU TE ODEIO

Te encho de palavras carinhosas, não economizo elogios, me surpreendo de tanto afeto que consigo inventar, sou uma atriz, sou do ramo: FAZ DE CONTA QUE EU TE AMO.

Estou sempre olhando pro relógio, sempre enaltecendo os planos que eu tinha e que os outros boicotaram, sempre reclamando que os outros fazem tudo errado: FAZ DE CONTA QUE EU DOU CONTA DO RECADO.

Debocho de festas e de roupas glamurosas, não entendo como é que alguém consegue dormir tarde todas as noites, convidados permanentes para baladas na área vip do inferno: FAZ DE CONTA QUE EU NÃO QUERO.

Choro ao assistir o telejornal, lamento a dor dos outros e passo noites em claro tentando entender corrupções, descasos, tudo o que demonstra o quanto foi desperdiçado meu voto:FAZ DE CONTA QUE EU ME IMPORTO.

Digo que perdôo, ofereço cafezinho, lembro dos bons momentos, digo que os ruins ficaram no passado, que já não lembro de nada, pessoas maduras sabem que toda mágoa é peso morto: FAZ DE CONTA QUE EU NÃO SOFRO.

Cito Aristóteles e Platão, aplaudo ferros retorcidos em galerias de arte, leio poesia concreta, compro telas abstratas, fico fascinada com um arranjo techno para uma música clássica e assisto sem legenda o mais recente filme romeno: FAZ DE CONTA QUE EU ENTENDO.

Tenho todos os ingredientes para um sanduíche inesquecível, a porta da geladeira está lotada de imãs de tele-entrega, mantenho um bar razoavelmente abastecido, um pouco de sal e pimenta na despensa e o fogão tem oito anos mas parece zerinho: FAZ DE CONTA QUE EU COZINHO.

Bem-vindo à Disney, o mundo da fantasia, qual é o seu papel? Você pode ser um fantasma que atravessa paredes, ser anão ou ser gigante, um menino prodígio que decorou bem o texto, a criança ingênua que confiou na bruxa, uma sex symbol a espera do seu cowboy:FAZ DE CONTA QUE NÃO DÓI.

A minha felicidade não é a sua

No mais recente livro de Carlos Moraes, o ótimo Agora Deus vai te pegar lá fora, há um trecho em que uma mulher ouve a seguinte pergunta de um major: "Por que você não é feliz como todo mundo?". A que ela responde mais ou menos assim: "Como o snhor ousa dizer que não sou feliz? O que o senhor sabe do que eu digo para o meu marido depois do amor? E do que eu sinto quando ouço Vivaldi?E do que eu rio com meu filho? E por que mundos viajo quando leio Murilo Mendes? A sua felicidade, que eu respeito, não é minha, major".
E assim é. Temos a pretensão de decretar quem é feliz ou infeliz de acordo com nossa ótica particular, como se felicidade fosse algo que pudesse ser visualizado. Somos apresentados a alguém com olheiras profundas e imediatamente passamos a lamentar suas prováveis noites insones causadas por problemas tortuosos. Ou alguém faz uma queixa infantil da esposa e rapidamente decretamos que é um fracassado no amor, que seu casamento deve ser um inferno, pobre sujeito. É nessas horas que junto as pontas dos cinco dedos da mão e sacudo-a no ar, feito uma italiana indignada: mas que sabemos nós da vida dos ouitros, catzo?
Nossos momentos felizes se dão, quase todos, na intimidade, quando ninguém está nos vendo. O barulho da chave da porta, de madrugada, trazendo um adolescente de volta pra casa. O cálice de vinho oferecido por uma amiga com quem acabamos de fazer as pazes. Sentar no cinema, sozinha, para assistir o filme tão esperado. Depois de anos com o coração em marcha lenta, rever um ex-amor e descobrir que ainda é capaz de sentir palpitações. Os acordos secretos que temos com com filhos, netos, amigos. A emoção provocada por uma frase de um livro. A felicidade de uma cura. E a infelicidade aceita como parte do jogo - ninguém é tão feliz quanto aquele que lida bem com suas precariedades.
O que sei eu sobre aquele que parece radiante e aquela outra que parece à beira do suicídio? Eles podem parecer o que for e eu seguirei sem saber de nada, sem saber de onde eles extraem prazer e dor, como administram seus azedumes e seus êxtases, e muito menos por quanto anda a cotação de felicidade em suas vidas. Costumamos julgar roupas, comportamento, caráter - juízes indefectíveis que somos da vida alheia-, mas é um atrevimento nos outorgarmos o direito de reconhecer, apenas pelas aparências, quem sofre e quem está em paz.
A sua felicidade não é a minha, e a minha não é a de ninguém. Não se sabe nunca o que emociona intimamente uma pessoa, a que ela recorre para conquistar serenidade, em quais pensamentos se ampara quando quer descansar do mundo, o quanto de energia coloca no que faz, e no que ela é capaz de desfazer para manter-se sã. Toda felicidade é construída por emoções secretas. Podem até comentar sobre nós, mas nos capturar, só se permitirmos.

Amor e perseguição

“As pessoas ficam procurando o amor como solução para todos os seus problemas quando, na realidade, o amor é a recompensa por você ter resolvido os seus problemas”. Norman Mailer. Copiem. Decorem. Aprendam.
Temos a mania de achar que amor é algo que se busca. Buscamos o amor em bares, buscamos o amor na interner, buscamos o amor na parada de ônibus. Como num jogo de esconde-esconde, procuramos pelo amor que está oculto dentro das boates, nas salas de aula, nas platéias dos teatros. Ele certamente está por ali, você quase pode sentir o seu cheiro, precisa apenas descobri-lo e agarrá-lo o mais rápido possível, pois só o amor constrói, só o amor salva, só o amor traz felicidade.
Amor não é medicamento. Se você está deprimido, histérico ou ansioso demais, o amor não se aproximará,e, caso o faça vai frustrar suas expectativas, porque o amor quer ser recebido com saúde e leveza,ele não suporta a idéia de ser ingerido de quatro em quatro horas, como antibiótico para combater as bactérias da solidão e da falta de auto-estima. Você já ouviu muitas vezes alguém dizer: “Quando eu menos esperava, quando eu havia desistido de procurar, o amor apareceu”. Claro, o amor não é bobo, quer ser bem tratado, por isso escolhe as pessoas que, antes de tudo, tratam bem de si mesmas.
“As pessoas ficam procurando o amor como solução para todos os seus problemas quando, na realidade, o amor é a recompensa por você ter resolvido os seus problemas”. Normal Mailer. Divulguem. Repitam. Convençam-se.
O amor, ao contrário do que se pensa, não tem que vir antes de tudo: antes de estabilizar a carreira profissional, antes de viajar pelo mundo, de curtir a vida. Ele não é uma garantia de que, a partir do seu surgimento, tudo o mais dará certo. Queremos o amor como pré-requisito para o sucesso nos outros setores, quando na verdade, o amor espera primeiro você ser feliz para só então surgir diante de você sem máscaras e sem fantasia. É esta a condição. É pegar ou largar.
Para quem acha que isso é chantagem, arrisco sair em defesa do amor: ser feliz é uma exigência razoável e não é tarefa tão complicada. Felizes aqueles que aprendem a administrar seus conflitos, que aceitam suas oscilações de humor, que dão o melhor de si e não se autoflagelam por causa dos erros que cometem. Felicidade é serenidade. Não tem nada a ver com piscinas, carros e muito menos com príncipes encantados. O amor é o prêmio para quem relaxa.
A gente resiste muito a aceitar que alguém que amamos não é, e nem nunca foi, especial. Que sorte quando a gente sabe com quem está lidando: mesmo que venha a desamá-lo um dia, tudo o que foi construído se manterá de pé
Foto: René Cabrales in http://www.sinprors.org.br

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Quando um homem ama uma mulher

Ou uma mulher um homem...

When a man loves a woman,
Can't keep his mind on nothin' else,
He'd change the world for the good thing he's found.
If she is bad, he can't see it,
She can do no wrong,
Turn his back on his best friend if he put her down.
When a man loves a woman,
He'll spend his very last dime
Tryin' to hold on to what he needs.
He'd give up all his comforts
And sleep out in the rain,
If she said that's the way
It ought to be.
Well, this man loves you, woman.
I gave you everything I have,
Tryin' to hold on to your heartless love.
Baby, please don't treat me bad.
When a man loves a woman,
Down deep in his soul,
She can bring him such misery.
If she is playin' him for a fool,
He's the last one to know.
Lovin' eyes can never see.
When a man loves a woman
he can do her no wrong,
he can never want
some other girl.
Yes,When a man loves a woman
I know exactly how he feels,
'Cause baby, baby, you're my world
When a man loves a woman....

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Declaração de Amor Alentejana

Já não se fazem declarações de amor assim.
Eu continuo à espera de receber uma destas... e como a esperança é a última coisa a morrer... pode ser que um dia receba uma
Reparem na poesia...
na paixão...
na métrica...
lindo!

Minha querida magana...
Desda aquela vez da palha naquele monti

Que aqui ficastes escarrapachada na minha alembradura.

Atão na foi tão bom? Diz laa?


Condolho pra ti com esses bêços de mula,

O mê coração prega purradões nas costelas,

Parece um trator a arrencar ecalitros naquela charneca.


Se mamares comé tamo,

Se machares come tacho

Vamos pedir a tê pai cacete o nosso acasalamento.


Gosto de ti, pôrra!!!

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