sábado, 13 de junho de 2009

Santo Agostinho

A minha avó sempre teve um carinho muito grande pelos seus santinhos e por tudo o que era religião(oso) e sagrado e isso reflectiu-se ao longo de toda a sua vida e de tudo o que a rodeava.

Como tal, aqui fica a oração que deram à minha madrinha no dia da missa do 7º dia e que ajuda neste momento de dor, transmitindo paz e sossego:

Se conhecesses o mistério imenso
do Ceú onde agora vivo,
este horizonte sem fim,
esta luz que tudo reveste e penetra,
Não chorarias, se me amas!

Estou já absorvido no encanto de Deus
na sua infindável beleza.

Permanece em mim o teu amor,
uma enorme ternura
que nem tu consegues imaginar.

Vivo numa alegria puríssima.
Nas angústias do tempo, pensa nesta casa
onde um dia estaremos reunidos
para além da morte,
matando a sede na fonte inesgotável
da alegria e do amor infinito.


Não chores,se verdadeiramente me amas!

Santo Agostinho


E, no seguimento desta, outra oração, do mesmo santo, que me enviaram hoje (obrigada P.) e que me acalma e conforta o coração:

A morte não é nada.
Apenas passei ao outro mundo.
Eu sou eu. Tu és tu.
O que fomos um para o outro ainda o somos.

Dá-me o nome que sempre me deste.
Fala-me como sempre me falaste.
Não mudes o tom a um triste ou solene.
Continua rindo com aquilo que nos fazia rir juntos.

Reza, sorri, pensa em mim, reza comigo.
Que o meu nome se pronuncie em casa
como sempre se pronunciou.

Sem nenhuma ênfase, sem rosto de sombra.

A vida continua significando o que significou:
continua sendo o que era.
O cordão de união não se quebrou.
Porque eu estaria fora de teus pensamentos,
apenas porque estou fora de tua vista ?

Não estou longe,
Somente estou do outro lado do caminho.
Já verás, tudo está bem.
Redescobrirás o meu coração,
e nele redescobrirás a ternura mais pura.
Seca tuas lágrimas e se me amas,
não chores mais.

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