O post de hoje é um "repost" de uma das primeiras coisas que escrevi quando iniciei este blog há muitos anos atrás.
Não só porque esta semana de regresso às aulas tem sido mais dura que o esperado e com o cansaço acumulado a inspiração começa a falhar (e ainda só passaram 10 dias do desafio), mas também porque ao reler achei que se mantinha super actual...
Nunca ninguém sonha passar por uma ruptura, mas a verdade é que a maioria passa por isso num momento ou noutro na vida. E o apoio dos amigos é importante, da família.
Então vamos tentar não dizer as coisas erradas, pode ser? A intenção é a melhor, já se sabe, mas as palavras, sobretudo em momentos de fragilidade emocional, podem ser esmagadoras e ferir ainda mais...
Está tudo acabado ! Terminou ! Morreu tudo entre nós ! Quero o divórcio! Não te quero ver mais! Esquece que existo! Já não gosto mais de ti! Preciso de espaço! Etc…..
Tudo isto são expressões para dizer que a nossa relação com alguém acabou (amigos, família, namorados ou esposos, …).
E qual é a reacção dos que nos são próximos (ou afastados) e que se preocupam connosco?
Ainda bem… Estás melhor assim… Não te merecia… Esquece…. A vida continua e só tens é de olhar para a frente…etc. etc.
Tudo é feito ou dito para nos confortar… Mas… será que se analisam bem as coisas?
Primeiro que tudo…porque terminou uma relação?
Com excepção da morte de alguém, que não se pode evitar (e sobre a qual falarei um dia), tudo o resto não pode nem deve ser atribuído a uma só pessoa.
Por muito solidários que queiramos ser com a pessoa que nos é querida… este tipo de expressões só pode ajudar quem se quiser colocar no papel de vítima!
Esquece?!
Como se pode esquecer num dia, ou numa semana, ou no tempo que for preciso… uma relação que se tinha com alguém?
Como se apagam todas as recordações que partilhámos com esse alguém?
Os projectos feitos em conjunto? As alegrias, as dificuldades?
Hoje em dia parece que se vive num mundo sem sentimentos, em que tudo é imediato e não se deve nem se pode sofrer uma perda… tem de se seguir em frente… o futuro é que interessa.
Concordo que deixar passar a vida a olhar para o passado e para o que acabou é um erro, mas acima de tudo é necessário saber porque se chegou a esse estado de perda.
E… pela minha experiência pessoal… só perdemos alguém na vida por… falta de comunicação!
Numa relação (seja de amizade, seja de amor, seja de que tipo for…) existem sempre 2 pessoas. É alimentada por 2 pessoas.
Há alturas em que uma delas contribui mais, outras em que recebe mais do que dá, outras em que se calhar só recebe… mas está sempre presente.
E se as coisas começam a ser difíceis (alguém conhece uma relação, de qualquer tipo, que não tenha tido altos e baixos?), é com base na comunicação que se resolvem.
A verdade é que hoje em dia as pessoas só comunicam no início da relação… e por norma, a partir daí, idealizam o resto ou sonham com o que gostavam que a outra fosse, sem verdadeiramente olhar para ela, ouvir, compreender ou aceitar…. E acima de tudo sem falar!
É cada vez mais complicado encontrar amigos que comuniquem regularmente e da mesma forma que comunicavam ao início, casais que partilhem o que sentem como partilhavam no início, etc….
O tempo, a vida rotineira, a correria do dia a dia fazem com que as pessoas deixem de dar valor à comunicação. Espera-se que o outro perceba, conheça os sinais… adivinhe… mas… falar, comunicar, dizer o que se passa e sente… isso é mais complicado. Não há tempo! Não é preciso!
Por isso é que se chega a um ponto de ruptura? Não por culpa de um ou de outro… mas porque se deixam acumular as coisas sem se falar delas, sem se tentar perceber, resolver.
E não é a forma como se apresenta a ruptura que deve contar e ser valorizada… mas sim o facto de se ter chegado a esse ponto.
Muitas vezes há sinais… que são visíveis. Outras vezes não há sinais (ou não se querem ver). Mas a ruptura chega porque uma das partes desiste (ou nunca o fez) de falar. De comunicar, de partilhar.
Num casamento, numa amizade, numa relação de qualquer tipo… não pode ser só um lado a dar e outro a receber. Não deve haver um lado que aguenta tudo e outro que recebe. Um lado que é forte e outro fraco. Um lado que quer fazer o outro feliz e o outro que só quer receber felicidade.
Tem de ser uma partilha… de bom, de mau, de felicidade, de infelicidade, mas acima de tudo… de muita comunicação.
Nos casamentos diz-se que é para o bem e para o mal… e a verdade é que, muitas vezes, as pessoas se afastam no mal…
Há muitas pessoas que tem bastante dificuldade em exprimir sentimentos (e os homens em particular, muitas vezes pela forma negativa como foram educados ou a sociedade encara esse tipo de comunicação vinda de um homem). Ou que acham que aguentam tudo… mas a verdade é que… se não se conseguirem abrir, se não conseguirem partilhar o que querem, o que gostam, o que estão a sentir… nunca vão ser completas… nem felizes…e não vão aguentar!
Não se pode pedir abertura a outra pessoa, sem se estar preparado para dar e receber essa mesma abertura.
Qualquer relação é feita de reciprocidade… e sem ela… nada existe ou pode ser construído.
Por isso, da próxima vez que alguém perto de vocês termine uma relação… não digam para esquecer, para andar para a frente, etc…. De certeza que eles já sabem tudo isso.Perguntem antes se comunicavam? Se quando estavam felizes ou tristes falavam sobre isso? Procuravam soluções? Se quando estavam juntos partilhavam os sentimentos e opiniões ou só as coisas boas e guardavam as más?
Ou se apenas se limitavam a andar juntos, de “olhos fechados”, fingindo que estava tudo bem… e só quando uma das partes decidiu que não estava bem e queria sair… é que se aperceberam que as coisas nunca foram ditas ou faladas…
A felicidade numa relação vem de dentro, da partilha – e de aceitar que se podem partilhar as coisas más e os maus sentimentos.E se terminou… mais do que pensar em esquecer…se valeu a pena….no sofrimento que se sente… na forma como terminou….
Pensem se fizeram tudo ou disseram e ouviram tudo o que deviam?
Se conseguiram aceitar as diferenças de opinião, gostos, personalidade do outro lado?
Se conseguiram aceitar as semelhanças de feitios e caracteres de cada um?
Se falaram sobre os diferentes horários de cada um, de prioridades, de espaços, …?
Se tentaram perceber se estava tudo a ser dito ou se, como eu, estavam a viver numa nuvem… negra?
Se lutaram para ter uma relação ou esperaram que fosse tudo um mar de rosas e ignoraram os espinhos?
Se fizeram sempre tudo isto…. Tenho muitas dúvidas que verdadeiramente consigam terminar a relação…
E se, apesar de tudo isto, terminou… então é porque efectivamente não eram feitos para estar numa relação… e com tudo isto sempre feito… não fica mágoa, não há dor, não há sofrimento… pois é uma decisão consensual – são demasiado diferentes para estar numa relação de qualquer tipo.
TERMINOU com dor, mágoa, sofrimento (de um ou ambos os lados)... Não é a forma como acabou que é importante ou doi mais(apesar de contar para a dor)…. Mas o facto de se ter falhado…de ter acabado…e de na maior parte dos casos ser por se ter esquecido uma coisa tão simples e básica como… COMUNICAR!
Pensem nisto da próxima vez que disserem a alguém para esquecer e seguir em frente, pois se as pessoas não tiverem presente o que falhou e o que podem e devem mudar… não serve de nada atribuir a culpa à outra parte…porque nunca se vai esquecer!
Mais do que esquecer… percebam!
E percebam que esquecer… leva o seu tempo. E cada pessoa é diferente da outra e precisa de espaço e tempo para si antes de esquecer (uns esquecem na hora, outros em 24h, outros num ano, outros … nunca esquecem).
Tudo isto são expressões para dizer que a nossa relação com alguém acabou (amigos, família, namorados ou esposos, …).
E qual é a reacção dos que nos são próximos (ou afastados) e que se preocupam connosco?
Ainda bem… Estás melhor assim… Não te merecia… Esquece…. A vida continua e só tens é de olhar para a frente…etc. etc.
Tudo é feito ou dito para nos confortar… Mas… será que se analisam bem as coisas?
Primeiro que tudo…porque terminou uma relação?
Com excepção da morte de alguém, que não se pode evitar (e sobre a qual falarei um dia), tudo o resto não pode nem deve ser atribuído a uma só pessoa.
Por muito solidários que queiramos ser com a pessoa que nos é querida… este tipo de expressões só pode ajudar quem se quiser colocar no papel de vítima!
Esquece?!
Como se pode esquecer num dia, ou numa semana, ou no tempo que for preciso… uma relação que se tinha com alguém?
Como se apagam todas as recordações que partilhámos com esse alguém?
Os projectos feitos em conjunto? As alegrias, as dificuldades?
Hoje em dia parece que se vive num mundo sem sentimentos, em que tudo é imediato e não se deve nem se pode sofrer uma perda… tem de se seguir em frente… o futuro é que interessa.
Concordo que deixar passar a vida a olhar para o passado e para o que acabou é um erro, mas acima de tudo é necessário saber porque se chegou a esse estado de perda.
E… pela minha experiência pessoal… só perdemos alguém na vida por… falta de comunicação!
Numa relação (seja de amizade, seja de amor, seja de que tipo for…) existem sempre 2 pessoas. É alimentada por 2 pessoas.
Há alturas em que uma delas contribui mais, outras em que recebe mais do que dá, outras em que se calhar só recebe… mas está sempre presente.
E se as coisas começam a ser difíceis (alguém conhece uma relação, de qualquer tipo, que não tenha tido altos e baixos?), é com base na comunicação que se resolvem.
A verdade é que hoje em dia as pessoas só comunicam no início da relação… e por norma, a partir daí, idealizam o resto ou sonham com o que gostavam que a outra fosse, sem verdadeiramente olhar para ela, ouvir, compreender ou aceitar…. E acima de tudo sem falar!
É cada vez mais complicado encontrar amigos que comuniquem regularmente e da mesma forma que comunicavam ao início, casais que partilhem o que sentem como partilhavam no início, etc….
O tempo, a vida rotineira, a correria do dia a dia fazem com que as pessoas deixem de dar valor à comunicação. Espera-se que o outro perceba, conheça os sinais… adivinhe… mas… falar, comunicar, dizer o que se passa e sente… isso é mais complicado. Não há tempo! Não é preciso!
Por isso é que se chega a um ponto de ruptura? Não por culpa de um ou de outro… mas porque se deixam acumular as coisas sem se falar delas, sem se tentar perceber, resolver.
E não é a forma como se apresenta a ruptura que deve contar e ser valorizada… mas sim o facto de se ter chegado a esse ponto.
Muitas vezes há sinais… que são visíveis. Outras vezes não há sinais (ou não se querem ver). Mas a ruptura chega porque uma das partes desiste (ou nunca o fez) de falar. De comunicar, de partilhar.
Num casamento, numa amizade, numa relação de qualquer tipo… não pode ser só um lado a dar e outro a receber. Não deve haver um lado que aguenta tudo e outro que recebe. Um lado que é forte e outro fraco. Um lado que quer fazer o outro feliz e o outro que só quer receber felicidade.
Tem de ser uma partilha… de bom, de mau, de felicidade, de infelicidade, mas acima de tudo… de muita comunicação.
Nos casamentos diz-se que é para o bem e para o mal… e a verdade é que, muitas vezes, as pessoas se afastam no mal…
Há muitas pessoas que tem bastante dificuldade em exprimir sentimentos (e os homens em particular, muitas vezes pela forma negativa como foram educados ou a sociedade encara esse tipo de comunicação vinda de um homem). Ou que acham que aguentam tudo… mas a verdade é que… se não se conseguirem abrir, se não conseguirem partilhar o que querem, o que gostam, o que estão a sentir… nunca vão ser completas… nem felizes…e não vão aguentar!
Não se pode pedir abertura a outra pessoa, sem se estar preparado para dar e receber essa mesma abertura.
Qualquer relação é feita de reciprocidade… e sem ela… nada existe ou pode ser construído.
Por isso, da próxima vez que alguém perto de vocês termine uma relação… não digam para esquecer, para andar para a frente, etc…. De certeza que eles já sabem tudo isso.Perguntem antes se comunicavam? Se quando estavam felizes ou tristes falavam sobre isso? Procuravam soluções? Se quando estavam juntos partilhavam os sentimentos e opiniões ou só as coisas boas e guardavam as más?
Ou se apenas se limitavam a andar juntos, de “olhos fechados”, fingindo que estava tudo bem… e só quando uma das partes decidiu que não estava bem e queria sair… é que se aperceberam que as coisas nunca foram ditas ou faladas…
A felicidade numa relação vem de dentro, da partilha – e de aceitar que se podem partilhar as coisas más e os maus sentimentos.E se terminou… mais do que pensar em esquecer…se valeu a pena….no sofrimento que se sente… na forma como terminou….
Pensem se fizeram tudo ou disseram e ouviram tudo o que deviam?
Se conseguiram aceitar as diferenças de opinião, gostos, personalidade do outro lado?
Se conseguiram aceitar as semelhanças de feitios e caracteres de cada um?
Se falaram sobre os diferentes horários de cada um, de prioridades, de espaços, …?
Se tentaram perceber se estava tudo a ser dito ou se, como eu, estavam a viver numa nuvem… negra?
Se lutaram para ter uma relação ou esperaram que fosse tudo um mar de rosas e ignoraram os espinhos?
Se fizeram sempre tudo isto…. Tenho muitas dúvidas que verdadeiramente consigam terminar a relação…
E se, apesar de tudo isto, terminou… então é porque efectivamente não eram feitos para estar numa relação… e com tudo isto sempre feito… não fica mágoa, não há dor, não há sofrimento… pois é uma decisão consensual – são demasiado diferentes para estar numa relação de qualquer tipo.
TERMINOU com dor, mágoa, sofrimento (de um ou ambos os lados)... Não é a forma como acabou que é importante ou doi mais(apesar de contar para a dor)…. Mas o facto de se ter falhado…de ter acabado…e de na maior parte dos casos ser por se ter esquecido uma coisa tão simples e básica como… COMUNICAR!
Pensem nisto da próxima vez que disserem a alguém para esquecer e seguir em frente, pois se as pessoas não tiverem presente o que falhou e o que podem e devem mudar… não serve de nada atribuir a culpa à outra parte…porque nunca se vai esquecer!
Mais do que esquecer… percebam!
E percebam que esquecer… leva o seu tempo. E cada pessoa é diferente da outra e precisa de espaço e tempo para si antes de esquecer (uns esquecem na hora, outros em 24h, outros num ano, outros … nunca esquecem).
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