terça-feira, 15 de julho de 2008

Desilusão

Estranhamente, no mesmo dia em que escrevo sobre estar feliz, tenho necessidade de escrever sobre desilusão.
Há muitas coisas que me desiludem, como as intrigas, politiquices, guerras familiares e desavenças, mas o pior de tudo para mim são as desilusões com as pessoas, especialmente aquelas que considerava (muitas vezes ingenuamente) amigas.
E neste caso a enorme desilusão que algumas pessoas são e foram para mim!!!
Este fim-de-semana tive mais uma prova que tenho de deixar de acreditar no Pai Natal e passar a ver o que todas as outras pessoas estão fartas de ver – que há pessoas que simplesmente não valem a pena!!!
Há uns anos estive para casar, como algumas pessoas saberão… bem, estive para casar 2 vezes… foi numa dessas.
Acabei por não o fazer e por romper o noivado, não porque não gostasse da pessoa em causa, pois até gostava e gostei durante muito tempo dele. Mas achei que não tinha futuro com aquela pessoa, especialmente devido a um pequeno detalhe que eu notava no seu carácter.
Durante muitos anos ele perguntou porque eu tinha acabado e eu nunca tive a coragem de ser honesta e frontal com ele e dizer a verdadeira razão.
Sempre pus “panos quentes” na questão, dizendo que não achava que fossemos compatíveis, que me tinha sentido pressionada por ter sido tudo muito rápido (o que é bem verdade), por ter sido muita coisa junta, etc.
E durante muito tempo sentia-me “responsável” pela situação, pois sei que o magoei muito e por vezes chegava a colocar em causa a minha decisão.
Cheguei mesmo ao ponto de achar que tinha feito asneira (algumas vezes), mas felizmente o contacto com ele fazia logo perceber que não tinha feito asneira e que realmente tinha tomado a decisão mais certa da minha vida.
Fiquei feliz por ele ter seguido com a vida, ter encontrado outra pessoa e ter casado.
Apesar de gostar bastante dessa pessoa como amigo e de sermos muito parecidos em algumas coisas, com o tempo a realidade que eu sempre neguei começou a vir ao de cima…
E, por mais que as pessoas (incluindo namorados que tinha) me dissessem que eu devia afastar-me, que ele não encarava a minha preocupação com ele como uma preocupação de amiga mas como sinal de que “queria algo mais”… sempre procurei negar isso e sempre achei que podia ajudar, apoiar, ser um ombro amigo.
A realidade provou, mais uma vez, que não existem contos de fadas e que eu estava errada.
O grande factor que me levou a não querer casar com aquela pessoa e que me afastou, tem-se revelado em todo o seu esplendor nos últimos meses, mas este fim-de-semana ao saber de uma historia que ele andava a “espalhar” a desilusão foi total.
A falta de carácter (de “tomates”, como diriam algumas pessoas) tomou proporções tais que até já mente!!!
E sobre mim!!!
Sobre situações que nunca aconteceram!!!
Uma pessoa como ele, que não conhece o termo fidelidade, não sabe o que é amar e respeitar uma pessoa, não sabe o que é defender as suas opiniões pessoais e lutar pela sua felicidade, que não sabe assumir uma posição a não ser que lha indiquem, não sabe assumir os erros e recomeçar, não sabe ser frontal… teve o descaramento de mentir sobre mim para se “eximir” de uma “asneirada” que fez!!!
Até andava a tentar desculpar o facto de ele dar instruções de pagamento a toda a gente menos a mim, de ele ter deixado de me falar por não concordar com as minhas opiniões ou frontalidade… mas mentir sobre mim?!
Inventar coisas que nunca aconteceram?
Quando ele devia saber melhor… que eu até podia contar umas quantas coisas que aconteceram ou ele gostava que acontecessem mas nunca o fiz nem farei, pois sempre achei que a vida privada não se deve misturar com a pessoal…
E acima de tudo, nunca mentiria sobre ele!!!
Parece-me incrível como continuava a desculpar as asneiras e as investidas de tal personagem, apesar das repetidas provas de falta de carácter que ele me tem dado ao longo dos anos!
Realmente, por muito que me custe dar o braço a torcer, tenho de assumir que estava errada e que não vale a pena lutar por uma amizade com uma pessoa assim, sem carácter, sem personalidade (ou se a tem, prefiro nem pensar como é).
É uma desilusão enorme, pois sempre pensei que todos estavam errados (há anos que me dizem que não pense como penso pois estou errada) e que realmente era uma pessoa que valia a pena e que tinha, por baixo daquele "monte de merda" um bom fundo que um dia ia sair e todos poderiam ver que era realmente uma boa pessoa, mas que tinha passado uns maus momentos.
Mas tal como o Pai Natal, as historias de fadas e as personagens mitológicas, também esta esperança de esfumou com a realidade.
A realidade é que ele gosta de ser como é, gosta de não ter "tomates" de falar com as pessoas e assumir publicamente as suas ideias e posições, gosta de andar escondido e a enganar...
Não só por ter realmente compreendido que andava a acreditar numa causa perdida, mas especialmente por tanta gente já o ter visto e eu continuar a não querer ver!!!
Este fim de semana acordei - e ficou a DESILUSÃO!

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