quinta-feira, 10 de março de 2016

E em 2016 mamã?

Quase um ano passou desde a última vez que escrevi!
E ao ler o último post senti um "murro no estomago".
Não, as coisas não melhoraram, antes pelo contrário.... o trabalho aumentou e muito, a disponibilidade e o cansaço também, a desmotivação...
As zangas foram cada vez maiores e por motivos cada vez mais fúteis e sentia mesmo que me tinha afastado demais da minha filha.
Sim, depois de quase 4 anos sem lhe bater houve uma semana em que lhe dei dois estalos (bater? estalos?! dois?!!!)- e isso para mim foi a gota de água, o sinal que algo tinha de mudar! É INADMISSÍVEL bater numa criança e ainda por cima por coisas parvas e "guerras" idiotas como as que levaram a bater!
Isso e o facto de ela me mentir "para eu não me zangar", de estar sempre a pedir desculpa de TUDO, mesmo as coisas que não tinham a ver comigo, fizeram-me perceber que as prioridades na minha vida estavam invertidas!
E ter uma filha com  um feitio igualzinho ao da mãe não é fácil. Ela não dá o braço a torcer e quando entra em espiral negativa, nada a consegue demover.... e eu não estava em condições de lidar positivamente com isso.
Ok, os problemas de saúde que me levaram a ficar de baixa ajudaram a ter tempo para analisar tudo isto!
O facto de finalmente ela poder vir para casa e jantar comigo ajudou (e muito) a melhorar a nossa relação.
Ter mais tempo para ler sobre DP, para descansar (dentro do possível) fez maravilhas por uma relação que (sinto) estava à beira do abismo.
Ainda a sinto ansiosa por me agradar, mas ainda me confessa que me mentiu para eu não me zangar. Ainda rebento (ou me canso) com coisas triviais e que são sem importância, mas sei que estamos no caminho certo. Que com o apoio certo, tudo vai correr bem e vamos ser (ainda) mais felizes!
Porque na realidade a prioridade na vida não pode ser o trabalho e pagar contas (as minhas e as que tiverem de ser pagas). A prioridade na minha vida tem de ser a felicidade dela, estar bem (fisica e psicologicamente) para aproveitarmos o tempo que temos juntas!
E o facto de ter mais tempo para mim (mesmo que seja por pouco tempo) vai seguramente ajudar a reequilibrar energias, desenvolver projectos comuns e ... a ser feliz!!!

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