Gostar é tão fácil...
E ao mesmo tempo nunca ninguém pensou no quanto o gostar pode ser importante para amar...
Até porque... alguém me sabe explicar porque gostamos dos nossos amigos como eles são, aceitamos a sua diferença e os seus humores... mas no nosso amor é muito mais difícil de aceitar isso? De gostar assim?
Talvez seja tão simples, tolo e natural que nunca se parou para pensar: porque não aprender a tornar o meu amor ainda mais belo?
Por que não aprender, de uma forma simples, a arte de bem amar, de uma forma bonita, natural?
Porque não aprender a Gostar de Amar?
Será que é complicado perceber que Gostar = Bonito?
Cada vez vejo mais "amores": amores verdadeiros, apaixonados, lutadores, gigantescos, descomunais, profundos, sinceros, cheios de entrega, oferta, dádiva... mas que esbarram na dificuldade de serem bonitos. Só e apenas... bonitos!
Amores que são verdadeiros, eternos e descomunais... de repente sentem-se ameaçados... unicamente porque não sabem ser bonitos: exigem, caem na rotina, caem no desleixo, reclamam, não procuram entender ou compreender, exigem e necessitam mais do que oferecem (aquela linda frase que já citei - posso não ser metade do que querias mas sou o dobro do que mereces), enchem-se de razões! Sim... Razões (ou deveria dizer Razão?)!!!
Ter razão é o maior perigo quando se ama.
Quem tem razão pensa sempre ter o direito (e até o pode ter) de reivindicar, de exigir justiça, equiparação, sem procurar entender ou compreender que aquele que está sem razão pode estar a passar por um momento na vida em que pode ou precisa de não ter razão.
Ou talvez nem queira ter...
Ter razão é um perigo: de uma forma geral desfigura o amor, pois a razão até pode ser invocada com justiça, mas é quase sempre na hora errada!
Ter razão é o maior perigo quando se ama.
Quem tem razão pensa sempre ter o direito (e até o pode ter) de reivindicar, de exigir justiça, equiparação, sem procurar entender ou compreender que aquele que está sem razão pode estar a passar por um momento na vida em que pode ou precisa de não ter razão.
Ou talvez nem queira ter...
Ter razão é um perigo: de uma forma geral desfigura o amor, pois a razão até pode ser invocada com justiça, mas é quase sempre na hora errada!
E se pusermos a mão na consciência... será que temos a certeza de fazer do nosso amor um amor bonito (quando amamos)?
Será que estamos a retirar de cada gesto, de cada acção, de cada reacção, do olhar... da saudade, da alegria de cada encontro e da dor de cada desencontro... a maior beleza possível?
É muito provável que não...
Mesmo cheios de razões, esperamos do nosso amor aquilo que necessitamos naquele momento, aquilo que exigimos porque sentimos que devemos exigir ou merecer. E.. talvez... devêssemos esperar, dar tempo e espaço, para valorizar ainda mais tudo aquilo que de bom ele pode trazer.
É muito provável que não...
Mesmo cheios de razões, esperamos do nosso amor aquilo que necessitamos naquele momento, aquilo que exigimos porque sentimos que devemos exigir ou merecer. E.. talvez... devêssemos esperar, dar tempo e espaço, para valorizar ainda mais tudo aquilo que de bom ele pode trazer.
Quem espera receber do seu amor mais do que isto... vai sofrer! E quando se sofre o amor deixa de ser bonito... deixa de se amar de uma forma bonita!
Quando se sofre por amor, perdemos a alegria, o brilho nos olhos, o sorriso... e deixamos de sentir a criança que há em nós quando amamos alguém.
E se não somos capazes de libertar essa criança... seremos incapazes de amar de uma forma bonita.
Não devíamos temer ser rianças, assim como não deviamos temer o romantismo!
Hoje em dia gestos românticos são considerados "pirosos" (ou "azeiteiros se estiverem no Porto"), fora de moda e ... algumas vezes... podem mesmo causar ansiedade!
Devíamos derrubar estas paredes, que são construídas com base nas opiniões alheias, e que nos impedem de amar de uma forma bonita!
Se queremos ir para o campo e fazer coroas de flores (parece um filme romântico passado na Suíça ou Áustria), ou ramos de flores para oferecer e enfeitar a pessoa que amamos e que está a partilhar esses momentos connosco - sem pensar "o que ele vai achar? o que vão dizer disto?" - Porque não o fazemos?
Porque não podemos adiar com beijos aquela conversa "importante" que precisamos ter?
Porque não podemos arquivar (sempre que possível) as reclamações pela pouca atenção que recebemos?
Porque não aceitamos que, para quem ama, toda a atenção que se recebe é sempre pouca?
Quem não sabe amar, ou que tem uma forma "feia" de amar não se apercebe que a atenção recebida, mesmo que pouca, pode ser toda a atenção disponível!
Quem sabe amar, quem ama de fuma forma bonita, não vai gastar esse tempo de atenção com cobranças sobre a atenção que deixou de ter!
Porque perdemos tempo em teorias sobre o amor, quando podemos usar esse tempo para... AMAR!
Não devemos parar para pensar, fazer "filmes"... devemos seguir o destino que os nossos sentimentos nos indicam - aqui e agora!
Não devemos parar para pensar, fazer "filmes"... devemos seguir o destino que os nossos sentimentos nos indicam - aqui e agora!
Não devemos (ou devíamos) ter medo... exactamente de tudo o que mais tememos: ser sinceros; que se venha a sofrer por, eventualmente, poder não dar certo (sofre-se sempre... e melhor aproveitar o que se sente e, se for o caso, sofrer depois... do que sofrer por antecipação e durante toda a relação); abrir o coração e a alma; dizer a verdade sobre a dimensão do amor que se sente...
Há que parar e esquecer todas as tácticas, técnicas, conselhos de terceiros, estratégias seguras (toda a gente sabe que não é inteligente usar estratégia "comprovadamente eficazes")!
Não há nada como sermos nós próprios!
Com todas as nossas emoções, com todas as nossas carências, ... - exactamente aquela pessoa que a vida insiste em tentar impedir que sejamos!
Temos de ser nós mesmos!
No meu caso, aquela pessoa que canta desafinadamente, mas que adora música, que está sempre a dizer asneiras (o loiro não ajuda...), que comete gaffes atrás de gaffes, que adora rir e brincar com as pessoas, que adora crianças e estar com elas, que tem um sentido de humor negro...mas que se renova a cada dia, que acredita nas pessoas, e que a cada nova descoberta, a cada novo amor sente o coração a bater como se fosse Natal e tivesse 5 anos!
Temos de ser capazes de reviver a cada dia todos aqueles carinhos, aqueles sentimentos que tínhamos em criança, quando não tínhamos medo de dizer "Eu quero!", "Eu gosto!", "Eu estou com vontade!". Em que tudo era natural e normal.
Talvez assim (e digo talvez... porque as influências externas tem muito peso para muitas pessoas) se consiga fazer do nosso amor e forma de amar... uma forma de amar bonita; talvez aí se consiga ver quão belo é o nosso amor - a mais verdadeira expressão de tudo o que somos (o que sou) e nunca deixaram (deixei), conseguiram (consegui), souberam (soube), puderam (pude), foi possível deixarem (deixar) de ser!
E tudo isto para chegar à conclusão universal, conhecida por todos e raramente colocada em prática ou assumida:
Se não formos capazes de nos amar a nós próprios o suficiente para sermos capazes de gostar do amor, nunca seremos capazes de fazer o outro feliz!
A felicidade é um estado de alma, de pureza, de nos aceitarmos como somos e com as nossas forças e fraquezas, defeitos e virtudes - mas é o que nos faz amar de uma forma bonita!
É o que nos faz GOSTAR de nós e do nosso amor. É o que nos faz amar de uma forma bonita, linda, sem entraves e restrições!
Por isso antes de chorarem por amor... pensem em gostar!!!
Eu sei que vou começar a preocupar-me em gostar... e sei que só se perceber que gosto é que vou amar...
E se acharem as ideias dispersas... se acharem que estou a divagar... é o que me acontece quando penso no amor e em amar... é a criança que está no meu interior (e às vezes fica na nuvem enquanto eu venho à realidade) que pensa e fala do que sente!
Sem comentários:
Enviar um comentário