Um blogue criado para partilhar pensamentos, alegrias, tristezas... o que acontece quando se vive numa nuvem... e por vezes se cai ao chão.
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
domingo, 21 de dezembro de 2008
Maus chefes provocam ataques de coração
Sempre que me considerei apaixonada pelo meu trabalho, mesmo assumindo que sou exageradamente perfeccionista e exigente, comigo, com o meu trabalho e com a forma de fazer o melhor possível.
Mas realmente tenho de assumir que era uma workhaolic compulsiva.
Vivia o meu trabalho com paixão e tudo o resto era secundário e quase irrelevante.
O importante era que o trabalho estivesse feito, bem feito, a tempo e que nada falhasse.
Quantas festas de anos perdidas por causa do trabalho?
Fins de semana a trabalhar para que tudo estivesse feito e nada falhasse?
Namoros acabados por falta de atenção e disponibilidade, ou falta de comunicação?
E acima de tudo, a saúde perdida quando tudo se desmoronou graças a ... chefes?
Sinceramente, a todos os que pensam que não são workaholics (eu sei que sempre pensei que não era uma "dessas"), leiam atentamente o texto que se segue e não sigam o meu exemplo.
Eu perdi a minha saúde graças às questões abordadas neste texto (e isto depois de 20 anos a trabalhar sem adoecer), espero que consigam tomar medidas antes de perderem a vossa!
Faz muito bem em ir ao ginásio, seguir uma dieta regrada, em evitar tabaco, álcool e por aí adiante. O seu coração agradece. Mas se quer mesmo garantir a sua sobrevivência, e apesar da dificuldade em encontrar novos empregos, fuja a sete pés dos chefes incompetentes, irascíveis e injustos, porque o efeito desta gente sobre a sua saúde pode revelar-se mortal. Pelo menos é o que diz o estudo de uma equipa sueca que acompanhou mais de 3 mil trabalhadores homens, com idades entre os 18 e os 70 anos.
A primeira tarefa pedida às cobaias foi a de que avaliassem a competência e o carácter de quem geria o seu trabalho. Depois, durante uma década, a sua saúde foi sendo avaliada, registando-se neste período 74 casos de empregados vítimas de problemas cardíacos graves, nalguns casos até fatais. Do estudo à lupa de todo este trabalho, foi possível perceber que existe, de facto, uma relação directa entre a doença e os maus chefes.
Era esse o factor de risco que todos tinham em comum, e que assumia mais peso do que factores de risco como o tabaco, ou a falta de exercício. Perceberam também que os efeitos secundários dos chefes maus era independente do tipo de trabalho desempenhado, da classe social a que pertenciam, das habilitações que possuíam e inclusivamente do dinheiro que tinham na sua conta bancária.
Descobriram, ainda, que o efeito que um incompetente a mandar provoca é cumulativo, ou seja, se trabalhar para um idiota aumenta em 25% a probabilidade de um enfarte, essa probabilidade crescia para 64% se o trabalhador se mantivesse naquela situação por mais de quatro anos.
A explicação é relativamente simples: quando alguém se sente desvalorizado, sem apoio, injustiçado e traído, entra em stress agudo que leva à hipertensão e a outros distúrbios que deterioram a saúde do trabalhador. Daí a importância do apelo que estes especialistas fazem de que as estruturas estejam atentas e «abatam» rapidamente os chefes que não merecem sê-lo.
ISABEL STILWELL | EDITORIAL@DESTAK.PT
Mas realmente tenho de assumir que era uma workhaolic compulsiva.
Vivia o meu trabalho com paixão e tudo o resto era secundário e quase irrelevante.
O importante era que o trabalho estivesse feito, bem feito, a tempo e que nada falhasse.
Quantas festas de anos perdidas por causa do trabalho?
Fins de semana a trabalhar para que tudo estivesse feito e nada falhasse?
Namoros acabados por falta de atenção e disponibilidade, ou falta de comunicação?
E acima de tudo, a saúde perdida quando tudo se desmoronou graças a ... chefes?
Sinceramente, a todos os que pensam que não são workaholics (eu sei que sempre pensei que não era uma "dessas"), leiam atentamente o texto que se segue e não sigam o meu exemplo.
Eu perdi a minha saúde graças às questões abordadas neste texto (e isto depois de 20 anos a trabalhar sem adoecer), espero que consigam tomar medidas antes de perderem a vossa!
Faz muito bem em ir ao ginásio, seguir uma dieta regrada, em evitar tabaco, álcool e por aí adiante. O seu coração agradece. Mas se quer mesmo garantir a sua sobrevivência, e apesar da dificuldade em encontrar novos empregos, fuja a sete pés dos chefes incompetentes, irascíveis e injustos, porque o efeito desta gente sobre a sua saúde pode revelar-se mortal. Pelo menos é o que diz o estudo de uma equipa sueca que acompanhou mais de 3 mil trabalhadores homens, com idades entre os 18 e os 70 anos.
A primeira tarefa pedida às cobaias foi a de que avaliassem a competência e o carácter de quem geria o seu trabalho. Depois, durante uma década, a sua saúde foi sendo avaliada, registando-se neste período 74 casos de empregados vítimas de problemas cardíacos graves, nalguns casos até fatais. Do estudo à lupa de todo este trabalho, foi possível perceber que existe, de facto, uma relação directa entre a doença e os maus chefes.
Era esse o factor de risco que todos tinham em comum, e que assumia mais peso do que factores de risco como o tabaco, ou a falta de exercício. Perceberam também que os efeitos secundários dos chefes maus era independente do tipo de trabalho desempenhado, da classe social a que pertenciam, das habilitações que possuíam e inclusivamente do dinheiro que tinham na sua conta bancária.
Descobriram, ainda, que o efeito que um incompetente a mandar provoca é cumulativo, ou seja, se trabalhar para um idiota aumenta em 25% a probabilidade de um enfarte, essa probabilidade crescia para 64% se o trabalhador se mantivesse naquela situação por mais de quatro anos.
A explicação é relativamente simples: quando alguém se sente desvalorizado, sem apoio, injustiçado e traído, entra em stress agudo que leva à hipertensão e a outros distúrbios que deterioram a saúde do trabalhador. Daí a importância do apelo que estes especialistas fazem de que as estruturas estejam atentas e «abatam» rapidamente os chefes que não merecem sê-lo.
ISABEL STILWELL | EDITORIAL@DESTAK.PT
Imagem: www.destak.pt
Diário de um aluno do futuro
Sei que por vezes exagero com os textos sobre e de professores, mas esta pérola que a seguir reproduzo está boa demais para não partilhar com todos, por isso... lá terá de ser.
Devido a um estranho alinhamento de planetas, apareceu-me na mesa, a seguir ao jantar, por magia, um diário vindo do futuro que, dentro de umas décadas, terá pertencido a um aluno que hoje deve ter à volta de 11 anos e está a viver as reformas do nosso sistema de ensino. Passo a transcrever alguns excertos:
29 de Junho de 2009
paçei o 5º anuh. A p*ta da stora de mat, k é a nossa dt, n m kria deixar paçar pk eu tnh nega a td menus a ginástica, pk jogo bem há bola, e o crl... mas a gaija f*deu-se puke a ministra da idukaxão mandou dizer ao ppl k penxam q mandam aí nas xkolas masé pabaixarem os kornos k tds os socios com menos de 12 anus teiem de paçar... axu bem.
29 de Junho de 2010
passei o 6º anuh. ainda bem q ainda n fiz 13 anus, q ódpx podia n passar, qesta cena de passar com buéda negas é só até aos 12... f*da-se, fiquei buéda f*dido na m*rda deste ano, e ó c*ralho, o pan*leiro do stor d educassão física deu-me a m*rda do 2... assim tive nega a tudo...
ainda bem q a ministra da iduqaxão é porreira, ela é q é uma sócia sbem:
a xqola n serve pa nada, é uma seca. tive q aprender que os K's se escrevem Q, qomo em "xqola" e não "xkola", e que "passar" não é qom Ç...
a xqola é porreira só pa qurtir qas damas qd gente se balda...
29 de Junho de 2011
Passei o 7º ano. Exte anuh ia chumbando pq tive nega a qase td menos a área de projetuh, mas aqela cena tb é facil, n se fax nd... Exte anuh a dt disse-me q eu passava pq tinha aprendido qas fraxex qomexam qom letra maiúscula e pq m abituei a exqrever qom Q em vez de K, tipuh agora ja xei xqrever "eu qomo qogumelos qom quentruhs" em vez de "eu komo kogumelos kom kuentruhs". É fixolas, pode xer qum dia venha a ser um gamela famôzo...
29 de Junho de 2013
Passei o 9º ano. Foi buéda fácil, pqu a prof paxou-me logo. Fui ao quadro xqurever uma sena em qu dezia tipuh "aquela janela", e eu exqurevi "aqela janela", pqu dixeram-me qu n se xkqureve "akela", é quom Q e não quom K. Mas a profs desatinou quomiguh e dixe qu eu tnh qu pôr o U à frente do Q... Pur ixu exte anuh aprendi qu o Q leva U à frente. No próximuh anuh é o 10º, vou pá sequndária...
29 de Junho de 2014
Aquabei o 10º ano. Não foi muituh difícil só tive que aprendermos a não exqureverem quom aberviaturas purque nem todas as palavras xe puderam aberviar mas ixtu foi uma bequa para o quompliquado purque quom esta sena do QU em vex de K e das aberviaturas exqueceram-me de quomo é que se faxião os verbuhs nos tempuhs e nas pexoas, ou lá o que é... Mas a prof disse tass bem que no prócimo anuh a gente vê ixu.
29 de Junho de 2015
Passou o 11º ano. Foi mais fácil que o 10º. Aprendi que as frases devem ser mais qurtax. E aprendi também que "ano" não esqureve "anuh". Axo que no prócimo ano vai ser mais difícil. Purque a xeguir é a faquldade.
29 de Junho de 2016
Acabou o 12º. Fiquei buéda confuso porque tive de aprender a diferenxa entre usar o QU e o C, tipo "esCrever" e não "esQUrever". Quando eu usava o K era buéda mais fácil... A prof de português é buéda religiosa e anda a ouvir vozes de deus, porque dixe-me que eu não merexia passar, mas "xão ordens lá de xima"...
29 de Junho de 2017
Já fiz o primeiro ano da faculdade. Estou em ingenharia cevil na universidade lusófona. Tive um stor buéda mal iducado que me disse que eu era um ignorante porque às vezes escrevia com X em vez de CH, S ou C.
Mas o meu pai veio cá com uma moca de rio maior e chegou-lhe a rôpa ao pelo. E depois fomos fazer queixa do gajo e a ministra despediu-o porque o gajo, não sei quê, parece que quis vir estragar aqui um muro nosso.
Mas não sei essas senas. O meu pai é que me explicou uma cena qualquer de "danos murais"... O que é bom é que a ministra da iducação continua a mandar aqui nestes sócios da faculdade para eles não levantarem a garimpa contra nós.
29 de Junho de 2019
Acabei a minha licenciatura porque a ministra da iducação disse que tinhamos que passar sempre mesmo que não tivessemos notas, para não ficarmos astigmatizados. Acho que é uma cena que dá nos olhos quando se estuda muito. Agora vou fazer um mestrado e disseram-me que, quando acabar, vou ficar mestre. Eu quero ser de Kung-Fu.
29 de Junho de 2021
Já sou mestre. Afinal não sou de Kung Fu, sou de engenharia cevil. Os meus profs disseram que eu não devia estar em mestrado porque ainda não estava preparado, mas eu disse que o meu pai tinha uma moca de rio maior e que era amigo da ministra e já tinha mandado um bacano da laia deles para a rua e eles calaram-se. Agora vou fazer um doutoramento, porque a ministra da iducação diz que se não deixarem um aluno fazer o doutoramento só por causa das notas, ele fica com a auto-estima em baixo e isso perjudica a aprendizajem.
29 de Junho de 2023
Sou doutor. O meu orientador da tese ficou muito satisfeito porque eu já não dou erros ortográficos: ao longo destes dois anos, aprendi a escrever "engenharia civil" em vez de "ingenharia cevil" e também porque aprendi que a ministra é da "educação" e não da "iducação", mas lê-se assim. Entretantos casei. A minha dama chama-se Sónia e os pais dela ficaram muito felizes por ela ir casar com um doutor em engenharia civil. Ela não sabe ler nem escrever: só fez até ao 2º ano da licenciatura e depois foi trabalhar para o Minipreço. Já tá grávida.
29 de Outubro de 2023
Nasceu o meu filho! Chamei-lhe Júnior porque ele é mais novo que eu.
29 de Agosto de 2029
O Júnior vai fazer 6 anos daqui a 2 meses. Devia entrar para a escola este ano, mas estive a pensar muito bem e não o vou pôr na escola. Ele não precisa daquilo para nada, aprende em casa. Eu ensino-lhe a ler, que sou doutor, e a mãe ensina-lhe a fazer contas, que é caixa no Minipreço.
A escola não vale nada. Acho que o sistema de ensino hoje em dia é uma m*rda. No meu tempo é que era bom.
29 de Junho de 2009
paçei o 5º anuh. A p*ta da stora de mat, k é a nossa dt, n m kria deixar paçar pk eu tnh nega a td menus a ginástica, pk jogo bem há bola, e o crl... mas a gaija f*deu-se puke a ministra da idukaxão mandou dizer ao ppl k penxam q mandam aí nas xkolas masé pabaixarem os kornos k tds os socios com menos de 12 anus teiem de paçar... axu bem.
29 de Junho de 2010
passei o 6º anuh. ainda bem q ainda n fiz 13 anus, q ódpx podia n passar, qesta cena de passar com buéda negas é só até aos 12... f*da-se, fiquei buéda f*dido na m*rda deste ano, e ó c*ralho, o pan*leiro do stor d educassão física deu-me a m*rda do 2... assim tive nega a tudo...
ainda bem q a ministra da iduqaxão é porreira, ela é q é uma sócia sbem:
a xqola n serve pa nada, é uma seca. tive q aprender que os K's se escrevem Q, qomo em "xqola" e não "xkola", e que "passar" não é qom Ç...
a xqola é porreira só pa qurtir qas damas qd gente se balda...
29 de Junho de 2011
Passei o 7º ano. Exte anuh ia chumbando pq tive nega a qase td menos a área de projetuh, mas aqela cena tb é facil, n se fax nd... Exte anuh a dt disse-me q eu passava pq tinha aprendido qas fraxex qomexam qom letra maiúscula e pq m abituei a exqrever qom Q em vez de K, tipuh agora ja xei xqrever "eu qomo qogumelos qom quentruhs" em vez de "eu komo kogumelos kom kuentruhs". É fixolas, pode xer qum dia venha a ser um gamela famôzo...
29 de Junho de 2013
Passei o 9º ano. Foi buéda fácil, pqu a prof paxou-me logo. Fui ao quadro xqurever uma sena em qu dezia tipuh "aquela janela", e eu exqurevi "aqela janela", pqu dixeram-me qu n se xkqureve "akela", é quom Q e não quom K. Mas a profs desatinou quomiguh e dixe qu eu tnh qu pôr o U à frente do Q... Pur ixu exte anuh aprendi qu o Q leva U à frente. No próximuh anuh é o 10º, vou pá sequndária...
29 de Junho de 2014
Aquabei o 10º ano. Não foi muituh difícil só tive que aprendermos a não exqureverem quom aberviaturas purque nem todas as palavras xe puderam aberviar mas ixtu foi uma bequa para o quompliquado purque quom esta sena do QU em vex de K e das aberviaturas exqueceram-me de quomo é que se faxião os verbuhs nos tempuhs e nas pexoas, ou lá o que é... Mas a prof disse tass bem que no prócimo anuh a gente vê ixu.
29 de Junho de 2015
Passou o 11º ano. Foi mais fácil que o 10º. Aprendi que as frases devem ser mais qurtax. E aprendi também que "ano" não esqureve "anuh". Axo que no prócimo ano vai ser mais difícil. Purque a xeguir é a faquldade.
29 de Junho de 2016
Acabou o 12º. Fiquei buéda confuso porque tive de aprender a diferenxa entre usar o QU e o C, tipo "esCrever" e não "esQUrever". Quando eu usava o K era buéda mais fácil... A prof de português é buéda religiosa e anda a ouvir vozes de deus, porque dixe-me que eu não merexia passar, mas "xão ordens lá de xima"...
29 de Junho de 2017
Já fiz o primeiro ano da faculdade. Estou em ingenharia cevil na universidade lusófona. Tive um stor buéda mal iducado que me disse que eu era um ignorante porque às vezes escrevia com X em vez de CH, S ou C.
Mas o meu pai veio cá com uma moca de rio maior e chegou-lhe a rôpa ao pelo. E depois fomos fazer queixa do gajo e a ministra despediu-o porque o gajo, não sei quê, parece que quis vir estragar aqui um muro nosso.
Mas não sei essas senas. O meu pai é que me explicou uma cena qualquer de "danos murais"... O que é bom é que a ministra da iducação continua a mandar aqui nestes sócios da faculdade para eles não levantarem a garimpa contra nós.
29 de Junho de 2019
Acabei a minha licenciatura porque a ministra da iducação disse que tinhamos que passar sempre mesmo que não tivessemos notas, para não ficarmos astigmatizados. Acho que é uma cena que dá nos olhos quando se estuda muito. Agora vou fazer um mestrado e disseram-me que, quando acabar, vou ficar mestre. Eu quero ser de Kung-Fu.
29 de Junho de 2021
Já sou mestre. Afinal não sou de Kung Fu, sou de engenharia cevil. Os meus profs disseram que eu não devia estar em mestrado porque ainda não estava preparado, mas eu disse que o meu pai tinha uma moca de rio maior e que era amigo da ministra e já tinha mandado um bacano da laia deles para a rua e eles calaram-se. Agora vou fazer um doutoramento, porque a ministra da iducação diz que se não deixarem um aluno fazer o doutoramento só por causa das notas, ele fica com a auto-estima em baixo e isso perjudica a aprendizajem.
29 de Junho de 2023
Sou doutor. O meu orientador da tese ficou muito satisfeito porque eu já não dou erros ortográficos: ao longo destes dois anos, aprendi a escrever "engenharia civil" em vez de "ingenharia cevil" e também porque aprendi que a ministra é da "educação" e não da "iducação", mas lê-se assim. Entretantos casei. A minha dama chama-se Sónia e os pais dela ficaram muito felizes por ela ir casar com um doutor em engenharia civil. Ela não sabe ler nem escrever: só fez até ao 2º ano da licenciatura e depois foi trabalhar para o Minipreço. Já tá grávida.
29 de Outubro de 2023
Nasceu o meu filho! Chamei-lhe Júnior porque ele é mais novo que eu.
29 de Agosto de 2029
O Júnior vai fazer 6 anos daqui a 2 meses. Devia entrar para a escola este ano, mas estive a pensar muito bem e não o vou pôr na escola. Ele não precisa daquilo para nada, aprende em casa. Eu ensino-lhe a ler, que sou doutor, e a mãe ensina-lhe a fazer contas, que é caixa no Minipreço.
A escola não vale nada. Acho que o sistema de ensino hoje em dia é uma m*rda. No meu tempo é que era bom.
Imagem: Gettyimages
História de Portugal (ultra-condensada)
Tudo começou com um tal Henriques que não se dava bem com a mãe e acabou por se vingar na pandilha de mauritanos que vivia do outro lado do Tejo. Para piorar ainda mais as coisas, decidiu casar com uma espanhola qualquer e não teve muito tempo para lhe desfrutar do salero porque a tipa apanhou uma camada de peste negra e morreu. Pouco tempo depois, o fulano, que por acaso era rei, bateu também as botas e foi desta para melhor. Para a coisa não ficar completamente entregue à bicharada, apareceu um tal João que, ajudado por um amigo de longa data que era afoito para a porrada, conseguiu pôr os espanhóis a enformar pão e ainda arranjou uns trocos para comprar uns barcos ao filho que era dado aos desportos náuticos. De tal maneira que decidiu pôr os barcos a render e inaugurou o primeiro cruzeiro marítimo entre Lisboa e o Japão com escalas no Funchal, Salvador, Luanda, Maputo, Ormuz, Calecute, Malaca, Timor e Macau. Quando a coisa deu para o torto, ficou nas lonas só com um pacote de pimenta para recordação e resolveu ir afogar as mágoas, provocando a malta de Alcácer-Quibir para uma cena de estalo. Felizmente, tinha um primo, o Filipe, que não se importou de tomar conta do estaminé até chegar outro João que enriqueceu com o pilim que uma tia lhe mandava do Brasil e acabou por gastar tudo em conventos e aquedutos. Com conventos a mais e dinheiro menos, as coisas lá se iam aguentando até começar tudo a abanar numa manhã de Novembro. Muita coisa se partiu. Mas sem gravidade porque, passado pouco tempo, já estava tudo arranjado outra vez, graças a um mânfio chamado Sebastião que tinha jeito para o bricolage e não era mau tipo apesar das perucas um bocado amaricadas. Foi por essa altura que o Napoleão bateu à porta a perguntar se o Pedro podia vir brincar e o irmão mais novo, o Miguel, teve uma crise de ciúmes e tratou de armar confusão que só acabou quando levou um valente puxão de orelhas do mano que já ia a caminho do Brasil para tratar de uns negócios. A malta começou a votar mas as coisas não melhoraram grande coisa e foi por isso que um Carlos anafado levou um tiro nos coiratos quando passeava de carroça pelo Terreiro do Paço. O pessoal assustou-se com o barulho e escondeu-se num buraco na Flandres onde continuaram a ouvir tiros mas apontados a eles e disparados por alemães. Ao intervalo, já perdiam por muitos mas o desafio não chegou ao fim porque uma tipa vestida de branco apareceu a flutuar por cima de uma azinheira e três pastores deram primeiro em doidos, depois em mortos e mais tarde em beatos.
Se não fosse por um velhote das Beiras, a confusão tinha continuado mas, felizmente, não continuou e Angola continuava a ser nossa mesmo que andassem para aí a espalhar boatos. Comunistas dum camandro! Tanto insistiram que o velhote se mandou do cadeirão abaixo e houve rebaldaria tamanha que foi preciso pôr um chaimite e um molho cravos em cima do assunto. Depois parece que houve um Mário qualquer que assinou um papel que nos pôs na Europa e ainda teve tempo para transformar uma lixeira numa exposição mundial e mamar duas secas da Grécia na final.FIM
Imagem: www.mapas-portugal.com
sábado, 13 de dezembro de 2008
Momentos
Há algum tempo que que estes "pensamentos" me correm para a ponta dos dedos, pedindo para ser partilhados.
A vida é feita de pequenos momentos, que importa valorizar e apreciar pelo que são, na sua medida certa e com o grau de importância que lhes quisermos dedicar.
Momentos de alegria
Momentos de dor
Momentos de paixão
Momentos familiares
Momentos com os amigos
Momentos de reflexão
Momentos de pausa
Momentos de descanso
Momentos de emoção
Momentos de tristeza
Momentos desportivos
Momentos de impaciência
Momentos de raiva
Momentos de saudade
Momentos de convívio
Momentos de festa
Momentos de descontracção
Momentos de estudo
Momentos de celebração
Momentos de partilha
Momentos de egoísmo
Momentos de felicidade
Momentos românticos
Momentos poéticos
Momentos inspirados
Momentos de doença
Momentos de adrenalina
Momentos de aventura
Momentos de inconsciência
Momentos de ignorância
Momentos de esquecimento
Momentos de força
Momentos de solidariedade
Momentos de recordações
Momentos de solidão
Momentos de coragem
Momentos de cobardia
Momentos de rebelião
Momentos de servidão
Momentos de humilhação
Momentos de exaltação
Momentos de angústia
Momentos de depressão
Momentos de isolamento
Momentos de optimismo
Momentos de esperança
Momentos de ilusão
Momentos...
Momentos ... só e apenas momentos!!!
E são todos estes momentos, a forma como os vivemos, como os sentimos, como reagimos a eles e a importância que lhes damos que fazem de nós as pessoas que somos.
Não sei que pessoa sou, mas sei que quero viver cada momento da minha vida com o máximo de intensidade, os bons para os recordar com saudade, os maus para celebrar o facto de terem passado e de os ter superado.
Porque eu sou... um momento!
A vida é feita de pequenos momentos, que importa valorizar e apreciar pelo que são, na sua medida certa e com o grau de importância que lhes quisermos dedicar.
Momentos de alegria
Momentos de dor
Momentos de paixão
Momentos familiares
Momentos com os amigos
Momentos de reflexão
Momentos de pausa
Momentos de descanso
Momentos de emoção
Momentos de tristeza
Momentos desportivos
Momentos de impaciência
Momentos de raiva
Momentos de saudade
Momentos de convívio
Momentos de festa
Momentos de descontracção
Momentos de estudo
Momentos de celebração
Momentos de partilha
Momentos de egoísmo
Momentos de felicidade
Momentos românticos
Momentos poéticos
Momentos inspirados
Momentos de doença
Momentos de adrenalina
Momentos de aventura
Momentos de inconsciência
Momentos de ignorância
Momentos de esquecimento
Momentos de força
Momentos de solidariedade
Momentos de recordações
Momentos de solidão
Momentos de coragem
Momentos de cobardia
Momentos de rebelião
Momentos de servidão
Momentos de humilhação
Momentos de exaltação
Momentos de angústia
Momentos de depressão
Momentos de isolamento
Momentos de optimismo
Momentos de esperança
Momentos de ilusão
Momentos...
Momentos ... só e apenas momentos!!!
E são todos estes momentos, a forma como os vivemos, como os sentimos, como reagimos a eles e a importância que lhes damos que fazem de nós as pessoas que somos.
Não sei que pessoa sou, mas sei que quero viver cada momento da minha vida com o máximo de intensidade, os bons para os recordar com saudade, os maus para celebrar o facto de terem passado e de os ter superado.
Porque eu sou... um momento!
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Para onde vai o tempo?
Hoje recebi o telefonema de uma querida amiga que há muito tempo não vejo.
É verdade que fui eu que me afastei, mas a verdade é que o contacto pontual que mantemos me parece sempre pouco e sinto falta dos tempos em que passeávamos e falávamos de tudo e de nada.
Estivemos bastante tempo a colocar a conversa "em dia" e depois estive a ler alguns dos últimos trabalhos dela.
Confesso que senti(sinto) inveja.
Não será inveja dos textos em si, mas sim do acto de escrever, desta paixão por colocar (tinha escrito "meter", mas não se mete nada no papel.... ai este "pretuguês" que está cada dia pior) no papel o que nos rodeia e o que vivemos.
Digo e repito que adoro escrever e é para mim uma enorme forma de terapia, mas sempre me faltou a disciplina para o fazer regularmente.
Desde criança que me oferecem diários, mas ao contrário dela, que há 28 anos colecciona os dela e vai registando diariamente os seus pensamentos e vivências, eu nunca consegui escrever nos meus para além de alguns dias, pontualmente semanas e muito raramente meses.
Mesmo o blog, uma tentativa de ter uma "espécie" de diário, denota esta falta de disciplina, esta inconstância que me caracteriza - um dia faço, dez dias não.
E ao ver o carinho que ela tem pelos seus diários, ao ver os seus textos, ao ver a paixão que é para ela ler e escrever, não posso deixar de sentir uma pontada de inveja, por não conseguir ter esse espírito, essa disciplina.
Invejo-a quando diz que não consegue sair de casa sem um livro para ler, o seu caderno e uma caneta onde vai escrevendo o que lhe apetece.
Invejo quando diz que ela vai escrevendo o livro da sua vida aos bocadinhos, dia a dia, e acima de tudo invejo o prazer que sente quando relê todas estas pequenas notas.
Milhares de vezes durante o dia (e a noite) as ideias e as palavras atropelam-se na minha cabeça, lutando para sair, seja oralmente seja através da escrita - mas não consigo levantar-me, parar o que estou a fazer e escrever.
Verdade seja dita, a maioria das vezes é quando estou a conduzir ou em alguma situação sozinha, em que não tenho com quem partilhar.
Mas mesmo nestas situações, em que não tenho possibilidade de escrever, penso - vou gravar!
E não consigo. As palavras não saem.
Penso em dizer tudo o que estou a sentir, a pensar, mas só o facto de pensar em abrir a boca e dizer... bloqueia-me. Fico muda, sem voz.
São palavras, mas não são para ser ditas, são para ser sentidas e passadas ao papel.
Criticam-me muitas vezes por não falar, não dizer o que penso ou sinto e em vez disso escrever - mas a verdade é que cada vez mais me apercebo que detesto falar e prefiro escrever (menos emoção e mais directo), mas sinto que não consigo escrever o que quero, como quero, quando quero.
Será que é porque me quero "obrigar" a escrever e nunca consegui fazer nada por obrigação?
Porque é que adoro escrever, mas consigo ocupar o dia, a cabeça, os dedos, a mente, com milhares de pequenas coisas sem importância e não consigo encontrar um momento para escrever?
Porque será que adorava ser como a minha madrinha, como esta minha amiga, cheias de atenções e carinhos para quem os rodeia, escrevendo os seus textos, cartões nos aniversários e épocas festivas, pequenas notas cheias de atenção e carinho... mas por mais que tente não o consigo?
Invejo a clareza dos textos dela, o sentimento e a poesia das palavras da minha madrinha, a intelectualidade dos textos do meu tio, a ciência nos da minha irmã... mas não consigo!
Não consigo pensar em sentar-me e escrever (mesmo quando quase me apetece gritar com as ideias que insistem em me "atormentar"), não consigo ser clara, sintética e resumida, não consigo ter poesia, ser rebuscada... só consigo ser incoerente, divagar, deambular de ideia em ideia sem fio condutor.
E invejo... porque quero crescer e ser assim.
Quero ser como ela(s).
Mas parece que as horas desaparecem, que há sempre algo "mais importante" para fazer, que o tempo não chega para tudo.
E de repente apercebo-me que as horas se escoaram, os dias passaram, meses... e nem consegui escrever, nem consegui estar com as pessoas que são importantes, nem consegui fazer aquilo que queria/devia/esperava.
Como se consegue fazer tudo e ainda ter tempo e paixão para escrever?
Como é que antes conseguia trabalhar em 2 e 3 sitios ao mesmo tempo e agora, que tenho tempo livre, parece que as horas e minutos se escoam e não consigo fazer nada?
Porque agarro no computador e passo o tempo a trabalhar, sem sentir que estou a produzir, sem sentir que estou a fazer algo útil, sem conseguir escrever?
Para onde vai o tempo do meu dia?
Da minha vida?
Para onde vai o tempo que me impede de estar com os amigos, escrever, e fazer aquilo de que realmente gosto e realmente me importa?
Estivemos bastante tempo a colocar a conversa "em dia" e depois estive a ler alguns dos últimos trabalhos dela.
Confesso que senti(sinto) inveja.
Não será inveja dos textos em si, mas sim do acto de escrever, desta paixão por colocar (tinha escrito "meter", mas não se mete nada no papel.... ai este "pretuguês" que está cada dia pior) no papel o que nos rodeia e o que vivemos.
Digo e repito que adoro escrever e é para mim uma enorme forma de terapia, mas sempre me faltou a disciplina para o fazer regularmente.
Desde criança que me oferecem diários, mas ao contrário dela, que há 28 anos colecciona os dela e vai registando diariamente os seus pensamentos e vivências, eu nunca consegui escrever nos meus para além de alguns dias, pontualmente semanas e muito raramente meses.
Mesmo o blog, uma tentativa de ter uma "espécie" de diário, denota esta falta de disciplina, esta inconstância que me caracteriza - um dia faço, dez dias não.
E ao ver o carinho que ela tem pelos seus diários, ao ver os seus textos, ao ver a paixão que é para ela ler e escrever, não posso deixar de sentir uma pontada de inveja, por não conseguir ter esse espírito, essa disciplina.
Invejo-a quando diz que não consegue sair de casa sem um livro para ler, o seu caderno e uma caneta onde vai escrevendo o que lhe apetece.
Invejo quando diz que ela vai escrevendo o livro da sua vida aos bocadinhos, dia a dia, e acima de tudo invejo o prazer que sente quando relê todas estas pequenas notas.
Milhares de vezes durante o dia (e a noite) as ideias e as palavras atropelam-se na minha cabeça, lutando para sair, seja oralmente seja através da escrita - mas não consigo levantar-me, parar o que estou a fazer e escrever.
Verdade seja dita, a maioria das vezes é quando estou a conduzir ou em alguma situação sozinha, em que não tenho com quem partilhar.
Mas mesmo nestas situações, em que não tenho possibilidade de escrever, penso - vou gravar!
E não consigo. As palavras não saem.
Penso em dizer tudo o que estou a sentir, a pensar, mas só o facto de pensar em abrir a boca e dizer... bloqueia-me. Fico muda, sem voz.
São palavras, mas não são para ser ditas, são para ser sentidas e passadas ao papel.
Criticam-me muitas vezes por não falar, não dizer o que penso ou sinto e em vez disso escrever - mas a verdade é que cada vez mais me apercebo que detesto falar e prefiro escrever (menos emoção e mais directo), mas sinto que não consigo escrever o que quero, como quero, quando quero.
Será que é porque me quero "obrigar" a escrever e nunca consegui fazer nada por obrigação?
Porque é que adoro escrever, mas consigo ocupar o dia, a cabeça, os dedos, a mente, com milhares de pequenas coisas sem importância e não consigo encontrar um momento para escrever?
Porque será que adorava ser como a minha madrinha, como esta minha amiga, cheias de atenções e carinhos para quem os rodeia, escrevendo os seus textos, cartões nos aniversários e épocas festivas, pequenas notas cheias de atenção e carinho... mas por mais que tente não o consigo?
Invejo a clareza dos textos dela, o sentimento e a poesia das palavras da minha madrinha, a intelectualidade dos textos do meu tio, a ciência nos da minha irmã... mas não consigo!
Não consigo pensar em sentar-me e escrever (mesmo quando quase me apetece gritar com as ideias que insistem em me "atormentar"), não consigo ser clara, sintética e resumida, não consigo ter poesia, ser rebuscada... só consigo ser incoerente, divagar, deambular de ideia em ideia sem fio condutor.
E invejo... porque quero crescer e ser assim.
Quero ser como ela(s).
Mas parece que as horas desaparecem, que há sempre algo "mais importante" para fazer, que o tempo não chega para tudo.
E de repente apercebo-me que as horas se escoaram, os dias passaram, meses... e nem consegui escrever, nem consegui estar com as pessoas que são importantes, nem consegui fazer aquilo que queria/devia/esperava.
Como se consegue fazer tudo e ainda ter tempo e paixão para escrever?
Como é que antes conseguia trabalhar em 2 e 3 sitios ao mesmo tempo e agora, que tenho tempo livre, parece que as horas e minutos se escoam e não consigo fazer nada?
Porque agarro no computador e passo o tempo a trabalhar, sem sentir que estou a produzir, sem sentir que estou a fazer algo útil, sem conseguir escrever?
Para onde vai o tempo do meu dia?
Da minha vida?
Para onde vai o tempo que me impede de estar com os amigos, escrever, e fazer aquilo de que realmente gosto e realmente me importa?
imagem: gettyimages
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Professores - diversas
Algumas das respostas inteligentes dos nossos alunos (para todos aqueles que gostam de dizer mal do nosso ensino):
Professor: O que devo fazer para repartir 11 batatas por 7 pessoas?
Aluno: Puré de batata, senhor professor!
________________________________
Verbos:
Professor: Se és tu a cantar, dizes: "eu canto". Se for o teu irmão que canta, como é que dizes?
Aluno: Cala a boca, Alberto.
________________________________
Castigos:
- "Stora", alguém pode ser castigado por uma coisa que não fez?
- Não.
- Fixe. É que eu não fiz os trabalhos de casa.
________________________________
Verbos:
Professor: Joaquim, diga o presente do indicativo do verbo caminhar.
Aluno: Eu caminho... ah... ...tu caminhas.... ah...ele caminha...
Professor: Mais depressa!
Aluno: Nós corremos, vós correis, eles correm!
Professor: Chovia que tempo é?
Aluno: É tempo muito mau, senhor professor.
Professor: De onde vem a electricidade?
Aluno: Do Jardim Zoológico!
Professor: Do Jardim Zoológico?
Aluno: Pois! O meu pai, quando falta a luz em casa, diz sempre: "Aqueles camelos...".
_______________________________
Ciências:
Professor: Quantos corações temos nós?
Aluno: Dois, senhor professor.
Professor: Dois!?
Aluno: Sim, o meu e o seu!
Dois alunos chegam tarde à escola e justificam-se:
1º Aluno: Acordei tarde, senhor professor! Sonhei que fui à Polinésia e demorou muito a viagem.
Professor: Então e tu!
2º Aluno: E eu fui esperá-lo ao aeroporto!
Professor: Pode dizer-me o nome de cinco coisas que contenham leite?
Aluno: Fim, senhor professor: Um queijo e quatro vacas.
Um aluno de Direito a fazer um exame oral:
Professor: O que é uma fraude?
Aluno: É o que o sr. professor está a fazer.
Professor: (O professor muito indignado) Ora essa, explique-se...
Aluno: Segundo o Código Penal comete fraude todo aquele que se aproveita da ignorância do outro para o prejudicar!!
Aluno: Puré de batata, senhor professor!
________________________________
Verbos:
Professor: Se és tu a cantar, dizes: "eu canto". Se for o teu irmão que canta, como é que dizes?
Aluno: Cala a boca, Alberto.
________________________________
Castigos:
- "Stora", alguém pode ser castigado por uma coisa que não fez?
- Não.
- Fixe. É que eu não fiz os trabalhos de casa.
________________________________
Verbos:
Professor: Joaquim, diga o presente do indicativo do verbo caminhar.
Aluno: Eu caminho... ah... ...tu caminhas.... ah...ele caminha...
Professor: Mais depressa!
Aluno: Nós corremos, vós correis, eles correm!
Professor: Chovia que tempo é?
Aluno: É tempo muito mau, senhor professor.
Professor: De onde vem a electricidade?
Aluno: Do Jardim Zoológico!
Professor: Do Jardim Zoológico?
Aluno: Pois! O meu pai, quando falta a luz em casa, diz sempre: "Aqueles camelos...".
_______________________________
Ciências:
Professor: Quantos corações temos nós?
Aluno: Dois, senhor professor.
Professor: Dois!?
Aluno: Sim, o meu e o seu!
Dois alunos chegam tarde à escola e justificam-se:
1º Aluno: Acordei tarde, senhor professor! Sonhei que fui à Polinésia e demorou muito a viagem.
Professor: Então e tu!
2º Aluno: E eu fui esperá-lo ao aeroporto!
Professor: Pode dizer-me o nome de cinco coisas que contenham leite?
Aluno: Fim, senhor professor: Um queijo e quatro vacas.
Um aluno de Direito a fazer um exame oral:
Professor: O que é uma fraude?
Aluno: É o que o sr. professor está a fazer.
Professor: (O professor muito indignado) Ora essa, explique-se...
Aluno: Segundo o Código Penal comete fraude todo aquele que se aproveita da ignorância do outro para o prejudicar!!
A justiça portuguesa não é apenas cega, é surda, muda, coxa e marreca
Um artigo verdadeiramente demolidor, mas que é a mais pura das verdades (quer se goste ou não).
Não pretendo estar a emitir juízos de valor ou opiniões sobre o que é descrito, nomeadamente em relação a actuações da nossa polícia, mas não posso deixar de concordar que, cada vez mais, somos um país de tão brandos costumes que somos um paraíso para os ladrões... que estão no "topo".
Não pretendo estar a emitir juízos de valor ou opiniões sobre o que é descrito, nomeadamente em relação a actuações da nossa polícia, mas não posso deixar de concordar que, cada vez mais, somos um país de tão brandos costumes que somos um paraíso para os ladrões... que estão no "topo".
Não admira que num país assim emerjam cavalgaduras, que chegam ao topo, dizendo ter formação, que nunca adquiriram, que usem dinheiros públicos (fortunas escandalosas) para se promoverem pessoalmente face a um público acrítico, burro e embrutecido. Este é um país em que a Câmara Municipal de Lisboa, desde o 25 de Abril distribui casas de RENDA ECONÓMICA - mas não de construção económica - aos seus altos funcionários e jornalistas, em que estes últimos, em atitude de gratidão passaram a esconder as verdadeiras notícias e passaram a "prostituir-se" na sua dignidade profissional, a troco de participar nos roubos de dinheiros públicos, destinados a gente carenciada mas mais honesta que estes bandalhos.
Em dado momento a actividade do jornalismo constituiu-se como O VERDADEIRO PODER. Só pela sua acção se sabia a verdade sobre os podres forjados pelos políticos e pelo poder judicial. Agora contínua a ser o VERDADEIRO PODER mas senta-se à mesa dos corruptos e com eles partilha os despojos, rapando os ossos ao esqueleto deste povo burro e embrutecido. Para garantir que vai continuar burro o grande cavallia (que em português significa cavalgadura) desferiu o golpe de morte ao ensino público e coroou a acção com a criação das Novas Oportunidades. Gente assim mal formada vai aceitar tudo e o país será o pátio de recreio dos mafiosos.
Portugal tem um défice de responsabilidade civil, criminal e moral muito maior do que o seu défice financeiro, e nenhum português se preocupa com isso apesar de pagar os custos da morosidade, do secretismo, do encobrimento, do compadrio e da corrupção. Os portugueses, na sua infinita e pacata desordem existencial, acham tudo "normal" e encolhem os ombros. Por uma vez gostava que em Portugal alguma coisa tivesse um fim, ponto final, assunto arrumado. Não se fala mais nisso. Vivemos no país mais inconclusivo do mundo, em permanente agitação sobre tudo e sem concluir nada.
Desde os Templários e as obras de Santa Engrácia, que se sabe que, nada acaba em Portugal, nada é levado às últimas Consequências, nada é definitivo e tudo é improvisado, temporário, desenrascado.
Da morte de Francisco Sá Carneiro e do eterno mistério que a rodeia, foi crime, não foi crime, ao desaparecimento de Madeleine McCann ou ao caso Casa Pia, sabemos de antemão que nunca saberemos o fim destas histórias, nem o que verdadeiramente se passou nem quem são os criminosos ou quantos crimes houve.
Tudo a que temos direito são informações caídas a conta-gotas, pedaços de enigma, peças do quebra-cabeças. E habituámo-nos a prescindir de apurar a verdade porque intimamente achamos que não saber o final da história é uma coisa normal em Portugal e que este é um país onde as coisas importantes são "abafadas", como se vivêssemos ainda em ditadura.
E os novos códigos Penal e de Processo Penal em nada vão mudar este estado de coisas. Apesar dos jornais e das televisões, dos blogs, dos computadores e da Internet, apesar de termos acesso em tempo real ao maior número de notícias de sempre, continuamos sem saber nada, e esperando nunca vir a saber com toda a naturalidade.
Do caso Portucale à Operação Furacão, da compra dos submarinos às escutas ao primeiro-ministro, do caso da Universidade Independente ao caso da Universidade Moderna, do Futebol Clube do Porto ao Sport Lisboa Benfica, da corrupção dos árbitros à corrupção dos autarcas, de Fátima Felgueiras a Isaltino Morais, da Braga Parques ao grande empresário Bibi, das queixas tardias de Catalina Pestana às de João Cravinho, há por aí alguém que acredite que algum destes secretos arquivos e seus possíveis e alegados, muitos alegados crimes, acabem por ser investigados, julgados e devidamente
punidos?
Vale e Azevedo pagou por todos.
Quem se lembra dos doentes infectados por acidente e negligência de Leonor Beleza com o vírus da sida?
Quem se lembra do miúdo electrocutado no semáforo e do outro afogado num parque aquático?
Quem se lembra das crianças assassinadas na Madeira e do mistério dos crimes imputados ao padre Frederico?
Quem se lembra que um dos raros condenados em Portugal, o mesmo padre Frederico, acabou a passear no Calçadão de Copacabana?
Quem se lembra do autarca alentejano queimado no seu carro e cuja cabeça foi roubada do Instituto de Medicina Legal?
Em todos estes casos, e muitos outros, menos falados e tão sombrios e enrodilhados como estes, a verdade a que tivemos direito foi nenhuma.
No caso McCann, cujos desenvolvimentos vão do escabroso ao incrível, alguém acredita que se venha a descobrir o corpo da criança ou a condenar alguém?
As últimas notícias dizem que Gerry McCann não seria pai biológico da criança, contribuindo para a confusão desta investigação em que a Polícia espalha rumores e indícios que não têm substância.
E a miúda desaparecida em Figueira? O que lhe aconteceu? E todas as crianças desaparecida antes delas, quem as procurou?
E o processo do Parque, onde tantos clientes buscavam prostitutos, alguns menores, onde tanta gente "importante" estava envolvida, o que aconteceu?
Arranjou-se um bode expiatório, foi o que aconteceu.
E as famosas fotografias de Teresa Costa Macedo? Aquelas em que ela reconheceu imensa gente "importante", jogadores de futebol, milionários, políticos, onde estão? Foram destruídas? Quem as destruiu e porquê?
E os crimes de evasão fiscal de Artur Albarran mais os negócios escuros do grupo Carlyle do senhor Carlucci em Portugal, onde é que isso pára?
O mesmo grupo Carlyle onde labora o ex-ministro Martins da Cruz, apeado por causa de um pequeno crime sem importância, o da cunha para a sua filha.
E aquele médico do Hospital de Santa Maria, suspeito de ter assassinado doentes por negligência? Exerce medicina?
E os que sobram e todos os dias vão praticando os seus crimes de colarinho branco sabendo que a justiça portuguesa não é apenas cega, é surda, muda, coxa e marreca.
Passado o prazo da intriga e do sensacionalismo, todos estes casos são arquivados nas gavetas das nossas consciências e condenados ao esquecimento.
Ninguém quer saber a verdade. Ou, pelo menos, tentar saber a verdade.
Nunca saberemos a verdade sobre o caso Casa Pia, nem saberemos quem eram as redes e os "senhores importantes" que abusaram, abusam e abusarão de crianças em Portugal, sejam rapazes ou raparigas, visto que os abusos sobre meninas ficaram sempre na sombra.
Existe em Portugal uma camada subterrânea de segredos e injustiças, de protecções e lavagens, de corporações e famílias, de eminências e reputações, de dinheiros e negociações que impede a escavação da verdade.
Este é o maior fracasso da democracia portuguesa
Portugal tem um défice de responsabilidade civil, criminal e moral muito maior do que o seu défice financeiro, e nenhum português se preocupa com isso apesar de pagar os custos da morosidade, do secretismo, do encobrimento, do compadrio e da corrupção. Os portugueses, na sua infinita e pacata desordem existencial, acham tudo "normal" e encolhem os ombros. Por uma vez gostava que em Portugal alguma coisa tivesse um fim, ponto final, assunto arrumado. Não se fala mais nisso. Vivemos no país mais inconclusivo do mundo, em permanente agitação sobre tudo e sem concluir nada.
Desde os Templários e as obras de Santa Engrácia, que se sabe que, nada acaba em Portugal, nada é levado às últimas Consequências, nada é definitivo e tudo é improvisado, temporário, desenrascado.
Da morte de Francisco Sá Carneiro e do eterno mistério que a rodeia, foi crime, não foi crime, ao desaparecimento de Madeleine McCann ou ao caso Casa Pia, sabemos de antemão que nunca saberemos o fim destas histórias, nem o que verdadeiramente se passou nem quem são os criminosos ou quantos crimes houve.
Tudo a que temos direito são informações caídas a conta-gotas, pedaços de enigma, peças do quebra-cabeças. E habituámo-nos a prescindir de apurar a verdade porque intimamente achamos que não saber o final da história é uma coisa normal em Portugal e que este é um país onde as coisas importantes são "abafadas", como se vivêssemos ainda em ditadura.
E os novos códigos Penal e de Processo Penal em nada vão mudar este estado de coisas. Apesar dos jornais e das televisões, dos blogs, dos computadores e da Internet, apesar de termos acesso em tempo real ao maior número de notícias de sempre, continuamos sem saber nada, e esperando nunca vir a saber com toda a naturalidade.
Do caso Portucale à Operação Furacão, da compra dos submarinos às escutas ao primeiro-ministro, do caso da Universidade Independente ao caso da Universidade Moderna, do Futebol Clube do Porto ao Sport Lisboa Benfica, da corrupção dos árbitros à corrupção dos autarcas, de Fátima Felgueiras a Isaltino Morais, da Braga Parques ao grande empresário Bibi, das queixas tardias de Catalina Pestana às de João Cravinho, há por aí alguém que acredite que algum destes secretos arquivos e seus possíveis e alegados, muitos alegados crimes, acabem por ser investigados, julgados e devidamente
punidos?
Vale e Azevedo pagou por todos.
Quem se lembra dos doentes infectados por acidente e negligência de Leonor Beleza com o vírus da sida?
Quem se lembra do miúdo electrocutado no semáforo e do outro afogado num parque aquático?
Quem se lembra das crianças assassinadas na Madeira e do mistério dos crimes imputados ao padre Frederico?
Quem se lembra que um dos raros condenados em Portugal, o mesmo padre Frederico, acabou a passear no Calçadão de Copacabana?
Quem se lembra do autarca alentejano queimado no seu carro e cuja cabeça foi roubada do Instituto de Medicina Legal?
Em todos estes casos, e muitos outros, menos falados e tão sombrios e enrodilhados como estes, a verdade a que tivemos direito foi nenhuma.
No caso McCann, cujos desenvolvimentos vão do escabroso ao incrível, alguém acredita que se venha a descobrir o corpo da criança ou a condenar alguém?
As últimas notícias dizem que Gerry McCann não seria pai biológico da criança, contribuindo para a confusão desta investigação em que a Polícia espalha rumores e indícios que não têm substância.
E a miúda desaparecida em Figueira? O que lhe aconteceu? E todas as crianças desaparecida antes delas, quem as procurou?
E o processo do Parque, onde tantos clientes buscavam prostitutos, alguns menores, onde tanta gente "importante" estava envolvida, o que aconteceu?
Arranjou-se um bode expiatório, foi o que aconteceu.
E as famosas fotografias de Teresa Costa Macedo? Aquelas em que ela reconheceu imensa gente "importante", jogadores de futebol, milionários, políticos, onde estão? Foram destruídas? Quem as destruiu e porquê?
E os crimes de evasão fiscal de Artur Albarran mais os negócios escuros do grupo Carlyle do senhor Carlucci em Portugal, onde é que isso pára?
O mesmo grupo Carlyle onde labora o ex-ministro Martins da Cruz, apeado por causa de um pequeno crime sem importância, o da cunha para a sua filha.
E aquele médico do Hospital de Santa Maria, suspeito de ter assassinado doentes por negligência? Exerce medicina?
E os que sobram e todos os dias vão praticando os seus crimes de colarinho branco sabendo que a justiça portuguesa não é apenas cega, é surda, muda, coxa e marreca.
Passado o prazo da intriga e do sensacionalismo, todos estes casos são arquivados nas gavetas das nossas consciências e condenados ao esquecimento.
Ninguém quer saber a verdade. Ou, pelo menos, tentar saber a verdade.
Nunca saberemos a verdade sobre o caso Casa Pia, nem saberemos quem eram as redes e os "senhores importantes" que abusaram, abusam e abusarão de crianças em Portugal, sejam rapazes ou raparigas, visto que os abusos sobre meninas ficaram sempre na sombra.
Existe em Portugal uma camada subterrânea de segredos e injustiças, de protecções e lavagens, de corporações e famílias, de eminências e reputações, de dinheiros e negociações que impede a escavação da verdade.
Este é o maior fracasso da democracia portuguesa
Clara Ferreira Alves, revista Única, Crónica “A Pluma Caprichosa”
Expresso – 22/Out/007
Expresso – 22/Out/007
Eu fui... agora sou!!!
Impossível não partilhar esta apresentação.
Porque é o que sinto!
Tantos anos a tentar ser o que queriam, esperavam, a viver de acordo com o que fazia os outros felizes.
Neste momento, quero ser!
Viver!
Como sou, como quero, quando quero.
Sem regras e imposições!
Com a minha maneira de ser, os meus inúmeros defeitos e as qualidades que tenho, mas SENDO!
Porque é o que sinto!
Tantos anos a tentar ser o que queriam, esperavam, a viver de acordo com o que fazia os outros felizes.
Neste momento, quero ser!
Viver!
Como sou, como quero, quando quero.
Sem regras e imposições!
Com a minha maneira de ser, os meus inúmeros defeitos e as qualidades que tenho, mas SENDO!
Eu fui... Agora Sou!!!
Professor do Ano - Todos os dias
Uma grande verdade que acabaram de me enviar e que é importante partilhar (especialmente se, como eu, vivem numa família de professores).
E sei, senti na pele, o que é ser filho(a) de um professor do ano, pois vejo tudo o que aqui está descrito nas acções e na vivência da minha mãe que, ainda hoje, não desiste de ensinar pois é uma coisa que adora (apesar do enorme desgaste físico e emocional que carrega a profissão e as "adoráveis criancinhas de hoje em dia")!!!
PROFESSOR DO ANO SOMOS TODOS NÓS, TODOS OS ANOS!
Professor do ano foi aquele que, com depressão profunda, persistiu em ensinar o melhor que sabia e conseguia os seus 80 alunos.
Professor do ano foi aquela que tinha cancro e deu as suas aulas até morrer.
Professor do ano foi aquela que leccionou a 200 km de casa e só viu os filhos e o marido de 15 em 15 dias.
Professor do ano foi aquela que abandonou o marido e foi com a menina de 3 anos para um quarto alugado. Como tinha aulas à noite, a menina esperava dormindo nos sofás da sala dos professores.
Professor do ano foi aquele que comprou o material do seu bolso porque as crianças não podiam e a escola não dava.
Professor do ano foi aquele que, em cima de todo o seu trabalho, preparou acções de formação e se expôs partilhando o seu saber e os seus materiais.
Professor do ano foi aquela que teve 5 turmas e 3 níveis diferentes.
Professor do ano foi aquele que pagou para trabalhar só para que lhe contassem mais uns dias de serviço.
Professor do ano foi aquele que fez mestrado suportando todos os> custos e sacrificando todos os fins-de-semana com a família.
Professor do ano foi aquele que foi agredido e voltou no dia seguinte com a mesma esperança.
Professor do ano foi aquele que sacrificou os intervalos e as horas de refeição para tirar mais umas dúvidas.
Professor do ano foi aquele que organizou uma visita de estudo mesmo sabendo que Jorge Pedreira considerava que ele estava a faltar.
Professor do ano foi aquele que encontrou forças para motivar os alunos depois de ser indignamente tratado pelos seus superiores do ME.
Professor do ano foi aquele que se manifestou ao sábado sacrificando um direito para preservar os seus alunos.
Professor do ano foi aquele presidente de executivo que viveu o ano entre o dever absurdo, a pressão e a escola a que quer bem, os colegas que estima.
Professor do ano... tanto professor do ano.
Professores do ano, todo o ano, fomos todos nós, professores, que o continuamos a ser mesmo após uma divisão absurda.
Professor do ano... tanto professor do ano em cada escola, tanto milagre em cada aluno.
Somos mais que professores do ano. Somos professores sempre!
E sei, senti na pele, o que é ser filho(a) de um professor do ano, pois vejo tudo o que aqui está descrito nas acções e na vivência da minha mãe que, ainda hoje, não desiste de ensinar pois é uma coisa que adora (apesar do enorme desgaste físico e emocional que carrega a profissão e as "adoráveis criancinhas de hoje em dia")!!!
PROFESSOR DO ANO SOMOS TODOS NÓS, TODOS OS ANOS!
Professor do ano foi aquele que, com depressão profunda, persistiu em ensinar o melhor que sabia e conseguia os seus 80 alunos.
Professor do ano foi aquela que tinha cancro e deu as suas aulas até morrer.
Professor do ano foi aquela que leccionou a 200 km de casa e só viu os filhos e o marido de 15 em 15 dias.
Professor do ano foi aquela que abandonou o marido e foi com a menina de 3 anos para um quarto alugado. Como tinha aulas à noite, a menina esperava dormindo nos sofás da sala dos professores.
Professor do ano foi aquele que comprou o material do seu bolso porque as crianças não podiam e a escola não dava.
Professor do ano foi aquele que, em cima de todo o seu trabalho, preparou acções de formação e se expôs partilhando o seu saber e os seus materiais.
Professor do ano foi aquela que teve 5 turmas e 3 níveis diferentes.
Professor do ano foi aquele que pagou para trabalhar só para que lhe contassem mais uns dias de serviço.
Professor do ano foi aquele que fez mestrado suportando todos os> custos e sacrificando todos os fins-de-semana com a família.
Professor do ano foi aquele que foi agredido e voltou no dia seguinte com a mesma esperança.
Professor do ano foi aquele que sacrificou os intervalos e as horas de refeição para tirar mais umas dúvidas.
Professor do ano foi aquele que organizou uma visita de estudo mesmo sabendo que Jorge Pedreira considerava que ele estava a faltar.
Professor do ano foi aquele que encontrou forças para motivar os alunos depois de ser indignamente tratado pelos seus superiores do ME.
Professor do ano foi aquele que se manifestou ao sábado sacrificando um direito para preservar os seus alunos.
Professor do ano foi aquele presidente de executivo que viveu o ano entre o dever absurdo, a pressão e a escola a que quer bem, os colegas que estima.
Professor do ano... tanto professor do ano.
Professores do ano, todo o ano, fomos todos nós, professores, que o continuamos a ser mesmo após uma divisão absurda.
Professor do ano... tanto professor do ano em cada escola, tanto milagre em cada aluno.
Somos mais que professores do ano. Somos professores sempre!
http://sinistraministra.blogspot.com/2008/11/professor-do-ano-somos-todos-ns-todos.html
imagem: daqui
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quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Afinal existe justiça "divina"
Sinto-me egoísta por estar assim.
Sinto-me .. nem sei descrever... como uma pessoa má, por estar assim com a infelicidade de alguém.
MAS ESTOU FELIZ!!!
Hoje o meu antigo namorado (sim, aquele que acabou comigo por mail na semana em que era suposto mudar-me para lá), disse-me que a actual namorada dele tinha acabado com ele.
De repente. Sem ele conseguir prever.
E que lhe tinha dito que gostava dele, mas não como namorado/companheiro, apenas como amigo e que achava que nunca tinha verdadeiramente gostado dele.
Ele dizia que ele não esperava muito dela, mas que quando estavam juntos se calhar queria muito dela.
E que ela lhe tinha dito que queria a liberdade dela e não estava preparada para a perder para ele ganhar o que ele estava a exigir dela!
Só me apetecia rir a bandeiras despregadas!!!
Porque ela agiu com ele exactamente da forma como ele agiu comigo há uns meses atrás!!!
Com a pequena ressalva - ela não lhe tinha pedido para mudar de país, trabalho e deixar família!
Mas o discurso dela soou tão parecido às poucas palavras que ouvi sobre o assunto que só me conseguia rir.
Há justiça divina!!!
Realmente tenho de acreditar que "cá se fazem, cá se pagam"!!!
Sei que devia ser superior a isso, porque ele diz que está a sofrer, que realmente a amava... blablabla.
Ele diz que é parecido com o que ele me tinha feito, mas que ele realmente a amava e está a sofrer muito...
Coitadinho!
Estou cheia de pena... mesmo!
Mas hoje, só consigo pensar "Bem-feita!!!".
Acho que pode ser um bom amigo, é uma pessoa interessante e estava a tentar ser uma pessoa superior e conseguir manter uma relação de amizade.
Mas será que a satisfação interior com esta notícia de hoje não é a prova que não consigo?
Não... não é isso!
É apenas a satisfação de ele ter sentido na pele um pouco do remédio dele.
Pode ser que o ajude a ser uma pessoa melhor... ou a mim (a esperança é sempre a última coisa a morrer).
Mas hoje... egoisticamente, insensivelmente... ESTOU FELIZ!
Existe alguma justiça no mundo!!!
Assumo que uma boa parte de mim se sente mal por estar feliz com a infelicidade de outra pessoa e, se fosse uma pessoa superior, estava era triste por saber que ninguém merece sofrer assim...
Assumo que gostava de ser superior a isso, pensar que a dor que senti (talvez erradamente, ou impensadamente) é algo que não se deseja a ninguém e com a qual não nos devemos regozijar...
Assumo que não devemos estar felizes nunca com a infelicidade alheia, independentemente do sofrimento que tenham causado (a nós ou a alguém).
Mas... tenho de assumir novamente que sou apenas humana, fraca, não sou uma pessoa superior e tenho muito que aprender e evoluir.
E sou egoísta... e má... insensível... pouco caridosa...
mas também tenho que dizer que sou tudo isso... mas com menos um peso no coração e a sensação de, finalmente, estar FELIZ!!!
MAS ESTOU FELIZ!!!
Hoje o meu antigo namorado (sim, aquele que acabou comigo por mail na semana em que era suposto mudar-me para lá), disse-me que a actual namorada dele tinha acabado com ele.
De repente. Sem ele conseguir prever.
E que lhe tinha dito que gostava dele, mas não como namorado/companheiro, apenas como amigo e que achava que nunca tinha verdadeiramente gostado dele.
Ele dizia que ele não esperava muito dela, mas que quando estavam juntos se calhar queria muito dela.
E que ela lhe tinha dito que queria a liberdade dela e não estava preparada para a perder para ele ganhar o que ele estava a exigir dela!
Só me apetecia rir a bandeiras despregadas!!!
Porque ela agiu com ele exactamente da forma como ele agiu comigo há uns meses atrás!!!
Com a pequena ressalva - ela não lhe tinha pedido para mudar de país, trabalho e deixar família!
Mas o discurso dela soou tão parecido às poucas palavras que ouvi sobre o assunto que só me conseguia rir.
Há justiça divina!!!
Realmente tenho de acreditar que "cá se fazem, cá se pagam"!!!
Sei que devia ser superior a isso, porque ele diz que está a sofrer, que realmente a amava... blablabla.
Ele diz que é parecido com o que ele me tinha feito, mas que ele realmente a amava e está a sofrer muito...
Coitadinho!
Estou cheia de pena... mesmo!
Mas hoje, só consigo pensar "Bem-feita!!!".
Acho que pode ser um bom amigo, é uma pessoa interessante e estava a tentar ser uma pessoa superior e conseguir manter uma relação de amizade.
Mas será que a satisfação interior com esta notícia de hoje não é a prova que não consigo?
Não... não é isso!
É apenas a satisfação de ele ter sentido na pele um pouco do remédio dele.
Pode ser que o ajude a ser uma pessoa melhor... ou a mim (a esperança é sempre a última coisa a morrer).
Mas hoje... egoisticamente, insensivelmente... ESTOU FELIZ!
Existe alguma justiça no mundo!!!
Assumo que uma boa parte de mim se sente mal por estar feliz com a infelicidade de outra pessoa e, se fosse uma pessoa superior, estava era triste por saber que ninguém merece sofrer assim...
Assumo que gostava de ser superior a isso, pensar que a dor que senti (talvez erradamente, ou impensadamente) é algo que não se deseja a ninguém e com a qual não nos devemos regozijar...
Assumo que não devemos estar felizes nunca com a infelicidade alheia, independentemente do sofrimento que tenham causado (a nós ou a alguém).
Mas... tenho de assumir novamente que sou apenas humana, fraca, não sou uma pessoa superior e tenho muito que aprender e evoluir.
E sou egoísta... e má... insensível... pouco caridosa...
mas também tenho que dizer que sou tudo isso... mas com menos um peso no coração e a sensação de, finalmente, estar FELIZ!!!
Pequeno texto sobre a crise mundial
Eis algo que realmente nos faz pensar nos valores que regem a nossa sociedade nos dias que correm!!!
"Vou fazer um slideshow para você.
Está preparado?
É comum, você já viu essas imagens antes.
Quem sabe até já se acostumou com elas.
Começa com aquelas crianças famintas DA África.
Aquelas com OS ossos visíveis por baixo DA pele.
Aquelas com moscas nos olhos.
Os slides se sucedem.
Êxodos de populações inteiras.
Gente faminta.
Gente pobre.
Gente sem futuro.
Durante décadas, vimos essas imagens.
No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto.
Algumas viraram até objectos de arte, em livros de fotógrafos renomados.
São imagens de miséria que comovem.
São imagens que criam plataformas de governo.
Criam ONGs.
Criam entidades.
Criam movimentos sociais.
A miséria pelo mundo,
seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em Bogotá
Sensibiliza.
Ano após ano, discutiu-se o que fazer.
Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se sucederam
Nas nações mais poderosas do planeta.
Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários
para resolver o problema DA fome no mundo.
Resolver, capicce?
Extinguir.
Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro,
em Nenhum canto do planeta.
Não sei como calcularam este número.
Mas digamos que esteja subestimado.
Digamos que seja o dobro.
O triplo.
Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo.
Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que Sensibilizasse.
Não houve documentário, ong, lobby ou pressão que resolvesse.
Mas em uma semana,
OS mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram
DA Cartola 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa)
para Salvar DA fome quem já estava de barriga cheia."
"Vou fazer um slideshow para você.
Está preparado?
É comum, você já viu essas imagens antes.
Quem sabe até já se acostumou com elas.
Começa com aquelas crianças famintas DA África.
Aquelas com OS ossos visíveis por baixo DA pele.
Aquelas com moscas nos olhos.
Os slides se sucedem.
Êxodos de populações inteiras.
Gente faminta.
Gente pobre.
Gente sem futuro.
Durante décadas, vimos essas imagens.
No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto.
Algumas viraram até objectos de arte, em livros de fotógrafos renomados.
São imagens de miséria que comovem.
São imagens que criam plataformas de governo.
Criam ONGs.
Criam entidades.
Criam movimentos sociais.
A miséria pelo mundo,
seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em Bogotá
Sensibiliza.
Ano após ano, discutiu-se o que fazer.
Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se sucederam
Nas nações mais poderosas do planeta.
Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários
para resolver o problema DA fome no mundo.
Resolver, capicce?
Extinguir.
Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro,
em Nenhum canto do planeta.
Não sei como calcularam este número.
Mas digamos que esteja subestimado.
Digamos que seja o dobro.
O triplo.
Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo.
Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que Sensibilizasse.
Não houve documentário, ong, lobby ou pressão que resolvesse.
Mas em uma semana,
OS mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram
DA Cartola 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa)
para Salvar DA fome quem já estava de barriga cheia."
Texto do Neto, diretor de criação e sócio DA Bullet - Agência de Propaganda
Imagem: Gettyimages
Imagem: Gettyimages
domingo, 23 de novembro de 2008
Abraços
Mais uma vez o que me rodeia me faz pensar na necessidade humana de sentir o calor de um abraço.
Alguns estudos revelam que uma pessoa feliz dá e recebe mais de 5 abraços por dia de quem o rodeia (família, amigos, colegas, ...).
Eu sei que muitas vezes não podemos abraçar quem queremos, ou ser abraçados, mas é uma "arte" que se pode e deve praticar diariamente e com a maior frequência possível!
Quantos abraços receberam hoje? o
Eis alguns pensamentos sobre abraço e abraçar, dedicados a todos aqueles que precisam de um abraçou a quem eu gostaria de abraçar, e que vão acompanhados de um carinhoso abraço meu!
Alguns estudos revelam que uma pessoa feliz dá e recebe mais de 5 abraços por dia de quem o rodeia (família, amigos, colegas, ...).
Eu sei que muitas vezes não podemos abraçar quem queremos, ou ser abraçados, mas é uma "arte" que se pode e deve praticar diariamente e com a maior frequência possível!
Quantos abraços receberam hoje? o
Eis alguns pensamentos sobre abraço e abraçar, dedicados a todos aqueles que precisam de um abraçou a quem eu gostaria de abraçar, e que vão acompanhados de um carinhoso abraço meu!
Há certas horas, em que não precisamos de um Amor...
Não precisamos da paixão desmedida...
Não queremos beijo na boca...
E nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama...
Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado...
Sem nada dizer...
Há certas horas, quando sentimos que estamos pra chorar, que desejamos uma presença amiga, a nos ouvir paciente, a brincar com a gente, a nos fazer sorrir...
Alguém que ria de nossas piadas sem graça...
Que ache nossas tristezas as maiores do mundo...
Que nos teça elogios sem fim...
E que apesar de todas essas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridade
inquestionável...
Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado...
Alguém que nos possa dizer:
Acho que você está errado, mas estou do seu lado...
Ou alguém que apenas diga:
Sou seu amor! E estou Aqui!
William Shakespeare
Sobre o abraço
Se um homem soubesse o poder que seu abraço tem ao acolher uma mulher, a segurança que ela sente, todas as melhores coisas que passam em sua mente, o quanto ela se entrega. Se ele desconfiasse que naquele momento ele a tem inteira, completa, repleta de uma felicidade extrema. Será que ele se manteria ali por mais alguns segundos? Será que a pressa de um abraço seco se tornaria próximo do que uma mulher sente? Será que ele entenderia que essa coisa tão simples, tão gratuita, dentre muitas coisas no mundo é o que gente mais precisa, é o que nos abriga, é o que dá paz ao nosso sono?
Cáh Morandi
Existe algo em um simples abraço que sempre aquece o coração
e dá-nos boas vindas ao voltarmos para casa, e torna mais fácil a partida.
Um abraço é uma forma de dividir as alegrias e tristezas que passamos,
ou só uma forma para amigos dizerem que se gostam porque,
simplesmente, você é você.
Abraços significam amor para alguém com quem realmente nos importamos.....
para nossos avós ou nossos vizinhos, ou até mesmo para um gatinho amigo......
Um abraço é algo espantoso... é a forma perfeita de mostrar
o amor que sentimos, mas que palavras não podem dizer.
É engraçado como um simples abraço faz-nos sentir bem...
em qualquer lugar ou língua...
É sempre compreendido...
E abraços não precisam de equipamentos, pilhas ou baterias especiais...
É só abrir os braços e os corações...
Guarde este abraço !
Desconhecido
Tem ABRAÇOS de todo jeito, todo tamanho,
e que significam tantas coisas...
Tem o abraço de diz "Sou muito feliz
porque tenho a sua amizade"
E tem abraços que querem dizer
"Eu tenho muito orgulho de você".
Tem abraços especiais para dizer
"Não existe no mundo ninguém como você".
Tem abraços ternos, abraços com carinho,
Para expressar os sentimentos tristes.
Abraços que murmuram "Sinto muito",
quando alguém precisa de um amigo.
Tem abraços para todas as ocasiões,
Todos com as suas razões.
Tem abraço manso, abraço de urso,
abraço grande e aquele abração.
Mas o melhor abraço
é um que diz
"Eu estou sempre pensando em você."
E tem o tipo especial
que você vai receber
Este abraço que diz
"EU AMO VOCÊ !"
(desconhecido)
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Pensamentos
Perguntam-me porque não peço ajuda...
Mas ajuda pede-se?
Como se faz isso?
Diz-se... estou triste, ajuda-me?
Estou doente, apoia-me?
Ou espera-se que as pessoas que nos rodeiam e conhecem percebam os sinais?
E nos ajudem porque gostam de nós e se preocupam e não porque lhes pedimos!
Assumo que não sei pedir ajuda, nunca soube!
Sou melhor a ver os problemas dos outros e a ajudar, porque não preciso que me digam que estão mal... observo e "ofereço-me", arranjo maneira de estar presente.
Talvez seja educação, talvez seja sentimento, talvez seja feitio ou defeito.
Mas nunca consegui pedir ajuda, porque nunca ninguém precisou de ma pedir para a obter.
Há alturas em que uma pessoa se sente sozinha, se sente em baixo, cansada, doente.
Há outras em que está cheia de energia, sorridente, confiante.
Se não precisamos anunciar ao mundo que estamos bem e felizes, se não precisamos pedir aos amigos e a quem nos rodeia que esteja connosco quando estamos bem, porque o devemos fazer quando estamos mais em baixo?
Porque estamos rodeados de pessoas quando estamos felizes e bem, mas quando estamos cansados ou doentes ficamos sozinhos e nos cobram o facto de não pedirmos ajuda?
Porque nos aceitam quando estamos bem e nos criticam quando estamos mal?
Porque não precisamos dizer estou feliz para estarem connosco, mas precisamos dizer estou mal preciso de ti?
Se calhar devia ter seguido outra área de estudos/profissional, ou se calhar sou egoísta demais e prefiro resolver os meus dias maus sozinha.
Se calhar estou tão habituada a ajudar os outros sem que mo peçam ou precisem de sinalizar que me esqueço de mostrar os sinais de cansaço.
Não sei...
Mas sei que quando uma pessoa está em baixo, a solução não é nem nunca foi perguntar o que se pode fazer!
É como vermos que uma pessoa não parece estar bem e insistirmos "Estás bem?", "O que tens?", etc...
Isso não ajuda, pois se a pessoa estava bem ou mais ou menos, estas perguntas só pioram.
Perguntar "O que posso fazer?" não é nem nunca foi a solução para nada.
Quando se quer ajudar alguém, ou apoiar, ou seja o que for, basta estar presente!
Basta não julgar, não criticar, estar presente!
Apoiar ou ajudar alguém que não esteja bem é, simplesmente, fazer algo, dizer algo, mostrar que se está lá e se aceita que a pessoa não esteja bem, ou cansada, ou triste, ou doente, ou o que for!
Porque qualquer pessoa que não esteja feliz (alguém é verdadeiramente feliz?) só precisa de saber que a aceitam como é. E quando quiser falar, melhorar, superar... é ela que toma a iniciativa de falar, ou superar, ou esquecer.
Porque, simplesmente, algumas pessoas conseguem superar as coisas que sentem ou vivem sem precisar de falar delas, só por saberem que estão rodeadas de pessoas que as amam como são, com dias bons e dias maus, com doenças ou saudáveis, tristes ou felizes.
Superar as coisas não é dizer "ajuda-me" ou "faz isto"!
É saber que nos podemos apoiar em alguém sem sermos julgados, analisados, criticas, censurados, apiedados, por isso!
E mais importante que aquele que nos aprecia pelo nosso lado bom, é aquele que está presente quando o nosso lado mau se revela!
Para isso é importante acompanhar as pessoas que amamos. Saber como estão, ultrapassar pequenas questões que se calhar nos afectaram em momentos em que nós também não estávamos bem.
Para se ajudar e apoiar alguém que esteja triste, cansada, doente... se calhar é preciso esquecer coisas que nos magoaram, nos afectaram... porque o importante é que a pessoa que amamos, o amigo, a família... precisa de nós!
E mais importante que tudo - seja quem for que esteja nessa situação, não precisa falar!!!
Porque sabemos o que fazer para que se sinta melhor!!!
Sem julgar, sem criticar, sem pensar!
Já dizia o poeta "Ama-me quando eu menos o merecer, pois será quando mais precisarei".
É só o que uma pessoa precisa!
E isso, não se pede - sente-se!
Porque sabem o que é mais triste do que estar triste, cansado, em baixo?
É perguntarem-nos o que podem fazer para melhorar, voltarmos a ser o que éramos!
Como se faz isso?
Diz-se... estou triste, ajuda-me?
Estou doente, apoia-me?
Ou espera-se que as pessoas que nos rodeiam e conhecem percebam os sinais?
E nos ajudem porque gostam de nós e se preocupam e não porque lhes pedimos!
Assumo que não sei pedir ajuda, nunca soube!
Sou melhor a ver os problemas dos outros e a ajudar, porque não preciso que me digam que estão mal... observo e "ofereço-me", arranjo maneira de estar presente.
Talvez seja educação, talvez seja sentimento, talvez seja feitio ou defeito.
Mas nunca consegui pedir ajuda, porque nunca ninguém precisou de ma pedir para a obter.
Há alturas em que uma pessoa se sente sozinha, se sente em baixo, cansada, doente.
Há outras em que está cheia de energia, sorridente, confiante.
Se não precisamos anunciar ao mundo que estamos bem e felizes, se não precisamos pedir aos amigos e a quem nos rodeia que esteja connosco quando estamos bem, porque o devemos fazer quando estamos mais em baixo?
Porque estamos rodeados de pessoas quando estamos felizes e bem, mas quando estamos cansados ou doentes ficamos sozinhos e nos cobram o facto de não pedirmos ajuda?
Porque nos aceitam quando estamos bem e nos criticam quando estamos mal?
Porque não precisamos dizer estou feliz para estarem connosco, mas precisamos dizer estou mal preciso de ti?
Se calhar devia ter seguido outra área de estudos/profissional, ou se calhar sou egoísta demais e prefiro resolver os meus dias maus sozinha.
Se calhar estou tão habituada a ajudar os outros sem que mo peçam ou precisem de sinalizar que me esqueço de mostrar os sinais de cansaço.
Não sei...
Mas sei que quando uma pessoa está em baixo, a solução não é nem nunca foi perguntar o que se pode fazer!
É como vermos que uma pessoa não parece estar bem e insistirmos "Estás bem?", "O que tens?", etc...
Isso não ajuda, pois se a pessoa estava bem ou mais ou menos, estas perguntas só pioram.
Perguntar "O que posso fazer?" não é nem nunca foi a solução para nada.
Quando se quer ajudar alguém, ou apoiar, ou seja o que for, basta estar presente!
Basta não julgar, não criticar, estar presente!
Apoiar ou ajudar alguém que não esteja bem é, simplesmente, fazer algo, dizer algo, mostrar que se está lá e se aceita que a pessoa não esteja bem, ou cansada, ou triste, ou doente, ou o que for!
Porque qualquer pessoa que não esteja feliz (alguém é verdadeiramente feliz?) só precisa de saber que a aceitam como é. E quando quiser falar, melhorar, superar... é ela que toma a iniciativa de falar, ou superar, ou esquecer.
Porque, simplesmente, algumas pessoas conseguem superar as coisas que sentem ou vivem sem precisar de falar delas, só por saberem que estão rodeadas de pessoas que as amam como são, com dias bons e dias maus, com doenças ou saudáveis, tristes ou felizes.
Superar as coisas não é dizer "ajuda-me" ou "faz isto"!
É saber que nos podemos apoiar em alguém sem sermos julgados, analisados, criticas, censurados, apiedados, por isso!
E mais importante que aquele que nos aprecia pelo nosso lado bom, é aquele que está presente quando o nosso lado mau se revela!
Para isso é importante acompanhar as pessoas que amamos. Saber como estão, ultrapassar pequenas questões que se calhar nos afectaram em momentos em que nós também não estávamos bem.
Para se ajudar e apoiar alguém que esteja triste, cansada, doente... se calhar é preciso esquecer coisas que nos magoaram, nos afectaram... porque o importante é que a pessoa que amamos, o amigo, a família... precisa de nós!
E mais importante que tudo - seja quem for que esteja nessa situação, não precisa falar!!!
Porque sabemos o que fazer para que se sinta melhor!!!
Sem julgar, sem criticar, sem pensar!
Já dizia o poeta "Ama-me quando eu menos o merecer, pois será quando mais precisarei".
É só o que uma pessoa precisa!
E isso, não se pede - sente-se!
Porque sabem o que é mais triste do que estar triste, cansado, em baixo?
É perguntarem-nos o que podem fazer para melhorar, voltarmos a ser o que éramos!
Amor, Respeito, Liberdade
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Cansada
Hoje estou particularmente cansada
Estou cansada de tentar resolver os problemas de todos
Estou cansada de ser optimista
Estou cansada de "apanhar" pelos erros dos outros
Estou cansada de ter de andar felliz
Estou cansada de ser compreensiva
Estou cansada de ser um ombro e não ter nenhum
Estou cansada de ser a confidente/a melhor amiga
Estou cansada de ser compreensiva
Estou cansada de de procurar a felicidade
Estou cansada de me sentir sozinha
Estou cansada de "tapar-buracos"
Estou cansada de ser usada
Estou cansada de estar sempre disponível
Estou cansada de me sentir sozinha
Estou cansada de não ter ninguém à minha espera quando volto
Estou cansada de me desgastar para que tudo esteja bem
Estou cansada de ser invisível
Estou cansada de viver pelos outros e para os outros
Estou cansada de guerras, intrigas
Estou cansada de invejas, desunião
Estou cansada de perdoar e esquecer
Estou cansada que as pessoas só olhem para elas
Estou cansada de me sentir egoísta quando quero mais ou penso em mim
Estou cansada de ser aquilo que todos esperam que seja
Estou cansada de mentiras, fingimento
Estou cansada de trabalhos que não me dizem nada
Estou cansada de "ter" de ser mulher, amiga, amante
Estou cansada de viver para pagar contas
Estou cansada de tentar mudar o mundo
Estou cansada de lutar contra obstáculos imbecis
Estou cansada de burocracia, de aparências
Estou cansada de guerras pelo poder, ambição, politicas sujas
Estou cansada de querer sonhar e viver presa na realidade
Estou cansada de cair da minha nuvem
Estou.... simplesmente cansada!
Estou cansada de tentar resolver os problemas de todos
Estou cansada de ser optimista
Estou cansada de "apanhar" pelos erros dos outros
Estou cansada de ter de andar felliz
Estou cansada de ser compreensiva
Estou cansada de ser um ombro e não ter nenhum
Estou cansada de ser a confidente/a melhor amiga
Estou cansada de ser compreensiva
Estou cansada de de procurar a felicidade
Estou cansada de me sentir sozinha
Estou cansada de "tapar-buracos"
Estou cansada de ser usada
Estou cansada de estar sempre disponível
Estou cansada de me sentir sozinha
Estou cansada de não ter ninguém à minha espera quando volto
Estou cansada de me desgastar para que tudo esteja bem
Estou cansada de ser invisível
Estou cansada de viver pelos outros e para os outros
Estou cansada de guerras, intrigas
Estou cansada de invejas, desunião
Estou cansada de perdoar e esquecer
Estou cansada que as pessoas só olhem para elas
Estou cansada de me sentir egoísta quando quero mais ou penso em mim
Estou cansada de ser aquilo que todos esperam que seja
Estou cansada de mentiras, fingimento
Estou cansada de trabalhos que não me dizem nada
Estou cansada de "ter" de ser mulher, amiga, amante
Estou cansada de viver para pagar contas
Estou cansada de tentar mudar o mundo
Estou cansada de lutar contra obstáculos imbecis
Estou cansada de burocracia, de aparências
Estou cansada de guerras pelo poder, ambição, politicas sujas
Estou cansada de querer sonhar e viver presa na realidade
Estou cansada de cair da minha nuvem
Estou.... simplesmente cansada!
imagem Gettyimages
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Feliz
Hoje estou feliz!
Feliz porque a minha tia/madrinha/gémea/inspiração não precisa fazer o tratamento radical que lhe tinham aconselhado!
Estou feliz porque todas as análises sobre o linfoma e cancro dão negativo!
Estou feliz porque ela merece ser feliz, sem mais problemas de saúde, sem mais sombras negras na vida dela.
Estou feliz porque o meu tio certamente hoje se sente felicíssimo com estas notícias sobre o amor da sua vida!
Estou... simplesmente feliz porque tudo está bem com a minha madrinha preferida!
Estou feliz porque quando se descobre que não se tem cancro, a vida tem um novo sabor, uma nova alegria, uma nova esperança.
E espero que ela a comece a viver para ela, esquecendo tudo o que é mesquinho, pequenino e não interessa a ninguém!
Um beijo cheio de carinho para a minha madrinha, neste dia de tão boas notícias!!!
Estou feliz porque todas as análises sobre o linfoma e cancro dão negativo!
Estou feliz porque ela merece ser feliz, sem mais problemas de saúde, sem mais sombras negras na vida dela.
Estou feliz porque o meu tio certamente hoje se sente felicíssimo com estas notícias sobre o amor da sua vida!
Estou... simplesmente feliz porque tudo está bem com a minha madrinha preferida!
Estou feliz porque quando se descobre que não se tem cancro, a vida tem um novo sabor, uma nova alegria, uma nova esperança.
E espero que ela a comece a viver para ela, esquecendo tudo o que é mesquinho, pequenino e não interessa a ninguém!
Um beijo cheio de carinho para a minha madrinha, neste dia de tão boas notícias!!!
Professores da rede pública
Pelos vistos no Brasil a situação é igual à de Portugal (mesmo sem a nossa "fabulosa" ministra e ideias "revolucionárias").
A música está divertida, e retrata a realidade daquela que já foi considerada uma das mais nobres profissões...
A música está divertida, e retrata a realidade daquela que já foi considerada uma das mais nobres profissões...
domingo, 16 de novembro de 2008
E se Obama fosse africano?
Mais um incrível texto recebido ontem (obrigada mãe), e que além de estar escrito naquela forma que só Mia Couto saber dar aos seus textos, prima por ser dolorosamente real e verdadeiro!
E SE OBAMA FOSSE AFRICANO?
Os africanos rejubilaram com a vitória de Obama. Eu fui um deles. Depois de uma noite em claro, na irrealidade da penumbra da madrugada, as lágrimas corriam-me quando ele pronunciou o discurso de vencedor. Nesse momento, eu era também um vencedor. A mesma felicidade me atravessara quando Nelson Mandela foi libertado e o novo estadista sul-africano consolidava um caminho de dignificação de África.
Na noite de 5 de Novembro, o novo presidente norte-americano não era apenas um homem que falava. Era a sufocada voz da esperança que se reerguia, liberta, dentro de nós. Meu coração tinha votado, mesmo sem permissão: habituado a pedir pouco, eu festejava uma vitória sem dimensões. Ao sair à rua, a minha cidade se havia deslocado para Chicago, negros e brancos respirando comungando de uma mesma surpresa feliz. Porque a vitória de Obama não foi a de uma raça sobre outra: sem a participação massiva dos americanos de todas as raças (incluindo a da maioria branca) os Estados Unidos da América não nos entregariam motivo para festejarmos.
Nos dias seguintes, fui colhendo as reacções eufóricas dos mais diversos recantos do nosso continente. Pessoas anónimas, cidadãos comuns querem testemunhar a sua felicidade. Ao mesmo tempo fui tomando nota, com algumas reservas, das mensagens solidárias de dirigentes africanos. Quase todos chamavam Obama de "nosso irmão". E pensei: estarão todos esses dirigentes sendo sinceros? Será Barack Obama familiar de tanta gente politicamente tão diversa? Tenho dúvidas. Na pressa de ver preconceitos somente nos outros, não somos capazes de ver os nossos próprios racismos e xenofobias. Na pressa de condenar o Ocidente, esquecemo-nos de aceitar as lições que nos chegam desse outro lado do mundo.
Foi então que me chegou às mãos um texto de um escritor camaronês, Patrice Nganang, intitulado: "E se Obama fosse camaronês?". As questões que o meu colega dos Camarões levantava sugeriram-me perguntas diversas, formuladas agora em redor da seguinte hipótese: e se Obama fosse africano e concorresse à presidência num país africano? São estas perguntas que gostaria de explorar neste texto.
E se Obama fosse africano e candidato a uma presidência africana?
1. Se Obama fosse africano, um seu concorrente (um qualquer George Bush das Áfricas) inventaria mudanças na Constituição para prolongar o seu mandato para além do previsto. E o nosso Obama teria que esperar mais uns anos para voltar a candidatar-se. A espera poderia ser longa, se tomarmos em conta a permanência de um mesmo presidente no poder em África. Uns 41 anos no Gabão, 39 na Líbia, 28 no Zimbabwe, 28 na Guiné Equatorial, 28 em Angola, 27 no Egipto, 26 nos Camarões. E por aí fora, perfazendo uma quinzena de presidentes que governam há mais de 20 anos consecutivos no continente. Mugabe terá 90 anos quando terminar o mandato para o qual se impôs acima do veredicto popular.
2. Se Obama fosse africano, o mais provável era que, sendo um candidato do partido da oposição, não teria espaço para fazer campanha. Far-Ihe-iam como, por exemplo, no Zimbabwe ou nos Camarões: seria agredido fisicamente, seria preso consecutivamente, ser-Ihe-ia retirado o passaporte. Os Bushs de África não toleram opositores, não toleram a democracia.
3. Se Obama fosse africano, não seria sequer elegível em grande parte dos países porque as elites no poder inventaram leis restritivas que fecham as portas da presidência a filhos de estrangeiros e a descendentes de imigrantes. O nacionalista zambiano Kenneth Kaunda está sendo questionado, no seu próprio país, como filho de malawianos. Convenientemente "descobriram" que o homem que conduziu a Zâmbia à independência e governou por mais de 25 anos era, afinal, filho de malawianos e durante todo esse tempo tinha governado 'ilegalmente". Preso por alegadas intenções golpistas, o nosso Kenneth Kaunda (que dá nome a uma das mais nobres avenidas de Maputo) será interdito de fazer política e assim, o regime vigente, se verá livre de um opositor.
4. Sejamos claros: Obama é negro nos Estados Unidos. Em África ele é mulato. Se Obama fosse africano, veria a sua raça atirada contra o seu próprio rosto. Não que a cor da pele fosse importante para os povos que esperam ver nos seus líderes competência e trabalho sério. Mas as elites predadoras fariam campanha contra alguém que designariam por um "não autêntico africano". O mesmo irmão negro que hoje é saudado como novo Presidente americano seria vilipendiado em casa como sendo representante dos "outros", dos de outra raça, de outra bandeira (ou de nenhuma bandeira?).
5. Se fosse africano, o nosso "irmão" teria que dar muita explicação aos moralistas de serviço quando pensasse em incluir no discurso de agradecimento o apoio que recebeu dos homossexuais. Pecado mortal para os advogados da chamada "pureza africana". Para estes moralistas – tantas vezes no poder, tantas vezes com poder - a homossexualidade é um inaceitável vício mortal que é exterior a África e aos africanos.
6. Se ganhasse as eleições, Obama teria provavelmente que sentar-se à mesa de negociações e partilhar o poder com o derrotado, num processo negocial degradante que mostra que, em certos países africanos, o perdedor pode negociar aquilo que parece sagrado - a vontade do povo expressa nos votos. Nesta altura, estaria Barack Obama sentado numa mesa com um qualquer Bush em infinitas rondas negociais com mediadores africanos que nos ensinam que nos devemos contentar com as migalhas dos processos eleitorais que não correm a favor dos ditadores.
Inconclusivas conclusões
Fique claro: existem excepções neste quadro generalista. Sabemos todos de que excepções estamos falando e nós mesmos moçambicanos, fomos capazes de construir uma dessas condições à parte.
Fique igualmente claro: todos estes entraves a um Obama africano não seriam impostos pelo povo, mas pelos donos do poder, por elites que fazem da governação fonte de enriquecimento sem escrúpulos.
A verdade é que Obama não é africano. A verdade é que os africanos - as pessoas simples e os trabalhadores anónimos - festejaram com toda a alma a vitória americana de Obama. Mas não creio que os ditadores e corruptos de África tenham o direito de se fazerem convidados para esta festa.
Porque a alegria que milhões de africanos experimentaram no dia 5 de Novembro nascia de eles investirem em Obama exactamente o oposto daquilo que conheciam da sua experiência com os seus próprios dirigentes. Por muito que nos custe admitir, apenas uma minoria de estados africanos conhecem ou conheceram dirigentes preocupados com o bem público.
No mesmo dia em que Obama confirmava a condição de vencedor, os noticiários internacionais abarrotavam de notícias terríveis sobre África. No mesmo dia da vitória da maioria norte-americana, África continuava sendo derrotada por guerras, má gestão, ambição desmesurada de políticos gananciosos. Depois de terem morto a democracia, esses políticos estão matando a própria política. Resta a guerra, em alguns casos. Outros, a desistência e o cinismo.
Só há um modo verdadeiro de celebrar Obama nos países africanos: é lutar para que mais bandeiras de esperança possam nascer aqui, no nosso continente. É lutar para que Obamas africanos possam também vencer. E nós, africanos de todas as etnias e raças, vencermos com esses Obamas e celebrarmos em nossa casa aquilo que agora festejamos em casa alheia.
E SE OBAMA FOSSE AFRICANO?
Os africanos rejubilaram com a vitória de Obama. Eu fui um deles. Depois de uma noite em claro, na irrealidade da penumbra da madrugada, as lágrimas corriam-me quando ele pronunciou o discurso de vencedor. Nesse momento, eu era também um vencedor. A mesma felicidade me atravessara quando Nelson Mandela foi libertado e o novo estadista sul-africano consolidava um caminho de dignificação de África.
Na noite de 5 de Novembro, o novo presidente norte-americano não era apenas um homem que falava. Era a sufocada voz da esperança que se reerguia, liberta, dentro de nós. Meu coração tinha votado, mesmo sem permissão: habituado a pedir pouco, eu festejava uma vitória sem dimensões. Ao sair à rua, a minha cidade se havia deslocado para Chicago, negros e brancos respirando comungando de uma mesma surpresa feliz. Porque a vitória de Obama não foi a de uma raça sobre outra: sem a participação massiva dos americanos de todas as raças (incluindo a da maioria branca) os Estados Unidos da América não nos entregariam motivo para festejarmos.
Nos dias seguintes, fui colhendo as reacções eufóricas dos mais diversos recantos do nosso continente. Pessoas anónimas, cidadãos comuns querem testemunhar a sua felicidade. Ao mesmo tempo fui tomando nota, com algumas reservas, das mensagens solidárias de dirigentes africanos. Quase todos chamavam Obama de "nosso irmão". E pensei: estarão todos esses dirigentes sendo sinceros? Será Barack Obama familiar de tanta gente politicamente tão diversa? Tenho dúvidas. Na pressa de ver preconceitos somente nos outros, não somos capazes de ver os nossos próprios racismos e xenofobias. Na pressa de condenar o Ocidente, esquecemo-nos de aceitar as lições que nos chegam desse outro lado do mundo.
Foi então que me chegou às mãos um texto de um escritor camaronês, Patrice Nganang, intitulado: "E se Obama fosse camaronês?". As questões que o meu colega dos Camarões levantava sugeriram-me perguntas diversas, formuladas agora em redor da seguinte hipótese: e se Obama fosse africano e concorresse à presidência num país africano? São estas perguntas que gostaria de explorar neste texto.
E se Obama fosse africano e candidato a uma presidência africana?
1. Se Obama fosse africano, um seu concorrente (um qualquer George Bush das Áfricas) inventaria mudanças na Constituição para prolongar o seu mandato para além do previsto. E o nosso Obama teria que esperar mais uns anos para voltar a candidatar-se. A espera poderia ser longa, se tomarmos em conta a permanência de um mesmo presidente no poder em África. Uns 41 anos no Gabão, 39 na Líbia, 28 no Zimbabwe, 28 na Guiné Equatorial, 28 em Angola, 27 no Egipto, 26 nos Camarões. E por aí fora, perfazendo uma quinzena de presidentes que governam há mais de 20 anos consecutivos no continente. Mugabe terá 90 anos quando terminar o mandato para o qual se impôs acima do veredicto popular.
2. Se Obama fosse africano, o mais provável era que, sendo um candidato do partido da oposição, não teria espaço para fazer campanha. Far-Ihe-iam como, por exemplo, no Zimbabwe ou nos Camarões: seria agredido fisicamente, seria preso consecutivamente, ser-Ihe-ia retirado o passaporte. Os Bushs de África não toleram opositores, não toleram a democracia.
3. Se Obama fosse africano, não seria sequer elegível em grande parte dos países porque as elites no poder inventaram leis restritivas que fecham as portas da presidência a filhos de estrangeiros e a descendentes de imigrantes. O nacionalista zambiano Kenneth Kaunda está sendo questionado, no seu próprio país, como filho de malawianos. Convenientemente "descobriram" que o homem que conduziu a Zâmbia à independência e governou por mais de 25 anos era, afinal, filho de malawianos e durante todo esse tempo tinha governado 'ilegalmente". Preso por alegadas intenções golpistas, o nosso Kenneth Kaunda (que dá nome a uma das mais nobres avenidas de Maputo) será interdito de fazer política e assim, o regime vigente, se verá livre de um opositor.
4. Sejamos claros: Obama é negro nos Estados Unidos. Em África ele é mulato. Se Obama fosse africano, veria a sua raça atirada contra o seu próprio rosto. Não que a cor da pele fosse importante para os povos que esperam ver nos seus líderes competência e trabalho sério. Mas as elites predadoras fariam campanha contra alguém que designariam por um "não autêntico africano". O mesmo irmão negro que hoje é saudado como novo Presidente americano seria vilipendiado em casa como sendo representante dos "outros", dos de outra raça, de outra bandeira (ou de nenhuma bandeira?).
5. Se fosse africano, o nosso "irmão" teria que dar muita explicação aos moralistas de serviço quando pensasse em incluir no discurso de agradecimento o apoio que recebeu dos homossexuais. Pecado mortal para os advogados da chamada "pureza africana". Para estes moralistas – tantas vezes no poder, tantas vezes com poder - a homossexualidade é um inaceitável vício mortal que é exterior a África e aos africanos.
6. Se ganhasse as eleições, Obama teria provavelmente que sentar-se à mesa de negociações e partilhar o poder com o derrotado, num processo negocial degradante que mostra que, em certos países africanos, o perdedor pode negociar aquilo que parece sagrado - a vontade do povo expressa nos votos. Nesta altura, estaria Barack Obama sentado numa mesa com um qualquer Bush em infinitas rondas negociais com mediadores africanos que nos ensinam que nos devemos contentar com as migalhas dos processos eleitorais que não correm a favor dos ditadores.
Inconclusivas conclusões
Fique claro: existem excepções neste quadro generalista. Sabemos todos de que excepções estamos falando e nós mesmos moçambicanos, fomos capazes de construir uma dessas condições à parte.
Fique igualmente claro: todos estes entraves a um Obama africano não seriam impostos pelo povo, mas pelos donos do poder, por elites que fazem da governação fonte de enriquecimento sem escrúpulos.
A verdade é que Obama não é africano. A verdade é que os africanos - as pessoas simples e os trabalhadores anónimos - festejaram com toda a alma a vitória americana de Obama. Mas não creio que os ditadores e corruptos de África tenham o direito de se fazerem convidados para esta festa.
Porque a alegria que milhões de africanos experimentaram no dia 5 de Novembro nascia de eles investirem em Obama exactamente o oposto daquilo que conheciam da sua experiência com os seus próprios dirigentes. Por muito que nos custe admitir, apenas uma minoria de estados africanos conhecem ou conheceram dirigentes preocupados com o bem público.
No mesmo dia em que Obama confirmava a condição de vencedor, os noticiários internacionais abarrotavam de notícias terríveis sobre África. No mesmo dia da vitória da maioria norte-americana, África continuava sendo derrotada por guerras, má gestão, ambição desmesurada de políticos gananciosos. Depois de terem morto a democracia, esses políticos estão matando a própria política. Resta a guerra, em alguns casos. Outros, a desistência e o cinismo.
Só há um modo verdadeiro de celebrar Obama nos países africanos: é lutar para que mais bandeiras de esperança possam nascer aqui, no nosso continente. É lutar para que Obamas africanos possam também vencer. E nós, africanos de todas as etnias e raças, vencermos com esses Obamas e celebrarmos em nossa casa aquilo que agora festejamos em casa alheia.
Resiliência
Até recentemente sempre me considerei uma pessoa resiliente.
Baixei um pouco "a guarda", mas estou de volta, disposta a superar qualquer obstáculo que a vida ainda tenha para me transmitir.
Aliás, com uma família como a minha, com os exemplos da minha mãe, pai, madrinha, tios... não poderia ser de outra forma - a resiliência está nos genes!!!
Baixei um pouco "a guarda", mas estou de volta, disposta a superar qualquer obstáculo que a vida ainda tenha para me transmitir.
Aliás, com uma família como a minha, com os exemplos da minha mãe, pai, madrinha, tios... não poderia ser de outra forma - a resiliência está nos genes!!!
RESILIÊNCIA É ATITUDE
Na área do desenvolvimento humano, um conceito muito valorizado actualmente é resiliência, a capacidade de superar adversidades sem se despedaçar. A pessoa resiliente é dura na queda: enfrenta crises, sofre perdas, encara fracassos e continua firme, não desiste de seus objectivos.
Parece até que quanto mais problemas enfrenta, mais forte fica.
Não é de se estranhar que essa característica seja tão valorizada.
O mundo globalizado é imprevisível, e a qualquer momento podemos enfrentar situações críticas, turbulências, mudanças que inviabilizam nossos projectos, até mesmo uma dispensa do trabalho.
O mundo de hoje não nos oferece garantia de nada. Nós é que temos de nos garantir, tendo o preparo necessário para enfrentar as situações inesperadas.
Penso que a chave da resiliência está na forma como se interpretam as experiências difíceis e estressantes da vida. Revoltar-se contra essas situações, encará-las com pessimismo ou reclamar como o mundo é injusto - que é a atitude de muita gente - não leva a nada.
Mas quando se consideram as crises e dificuldades como fatos naturais da vida, que nos proporcionam oportunidades de crescimento, é possível enfrentá-las com algum equilíbrio e consciência.
Se você quiser desenvolver a qualidade da resiliência, comece a interpretar as dificuldades como desafios e dirija sua energia para superá-los, não para lamentá-los.
Tire proveito deles para desenvolver novas competências e se fortalecer.
Ao assumir essa postura e repeti-la ao longo do tempo, chegará um momento em que nada poderá abalar sua autoconfiança, pois você já terá passado por muita coisa e saberá que tudo dá certo no final.
Então compreenderá que resiliência não é um 'poder especial' que algumas pessoas têm, mas, simplesmente, uma atitude
Na área do desenvolvimento humano, um conceito muito valorizado actualmente é resiliência, a capacidade de superar adversidades sem se despedaçar. A pessoa resiliente é dura na queda: enfrenta crises, sofre perdas, encara fracassos e continua firme, não desiste de seus objectivos.
Parece até que quanto mais problemas enfrenta, mais forte fica.
Não é de se estranhar que essa característica seja tão valorizada.
O mundo globalizado é imprevisível, e a qualquer momento podemos enfrentar situações críticas, turbulências, mudanças que inviabilizam nossos projectos, até mesmo uma dispensa do trabalho.
O mundo de hoje não nos oferece garantia de nada. Nós é que temos de nos garantir, tendo o preparo necessário para enfrentar as situações inesperadas.
Penso que a chave da resiliência está na forma como se interpretam as experiências difíceis e estressantes da vida. Revoltar-se contra essas situações, encará-las com pessimismo ou reclamar como o mundo é injusto - que é a atitude de muita gente - não leva a nada.
Mas quando se consideram as crises e dificuldades como fatos naturais da vida, que nos proporcionam oportunidades de crescimento, é possível enfrentá-las com algum equilíbrio e consciência.
Se você quiser desenvolver a qualidade da resiliência, comece a interpretar as dificuldades como desafios e dirija sua energia para superá-los, não para lamentá-los.
Tire proveito deles para desenvolver novas competências e se fortalecer.
Ao assumir essa postura e repeti-la ao longo do tempo, chegará um momento em que nada poderá abalar sua autoconfiança, pois você já terá passado por muita coisa e saberá que tudo dá certo no final.
Então compreenderá que resiliência não é um 'poder especial' que algumas pessoas têm, mas, simplesmente, uma atitude
Por: Leila Navarro
Para quem estiver interessado em saber mais sobre a autora deste artigo, basta visitar o seu site, carregando aqui.
Nove Contos Menos Mais Um, por António Oliveira
Foi ontem o lançamento do segundo livro do meu tio!
Depois de na véspera ter sido lançado em Gaia, com a apresentação a ser feita pelo poeta e pintor que criou o quadro que se reproduz na capa deste livro, Paulo Coelho, foi a vez de Santarém acolher este lançamento.
Eis um pequeno resumo da apresentação do livro, que se pode encontrar no site da editora, a edium editores:
Depois da publicação, sob chancela da edium editores de “O que resta de Deus: uma história de desencantos” o autor apresenta agora publicamente mais esta obra, segundo suas palavras, “insiste com estes dez contos de mal viver”.
Com a presença de inúmeros amigos e da família lisboeta foi com a voz embargada pela emoção que o autor (e meu tio) falou, depois de uma belíssima apresentação a cargo da Prof. Dra Paula Campos.
Depois de responder a algumas questões dos presentes, chegou a vez de autografar o seu novo livro, certamente um novo sucesso de vendas, e partilhar alguns momentos com a família e amigos.
Depois de na véspera ter sido lançado em Gaia, com a apresentação a ser feita pelo poeta e pintor que criou o quadro que se reproduz na capa deste livro, Paulo Coelho, foi a vez de Santarém acolher este lançamento.
Eis um pequeno resumo da apresentação do livro, que se pode encontrar no site da editora, a edium editores:
Depois da publicação, sob chancela da edium editores de “O que resta de Deus: uma história de desencantos” o autor apresenta agora publicamente mais esta obra, segundo suas palavras, “insiste com estes dez contos de mal viver”.
Com a presença de inúmeros amigos e da família lisboeta foi com a voz embargada pela emoção que o autor (e meu tio) falou, depois de uma belíssima apresentação a cargo da Prof. Dra Paula Campos.
Depois de responder a algumas questões dos presentes, chegou a vez de autografar o seu novo livro, certamente um novo sucesso de vendas, e partilhar alguns momentos com a família e amigos.
Claro que não pudemos deixar de o apoiar neste novo ciclo da sua vida, não só com a presença física, mas igualmente com a oportunidade de usar aquele momento para que este brilhante autor (que por acaso é meu tio, mas sou muito imparcial nos julgamentos) autografasse alguns dos seus livros para oferecer aos nossos amigos (sim, porque aproveitámos para trazer um volume do seu primeiro livro e alguns deste novo trabalho).
Para isso, e visto que estava ocupada a retratar o momento, contei com a inestimável ajuda da minha "elegantérrima" (será que existe esta palavra) e incansável mãe (e irmã do autor), que esperou pacientemente na longa fila para conseguir dar um cunho único a estas ofertas para alguns amigos.
Muitos parabéns tio, por mais esta iniciativa e espero que continues com a veia criativa a trabalhar a todos o vapor!
Talvez um dia eu consiga transformar os meus devaneios e divagações em algo coerente e, sabe-se lá, tornar-me escritora...
Mas, por enquanto, não está na lista de prioridades - ainda tenho muitos anos para pensar nisso!
Neste momento basta-me celebrar este novo livro e o excelente trabalho realizado, e desejar os mais sinceros votos que seja um enorme sucesso!!!
Para isso, e visto que estava ocupada a retratar o momento, contei com a inestimável ajuda da minha "elegantérrima" (será que existe esta palavra) e incansável mãe (e irmã do autor), que esperou pacientemente na longa fila para conseguir dar um cunho único a estas ofertas para alguns amigos.
Muitos parabéns tio, por mais esta iniciativa e espero que continues com a veia criativa a trabalhar a todos o vapor!
Talvez um dia eu consiga transformar os meus devaneios e divagações em algo coerente e, sabe-se lá, tornar-me escritora...
Mas, por enquanto, não está na lista de prioridades - ainda tenho muitos anos para pensar nisso!
Neste momento basta-me celebrar este novo livro e o excelente trabalho realizado, e desejar os mais sinceros votos que seja um enorme sucesso!!!
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