sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Eu Temia

Eu temia ficar sozinha
Até que aprendi a GOSTAR DE MIM MESMA.

Eu temia fracassar
Até perceber que só fracasso se desistir.

Eu temia o que as pessoas pudessem pensar de mim
Até perceber que o que conta realmente é O QUE EU PENSO DE MIM MESMA.

Eu temia ser rejeitada
Até perceber que devo ter fé em mim mesma.

Eu temia a dor
Até perceber que o sofrimento só me ajuda a crescer.

Eu temia a verdade
Até descobrir a fealdade de uma mentira.

Eu temia a morte
Até aprender que a morte não é um fim mas um começo.

Eu temia o ódio
Até aprender que o ÓDIO É APENAS "IGNORÂNCIA"

Eu temia o ridículo
Até aprender a rir de mim mesma.

Eu temia ficar velha
Até compreender que ganho sabedoria a cada dia que passa.

Eu temia ser ferida nos meus sentimentos
Até aprender que NINGUÉM CONSEGUE ME FERIR SEM A MINHA PERMISSÃO.

Eu temia a escuridão
Até entender a luz e a beleza de uma estrela.

Eu temia mudanças
Até perceber as mudanças por que tem de passar uma bela borboleta antes de poder voar.

Acima de tudo aprendi que não vale a pena temer nada, pois vou enfrentar cada obstáculo à medida que aparecer na minha vida, com coragem e confiança pois...
No final existirá sempre mais uma esperança...
Se vivermos a vida sem temor!
foto: gettyimages

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Shalom

Para a minha "gémea" mais velha,
Para um dos pilares da minha vida,
Para a mulher que tem vivido nos últimos anos os momentos mais difíceis de uma vida inteira,
Para a mulher que nunca desiste,
Para a esposa adorada,
Para a mãe carinhosa,
Para a avó extremosa e dedicada,
Para melhor tia/madrinha do mundo,
Para um exemplo na minha vida,
Para a escritora que transmite com tanta emoção os sentimentos da alma e do coração,
Para a poetisa,
Para a mulher que suporta tudo em silêncio para não perturbar os mais próximos,
Para a pessoa que encontrou no voluntariado um objectivo,
Para a mulher que dá mais de si do que alguém algum dia verá,
Para uma das mulheres que me dá animo para crescer e evoluir como pessoa,
Para a esposa de quem invejo o amor do seu casamento e que espero encontrar um dia,
Para ti... que eu adoro,
Pelo exemplo de força e coragem que tens sido,
SHALOM
E a certeza que não há motivos de preocupação,
Pois um raio não cai duas vezes no mesmo sitio!
Sempre estarei ao teu lado!!!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Quem compreende as mulheres

Sei que sou mulher, mas também sei admitir que somos complexas, cheias de contradições e de inseguranças.
E por mais que sejamos fortes, independentes, tenhamos uma imagem de segurança... as complexidades e contradições mantêm-se.
Algumas dizem que deve ser hormonal, outras TPM, mas a verdade é... que somos como somos.
Há uma autora que adoro, que faz uma banda desenhada sobre todas as contradições femininas e todos os nossos pequenos "problemas" do dia-a-dia, mas mesmo ela nunca conseguiu fazer um cartoon que definisse tão bem a relação homem/mulher como o que aqui vos apresento.
Sem comentários - mais real não existe!

carreguem na imagem para verem com mais qualidade!

Portugal visto de Espanha

Mais uma vez, sem entrar em politiquice, eis um texto que nos faz acordar para a realidade e para o distanciamento que temos, hoje em dia, do resto da Europa.
Infelizmente, tendo trabalhado no estrangeiro durante bastante tempo e conhecendo a realidade em diversos países, quando comparo com a realidade que encontro aqui, mesmo nas multinacionais por onde já passei, não posso deixar de dar razão ao texto.
Vivemos num país em que é importante é ser Chefe, não se pensa em liderar ou liderança, o que conta são as aparências, os sinais exteriores de riqueza.
Um país em que sobe quem vai para os copos, quem vive do e para o social em vez de trabalhar, em que as pessoas idealistas são pisadas e ignoradas, em que ter princípios e valores é sinal de despromoção... só pode ter o futuro que lhe vaticinam "nuestros hermanos".
Não digo isto por ser uma daquelas pessoas que está sempre a denegrir o seu próprio país, pois há sempre excepções, mas infelizmente vivo as situações aqui descritas e já vivi noutras empresas.
Já estive numa empresa que fechou portas e desapareceu sem dizer nada a ninguém. Onde deixaram pessoas sem salários durante meses, pais de família que tinham o único rendimento da casa a terem de trabalhar "de graça" durante meses até finalmente desistirem... e onde o director comercial ser foi embora com uma "indemnização" de milhares, quando os restantes colaboradores ficaram sem salários, compensação de rescisão... com uma mão à frente e outra atrás!!!
Já estive numa empresa onde era mais importante andar de TT ou Porsche e andar nas festas que gerir a retenção e fidelização dos clientes...
Enfim... já estive a trabalhar em Portugal, em "multinacionais" que em vez de trazerem uma mentalidade evoluida para o nosso país, acham melhor e mais fácil adaptarem-se à nossa "mentalidadezinha" e às nossas condições, em que uns trabalham e outros passeiam com o dinheiro por eles gerado.

LISBOA, 21 sep (IPS) - Indicadores económicos y sociales periódicamente divulgados por la Unión Europea (UE) colocan a Portugal en niveles de pobreza e injusticia social inadmisibles para un país que integra desde 1986 el 'club de los ricos' del continente.
Pero el golpe de gracia lo dio la evaluación de la Organización para la Cooperación y el Desarrollo Económicos (OCDE): en los próximos años Portugal se distanciará aún más de los países avanzados.
La productividad más baja de la UE, la escasa innovación y vitalidad del sector empresarial, educación y formación profesional deficientes, mal uso de fondos públicos, con gastos excesivos y resultados magros son los datos señalados por el informe anual sobre Portugal de la OCDE, que reúne a 30 países industriales.
A diferencia de España, Grecia e Irlanda (que hicieron también parte del 'grupo de los pobres' de la UE), Portugal no supo aprovechar para su desarrollo los cuantiosos fondos comunitarios que fluyeron sin cesar desde Bruselas durante casi dos décadas, coinciden analistas políticos y económicos.
En 1986, Madrid y Lisboa ingresaron a la entonces Comunidad Económica Europea con índices similares de desarrollo relativo, y sólo una década atrás, Portugal ocupaba un lugar superior al de Grecia e Irlanda en el ranking de la UE. Pero en 2001, fue cómodamente superado por esos dos países, mientras España ya se ubica a poca distancia del promedio del bloque.
'La convergencia de la economía portuguesa con las más avanzadas de la OCE pareció detenerse en los últimos años, dejando una brecha significativa en los ingresos por persona', afirma la organización.
En el sector privado, 'los bienes de capital no siempre se utilizan o se ubican con eficacia y las nuevas tecnologías no son rápidamente adoptadas', afirma la OCDE.
'La fuerza laboral portuguesa cuenta con menos educación formal que lostrabajadores de otros países de la UE, inclusive los de los nuevos miembros de Europa central y oriental', señala el documento.
Todos los análisis sobre las cifras invertidas coinciden en que el problema central no está en los montos, sino en los métodos para distribuirlos.
Portugal gasta más que la gran mayoría de los países de la UE en remuneración de empleados públicos respecto de su producto interno bruto, pero no logra mejorar significativamente la calidad y eficiencia de los servicios.
Con más profesores por cantidad de alumnos que la mayor parte de los miembros de la OCDE, tampoco consigue dar una educación y formación profesional competitivas con el resto de los países industrializados.
En los últimos 18 años, Portugal fue el país que recibió más beneficios por habitante en asistencia comunitaria
. Sin embargo, tras nueve años de acercarse a los niveles de la UE, en 1995 comenzó a caer y las perspectivas hoy indican mayor distancia.
Dónde fueron a parar los fondos comunitarios?, es la pregunta insistente en debates televisados y en columnas de opinión de los principales periódicos del país. La respuesta más frecuente es que el dinero engordó la billetera de quienes ya tenían más.
Los números indican que Portugal es el país de la UE con mayor desigualdad social y con los salarios mínimos y medios más bajos del bloque, al menos hasta el 1 de mayo, cuando éste se amplió de 15 a 25 naciones.
También es el país del bloque en el que los administradores de empresas públicas tienen los sueldos más altos.
El argumento más frecuente de los ejecutivos indica que 'el mercado decide los salarios'. Consultado por IPS, el ex ministro de Obras Públicas (1995-2002) y actual diputado socialista João Cravinho desmintió esta teoría. 'Son los propios administradores quienes fijan sus salarios, cargando las culpas al mercado', dijo.
En las empresas privadas con participación estatal o en las estatales con accionistas minoritarios privados, 'los ejecutivos fijan sus sueldos astronómicos (algunos llegan a los 90.000 dólares mensuales, incluyendo bonos y regalías) con la complicidad de los accionistas de referencia', explicó Cravinho.
Estos mismos grandes accionistas, 'son a la vez altos ejecutivos, y todo este sistema, en el fondo, es en desmedro del pequeño accionista, que ve como una gruesa tajada de los lucros va a parar a cuentas bancarias de los directivos', lamentó el ex ministro.
La crisis económica que estancó el crecimiento portugués en los últimos dos años 'está siendo pagada por las clases menos favorecidas', dijo.
Esta situación de desigualdad aflora cada día con los ejemplos más variados.
El último es el de la crisis del sector automotriz.
Los comerciantes se quejan de una caída de casi 20 por ciento en las ventas de automóviles de baja cilindrada, con precios de entre 15.000 y 20.000 dólares.
Pero los representantes de marcas de lujo como Ferrari, Porsche, Lamborghini, Maserati y Lotus (vehículos que valen más de 200.000 dólares), lamentan no dar abasto a todos los pedidos, ante un aumento de 36 por ciento en la demanda. Estudios sobre la tradicional industria textil lusa, que fue una de las más modernas y de más calidad del mundo, demuestran su estancamiento, pues sus empresarios no realizaron los necesarios ajustes para actualizarla.
Pero la zona norte donde se concentra el sector textil,tiene más autos Ferrari por metro cuadrado que Italia.
Un ejecutivo español de la informática, Javier Felipe, dijo a IPS que según su experiencia con empresarios portugueses, éstos 'están más interesados en la imagen que proyectan que en el resultado de su trabajo'.
Para muchos 'es más importante el automóvil que conducen, el tipo de tarjeta de crédito que pueden lucir al pagar una cuenta o el modelo del teléfono celular, que la eficiencia de su gestión', dijo Felipe, aclarando que hay excepciones.
Todo esto va modelando una mentalidad que, a fin de cuentas, afecta al desarrollo de un país', opinó.
La evasión fiscal impune es otro aspecto que ha castrado inversiones del sector público con potenciales efectos positivos en la superación de la crisis económica y el desempleo, que este año llegó a 7,3 por ciento de la población económicamente activa.
Los únicos contribuyentes a cabalidad de las arcas del Estado son los trabajadores contratados, que descuentan en la fuente laboral. En los últimos dos años, el gobierno decidió cargar la mano fiscal sobre esas cabezas, manteniendo situaciones 'obscenas' y 'escandalosas', según el economista y comentarista de televisión Antonio Pérez Metello.
'En lugar de anunciar progresos en la recuperación de los impuestos de aquellos que continúan riéndose en la cara del fisco, el gobierno (conservador)decide sacar una tajada aun mayor de esos que ya pagan lo que es debido, y deja incólume la nebulosa de los fugitivos fiscales, sin
coherencia ideológica, sin visión de futuro', criticó Metello.
La prueba está explicada en una columna de opinión de José Vitor Malheiros, aparecida este martes en el diario Público de Lisboa, que fustiga la falta de honestidad en la declaración de impuestos de los lamados profesionales liberales.
Según esos documentos entregados al fisco, médicos y dentistas declararons), los arquitectos de ingresos anuales promedio de 17.680 euros (21.750 dólares), los abogados de 10.864 (13.365 dólaree 9.277 (11.410 dólares) y los ingenieros de 8.382 (10.310 dólares).
Estos números indican que por cada seis euros que pagan al fisco, 'le roban nueve a la comunidad', pues estos profesionales no dependientes deberían contribuir con15 por ciento del total del impuesto al ingreso por trabajo singular y sólo tributan seis por ciento, dijo Malheiros.
Con la devolución de impuestos al cerrar un ejercicio fiscal, éstos 'roban más de lo que pagan, como si un carnicero nos vendiese 400 gramos de bife y nos hiciese pagar un kilogramo, y existen 180.000 de estos profesionales liberales que, en promedio, nos roban 600 gramos por kilo', comentó con sarcasmo.
Si un país 'permite que un profesional liberal con dos casas y dos
automóviles de lujo declare ingresos de 600 euros (738 dólares) por mes, año tras año, sin ser cuestionado en lo más mínimo por el fisco, y encima recibe un subsidio del Estado para ayudar a pagar el colegio privado de sus hijos, significa que el sistema no tiene ninguna moralidad', sentenció.

foto: Gettyimages

Carta de uma mãe a Sócrates

Sendo de uma família de professores e formadores, e tendo como paixão o ensino e aprendizagem e a constante inovação e motivação no ensino, não podia deixar de partilhar esta carta, que recebi hoje.
Não sou dada a políticas (como sabe quem me conhece), nem a estratégias de marketing político, e não quero entrar em debates sobre os computadores para escolas/alunos/professores, mas acho que esta carta vale a pena:
foto: gettyimages

Sr. Engº José Sócrates,

Antes de mais, peço desculpa por não o tratar por Excelência nem por Primeiro-Ministro, mas, para ser franca, tenho muitas dúvidas quanto ao facto de o senhor ser excelente e, de resto, o cargo de primeiro-ministro parece-me, neste momento, muito pouco dignificado.

Também queria avisá-lo de antemão que esta carta vai ser longa, mas penso que não haverá problema para si, já que você é do tempo em que o ensino do Português exigia grandes e profundas leituras. Ainda pensei em escrever tudo por tópicos e com abreviaturas, mas julgo que lhe faz bem recordar o prazer de ler um texto bem escrito, com princípio, meio e fim, e que, quiçá, o faça reflectir (passe a falta de modéstia).

Gostaria de começar por lhe falar do 'Magalhães'. Não sobre os erros ortográficos, porque a respeito disso já o seu assessor deve ter recebido um e-mail meu. Queria falar-lhe da gratuitidade, da inconsequência, da precipitação e da leviandade com que o senhor engenheiro anunciou e pôs em prática o projecto a que chama de e-escolinhas.

O senhor fala em Plano Tecnológico e, de facto, eu tenho visto a tecnologia, mas ainda não vi plano nenhum. Senão, vejamos a cronologia dos factos associados ao projecto 'Magalhães':
  • No princípio do mês de Agosto, o senhor engenheiro apareceu na televisão a anunciar o projecto e-escolinhas e a sua ferramenta: o portátil Magalhães.
  • No dia 18 de Setembro (quinta-feira) ao fim do dia, o meu filho traz na mochila um papel dirigido aos encarregados de educação, com apenas quatro linhas de texto informando que o 'Magalhães' é um projecto do Governo e que, dependendo do escalão de IRS, o seu custo pode variar entre os zero e os 50 euros. Mais nada! Seguia-se um formulário com espaço para dados como nome do aluno, nome do encarregado de educação, escola, concelho, etc. e, por fim, a oportunidade de assinalar, com uma cruzinha, se pretendemos ou não adquirir o 'Magalhães'.
  • No dia 22 de Setembro (segunda-feira), ao fim do dia, o meu filho traz um novo papel, desta vez uma extensa carta a anunciar a visita, no dia seguinte, do primeiro-ministro para entregar os primeiros 'Magalhães' na EB1 Padre Manuel de Castro. Novamente uma explicação respeitante aos escalões do IRS e ao custo dos portáteis.
  • No dia 23 de Setembro (terça-feira), o meu filho não traz mais papéis, traz um 'Magalhães' debaixo do braço.
Ora, como é fácil de ver, tudo aconteceu num espaço de três dias úteis em que as famílias não tiveram oportunidade de obter esclarecimentos sobre a futura utilização e utilidade do 'Magalhães'. Às perguntas que colocámos à professora sobre o assunto, ela não soube responder. Reunião de esclarecimento, nunca houve nenhuma.

Portanto, explique-me, senhor engenheiro: o que é que o seu Governo pensou para o 'Magalhães'? Que planos tem para o integrar nas aulas? Como vai articular o seu uso com as matérias leccionadas? Sabe, é que 50 euros talvez seja pouco para se gastar numa ferramenta de trabalho, mas, decididamente, e na minha opinião, é demasiado para se gastar num brinquedo. Por favor, senhor engenheiro, não me obrigue a concluir que acabei de pagar por uma inutilidade, um capricho seu, uma manobra de campanha eleitoral, um espectáculo de fogo de artifício do qual só sobra fumo e o fedor intoxicante da pólvora.

Admita que fez tudo tão à pressa que nem teve tempo de esclarecer as escolas e os professores. E não venha agora dizer-me que cabe aos pais aproveitarem esta maravilhosa oportunidade que o Governo lhes deu e ensinarem os filhos a lidar com as novas tecnologias. O seu projecto chama-se e-escolinha, não se chama e-familiazinha! Faça-lhe jus! Ponha a sua equipa a trabalhar, mexa-se, credibilize as suas iniciativas!

Uma coisa curiosa, senhor engenheiro, é que tudo parece conspirar a seu favor nesta sua lamentável obra de empobrecimento do ensino assente em medidas gratuitas.

Há dias arrisquei-me a ver um episódio completo da série ‘Morangos com Açúcar’. Por coincidência, apanhei precisamente o primeiro episódio da nova série que significa, na ficção, o primeiro dia de aulas daquela miudagem. Ora, nesse primeiro dia de aulas, os alunos conheceram a sua professora de matemática e o seu professor de português. As imagens sucediam-se alternando a aula de apresentação de matemática por contraposição à de português. Enquanto a professora de matemática escrevia do quadro os pressupostos da sua metodologia - disciplina, rigor e trabalho - o professor de português escrevia no quadro os pressupostos da sua - emoção, entrega e trabalho. Ora, o que me faz espécie, senhor engenheiro, é que a personagem da professora de matemática é maldosa, agressiva e antiquada, enquanto que o professor de português é um tipo moderno e bué de fixe. Então, de acordo com os princípios do raciocínio lógico, se a professora de matemática é maldosa e agressiva e os seus pressupostos são disciplina e rigor, então a disciplina e o rigor são coisas negativas. Por outro lado, se o professor de português é bué de fixe, então os pressupostos da emoção e da entrega são perfeitos. E de facto era o que se via. Enquanto que na aula de matemática os alunos bufavam, entediados, na aula de português sorriam, entusiasmados.

Disciplina e rigor aparecem, assim, como conceitos inconciliáveis com emoção e entrega, e isto é a maior barbaridade que eu já vi na minha vida. Digo-o eu, senhor engenheiro, que tenho uma profissão que vive das emoções, mas onde o rigor é 'obstinado', como dizem os poetas. Eu já percebi que o ensino dos dias de hoje não sabe conciliar estes dois lados do trabalho. E, não o sabendo, optou por deixar de lado a disciplina e o rigor. Os professores são obrigados a acreditar que para se fazer um texto criativo não se pode estar preocupado com os erros ortográficos. E que para se saber fazer uma operação aritmética não se pode estar preocupado com a exactidão do seu resultado. Era o que faltava, senhor engenheiro!

Agora é o momento em que o senhor engenheiro diz de si para si: mas esta mulher é um Velho do Restelo, que não percebe que os tempos mudaram e que o ensino tem que se adaptar a essas mudanças? Percebo, senhor engenheiro. Então não percebo? Mas acontece que o que o senhor engenheiro está a fazer não é adaptar o ensino às mudanças, você está a esvaziá-lo de sentido e de propósitos. Adaptar o ensino seria afinar as metodologias de forma a torná-las mais cativantes aos olhos de uma geração inquieta e voltada para o imediato. Mas nunca diminuir, nunca desvalorizar, nunca reduzir ao básico, nunca baixar a bitola até ao nível da mediocridade.

Mas, por falar em Velho do Restelo...

... Li, há dias, numa entrevista com uma professora de Literatura Portuguesa, que o episódio do Velho do Restelo foi excluído do estudo de 'Os Lusíadas’. Curioso, porque este era o episódio que punha tudo em causa, que questionava, que analisava por outra perspectiva, que é algo que as crianças e adolescentes de hoje em dia estão pouco habituados a fazer. Sabem contrariar, é certo, mas não sabem questionar. São coisas bem diferentes: contrariar tem o seu quê de gratuito; questionar tem tudo de filosófico. Para contrariar, basta bater o pé. Para questionar, é preciso pensar.

Tenho pena, porque no meu tempo (que não é um tempo assim tão distante), o episódio do Velho do Restelo, juntamente com os de Inês de Castro e da Ilha dos Amores, era o que mais apaixonava e empolgava a turma. Eram três episódios marcantes, que quebravam a monotonia do discurso de engrandecimento da nação e que, por isso, tinham o mérito de conseguir que os alunos tivessem curiosidade em descodificar as suas figuras de estilo e desbravar o hermetismo da linguagem. Ainda hoje me lembro exactamente da aula em que começámos a ler o episódio de Inês de castro e lembro-me das palavras da professora Lídia, espicaçando-nos, estimulando-nos, obrigando-nos a pensar. E foi há 20 anos.

Senhor engenheiro José Sócrates: vejo que acabo de confiar o meu filho ao sistema de ensino onde o senhor montou a sua barraca de circo e não me apetece nada vê-lo transformar-se num palhaço. Bem, também não quero ser injusta consigo. A verdade é que as coisas já começaram a descarrilar há alguns anos, mas também é verdade que o senhor está a sobrealimentar o crime, com um tirinho aqui, uma facadazinha ali, uma desonestidade acolá.

Lembro-me bem da época em que fiz a minha recruta como jornalista e das muitas vezes em que fui cobrir cerimónias e eventos em que o senhor participava. Na altura, o senhor engenheiro era Secretário de Estado do Ambiente e andava com a ministra Elisa Ferreira por esse Portugal fora, a inaugurar ETAR's e a selar aterros. Também o vi a plantar árvores, com as suas próprias mãos. E é por isso que me dói que agora, mais de dez anos depois, esteja a dar cabo das nossas sementes e a tornar estéreis os solos que deveriam ser férteis.

Sabe, é que eu tenho grandes sonhos para o meu filho. Não, não me refiro ao sonho de que ele seja doutor ou engenheiro. Falo do sonho de que ele respeite as ciências, tenha apreço pelas artes, almeje a sabedoria e valorize o trabalho. Porque é isso que eu espero da escola. O resto é comigo.

Acho graça agora a ouvir os professores dizerem sistematicamente aos pais que a família deve dar continuidade, em casa, ao trabalho que a escola faz com as crianças. Bem, se assim fosse eu teria que ensinar o meu filho a atirar com cadeiras à cabeça dos outros e a escrever as redacções em linguagem de ‘sms’. Não. Para mim, é o contrário: a escola é que deve dar continuidade ao trabalho que eu faço com o meu filho. Acho que se anda a sobrevalorizar o papel da escola. No meu tempo, a escola tinha apenas a função de ensinar e fazia-o com competência e rigor. Mas nos dias que correm, em que os pais não têm tempo nem disposição para educar os filhos, exige-se à escola que forme o seu carácter e ocupe todo o seu tempo livre. Só que, infelizmente, ela tem cumprido muito mal esse papel.

A escola do meu tempo foi uma boa escola. Hoje, toda a gente sabe que a minha geração é uma geração de empreendedores, de gente criativa e com capacidade iniciativa, que arrisca, que aposta, que ambiciona. E não é disso que o país precisa? Bem sei que apanhámos os bons ventos da adesão à União Europeia e dos fundos e apoios que daí advieram, mas isso por si só não bastaria, não acha? E é de facto curioso: tirando o Marco cigano, que abandonou a escola muito cedo, e a Fatinha que andava sempre com ranhoca no nariz e tinha que tomar conta de três irmãos mais novos, todos os meus colegas da primária fizeram alguma coisa pela vida. Até a Paulinha, que era filha da empregada (no meu tempo dizia-se empregada e não auxiliar de acção educativa, mas, curiosamente, o respeito por elas era maior), apesar de se ter ficado pelo 9º ano, não descansou enquanto não abriu o seu próprio Pão Quente e a ele se dedicou com afinco e empenho. E, no entanto, levámos reguadas por não sabermos de cor as principais culturas das
ex-colónias e éramos sujeitos a humilhação pública por cada erro ortográfico. Traumatizados? Huuummm... não me parece. Na verdade, senhor engenheiro, tenho um respeito e uma paixão pela escola tais que, se tivesse tempo e dinheiro, passaria o resto da minha vida a estudar.

Às vezes dá-me para imaginar as suas conversas com os seus filhos (nem sei bem se tem um ou dois filhos...) e pergunto-me se também é válido para eles o caos que o senhor engenheiro anda a instalar por aí. Parece que estou a ver o seu filho a dizer-lhe: ó pai, estou com dificuldade em resolver este sistema de três equações a três incógnitas... dás-me uma ajuda? E depois, vejo-o a si a responder com a sua voz de homilia de domingo: não faz mal, filho... sabes escrever o teu nome completo, não sabes? Então não te preocupes, é perfeitamente suficiente...

Vendo as coisas assim, não lhe parece criminoso o que você anda a fazer?

E depois, custa-me que você apareça em praça pública acompanhado da sua Ministra da Educação, que anda sempre com aquele ar de infeliz, de quem comeu e não gostou, ambos com o discurso hipócrita do mérito dos professores e do sucesso dos alunos, apoiados em estatísticas cuja real interpretação, à luz das mudanças que você operou, nos apresenta uma monstruosa obscenidade. Ofende-me, sabe? Ofende-me por me tomar por estúpida.

Aliás, a sua Ministra da Educação é uma das figuras mais desconcertantes que eu já vi na minha vida. De cada vez que ela fala, tenho a sensação que está a orar na missa de sétimo dia do sistema de ensino e que o que os seus olhos verdadeiramente dizem aos pais deste Portugal é apenas 'os meus sentidos pêsames'.

Não me pesa a consciência por estar a escrever-lhe esta carta. Sabe, é que eu não votei em si para primeiro-ministro, portanto estou à vontade. Eu votei em branco. Mas, alto lá! Antes que você peça ao seu assessor para lhe fazer um discurso sobre o afastamento dos jovens da política, lembre-se, senhor engenheiro: o voto em branco não é o voto da indiferença, é o voto da insatisfação! Mas, porque vos é conveniente, o voto em branco é contabilizado, indiscriminadamente, com o voto nulo, que é aquele em que os alienados desenham macaquinhos e escrevem obscenidades.

Você, senhor engenheiro, está a arriscar-se demasiado. Portugal está prestes a marcar-lhe uma falta a vermelho no livro de ponto. Ah... espere lá... as faltas a vermelho acabaram... agora já não há castigos...

Bem, não me vou estender mais, até porque já estou cansada de repetir 'senhor engenheiro para cá', 'senhor engenheiro para lá'. É que o meu marido também é engenheiro e tenho receio de lhe ganhar cisma.

Esta carta não chegará até si. Vou partilhá-la apenas e só com os meus E-leitores (sim, sim, eu também tenho os meus eleitores) e talvez só por causa disso eu já consiga hoje dormir melhor. Quanto a si, tenho dúvidas.

Para terminar, tenho um enorme prazer em dedicar-lhe, aqui, uma estrofe do episódio do Velho do Restelo. Para que não caia no esquecimento. Nem no seu, nem no nosso.

'A que novos desastres determinas
De levar estes Reinos e esta gente?
Que perigos, que mortes lhe destinas,
Debaixo dalgum nome proeminente?
Que promessas de reinos e de minas
De ouro, que lhe farás tão facilmente?
Que famas lhe prometerás? Que histórias?
Que triunfos? Que palmas? Que vitórias? '

Atenciosamente e ao abrigo do artigo nº 37 da Constituição da República Portuguesa,

Uma mãe preocupada

Porque por vezes, só medicação não chega!

É um anúncio lindo, lindo!!!
Porque é importante o apoio de tudo e de todos, em alguns momentos...
E mais importante, porque me foi enviado pela minha madrinha, que sabe bem a importância dos pequenos gestos em caso de doença!!!

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Aprender

Alguns pensamentos sobre a aprendizagem que podemos ter com a vida e acima de tudo com os amigos e as pessoas que nos rodeiam!
Recebi-os hoje e, como algumas das coisas que me tocam, decidi partilhar!
Imagem: Gettyimages

Aprendi....
que ninguém é perfeito

enquanto não te apaixonas.

Aprendi....
que a vida é dura

mas eu sou mais que ela!!

Aprendi...
que as oportunidades nunca se perdem

aquelas que desperdiças... alguém as aproveita.

Aprendi ...
que quando te importas com rancores e amarguras

a felicidade vai para outra parte.

Aprendi...
que devemos sempre dar palavras boas...

porque amanhã nunca se sabe as que temos que ouvir.

Aprendi...
que um sorriso

é uma maneira económica de melhorar o teu aspecto.

Aprendi...
que não posso escolher como me sinto...

mas posso sempre fazer alguma coisa.

Aprendi...
que quando o teu filho recém-nascido segura o teu dedo na sua mão

têm-te preso para toda a vida.

Aprendi...
que todos querem viver no cimo da montanha...

mas toda a felicidade está durante a subida.

Aprendi...
que temos que gozar da viagem

e não apenas pensar na chegada.

Aprendi...
que o melhor é dar conselhos só em duas circunstancias...

quando são pedidos
e quando deles depende a vida.

Aprendi...
que quanto menos tempo se desperdiça...

mais coisas posso fazer.

E pessoalmente, estes pensamentos fizeram-me pensar e assumir que...

Aprendi...
Que não sei tudo...
E todos os dias posso aprender algo novo.

Aprendi...
Que não sou perfeita...
Mas as imperfeições tornam-me única.

Aprendi...
Que não tenho de gostar de toda a gente...
Mas devo respeitar as diferenças de cada um.

E mais do que tudo
Aprendi...
Que se deve viver um dia de cada vez...
Pois não vale a pena antecipar o amanhã se for para não viver o hoje!!!

Respostas ideiais

Uma resposta de um hotel sobre a possibilidade de se levar o cão.
Não consegui deixar de sorrir e, tendo uma irmã criadora de cães, aqui fica a ideia:

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Ninguém é de Ninguém

Uma música que eu gosto muito e que me diz bastante.
Dedicada a... e todos os que a sentirem no coração!

Conta-me histórias
A que eu gostaria de voltar
Tenho saudades de momentos
Que nunca mais vou encontrar
A vida talvez sejam só 3 dias
Eu quero andar sempre devagar
Até a ti chegar
Ninguém é de ninguém
Mesmo quando se ama alguém
Ninguém é de ninguém
Quando a vida nos contém
Ninguém é de ninguém
Quando dorme a meu lado
Ninguém é de ninguém
Quando fico acordado vendo-te dormir
Um raio de sol através de um vidro
Faz-me por vezes hesitar
Na vontade de estar contigo
Pelo dia paira no ar.
Paira no ar
Ninguém é de ninguém
Mesmo quando se ama alguém
Ninguém é de ninguém
Quando a vida nos contém
Ninguém é de ninguém
Quando dorme a meu lado
Ninguém é de ninguém
Quando fico acordado vendo-te dormir

domingo, 26 de outubro de 2008

Reflexão Paulo Coelho

Quanta profundidade nesta pequena reflexão!
Num mundo cada dia mais egoísta, narcisista, em que as pessoas se centram em si e acham que tem toda a razão e são insubstituíveis (já me incluí várias vezes nessa categoria)... faz bem parar e reflectir sobre o que está implícito nestas 2 linhas!

"Não devemos julgar a vida dos outros, porque cada um de nós sabe da sua própria dor e renúncia. Uma coisa é achar que você está no caminho certo. Outra é achar que seu caminho é o único."

Foto: Reuters, in InfoPlantão

Sobre a Virgula

Um texto interessantíssimo, elaborado pela Associação Brasileira de Imprensa, que exemplifica claramente o poder de um pequeno sinal de pontuação como ... a virgula.

Muito legal a campanha dos 100 anos da ABI (Associação Brasileira de Imprensa).

1. Vírgula pode ser uma pausa... ou não.

Não, espere.

Não espere.


2. Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.


3. Pode ser autoritária.

Aceito, obrigado.

Aceito obrigado.


4. Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.


5. E vilões.

Esse, juiz, é corrupto.

Esse juiz é corrupto.


6. Ela pode ser a solução.

Vamos perder, nada foi resolvido.

Vamos perder nada, foi resolvido.

7. A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.

Não, queremos saber.


Uma vírgula muda tudo.


ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.


Detalhes Adicionais

SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.


- Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER.
- Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM.

Pensamentos diversos

Recebi hoje vários mails com ideias interessantes e pensamentos e formas de encarar a vida que, como já referi várias vezes, não sendo originais são difíceis de implementar todos os dias.
E há para todos os gostos, passando pela forma de viver a vida, aos ensinamentos que a idade nos traz (e eu estou quase a chegar à indicada) a uma oração diferente, uma forma diferente de "orar", com imagens lindíssimas.
Apreciem:



sexta-feira, 24 de outubro de 2008

A mãe invisível

Um texto lindíssimo dedicado a todas as mães, em especial à minha!

The Invisible Mother......

It all began to make sense, the blank stares, the lack of response, the way one of the kids will walk into the room while I'm on the phone and ask to be taken to the store.
Inside I'm thinking, 'Can't you see I'm on the phone?

Obviously, not.

No one can see if I'm on the phone, or cooking, or sweeping the floor, or even standing on my head in the corner, because no one can see me at all.

I'm invisible.

The invisible Mom.


Some days I am only a pair of hands, nothing more: Can you fix this? Can you tie this? & Can you open this?
Some days I'm not a pair of hands; I'm not even a human being. I'm a clock to ask, 'What time is it?'; I'm a satellite guide to answer, 'What number is the Disney Channel?' ;I'm a car to order, 'Right around 5:30, please.'

One night, a group of us were having dinner, celebrating the return of a friend from England . Janice had just gotten back from a fabulous trip, and she was going on and on about the hotel she stayed in. I was sitting there, looking around at the others all put together so well. It was hard not to compare and feel sorry for myself. I was feeling pretty pathetic, when Janice turned to me with a beautifully wrapped package, and said, 'I brought you this.'
It was a book on the great cathedrals of Europe . I wasn't exactly sure why she'd given it to me until I read her inscription: 'To Charlotte , with admiration for the greatness of what you are building when no one sees.'

In the days ahead I would read - no, devour - the book.
And I would discover what would become for me, four life-changing truths, after which I could pattern my work:

- No one can say who built the great cathedrals - we have no record of their names.

- These builders gave their whole lives for a work they would never see finished.

- They made great sacrifices and expected no credit.

- The passion of their building was fueled by their faith that the eyes of God saw everything.

A legendary story in the book told of a rich man who came to visit the cathedral while it was being built, and he saw a workman carving a tiny bird on the inside of a beam. He was puzzled and asked the man, 'Why are you spending so much time carving that bird into a beam that will be covered by the roof? No one will ever see it.' And the workman replied, 'Because God sees.'


I closed the book, feeling the missing piece fall into place.
It was almost as if I heard God whispering to me, 'I see you, Charlotte . I see the sacrifices you make every day, even when no one around you does. No act of kindness you've done, no sequin you've sewn on, no cupc ake you've baked, is too small for me to notice and smile over. You are building a great cathedral, but you can't see right now what it will become.'


At times, my invisibility feels like an affliction. But it is not a disease that is erasing my life. It is the cure for the disease of my own self-centeredness. It is the antidote to my strong, stubborn pride.


I keep the right perspective when I see myself as a great builder. As one of the people who show up at a job that they will never see finished, to work on something that their name will never be on.


When I really think about it, I don't want my daughter to tell the friend she's bringing home from college for Thanksgiving, 'My Mom gets up at 4 in the morning and bakes homemade pies, and then she hand bastes a turkey for three hours and presses all the linens for the table.' That would mean I'd built a shrine or a monument to myself. I just want her to want to come home. And then, if there is anything more to say to her friend, to add, 'you're gonna love it there.'


As mothers, we are building great cathedrals. We cannot see if we're doing it right. An d one day, it is very possible that the world will marvel, not only at what we have built, but at the beauty that has been added to the world by the sacrifices of invisible women.


Great Job, MOM!


Hope this encourages you when the going gets tough as it sometimes does. We never know what our finished products will turn out to be because of our perseverance.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

PARABÉNS!!!!

Hoje os meus pais fazem anos!!!
Cada vez que digo isto, pensam que fazem anos de casados.
Mas não, até porque estão separados há muitos anos e finalmente divorciados!

Hoje é o dia de aniversário dos meus pais!

E se forem necessárias provas sobre o facto de nascer no mesmo dia, mês, ano, não significar que as pessoas tenham feitios semelhantes, basta olharem para os meus pais.

Tenho muito orgulho nos meus pais, com os seus defeitos e qualidades, e nas diferenças entre eles que fizeram com que eu e a minha irmã crescêssemos as pessoas que somos hoje (será que é um elogio?).
Cada um com o seu feitio e maneira de ser, não posso dizer que algum deles não tenha sido presente (à sua maneira) ou procurado sempre o melhor para os(as) filhos(as).
Costumo dizer que herdei os piores defeitos de cada um deles e que quando fizerem a distribuição das qualidades e defeitos dos pais se esqueceram que eles também têm qualidades, mas a verdade é que as suas qualidades e defeitos, os seus valores e as suas crenças, as suas personalidades, tão diferentes e tão vincadas, é que me tornaram a pessoa que sou hoje, com as minhas próprias convicções, mas profundamente apegada à família (mesmo que não o demonstre).

Do meu pai herdei a independência, mas ao mesmo tempo herdei a impaciência e o desapego (aparente) das pessoas e família. E o consumismo exagerado, dizem-me aqui ao lado (exagerado não, moderado, digo eu). E o prazer de oferecer prendas (será uma forma de compensar o aparente "desapego"?

Da minha mãe a força por lutar para que nada falte aos que amo, contra qualquer adversidade. O amor á família, a capacidade de fazer tudo com as minhas próprias mãos, ... e a humildade.

Dos dois herdei a vontade de tentar ser feliz, seja a que preço for.

Claro que tudo tem o seu lado bom e o seu lado mau, mas no seu aniversário, o que interessa e quero aqui transmitir publicamente é que são os pais que tenho, não os trocava por nada no mundo (mesmo que às vezes o pareça sentir) e... hoje são oficialmente IDOSOS!!!

Ninguém o diria, olhando para qualquer um deles, que são oficialmente TERCEIRA IDADE (hehehe), pois cada dia que passa tem o espírito mais jovem (por vezes em demasia).

A separação fez-lhes bem aos dois e conseguiu fazer com que duas pessoas profundamente infelizes conseguissem viver felizes, à sua maneira, sem o sacrifício diário de terem de lidar uma com a outra e com as suas personalidades e formas de encarar a vida.

E como a idade está no espírito e não no BI (ao contrário do que as pessoas possam pensar), só tenho a dizer que espero chegar a ser uma "idosa" tão em forma e jeitosa como os meus pais, e ter um dia de aniversário rodeada pela família, filhos e aqueles que realmente são importantes para mim, como eles tiveram!!!

E como "idosos" já são e o dia está a acabar... é começar a planificar a dos 70 anos!!! Em grande!!!

Parabéns papá e mamã!!!!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Pensamentos de Drumond de Andrade

Alguns pensamentos/definições que recebi, atribuidos a Drumond de Andrade, para reflectir.

Eterno:
É tudo aquilo que dura apenas uma fracção de segundo, mas com tamanha intensidade que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata!

Fácil / Difícil:
  • Fácil é ouvir a música que toca,
    Difícil é ouvir a sua consciência. Acenando o tempo todo, mostrando as nossas escolhas erradas.
  • Fácil é ditar regras,
    Difícil é segui-las. Ter a noção exacta das nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.
  • Fácil é perguntar o que deseja saber,
    Difícil é estar preparado para ouvir essa resposta. ou querer entender a resposta.
  • Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade,
    Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.
  • Fácil é dar um beijo,
    Difícil é entregar a alma. Sinceramente, por inteiro.
  • Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida,
    Difícil é entender porque pouquíssimas delas te vão aceitar como és e te fazer feliz por inteiro.
  • Fácil é ocupar um lugar na agenda telefónica,
    Difícil é ocupar o coração de alguém. saber que se é realmente amado.
  • Fácil é ver aquilo que queremos enxergar,
    Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto. Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.
  • Fácil é sonhar todas as noites,
    Difícil é lutar por um sonho.
  • Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar,
    Difícil é mentir para o nosso coração.
  • Fácil é dizer "olá" ou "como estás?",
    Difícil é dizer "adeus". Principalmente quando somos culpados pela partida de alguém das nossas vidas...
  • Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados,
    Difícil é sentir a energia que é transmitida. Aquela, que toma conta do nosso corpo como uma corrente eléctrica quando tocamos a pessoa certa.
  • Fácil é querer ser amado,
    Difícil é amar completamente só. Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e entregar-se. E aprender a dar valor somente a quem te ama.
  • Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir,
    Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. e com confiança no que diz.
  • Fácil é falar quando se tem palavras em mente que expressem a nossa opinião,
    Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.
  • Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre essa situação,
    Difícil é viver esta situação e saber o que fazer. Ou ter coragem para o fazer.
  • Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo nos deixa irritados,
    Difícil é expressar amor por alguém que realmente nos conhece, nos respeita e nos entende. E é assim que perdemos pessoas especiais.
Adoro estes textos, que me foram enviados com uma apresentação feita com imagens do carnaval de Veneza, com as suas máscaras tão conhecidas.
E a verdade é que vivemos tapados por máscaras invisíveis.
Todos optamos pelo fácil e apesar de conhecer o difícil escolhemos colocar a máscara e fingir que está tudo bem.
Todos vivemos com uma máscara, tentando agradar a tudo e a todos, não falhar a ninguém, manter as aparências e muitas vezes receamos ser verdadeiros, tirar a máscara e assumir o difícil, não pela dificuldade da questão, mas pela forma como seremos encarados.
A maioria prefere estar no meio de uma multidão de máscaras, de hipocrisia, falsidade, facilidade do que assumir a diferença, escolher o caminho difícil mas, no fim do dia, ter a consciência tranquila.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Amores e Desamores 6

Naquela noite decidiram variar.
Estava lua cheia, já se começava a sentir o calor das noites quentes de Verão a aproximarem-se e acima de tudo não havia muita gente na rua - também há que assumir que era dia de semana e meio do mês, estavam todos a rezar pelo fim do mês e pela chegada do salário.
Em vez de irem para o bar do costume, onde estavam todos os amigos de sempre e as conversas de sempre, decidiram dar as mãos e ir passear pelas ruas e vielas daquele bairro de que tanto gostavam.
Ela nem ligava a nada, caminhando lentamente ao lado dele, sentindo o corpo dele quando a abraçava e caminhavam assim, colados lado a lado, falando de tudo e de nada.
Quando chegaram ao miradouro decidiram sentar-se a admirar aquela fabulosa vista da parte antiga da cidade e foi aí, quando ele lhe agarrou na mão e lhe disse que tinha uma coisa para lhe dizer... que o coração dela deu um salto.
Desde que tinham começado a namorar, ela sempre sentira no seu coração que algo tinha de estar mal, que não podia ser tudo assim tão fácil.
Sempre se achara o patinho feio, desinteressante e estar ali, ao lado dele, depois de tanto tempo, parecia quase um sonho.
Desde que namoravam tudo parecia irreal e se é verdade que sempre tinha tido a suspeita que ele a enganara uma vez ou outra, ele sempre negara e ela não tinha motivos para duvidar dele, a não ser aquele estúpido sexto sentido... aquela vozinha na cabeça que lhe dizia que ela era inocente demais em confiar assim tão cegamente nele, em ser tão apaixonada, louca por aquele homem.
E agora ali estava ele, com os seus olhos verdes profundamente cravados nos dela, agarrando-lhe na mão e a dizer que tinha uma coisa para lhe contar. E aqueles olhos não mentiam, o que ele queria dizer era sério!
Será que queria acabar o namoro?
Mas estava tudo tão bem, estavam tão bem os dois!
- Lembraste de me teres pedido para ser sempre sincero contigo, mesmo que fosse difícil, que doesse, mas que sempre preferiste a sinceridade à mentira?
- Lembro. E é verdade que prefiro mil vezes que sejas honesto, por muito que me vá doer, a descobrir que me andaste a mentir.
Foi só o que ela conseguiu responder, já com o coração aos pulos, pressentindo o que ali vinha...
- E que andas há que tempos convencida que eu te enganei, que te "traí" mas eu sempre neguei?
Neste ponto ela já só conseguia acenar, em concordância, fazendo um esforço para parecer "descontraída" e para que ele não visse como tinha o coração a querer sair do peito, sem acreditar que ele lhe ia confessar que a tinha enganado, ou que tinha feito algo...
- Pois bem, eu nunca pensei vir a contar-te isto, mas eu amo-te mais do que a qualquer coisa no mundo e não quero que existam segredos entre nós. Eu sempre neguei que te tenha enganado ou que tenha tido alguma coisa com outra pessoa porque realmente não o sinto como sendo uma traição, pois é a ti que eu amo e é contigo que quero estar, mas a verdade é que as tuas suspeitas tinham "algum" fundamento, pois naquele fim de semana que passei no Algarve com o pessoal....
Ele hesita e ela sente que já não aguenta mais. Sabe o que ele vai dizer, sabe a dor que aquelas palavras lhe estão a causar, mas tem de manter a compostura, afinal foi ela que lhe disse que tinham de ser sinceros.
Mas sente a faca a entrar-lhe na carne, abrindo caminho por entre as entranhas do seu corpo, procurando o coração.
- Quando saímos e passámos a noite na discoteca.... eu fartei-me de beber.... e acabei por curtir com a Vera. Mas posso garantir que foi só curtir na discoteca, que não passou disso e que ela não significa nada para mim. Aconteceu uma vez, nunca mais aconteceu nem acontecerá, pois é a ti que eu amo e é contigo que estou e quero estar!!! - diz ele, muito rapidamente, como quem quer acabar com aquilo depressa, como quem tira um penso rápido de uma ferida, só que a ferida era uma mentira há muito calada.
Ela já não conseguia pensar, as lágrimas corriam-lhe pela cara, mais forte que ela, não as conseguia controlar nem sentir, e a voz tinha emudecido dentro dela.
Só sentia que a faca tinha finalmente atingido o coração e agora se entretinha a dilacerar o que dele restava.
Com a Vera? A Vera? A ex dele que passava a vida a telefonar, metida dentro de casa, a arranjar desculpas para se encontrar com ele!!!
A Vera que não escondia que o queria ter de volta, que o comia com os olhos, mesmo quando ele estava com ela!!!
Foi com essa pessoa que ele escolheu traí-la???
E era agora, depois de ela ter insistido, depois de ela ter perguntado tantas vezes... naquela noite que ela estava tão bem, tão feliz, que ele escolhia vir ter com ela e contar-lhe aquilo?
Espetava-lhe uma faca no coração no momento em que ela estava mais confiante, em que ela realmente tinha acreditado nele e escolhido ignorar aquele maldito sexto sentido que lhe dizia que ele a enganava!!!
- Não chores, por favor não chores! - repetia ele enquanto lhe enxugava as lágrimas que teimavam em cair pela cara, sem conseguisse evitar, até porque ela não queria chorar, ele não merecia as suas lagrimas!
- Eu só te estou a contar isto porque sempre me pediste para ser honesto e porque não quero que existam segredos entre nós. Se soubesse que ias ficar assim nunca te teria dito nada! - repetia ele, sem saber como reagir.
Ela continuava sem conseguir falar, sem conseguir pensar, sem conseguir reagir.
Se por um lado era verdade que ela sempre lhe tinha dito que queria poder confiar nele e preferia saber tudo a sentir-se enganada e saber por terceiros que estava certa, por outro lado o coração sangrava com aquela facada que ele tinha espetado de surpresa e a cabeça dizia que ela tinha era de se afastar, ir embora, sair daquela relação.
Levantou-se, precisava de ar, de respirar, de sair dali, sair de perto dele, precisava.... nem sabia do que precisava.
Ele levantou-se e seguiu-a.
- Fala comigo! Diz-me o que sentes, o que se passa? - a voz dele era quase de desespero, mas ela não conseguia ouvir nada.
Na cabeça dela só via a imagem dele, do homem que ela amava, em quem confiara, a "curtir" com a ex, que sempre tinha feito o possível por os afastar, por ficar com ele.
E ela tinha "ganho". Ele tinha demonstrado que os sentimentos que tinham não eram fortes o suficiente para resistir.
E se ele dizia "curtir" de certeza que tinha sido muito mais que isso!!!
E mais que uma vez, pois o fim de semana fora de 3 dias e ela sabia do que a outra era capaz.
- Amor, por favor, fala comigo. Eu sou louco por ti e a última coisa do mundo que quero é perder-te! Mas tinha de te dizer, tinha de te fazer ver que podes confiar em mim e que nunca mais vai acontecer e que podemos superar isto! Não quero que existam nunca mais segredos entre nós. - dizia ele, enquanto a seguia pela calçada fora.
O descaramento, nunca a tinha chamado de amor, mas agora que a tinha enganado vinha para aqui com palavras carinhosas.
Mas ele não fizera mais do que aquilo que ela procurara, do que ela lhe pedira!
Ela tanto insistira que ele fora sincero, por isso porque estava assim?
Porque tinha aquela dor que lhe atravessava o corpo?
Porque as lágrimas teimavam em cair, apesar de todos os esforços dela para não chorar?
Porque não conseguia parar de amar aquele homem, que a tinha enganado, que a tinha esfaqueado quando ela menos esperava?
Porque insistira para que fossem sempre honestos, se não estava preparada para ouvir a verdade?
Tantas questões, tantas dúvidas, e ela só queria ir embora, desaparecer, acordar e perceber que foi tudo um sonho.
Ela tinha tido tantas oportunidades de o enganar e nunca sequer tinha pensado nisso, mas ele tinha cedido!
Era bem verdade que para um homem basta uma oportunidade e um rabo de saia que esquecem logo amores e paixões - era o que lhe atravessava a mente enquanto ele a seguia, sem saber o que dizer, o que fazer, como reagir.
Obrigou-se a parar, a sentar, a olhar para ele.
Tentou olhar-lhe para dentro daqueles olhos que ela tanto amara, tanto amava, mas não conseguiu.
Não conseguiu porque não sabia distinguir se o que via neles era arrependimento do que fez ou arrependimento de lhe ter dito.
Tentou falar, mas a voz não saiu.
Ele agarrou-lhe na mão, mas também não disse mais nada, esperando que aquele toque servisse para a reconfortar, quem sabe convencer dos seus sentimentos.
Não sabia bem o que queria dizer, nem o que queria fazer, pois se a razão lhe dizia para se afastar, o coração dizia que amava aquele homem e que se ele tinha tido a coragem de confessar a sua falta, merecia que lutasse pelo seu amor.
Tentou apagar da cabeça as imagens dele com ela, as inúmeras vezes em que ele tinha negado que tivesse existido mais alguma coisa depois de terem começado a namorar, tentou apagar tudo...
E falou, melhor falaram....
Falaram durante horas, falaram até à exaustão, falaram de todos os porquês de ter acontecido, dos porquês de ter negado, dos porquês de ele(s) querer(em) continuar a relação e do que esperava(m) daquela relação.
No final daquela longa conversa, quando estavam a caminhar de regresso ao carro e para junto dos amigos, ela soube, teve a certeza...
O namoro iria continuar, pois ela amava demais aquele homem e queria acreditar que ele era honesto com ela.

N.R.: O namoro continuou, mas ela nunca mais conseguiu confiar nele.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Quando um homem ama uma mulher

Ou uma mulher um homem...

When a man loves a woman,
Can't keep his mind on nothin' else,
He'd change the world for the good thing he's found.
If she is bad, he can't see it,
She can do no wrong,
Turn his back on his best friend if he put her down.
When a man loves a woman,
He'll spend his very last dime
Tryin' to hold on to what he needs.
He'd give up all his comforts
And sleep out in the rain,
If she said that's the way
It ought to be.
Well, this man loves you, woman.
I gave you everything I have,
Tryin' to hold on to your heartless love.
Baby, please don't treat me bad.
When a man loves a woman,
Down deep in his soul,
She can bring him such misery.
If she is playin' him for a fool,
He's the last one to know.
Lovin' eyes can never see.
When a man loves a woman
he can do her no wrong,
he can never want
some other girl.
Yes,When a man loves a woman
I know exactly how he feels,
'Cause baby, baby, you're my world
When a man loves a woman....

Corrida de Canoa

Já recebi várias vezes esta apresentação, mas cada dia que passa e à medida que me vou dando conta do que se passa em meu redor, cada vez mais a acho pertinente e actualizada.
Infelizmente eu vivi isto pessoalmente e ao falar com os meus amigos e colegas apercebo-me que é a realidade em muitas das empresas portuguesas (e mundiais).
Trabalhar, ser produtivo e feliz não nos leva a nenhum lado.
É necessário ser completamente improdutivo, viver de aparências e coisas inúteis para se subir e ser reconhecido.
E depois admiram-se da crise mundial!!!
Se vivemos numa era em que os que não fazem nada são premiados com salários milionários e todo o tipo de regalias, enquanto os que viviam e trabalhavam felizes são cada vez mais soterrados em problemas, trabalho, reclamações até chegarem à exaustão, infelicidade e finalmente saírem ou serem despedidos do local onde outrora eram felizes... que esperar senão uma crise económica?!
Alguns, como eu, que acreditam no Pai Natal, até tem de experimentar duas vezes para terem a certeza que são mesmo explorados e infelizes em vez de não fazerem nada e serem reconhecidos "competentes"... é a triste realidade dos nossos dias!

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