sábado, 10 de julho de 2010

O relógio do coração

Mais um mail recebido e que merece ser partilhado.
Talvez porque já sou (finalmente e milagrosamente) mãe, 
talvez porque as minhas hormonas é depois da gravidez que me fazem ficar sentimental, 
talvez por ver a minha filha crescer tão depressa e ao fim de tão pouco tempo já ter saudades dela em bebé,
talvez porque a cada dia que passa me aperceba que devemos valorizar o momento presente e as coisas boas da vida,
talvez porque o tempo não pára nunca e é mais valioso do que imaginamos,
talvez porque há muita coisa que eu ainda não fiz e gostaria de ter feito, mas que não valorizo tanto como tudo o que já vivi e aprendo a cada dia, 
talvez porque me sinto feliz e realizada, com uma família que me apoia e com um amor que me completa e uma filha que me alegra cada dia,
por todos estes talvez, é que é importante parar e pensar no nosso relógio do coração!

O RELÓGIO DO CORAÇÃO

"Tudo tem o seu tempo determinado e há tempo para todo propósito debaixo do céu: há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de chorar e tempo de rir; tempo de abraçar e tempo de afastar-se; tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz."(Eclesiastes)


Há tempos em nossa vida que contam de forma diferente.
Há semanas que duraram anos, como há anos que não contaram um dia.
Há paixões que foram eternas, como há amigos que passaram céleres, apesar do calendário nos mostrar que ficaram por anos em nossas agendas.
Há amores não realizados que deixaram olhares de meses, e beijos não dados que até hoje esperam o desfecho.
Há trabalhos que nos tomaram décadas de nosso tempo na Terra, mas que nossa memória insiste em contá-los como semanas.
E há casamentos que, ao olhar para trás, mal preenchem os feriados da folhinha.
Há tristezas que nos paralisaram por meses, mas que hoje, passados os dias difíceis, mal guardamos lembrança de horas.
Há eventos que marcaram, e que duram para sempre: o nascimento do filho, a morte da avó, a viagem inesquecível, o êxtase do sonho realizado.
Estes têm a duração que nos ensina o significado da palavra “eternidade”.
Já viajei para a mesma cidade uma centena de vezes, e na maioria das vezes o tempo transcorrido foi o mesmo.
Mas conforme meu espírito, houve viagem que não teve fim até hoje, como há percurso que nem me lembro de ter feito, tão feliz estava eu na ocasião.
O relógio do coração, hoje descubro, bate noutra frequência daquele que carrego no pulso.
Marca um tempo diferente, de emoções que perduram e que mostram o verdadeiro tempo da gente.
Por este relógio, velhice é coisa de quem não conseguiu esticar o tempo que temos no mundo.
É olhar as rugas e não perceber a maturidade.
É pensar antes naquilo que não foi feito, ao invés de se alegrar e sorrir com as lembranças do que viveu.
Pense nisso. E consulte sempre o relógio do coração: ele lhe mostrará o verdadeiro tempo do mundo.
Imagem retirada da Internet

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