sábado, 3 de maio de 2008

Feliz Dia Da Mãe

Hoje é dia da MÃE!!!

E digo MÃE porque não há nada melhor nem maior realização no mundo do que ser MÃE!

Apesar da tristeza de não ser mãe (e não dar netos à minha), queria aqui deixar um enorme beijo a todas as mães que conheço, amigas, primas, tias, irmã, avó, mãe, etc.

Mas em especial, não podia deixar de falar das MÃES que marcaram a minha vida.

  1. A minha avó.
    Com o seu feitio, a sua maneira de pensar de há quase dois séculos, todos os seus defeitos e virtudes. Mas que é e sempre foi uma mulher de coragem, que mudou de país e conseguiu construir uma fortuna ao lado do marido, criar 3 filhos e um futuro para os netos. E quando lhe retiraram tudo à força, já com mais de meio século de vida, regressou e reconstruiu uma vida, com coragem, força e determinação.
    Que tem as suas manias (não as temos todos), com os seus santos (ok… exagera por vezes), com as suas crenças e doenças (já tem idade para isso), com os seus favoritismos (conhecidos de todos e que já fazem parte dela), mas é um exemplo de como sobreviver a todas as dificuldades que a vida nos coloca e mesmo assim manter a coragem e ter uma família que se reúne à sua volta.
    E que, com aquela idade (quase 88 anos)já usa as calças e roupa mais desportiva (a vitória do conforto ou do frio?), com sabe trabalhar o telemóvel, dvd, cartão Multibanco e só não trabalha com um computador porque é… casmurra (mas isso é de família e sai à neta - a mais nova, claro)!

  2. A minha madrinha.
    Que esteve sempre a meu lado quando precisava.
    Que superou um cancro com coragem, força e determinação.
    Que luta pela sua família e que procura superar todas as pedras que lhe colocam no caminho com cara alegre.
    Que também teve de reiniciar a sua vida, depois de ter crescido noutro continente e com outras condições. E que apesar de tudo o que passou, sofreu, sofre… ainda escreve, se dedica às netas e sofre em silêncio pelo que a fazem viver.
    Enfim, que … é a minha madrinha, um exemplo.

  3. A minha irmã.
    Que apesar das dificuldades, vive a vida que escolheu, a fazer o que sempre disse que faria.
    Com os “filhos” que sempre escolheu ter e junto do homem que a consegue “aturar” e a compreende e com quem partilha a paixão.
    E que apesar do seu mau feitio e de estar sempre às “turras” comigo é e será sempre… a minha irmã – uma mãe dedicada aos seus “filhos” - e em breve netos.
  4. E por último, mas mais importante que todas as outras, à minha mãe!
    Não há palavras para descrever o quanto me serve de exemplo!
    A importância que tem e terá na minha vida.
    A coragem que teve e tem… Uma pessoa que tinha tudo e que se viu forçada a mudar de país e recomeçar do zero, com 2 filhos pequenos e outra quase a nascer.
    Que passou dificuldades e privações para dar aos filhos tudo o que podia.
    Que trabalhava noite e dia para que nada faltasse.
    Que sofreu a perda do único filho e apesar de nunca ter superado a dor (tal como o meu pai – mas que pais superam a dor de perder um filho, especialmente de forma brutal?) conseguiu seguir e esconder a dor pelas filhas e continuar com coragem.
    Que voltou a estudar depois dos 50 e que se licenciou, fez uma tese fabulosa e tirou um mestrado enquanto trabalhava e cuidava das filhas.
    Que não deixa de trabalhar para garantir que nada falta às filhas, apesar de poder estar a gozar a sua reforma e fazer o que quiser.
    Que está lá sempre que preciso dela (ou quando acha que posso precisar) e que me apoia e incentiva em tudo o que faço (mesmo que não o diga directamente).
    Que nunca me disse “eu avisei” quando eu caía da minha nuvem e que sempre me deixou fazer as minhas asneiras (de qualquer forma eu sempre as faria).
    Que tem pavor que ande de mota, mas nunca disse nada!
    Que finalmente chegou ao divórcio e pode seguir com a sua vida, sempre tentando não falar ou influenciar opiniões e incentivando contacto com o meu pai (não que fosse importante para mim, pois para mim pais são pais e um divorcio implica sempre “culpa” dos dois lados...).
    Que me faz muitas vezes sentir pena de não lhe dar os netos que gostava de ter e mesmo assim diz que não se importa, pois “adopta” netos nas crianças que ensina!
    Que sofre com as carências dos miúdos que ensina e que os ajuda não só em termos de ensino mas com apoio mais “material” (roupas, equipamentos, livros e acima de tudo muito amor).
    Que passou de “Sra. directora”, com as suas saias e saltos altos, para uma mãe moderna e desportiva (só tem de parar de ter a roupa igual à minha e mais pares de ténis que eu), jovial, que não parece ter a idade que tem (mas nisso os meus pais são iguais).
    Que gostava de me ver feminina de saias e saltos altos, mas que não critica o andar de roupa larga.
    Que é brutalmente honesta quando não estou bem vestida – sim… que mãe (a não ser a minha) se vira para a filha e diz “Estás gorda. Está na hora de fazeres dieta!”? E que sabe o que dizer quando não quer que eu compre algo que me fica mal mas que eu adoro…
    Que me conhece melhor que qualquer outra pessoa (e eu sou muito difícil de conhecer… escondo bem as minhas cartas) e me defende com unhas e dentes, apesar de todos os defeitos.
    Que teve uma grande paralisia facial e que teve de fazer meses e meses de tratamento e mesmo assim se recusou a faltar às aulas para os alunos não perderem! E suportou em silencia a mágoa de ser ver “transfigurada” (apesar de para mim continuar e ter sempre sido a mais bonita mãe do MUNDO).
    Que sofre da Doença de Meunier (será que é assim que se escreve?) mas se recusa a deixar abater por isso… (apesar das casmurrice e dos sustos que por vezes me dá).
    Tanta, tanta coisa que podia dizer sobre a minha mãe…
    Mas basta dizer que, sem o seu apoio (mesmo à distância, muitas das vezes), sem o seu exemplo, sem a força serena e sofrida que sempre me transmitiu, sem os seus conselhos (muitas vezes depois da queda – mas eu também só os ouço nessa altura), sem a sua presença – não seria metade da pessoa que me orgulho de ser hoje!

Em homenagem a todas as que me marcaram, aqui vos deixo algumas fotos para verem como são lindas as mães da minha família (Mana… como sei que detestas…estive quase para não colocar nenhuma tua… mas não resisti a colocar esta do ano passado dos meus anos em que estávamos a “conspirar – assim tenho todas as mães que me marcam”).
E como poderão ver pela sequência "desfocada" em que tentei apanhar avó e filhas juntas… quando estamos em frente de um bom almoço… ninguém para quieto!!!
Saliento o facto de verem como a minha mamã foi e é sempre a mãe mais linda do MUNDO E ARREDORES!

Espero que gostem e, novamente, para todas estas MÃES que estão presentes na minha vida, mas muito especialmente para a MINHA – um grande beijo e que tenham um dia muito, muito feliz, junto dos filhos, netos, amigos, família!

1 comentário:

rendadebilros disse...

Tem uma família muito bonita.
Parabéns!

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