- Não precisa ser honesto, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração.
- Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir.
- Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, do sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa.
- Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.
- Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo.
- Deve guardar segredo sem se sacrificar.
- Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão.
- Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados.
- Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar.
- Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa.
- Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objectivo deve ser o de amigo.
- Deve sentir pena das pessoas tristes e compreender o imenso vazio dos solitários.
- Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.
- Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo.
- Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância.
- Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para se contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade.
- Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira da estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.
- Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo.
- Precisa-se de um amigo para se parar de chorar.
- Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas.
- Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para se ter a consciência que ainda se vive.
Um blogue criado para partilhar pensamentos, alegrias, tristezas... o que acontece quando se vive numa nuvem... e por vezes se cai ao chão.
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Procura-se Amigo
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Para todos os professores
- Se é jovem, não tem experiência;
- Se é velho, está ultrapassado.
- Se não tem carro, é um coitado;
- Se tem carro, chora de barriga cheia.
- Se fala em voz alta, grita;
- Se fala em tom normal, ninguém o ouve.
- Se nunca falta às aulas, é parvo;
- Se falta, é um "turista".
- Se conversa com outros professores, está a dizer mal do Sistema;
- Se não conversa, é um desligado.
- Se dá a matéria toda, não tem dó dos alunos;
- Se não dá , não prepara os alunos.
- Se brinca com a turma, é palhaço;
- Se não brinca, é um chato.
- Se chama a atenção, é um autoritário;
- Se não chama, não se sabe impor.
- Se o teste é longo, não dá tempo nenhum;
- Se o teste é curto, tira a oportunidade aos alunos bons.
- Se escreve muito, não explica;
- Se explica muito, o caderno não tem nada.
- Se fala correctamente, ninguém entende patavina;
- Se usa a linguagem do aluno, não tem vocabulário.
- Se o aluno reprova, é perseguição;
- Se o aluno passa, o professor facilitou.
terça-feira, 22 de abril de 2008
Tautologia - sabem o que é?
elo de ligação
acabamento final
certeza absoluta
quantia exacta
nos dias 8, 9 e 10, inclusive
juntamente com
expressamente proibido
em duas metades iguais
sintomas indicativos
há anos atrás
vereador da cidade
outra alternativa
detalhes minuciosos
a razão é porque
anexo junto à carta
de sua livre escolha
superavit positivo
todos foram unânimes
conviver junto
facto real
encarar de frente
multidão de pessoas
amanhecer do dia
criação nova
retornar de novo
empréstimo temporário
surpresa inesperada
escolha opcional
planear antecipadamente
abertura inaugural
continua a permanecer
a última versão definitiva
possivelmente poderá ocorrer
comparecer em pessoa
gritar bem alto
propriedade característica
demasiadamente excessivo
a seu critério pessoal
exceder em muito
segunda-feira, 21 de abril de 2008
O que resta de Deus!
<= o meu tio de gravata!!!
<= o sorriso do autor (é o meu tio!).
domingo, 20 de abril de 2008
Arbitragem em PT - sonho ou pesadelo
Hoje acordei e, finalmente, percebi que a arbitragem de pólo aquático tinha mudado!!!
Quase ao fim dos 4 anos da nova direcção e de 3 direcções… finalmente viu-se um projecto realizado e uma estrutura para a arbitragem. Nem sei dizer a alegria que sinto!
Estou feliz porque depois de ter tirado o curso há quase 11 anos… finalmente apito jogos de forma regular (consegui fazer a reciclagem porque tanto me bati, apitei um torneio de juvenis e passei para as divisões superiores – 2ª e 1ª)
Estou feliz porque valeu a pena não ter voltado a jogar nem me ter ligado a nenhum clube, para não prejudicar a minha carreira de árbitro (embora ache que devia ter dito que queria ser internacional em vez de dizer que queria ser árbitro para ajudar a modalidade… mas o que interessa é que estou a APITAR)!
Estou feliz porque a arbitragem passou a ser uma arbitragem Nacional. Existe um quadro de árbitros definido, categorias que tem de se cumprir, os árbitros são colocados nos jogos de acordo com a sua categoria e o nível do jogo…
Estou feliz porque ligo para o responsável pela arbitragem e tenho uma resposta rápida. Ou no pior dos casos ele responde à minha mensagem ou mail no mesmo dia (acabaram os inúmeros contactos sem resposta). Fico tão mais tranquila, pois sei que tenho um interlocutor para falar.
Estou feliz porque existe um plano de formação e acompanhamento dos árbitros e deixou de se pensar que formar árbitros era dar um curso e explicar as regras e depois eles sabiam tudo e o suficiente para andarem sozinhos sem supervisão. Hoje em dia há um quadro de formadores certificados (CAP) que depois da formação fazem o acompanhamento dos novos árbitros durante um mínimo de 5 a 10 jogos. Não é uma excelente razão para se estar feliz?
Estou feliz porque deixou de se pensar que jogos de infantis, juvenis, juniores, 2ª divisão ou “jogos que não decidem nada” são menos importantes que os outros e todos os jogos de Campeonatos Nacionais (e mesmo regionais) têm sempre 2 árbitros e 2 pessoas nomeadas para a mesa (ok… às vezes só se consegue uma, mas graças às acções de formação nos clubes, todos eles têm pessoas formadas para fazer mesa e que até recebem por isso!)
Estou ainda mais feliz por perceber que a arbitragem deixou de ser uma coisa para amigos e conhecidos e passou a ser uma coisa feita por mérito do árbitro (independentemente de ser do Norte, Sul, Centro… ou Cascos de Rolha)!
Estou feliz porque os clubes foram envolvidos neste processo de mudança. Hoje em dia os treinadores compreendem a dificuldade dos novos árbitros e convidam-nos para praticarem nos seus jogos de treino! E que os treinadores são os primeiros a dar o exemplo.
Estou feliz por a mentalidade de todas as pessoas envolvidas no processo ter mudado, por se pensar na modalidade em primeiro lugar e em protagonismo depois, por se pensar nos árbitros, treinadores, atletas, clubes… como merecedores de respeito…
Nunca pensei estar tão feliz por ser árbitro e fazer parte da equipa de arbitragem em Portugal.
E então se vos disser que estou feliz por….. por…… por …..
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxtrrrrrrrrrrrrrrrrrriiiiiiiiiiiiiiimmxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
O despertador tocou e quase caía da cama….
Já nem me lembro porque estava tão feliz… mas de repente tive um choque de realidade… e vi que não só nada tinha mudado, como as coisas tinham piorado.
A minha vontade começa a ser desistir e deixar de vez a arbitragem!!!
Há anos que se fala, mas nada é feito.
Nunca me quis ligar a nenhuma entidade (e tenho amigos em todas elas) porque me apercebo que na maior parte dos casos o objectivo é poder, ou guerrilhas, ou usar como base de lançamento ou projecção internacional (que me desculpem as pessoas que considero amigas... mas é um sentimento meu).
Já vi algumas mudanças de direcção na FPN… já lidei com muita gente (esta “coisa” de fazer locução, de ter estado na selecção, conhecer muitos jogadores e árbitros internacionais, … permite isso) e aquilo que observo é que cada um critica o predecessor… mas faz igual ou pior!!!
E fico triste… porque vejo uma modalidade a tentar crescer… mas sem bases, sem incentivo, sem moralidade… quer da arbitragem, quer de diálogo, quer de colaboração com clubes e associações.
Hoje em dia assisto a algo que nunca vi antes (se calhar não ligava tanto… sei que é o que vão dizer) … que é o facto de existirem cada vez mais pessoas a desistir de arbitrar, ou por estarem desmoralizadas ou/e por terem perdido a vontade de se investir.
E se há algum tempo eu as criticava por isso… hoje estou a um PEQUENINO passo de fazer parte desse grupo.
Se antes havia guerras entre Norte e Sul… agora sinto uma separação total.
Sinto que quem faz parte do Sul é “palha” para encher… aliás… nem se conta com a maior parte deles.
Diz-se que se deram cursos, que se formaram quadros. Desculpem?!
Provavelmente estou errada (assumo) … mas não se faz um árbitro por dar um curso… para isso, ele vai a qualquer site, descarrega as regras, estuda e passa num exame!!!
Da mesma forma que um jogador demora alguns anos a fazer (há sempre excepções… raras), um árbitro não passa a ser um bom árbitro porque aprendeu (ou decorou) as regras para um exame. Qualquer árbitro precisa praticar muito e acima de tudo ser acompanhado!!! Se possível por quem o formou.
Como se pode falar em criar quadros se as pessoas não são acompanhadas?
É a mesma coisa que reciclagens! Estão previstas nos regulamentos, mas que eu tenha conhecimento, nunca foram feitas (e andei à procura no site da FPN para ver se havia alguma coisa – assumindo na minha inocência que se falamos de um quadro nacional, será a FPN a organizar a reciclagem). Eu ando a pedir uma há algum tempo e… nada.
Muitas pessoas pensam que tenho “medo” de apitar 2ª ou 1ª divisão (como me pediram já várias vezes… na minha função de “tapa-buracos”)… mas trata-se de uma questão de credibilidade, coerência e honestidade (se não para com os outros, para comigo). Se o regulamento diz que um árbitro que não apite há algum tempo, deve descer de categoria ou fazer uma acção de reciclagem, coisa que defendo acerrimamente, porque havia eu de ser diferente?
Quer dizer… até sou diferente… pois recuso-me a apitar jogos de 2ª ou 1ª divisão sem ter passado por isso. Mas infelizmente… os torneios e Campeonatos Nacionais de escalões jovens passam… e eu não sou convocada (não sou caso único… são muitos). Ou melhor ainda… já dei conhecimento desta posição em relação a arbitrar de todas as formas possíveis (pessoalmente, por mail, por msn, para a FPN, etc.)… mas sou ignorada, pois se for preciso até me chama para fazer mesa… mas apitar é só para alguns…
Se calhar devia estar no Norte (e eu DETESTO assumir guerrilhas parvas e “lados”)… mas mesmo os árbitros ou oficiais do Norte se queixam que não são chamados…
Se calhar devia fazer parte do grupo restrito… ou ser mais “intima” de quem de direito…
Não estou com isto a querer criticar quem está a apitar ou a razão porque foi convocado(a)… mas ninguém me explica a razão de tantos árbitros nem serem contactados (inclusive já me ofereci para ir a jogos onde sabia que faltavam elementos da equipa da arbitragem, pagando a deslocação do meu bolso… claro que sem resposta) e de existirem tantos jogos de infantis, juvenis e juniores a serem apitados por árbitros internacionais, só por um árbitro, sempre pelas mesmas pessoas… já para não falar em 2ª divisão que na maior parte das vezes só tem um árbitro (estou a exagerar… um bocadinho) e raramente tem mesa (só mais um bocadinho… pouco… de exagero).
Porque se passa isso?
E não me digam que é por as pessoas nunca estarem disponíveis… porque muitas vezes falo com árbitros (defeito de conhecer muitos) que me dizem que nem foram contactados.
Não percebo porque depois há esta admiração por as pessoas ao fim de algum tempo se cansarem e preferirem privilegiar a sua vida pessoal em detrimento da arbitragem (para onde foram por paixão).
Bolas… se até eu que sacrifiquei sempre a minha vida pessoal pelo pólo (e até aceitava só fazer mesas… e nem receber… ou faltar a jantares de família ou de amigos como já sucedeu esta época), só pelo respeito que as equipas e jogadores me merecem… me sinto “usada”, explorada… e começo a estar cansada… e a pensar que se calhar os outros é que tem razão!!!
E mais cansada fico quando vejo as atitudes tomadas em relação a novos árbitros.
Revolta-me pensar que há pessoas que apitam há imenso tempo e nem uma porcaria de equipamento lhes deram!!! E apitam jogos do Nacional e de seniores (e aqui tanto há pessoas do Norte como do Sul).
Será que equipamento é só para alguns (e eu até tenho… se bem que nem perceba porquê… porque não me deixam fazer reciclagens ou apitar escalões jovens…)???
De que grupo/seita/região deve uma pessoa ser para que possa evoluir e aprender enquanto árbitro?
O que é preciso fazer para que se contactem todos os árbitros existentes para que não seja necessário haver provas inteiras a serem apitadas pelo DTN (para que se possa dedicar à sua função deixando a arbitragem para quem quer ser e seguir a carreira de árbitro)? E nem me falem em filiações… porque nem eu estou filiada (lapso meu que nem me lembrei ou fui lembrada disso) nem muitos dos árbitros que andam a apitar no nacional… e há muitos outros que nunca apitaram e estão como nacionais…
Como fazer com que os clubes não se sintam revoltados com as pessoas que lhes apitam os jogos (e penso que a maioria hoje em dia começa a compreender que não é pela falta de experiência ou conhecimento do árbitro que está a apitar mas sim pela falta de planeamento, organização e acima de tudo… ACOMPANHAMENTO e comunicação). Até porque estes árbitros nem tem a culpa de não ter tido acompanhamento, e até tem a coragem de assumir um desafio, muitas vezes superior às suas capacidades… naquele momento da sua formação/evolução.
Afinal estava tão feliz… e na verdade este pesadelo é real.
Será que algum dia vou deixar de viver este pesadelo (sim… eu vivo as coisas que me apaixonam… e o pólo aquático e a arbitragem sempre me apaixonaram) e conseguir viver aquele sonho que me estava a deixar tão feliz?
Será que algum dia os clubes vão conseguir participar no processo de formação e as pessoas vão ter uma pessoa que dê a cara pela arbitragem e que seja contactável (por muito difíceis que sejam as situações)?
Será que vale a pena continuar a sonhar que para ser árbitro não é preciso fazer parte do grupo A, B ou C que se dá bem com o CA… e basta ser árbitro e estar disponível?
Eu sou idealista… mas cada vez mais penso que não consigo ser assim tão idealista.
E se bem que saiba que a arbitragem tem as suas “ovelhas negras”… hoje em dia não consigo criticar muitos árbitros por terem passado a estar indisponíveis por sistema… Se eu que me disponibilizava sempre ou arranjava maneira de “tapar os buracos” dos outros… me sinto revoltada de ser chamada para apitar jogos de 2ª divisão em 10ª escolha e sem que tenham contactado árbitros mais experientes!!!
Se eu começo a pensar que é melhor ir para a praia e quem faz as convocatórias ou colocou as coisas neste estado que se “lixe”… e sempre fui “comendo e calando” por respeito às equipas… e ia sempre… para que ao menos estivesse lá alguém… mesmo quando estava na rua e nem equipamento tinha... como posso criticar os outros?!
Realmente… nunca estive tão triste com a arbitragem como agora…
Nada mudou (tanta conversa… tanta critica a quem lá estava antes…) só que a “Máfia” passou a ser no Norte em vez de ser do Sul!!!
A decisão que aparentemente terei de tomar….ou vou para o Norte e pode ser que, se for boa menina e me der com as pessoas certas e calar a boca (não comento mais que isto)… vá apitar alguns jogos (que me desculpem os meninos que não apitam mesmo sendo bons árbitros e do Norte)… ou desisto disto… pois o que aparentemente se quer quando se está à frente… é poder… e eu já não tenho idade para andar nestes jogos.
Dei e darei sempre o possível à modalidade… mas pela modalidade e não para que me conheçam!!! Para me conhecerem… não preciso desses protagonismos ou “amizades”…
Fica a tristeza… depois da felicidade… que afinal não passava de um sonho sempre adiado, aparentemente uma utopia sem solução L
sábado, 19 de abril de 2008
Remédio para não envelhecer
Talvez seja do estado de espírito, talvez seja porque não ligo a idades nem ao facto de envelhecer.
Acho que as rugas correspondem ao que aprendemos ao longo da vida e são para manter.
E muitas vezes brinco a dizer que já sou "cota"... porque por mais que eu não pense nisso e ignore, a verdade é que o corpo de vez em quando vai avisando que já não tenho 20 anos...
Como tal, recebi este ficheiro de uma pessoa amiga, dizendo que eu sou a pessoa que melhor sabe envelhecer das que ela conhece (não penso isso... mas agradeço o elogio).
No fundo não passa de uma compilação de "chavões" sobre a vida e a forma de a encarar, bem como o passar dos anos... mas acaba por ser bastante interessante:
REMÉDIO PARA NÃO ENVELHECER:
- Alguns de nós envelhecemos de facto... porque não amadurecemos.
- Envelhecemos quando nos fechamos a novas ideias... e nos tornamos radicais.
- Envelhecemos quando o novo nos assusta.
- Envelhecemos quando pensamos demasiadamente em nós próprios e esquecemos os outros.
- Envelhecemos quando deixamos de lutar.
- Ora... todos estamos matriculados na escola da vida, onde o mestre é o Tempo.
- E se a vida só pode ser compreendida se olharmos para trás, só pode ser vivida se olharmos para a frente.
- Na juventude aprendemos; com a idade compreendemos.
- Os Homens são como os vinhos: a idade estraga os maus, mas melhora os bons.
- Envelhecer não é preocupante, mas ser olhado como um velho é que é!
- Envelhecer é passar da paixão à compaixão.
- Nos olhos do jovem arde a chama; nos do velho brilha a luz.
- Como tal, não existe idade, visto que somos nós que a criamos.
- Se não acreditares na idade, não envelhecerás até ao dia da tua morte.
- Pessoalmente, não tenho idade - tenho vida!
- Não deixes que a tristeza do passado e o medo do futuro te estraguem a alegria do presente.
- A vida não é curta, as pessoas é que ficam mortas tempo demais.
- A passagem do tempo deve ser uma conquista e não uma perda.
Espero que gostem e que... de alguma forma... consigam aplicar na vida quotidiana.
sexta-feira, 18 de abril de 2008
Traição e mentira
Pode ser a traição a uma pessoa, a traição aos nossos valores pessoais, mentir aos outros ou a nós próprios, enganar alguém....
Mas a verdade é que no fim... quem acaba sempre mais decepcionado, mais sozinho com tudo isso... é a pessoa que traiu, a pessoa que mentiu.
Estava a pensar nisto em relação ao trabalho e em relação ao "amor".
É impressionante o quanto sou idealista ou sonhadora... se calhar nasci no século errado... ou no sítio errado...
Não consigo compreender a mentira, a hipocrisia (para mim é uma variação da mentira) no local de trabalho (seja ele um trabalho remunerado ou um trabalho voluntário).
Não consigo compreender porque é que as pessoas não podem ou conseguem expressar a sua opinião e acedem a mentir ou mentir-se... seja porque razão for!
Aliás... até compreendo, tenho é muita dificuldade em aceitar... mas sei que isso sou eu!
Hoje em dia é tão normal trair e mentir que as pessoas já o fazem inocentemente e inconscientemente.
Mente-se aos colegas porque se quer ser melhor, saber mais...
Mente-se aos superiores para lhes agradar, para podermos subir...
Trai-se quem for preciso para se subir nas escada do poder... e se for preciso colocar entraves em quem se mete no caminho... nem se hesita.
Hoje em dia é raro encontrar pessoas que façam o que gostam, por amor à camisola, à empresa... ao que for e se mantenham fieis aos seus ideais ou pelo menos coerentes com os seus valores.
A maioria das pessoas tem uma "agenda" escondida... um objectivo, seja ele político, de poder, de superioridade, se reconhecimento.
Falando concretamente da realidade com que tentei conviver mais nos últimos tempos... a desportiva... encontrei um mundo ainda pior e mais minado que o mundo empresarial.
O principal interesse não é a modalidade ou os atletas... é ser reconhecido... é usar o Associativismo ou similar como rampa de lançamento para novos voos.
E se for possível fazer isso sem trabalhar ou fazer evoluir a modalidade... perfeito.
Ou melhor ainda... usando os amigos e conhecidos, criando um circulo de poder... e criando uma linha de sucessão - através de traições, mentiras, duas caras.
E aqui mente-se a toda a gente... amigos, companheiros... usa-se tudo e todos para ... nem sei bem o quê!
E mentir aos amigos?
Se as pessoa é nossa amiga, para quê mentir?
Para quê enganar?
Para ficarmos sem um amigo?
Sim... porque os amigos aceitam a pessoa como ela é... com os seus defeitos e virtudes... também se cansam de serem usados, enganados (hehehehe quase que ia colocar usada e enganada... e ia ficar uma mensagem demasiado personalizada)!!!
E será que a mentira e a decepção valem um amigo que se perde?
Mas se verdadeiramente coisa que não suporto é a traição ao companheiro!
Chamem valores, chamem integridade, chamem utopia... o que quiserem... mas para mim uma pessoa que trai a pessoa com quem está (namorada(o) ou marido(esposa)) é uma pessoa sem valores, sem moral... e não consigo separar estes aspectos da pessoa enquanto profissional.
Não quero ser mais papista que o papa... todos somos humanos e todos caímos em tentação!
Quem nunca errou ou nunca caiu em tentação que atire a primeira pedra (eu posso nunca ter traído nenhum namorado... mas já errei)!
Quando falo em traição é a pessoa que reiteradamente engana, mente, trai o seu parceiro(a).
E não só... trai o parceiro(a) e em 99% dos casos trai a pessoa com quem está a trair o parceiro(a)!!!
E todas estas traições para mim se podem reflectir no carácter da pessoa enquanto profissional...
Como é que eu profissionalmente posso confiar numa pessoa que tem estes valores morais?
Sei que as coisas se devem separar... e que uma coisa é a pessoa no trabalho... outra é a pessoa na vida privada.
A verdade é que, na minha limitada experiência de vida, ainda não consegui encontrar uma pessoa que vivesse na mentira e na traição... e no trabalho fosse de confiança.
Como não quero generalizar... vou falar de um dos caso que conheço melhor...
Uma pessoa que foi casada... e enquanto estava casada enganou várias vezes a esposa... e que lhe mentia e mentia a si próprio só falando dos casos "platónicos" e omitindo os outros...
Uma pessoa que se mente a si própria dizendo que, apesar de estar casado, os casos que tinha não eram sexo... mas sim "fazer amor" (o utopismo dos homens para darem um sentido romântico ao acto em si), ... que assumia que gostava da mulher mas que a traía constantemente... porque gostava das outras pessoas... porque precisava de algo mais...
Que depois de divorciado tem casos com pessoas comprometidas.... que não os assume e mente acerca deles... que tem diversos casos mas que os desmente sempre (mesmo quando "apanhado")....
Que trai amigos e conhecidos....
Que se esconde e isola para não ter de se mostrar como uma pessoa fraca, sem carácter.... que se deixa levar pelos outros...
Como confiar numa pessoa que age assim na sua vida pessoal... a nível profissional?
Que valores é que uma pessoa assim pode transmitir profissionalmente?!
Uma coisa é a "escorregadela" ocasional... uma mentirita inofensiva... (não é desculpar, mas até se pode compreender)... outra coisa é o mentiroso patológico, que mente, que tem duas caras, que trai ... que credibilidade pode ser dada ao trabalho de tal pessoa?
Devo pensar que ele é assim na vida privada mas no trabalho é a pessoa mais honesta e correcta do mundo?
Que me mente e depois se esconde e deixa de me falar... e que faz o mesmo com muitas outras pessoas... mas é a pessoa ideal para liderar uma equipa ou um projecto?!
A traição e a mentira são mais profundas do que as pessoas gostam de assumir. Por vezes chega-se a um ponto em que nos deixamos dominar por isso... e torna-se uma droga, como o álcool , tabaco ou as drogas. E quando confrontados reagem como uma pessoa dependente de alguma substância... "a culpa não é minha"... "sei que sou um monstro e uma pessoa má e não mereço nada"... ou seja... ainda se colocam na posição de vitimas em vez de assumirem os erros e tentarem ganhar controlo da vida!
E quando chegam a um ponto em que as pessoas além de mentirem aos amigos, colegas, família... já não conseguem deixar de se mentir a si próprias e de se enganarem... talvez seja a altura de procurar tratamento.
Porque a traição e a mentira não deixam só marcas profundas em quem é traído, naqueles a quem se mente - deixa marcas na pessoa que o fez!
E as pessoas acham que não vão ser nunca apanhadas!!!
Traem-se maridos, esposas, namorados, namoradas, amigos e amigas, familiares... e quanto mais se trai sem ser apanhado... mais se pensa que não se vai ser apanhado e se torna viciante.
Mas não se esqueçam de uma coisa... o mundo é muito mais pequeno do que se julga!
E a mentira tem as pernas muito curtas!
Então quando os factos se passam num universo pequeno como, por exemplo, o universo de uma modalidade desportiva... tudo se sabe rapidamente demais.
As pessoas tem tendência a "proteger" quando sabem de alguém que está a trair ou a mentir... quer porque são amigos da(s) pessoa(s)... quer porque até gostam delas...quer porque não se querem envolver (uma outra forma de mentira... pois está-se a compactuar com um comportamento)... ou até "porque são adultos que se entendam"... Mas quem vai sair magoado... será sempre o traído... será sempre a pessoa a quem se mente... e em muitos casos a pessoas que ele envolveu na sua traição.
E quando se mente por falhas profissionais então?
Quando se diz que se fez uma coisa que sabemos perfeitamente que não foi feita?
Quando se beneficiam amigos ou conhecidos por uma questão de simplicidade ou de dar menos trabalho a pensar?
As pessoas a quem se mente deixam passar uma, duas... mas depois... acaba a confiança!
Acaba a motivação... e quando se dá por isso... está-se sozinho!
É por isso que acho que se devia pensar duas vezes antes de mentir ou trair.
Apesar de ainda não ter traído ninguém (e espero nunca o fazer), sei que já traí alguns dos meus valores pessoais... e sei a dor que me causou só de pensar que ME tinha traído.
Mas nunca caí na tentação de fazer disto um hábito, uma forma de vida... de mentir constantemente a amigos, a família....
E acima de tudo... prefiro assumir o que penso, dizer o que tenho na ideia, quer agrade a uns ou lhes desagrade (e muitas vezes como sou directa demais ou como vou contra o "sistema" de lamber as botas... acabo "queimada")... mas ser honesta comigo e poder encarar as pessoas de cara levantada e olhar para mim no espelho, do que andar a mentir e a trair as pessoas que me rodeiam, sejam conhecidos, sejam amigos, seja principalmente o meu companheiro (até porque... a minha ambição não é nem nunca foi ou será ser "a maior", a que tem mais poder, a mais importante, a sra directora ou presidente... passando por cima de tudo e todos ou fazendo o que for preciso para isso - se isso um dia acontecer (chegar à "cadeira do poder") espero que tenha sido pelo meu trabalho e acções, mais do que pelas traições e mentiras que usei para lá chegar)!!!
Tudo isto porque... não suporto que me mintam!!! Que me traiam!!! Sentir-me usada!!!
Adeus. A Porta está Fechada
quinta-feira, 17 de abril de 2008
Frases fabulosas de estudantes - e ainda sem o novo "sistema de avaliação"
Amar e Gostar
Talvez seja tão simples, tolo e natural que nunca se parou para pensar: porque não aprender a tornar o meu amor ainda mais belo?
Ter razão é o maior perigo quando se ama.
Quem tem razão pensa sempre ter o direito (e até o pode ter) de reivindicar, de exigir justiça, equiparação, sem procurar entender ou compreender que aquele que está sem razão pode estar a passar por um momento na vida em que pode ou precisa de não ter razão.
Ou talvez nem queira ter...
Ter razão é um perigo: de uma forma geral desfigura o amor, pois a razão até pode ser invocada com justiça, mas é quase sempre na hora errada!
É muito provável que não...
Mesmo cheios de razões, esperamos do nosso amor aquilo que necessitamos naquele momento, aquilo que exigimos porque sentimos que devemos exigir ou merecer. E.. talvez... devêssemos esperar, dar tempo e espaço, para valorizar ainda mais tudo aquilo que de bom ele pode trazer.
Não devemos parar para pensar, fazer "filmes"... devemos seguir o destino que os nossos sentimentos nos indicam - aqui e agora!
Há que parar e esquecer todas as tácticas, técnicas, conselhos de terceiros, estratégias seguras (toda a gente sabe que não é inteligente usar estratégia "comprovadamente eficazes")!
Depressão - a doença mais comum nas mulheres?
Depressão... onde está o desejo?
Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, a depressão é o mal mais comum entre as mulheres, superando o câncer de mama e doenças cardíacas (Revista Veja de Março de 1999 - Brasil).
O peso da depressão na ocorrência de enfarte é tão grande que ela passou a ser factor de risco isolado pela Federação Mundial de Cardiologia (Revista Veja de Maio de 2002 - Brasil)
Comparando essas informações constatamos que a depressão é um mal que cresce diariamente, isso quer dizer que a cada hora mais pessoas deixarão de fazer as suas actividades, de concluir tarefas, seus actos diários, não encontrando mais prazer em seu quotidiano.
E será que isso aparece de um momento para outro?
Não!
O deprimido é aquele que vai ao longo de sua vida cedendo em seu desejo, abrindo mão de seu prazer até o ponto onde, para muitos, não é possível levantarem-se da cama; aliado a isso tem também emagrecimento, dores e muita tristeza, mais do que tristeza, nos dizem sentir "uma dor profunda na alma, que não sei de onde vem"; "tudo é cinza, e não importa se o dia está ensolarado"; "eu não vivo, me arrasto a cada dia"; esses são os ditos que escutamos dos pacientes que nos procuram.
Existe algo que caracteriza a depressão que é uma tristeza imensa e o fato de que o sujeito abandonar o que fazia diariamente, não encontrando forças para seus afazeres do dia-a-dia.
Até chegar ao consultório de um psicanalista, o sofredor se entupiu de medicamentos - alguns com eficácia e outros não – sendo tratados organicamente para equilibrar a química cerebral que estava desregulada, mas a maioria das vezes não falaram sobre a dor e angústia do que sentem, e alguns médicos são unânimes em reconhecer que os pacientes não podem ser tratados somente com medicamentos, precisam falar e descobrir o sentido do que lhe aconteceu.
Essa doença da alma, como é chamada, é a quinta maior questão de saúde pública e em 2020 segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) deverá ser a segunda causa de morte.
Podemos dizer que a depressão é uma das patologias do dizer.
O psicanalista francês Jacques Lacan diz que se trata de uma cobardia do desejo frente a seu desejo.
Mas será que existem no mundo 330 milhões de cobardes, sendo destes 10 milhões somente no Brasil?
Não é dessa cobardia que falamos, mas da dificuldade que o sujeito tem diante de seu desejo, esse que é inconsciente e difere da vontade consciente.
Se o desejo não fosse enigmático como poderíamos explicar o fato das pessoas dizerem que querem que tal coisa aconteça e que trabalham totalmente no caminho contrário disso?
E aqueles sujeitos que adoecem justamente no momento que conseguem realizar algo em sua vida?
Escutamos dos pacientes que chegam com a queixa de depressão, que caíram nessa doença num momento significativo de suas vidas: morte de um parente, perda ou ganho de um amor, emprego, nascimento de um filho, saída dos filhos de casa, etc.
Nunca é sem um entrelaçamento com algo acontecido.
Também verificamos, que ao longo do tempo esses sujeitos se foram calando, fazendo o que os outros queriam, pediam ou determinavam, e que em relação ao desejo deles se foram amortecendo, usando uma mordaça invisível em sua boca, mas visível quanto às consequências mostradas em seu corpo.
Alguns até se apresentam como "depressivos crónicos" onde dizem que nada , nem ninguém poderá tirar isso dele, sendo às vezes a única coisa que sobrou, pois já perderam todo o resto: trabalho, namorado, estudos etc.
E existem saídas?
É possível que o sujeito retome sua vida, seu desejo?
O que vimos na clínica é que, à medida que esses pacientes vão falando do "mal-dito" se vão encontrando em seus dizeres, vão mudando o seu discurso e "desenlouquecendo" a química cerebral.
Onde podem articular o seu corpo à sua fala, não mais se colocando como massa corporal orgânica, mas como um corpo que é afectado pelo dizer, pelo discurso, ou de outra forma, pelo simbólico, esse registro que nos tira da animalidade.
É falando que esses pacientes descobrem o curto - circuito de suas falas e colocam seu corpo em outro lugar, no verbo.
Dra_Andreneide DantasPsicanalista
in: http://psycneuro.blogspot.com/
- A perda de peso foi ideal (estava a precisar e pela primeira vez fiquei sem apetite em vez de me enterrar em comida rápida);
- A vontade de não fazer nada fez com que percebesse que não era feliz com o que fazia e me levasse a procurar novas alternativas (se não de trabalho ou de profissão, pelo menos de algo que me fizesse feliz, ocupasse o meu tempo e a minha cabeça - a escrita)
- A tristeza - faz parte da vida. Todos tem altos e baixo. O que interessa é terem a força de sair deles. E mesmo que sejam como eu (uma pessoa que não fala dos seus problemas ou tristezas), a escrita permite "desabafar", permite que os outros saibam o que sentem, sem aquela pressão do "Estás bem?", "Vamos falar disso", "Tens de falar para resolver". É perfeito poder escrever... ajuda a tristeza a voltar para o fundo do coração, permite analisar o porquê de existir e procurar a cura... e se forem como eu e escreverem no vosso blog... permite que os outros a partilhem de forma indirecta convosco, sem terem de a reviver a cada vez que falam nela.
Viver sempre felizes e satisfeitos, não será uma forma de utopia maior do que viver numa nuvem?